“Alessandro”Meu filho já está seqüestrado há mais de doze horas. Desde o momento em que a Lygia ligou que eu estou tendo que me controlar. Eu não posso perder o controle, tenho que encontrar meu filho. E tenho que cuidar da Cat.Já acionei todos os meus contatos possíveis, tem muitas pessoas procurando o meu filho, mas eu ainda estou pensando se posso fazer alguma coisa mais. Patrício e Rick providenciaram camas e comida e roupas, o andar da presidência se transformou no centro de comando das buscas e nenhum de nós quer sair daqui. Rick havia providenciado no centro da minha sala uma mesa de reunião grande com cadeiras em volta, então tinha muita gente trabalhando ali.- Alessandro. – Ouvi a voz da Mari e fui em sua direção a abraçando. – Filho, tenha calma e fé, o Pedro vai ser encontrado bem.- Que bom que você veio, Mari, eu estou sentindo que vou perder o controle. – Ela era como uma mãe e tudo o que eu precisava era que ela estivesse aqui para me apoiar.- Você não vai perder o
“Alessandro”Voltei até a Catarina e a abracei. Quando o elevador se abriu eu a virei em direção a ele. Ela saiu correndo para abraçar os pais, assim como Melissa correu em direção aos pais dela. O pai da Catarina se aproximou de mim.- Filho, obrigada por mandar nos buscar. – Sr. Antônio tinha a expressão cansada de quem não havia dormido e estava muito preocupado.- Não há o que agradecer, sogro! – falei aceitando seu abraço.Dona Celina se aproximou e tinha os olhos vermelhos. A abracei e senti aquele acolhimento materno. Cumprimentei os pais da Melissa e expliquei por alto a situação. O Dr. Molina tinha levado a Cat para a sala dela e a estava examinando.Chamei os pais da Catarina e disse que precisávamos conversar. Tinha que colocá-los à par de tudo. Fomos até a sala da Cat e Dr. Molina disse que ela estava melhor e saiu.- Você mandou buscar meus pais? – Catarina perguntou com os olhos molhados.- Sim. Liguei para o Lascuran e expliquei a situação. Mandei o jatinho da empresa p
Eu estava sentada ao lado da minha mãe quando o Patrício entrou. Ele nos contou tudo o que tinha acontecido, da ligação daquela maluca, e quanto mais ele falava, mas eu chorava. Depois que ele saiu, a Dona Inês, mãe da Mel, contou pra minha mãe quem era a Ana Carolina e a Virgínia informou as duas sobre o que estava acontecendo. Era muita informação.Meu celular tocou e eu atendi depressa. Reconheci a voz do Dênis do outro lado dizendo:- Não fala nada. Se tiver alguém perto de você saia e só quando estiver sozinha me avise.Abaixei o telefone e fui me afastando da sala. Quando cheguei à porta Melissa me chamou.- Cat, o que foi?- Vou ver o Alessandro, Mel, quero ficar um pouco com ele. – falei e saí da sala.Quando cheguei no corredor entre os elevadores e a sala de reuniões voltei a falar.- Cadê o meu filho? Por que você fez isso?- Calma, gatinha. Seu filho está bem ainda, mas vamos facilitar as coisas, porque seu amante não vai aceitar as condições. Então, você vai fazer tudo o
“Alessandro”Quando deixei o terraço já estava bem mais controlado. Fiquei cerca de uns quarenta minutos lá pensando e pedindo a Deus que cuide do meu filho. Quando entrei na minha sala perguntei se tinham novidades e me disseram que não. Então decidi ir ficar um pouco com a Catarina e ver como ela estava. Entrei na sala do Patrício e não a vi.- Onde está a Catarina? – perguntei em voz alta.- Como assim? Ela disse que ia ficar um pouco com você. – Melissa falou fechando a cara.- Ela não está comigo, também não está em minha sala e nem na recepção. Cadê ela? – Grunhi.- Calma, Alessandro, ela pode ter ido te a copa. - Taís falou e imediatamente todas saíram a procura da Cat.- Sam, você viu a Cat? – perguntei quando voltei a recepção.- Desculpa, Alessandro, mas não vi, essa recepção está uma loucura. – Samantha me respondeu preocupada. – O que foi?- Não a encontro. – Depois que falei vi a Taís voltando em minha direção.- A porta da saída de emergência está destrancada.- Não, não
