A próxima coisa que me lembro é de acordar no sofá na sala do Alessandro em um salto. Olhei em volta e a Samantha estava segurando minha mão, dona Margarida entrava com uma bandeja de chá, Patrício falava nervoso ao telefone, Rick também estava no celular e Alessandro gritava desesperado com o Danilo, chefe da segurança.- Alessandro, ela acordou. – Samantha chamou e ele veio depressa.- Meu anjo, já acionei a polícia. A Lygia e as garotas já estão a caminho. Parece que o Dênis e o Daniel eram os traidores. Os dois sumiram. – Alessandro chorava enquanto me atualizava. – Também já pedi ao Dr. Molina para vir te ver.- Alessandro, meu filho, ele é só um garotinho... – eu estava em pânico.- Nós vamos encontrá-lo em segurança, meu anjo. Nós vamos. – Alessandro falou olhando nos meus olhos. Preciso que você fique calma pelo nosso bebê em sua barriga, mas não quero tirar os olhos de você. Deixa que eu cuido de encontrar o Pedro.- Esse não vai te apagar, filha, mas vai te acalmar. - Dona
“Alessandro”Meu filho já está seqüestrado há mais de doze horas. Desde o momento em que a Lygia ligou que eu estou tendo que me controlar. Eu não posso perder o controle, tenho que encontrar meu filho. E tenho que cuidar da Cat.Já acionei todos os meus contatos possíveis, tem muitas pessoas procurando o meu filho, mas eu ainda estou pensando se posso fazer alguma coisa mais. Patrício e Rick providenciaram camas e comida e roupas, o andar da presidência se transformou no centro de comando das buscas e nenhum de nós quer sair daqui. Rick havia providenciado no centro da minha sala uma mesa de reunião grande com cadeiras em volta, então tinha muita gente trabalhando ali.- Alessandro. – Ouvi a voz da Mari e fui em sua direção a abraçando. – Filho, tenha calma e fé, o Pedro vai ser encontrado bem.- Que bom que você veio, Mari, eu estou sentindo que vou perder o controle. – Ela era como uma mãe e tudo o que eu precisava era que ela estivesse aqui para me apoiar.- Você não vai perder o
“Alessandro”Voltei até a Catarina e a abracei. Quando o elevador se abriu eu a virei em direção a ele. Ela saiu correndo para abraçar os pais, assim como Melissa correu em direção aos pais dela. O pai da Catarina se aproximou de mim.- Filho, obrigada por mandar nos buscar. – Sr. Antônio tinha a expressão cansada de quem não havia dormido e estava muito preocupado.- Não há o que agradecer, sogro! – falei aceitando seu abraço.Dona Celina se aproximou e tinha os olhos vermelhos. A abracei e senti aquele acolhimento materno. Cumprimentei os pais da Melissa e expliquei por alto a situação. O Dr. Molina tinha levado a Cat para a sala dela e a estava examinando.Chamei os pais da Catarina e disse que precisávamos conversar. Tinha que colocá-los à par de tudo. Fomos até a sala da Cat e Dr. Molina disse que ela estava melhor e saiu.- Você mandou buscar meus pais? – Catarina perguntou com os olhos molhados.- Sim. Liguei para o Lascuran e expliquei a situação. Mandei o jatinho da empresa p
Eu estava sentada ao lado da minha mãe quando o Patrício entrou. Ele nos contou tudo o que tinha acontecido, da ligação daquela maluca, e quanto mais ele falava, mas eu chorava. Depois que ele saiu, a Dona Inês, mãe da Mel, contou pra minha mãe quem era a Ana Carolina e a Virgínia informou as duas sobre o que estava acontecendo. Era muita informação.Meu celular tocou e eu atendi depressa. Reconheci a voz do Dênis do outro lado dizendo:- Não fala nada. Se tiver alguém perto de você saia e só quando estiver sozinha me avise.Abaixei o telefone e fui me afastando da sala. Quando cheguei à porta Melissa me chamou.- Cat, o que foi?- Vou ver o Alessandro, Mel, quero ficar um pouco com ele. – falei e saí da sala.Quando cheguei no corredor entre os elevadores e a sala de reuniões voltei a falar.- Cadê o meu filho? Por que você fez isso?- Calma, gatinha. Seu filho está bem ainda, mas vamos facilitar as coisas, porque seu amante não vai aceitar as condições. Então, você vai fazer tudo o
“Alessandro”Quando deixei o terraço já estava bem mais controlado. Fiquei cerca de uns quarenta minutos lá pensando e pedindo a Deus que cuide do meu filho. Quando entrei na minha sala perguntei se tinham novidades e me disseram que não. Então decidi ir ficar um pouco com a Catarina e ver como ela estava. Entrei na sala do Patrício e não a vi.- Onde está a Catarina? – perguntei em voz alta.- Como assim? Ela disse que ia ficar um pouco com você. – Melissa falou fechando a cara.- Ela não está comigo, também não está em minha sala e nem na recepção. Cadê ela? – Grunhi.- Calma, Alessandro, ela pode ter ido te a copa. - Taís falou e imediatamente todas saíram a procura da Cat.- Sam, você viu a Cat? – perguntei quando voltei a recepção.- Desculpa, Alessandro, mas não vi, essa recepção está uma loucura. – Samantha me respondeu preocupada. – O que foi?- Não a encontro. – Depois que falei vi a Taís voltando em minha direção.- A porta da saída de emergência está destrancada.- Não, não
Alencar estava parecendo preocupado, parecia que a notícia era ruim. Me apresentou o homem que o acompanhava antes de se sentar.- Esse é o delegado corregedor Novaes. Ele está encarregado da investigação do acidente dos seus pais. – Alencar apresentou.- Sr. Mellendez, eu lamento dizer isso, mas o acidente de helicóptero que vitimou os seus pais foi provocado. Constatamos que a desconexão dos pedais da cabine do piloto com o rotor da cauda foi a causa de um acidente. As conexões foram cortadas propositalmente. O Helicóptero havia passado por manutenção na fabricante e tinha sido liberado pra vôo dois dias antes. Foi uma sabotagem. Sei que o momento é ruim, mas talvez quem esteja orquestrando esse seqüestro também tenha ligação com a sabotagem do helicóptero.- Meus pais foram assassinados? Meus pais foram cruel e friamente assassinados? – Eu já não conseguia mais conter minhas lágrimas e o meu desespero.- Delegado Novaes, nós queremos todos os envolvidos apodrecendo na cadeia. Qualq
“Alessandro”Entramos na minha sala e era caótico, pessoas falando e mexendo em computadores e Melissa organizando todas as informações que recebia. Fernando, que eu descobri que também era um hacker notável, havia se juntado a Marcos Paulo.- Alessandro, conseguimos acessar o telefone da Cat. – Marcos Paulo me informou. - E conseguimos imagens de outros prédios na rua e já temos a placa do carro que a levou.- Finalmente uma boa notícia. – Um pouco da tensão que eu sentia se dissipou.- Nem tão boa, a placa é falsa, mas pelo menos já temos um carro e emitimos um alerta para modelos da mesma cor. – Um dos policiais me avisou.- E com o telefone? – Perguntei me apoiando entre a cadeira do Nando e a do Marcos Paulo.Fernando pegou o seu celular e abriu uma mensagem, olhando rapidamente e jogando o mesmo sobre a mesa bufando. Rick estava de pé ao meu lado e olhou a tela do aparelho.- Fernando, por que você recebeu uma foto da Celeste? – Rick fazia uma cara de estranhamento.- Foto de qu
“Ana Carolina”Ai, gente, que fim de mundo é esse! Fui lá no salão que encontrei na cidade hoje, até que ficou bonzinho, mas é um bando de caipira. Eu preciso sair dessa cidadezinha logo.- Celeste, faz esse melequento calar a boca. Tá dando pra ouvir o choro dele lá na entrada. – Falei enquanto entrava naquele muquifo que meu pai me descolou. – E aí, o que achou? – Exibi meu novo visual.- Ah, ta igualzinho o da Liz. – Celeste concordou. – Mas não deveria ter ido!- Aaaaiii. Era isso o que eu queria. Se meu gatinho ficou com aquela vadia lá em Nova York, quando me vir vai ficar louco. – Eu estava louca pra encontrar o Alessandro. – E ninguém aqui me conhece.- Essa criança não para de chorar nunca. Quando eu o conheci ele era mais quietinho. – Celeste falou.- Ah, dá um remedinho pra ele. Tenho Lex na minha bolsa, quer um? – Ofereci.- Tá maluca? A gente não pode matar o fedelho antes do Alessandro fazer tudo o que a gente quer. É melhor deixar ele chorar, uma hora cansa.- Ih, Celes