Alencar estava parecendo preocupado, parecia que a notícia era ruim. Me apresentou o homem que o acompanhava antes de se sentar.- Esse é o delegado corregedor Novaes. Ele está encarregado da investigação do acidente dos seus pais. – Alencar apresentou.- Sr. Mellendez, eu lamento dizer isso, mas o acidente de helicóptero que vitimou os seus pais foi provocado. Constatamos que a desconexão dos pedais da cabine do piloto com o rotor da cauda foi a causa de um acidente. As conexões foram cortadas propositalmente. O Helicóptero havia passado por manutenção na fabricante e tinha sido liberado pra vôo dois dias antes. Foi uma sabotagem. Sei que o momento é ruim, mas talvez quem esteja orquestrando esse seqüestro também tenha ligação com a sabotagem do helicóptero.- Meus pais foram assassinados? Meus pais foram cruel e friamente assassinados? – Eu já não conseguia mais conter minhas lágrimas e o meu desespero.- Delegado Novaes, nós queremos todos os envolvidos apodrecendo na cadeia. Qualq
“Alessandro”Entramos na minha sala e era caótico, pessoas falando e mexendo em computadores e Melissa organizando todas as informações que recebia. Fernando, que eu descobri que também era um hacker notável, havia se juntado a Marcos Paulo.- Alessandro, conseguimos acessar o telefone da Cat. – Marcos Paulo me informou. - E conseguimos imagens de outros prédios na rua e já temos a placa do carro que a levou.- Finalmente uma boa notícia. – Um pouco da tensão que eu sentia se dissipou.- Nem tão boa, a placa é falsa, mas pelo menos já temos um carro e emitimos um alerta para modelos da mesma cor. – Um dos policiais me avisou.- E com o telefone? – Perguntei me apoiando entre a cadeira do Nando e a do Marcos Paulo.Fernando pegou o seu celular e abriu uma mensagem, olhando rapidamente e jogando o mesmo sobre a mesa bufando. Rick estava de pé ao meu lado e olhou a tela do aparelho.- Fernando, por que você recebeu uma foto da Celeste? – Rick fazia uma cara de estranhamento.- Foto de qu
“Ana Carolina”Ai, gente, que fim de mundo é esse! Fui lá no salão que encontrei na cidade hoje, até que ficou bonzinho, mas é um bando de caipira. Eu preciso sair dessa cidadezinha logo.- Celeste, faz esse melequento calar a boca. Tá dando pra ouvir o choro dele lá na entrada. – Falei enquanto entrava naquele muquifo que meu pai me descolou. – E aí, o que achou? – Exibi meu novo visual.- Ah, ta igualzinho o da Liz. – Celeste concordou. – Mas não deveria ter ido!- Aaaaiii. Era isso o que eu queria. Se meu gatinho ficou com aquela vadia lá em Nova York, quando me vir vai ficar louco. – Eu estava louca pra encontrar o Alessandro. – E ninguém aqui me conhece.- Essa criança não para de chorar nunca. Quando eu o conheci ele era mais quietinho. – Celeste falou.- Ah, dá um remedinho pra ele. Tenho Lex na minha bolsa, quer um? – Ofereci.- Tá maluca? A gente não pode matar o fedelho antes do Alessandro fazer tudo o que a gente quer. É melhor deixar ele chorar, uma hora cansa.- Ih, Celes
“Alessandro”Eu estava uma pilha de nervos esperando alguma notícia. Os policiais que estavam no escritório haviam descoberto a localização da torre de celular e traçado um perímetro de busca. Equipes já estavam a caminho.- Melissa... - a mãe do Fernando chamou no celular.- Oi, sogra.- A polícia chegou e trouxe dois cachorros. Eles vão entrar.- Graças a deus eles chegaram! – falei baixinho.- Sogra, agora sai daí.- Não mesmo, estou protegida, vou esperar. – A mãe do Nando falou.- Mãe, como você está enxergando tudo a esse hora da noite? – Fernando perguntou.- Enquanto eu esperava lá na porta do salão, mandei a Maria levar seu binóculo pra mim. Gostei disso, acho melhor você comprar outro, vou ficar com esse, tem visão noturna. – A mãe do Fernando era uma figura.- Mãe, pelo amor de deus, você não é o James Bond. – Fernando colocou a mão no rosto.- Sou melhor do que ele. Minha nora que disse. – A mãe do Fernando conseguiu arrancar uma gargalhada geral na sala, mesmo com tanta t