Quando chegamos em casa, o Pedro buscou em seu quarto uma caixa de bloquinhos de montar e espalho no tapete da sala. Alessandro se sentou com ele e passaram a tarde brincando e vendo desenhos na TV.Depois do jantar, o Pedro estava exausto. Dormiu no colo do pai, que fez questão de colocá-lo na cama. Voltando pra sala, Alessandro me abraçou no sofá.- Meu anjo, nós precisamos conversar. – Alessandro suspirou. – Tem tanta coisa que eu quero saber. Mas eu tenho algumas coisas pra te contar também. Não sei por onde começar.- Comece me contando sobre Nova York. – Pedi, me sentando de frente pra ele.- Foi na sexta feira, no dia que chegamos lá. Fomos a um bar à noite e a Liz apareceu. Eu estava chateado e perdendo a esperança de você voltar pra mim. Você estava saindo com o Levy. Então fui para o apartamento da Liz. Foi uma burrice, mas foi só essa vez. – Alessandro fechou os olhos. – E como você disse, eu fiquei com ela, mas eu só pensava em você.- Não vou dizer que não me importei, po
Acordei sozinha e ouvi barulho na cozinha. Me levantei e encontrei meus homenzinhos numa animada conversa sobre a “casa nova”. Alessandro e Pedro estavam sentados tomando café. Alessandro havia preparado achocolatado e um misto quente para o Pedro que sorria e mastigava ouvindo o pai falar. Também havia uma mesa posta lindamente com frutas, suco, iogurte, pães, frios, ovos e biscoitos. Me encostei na porta e fiquei observando eles estavam arrumados e de banho tomado. Eu dormi tanto assim? Nem sabia que horas eram.- Mamãe! – Pedro foi o primeiro a me ver e deu o alarde.- Filho, bom dia! – caminhei em direção ao meu menino e lhe dei um beijinho na testa. – Bom dia pra você também. – Me virei e dei um beijo rápido no Alessandro.- Bom dia, meu anjo! Vem, nós preparamos o café, não é, Pedro?- Sim, papai! – Pedro estava no seu modo felicidade matinal que eu nunca entendi de onde vinha.- Não quis te acordar, vocês estava cansada. - - Me sentei e Alessandro me serviu de café.- Obrigada!
- Mas olha se não é a Sardinhas lembrando dos velhos amigos. – A voz do outro lado brincou. - Miguelito, querido, eu nunca me esqueço dos velhos amigos. Vocês são família, meu bem! Como você está? – Virgínia estava com os olhos brilhantes. - Estou bem. Precisando de uma namorada pra me consolar porque meu amigo foi passar um tempo pegando sol em Malibu. – Miguel se referiu a partida de Levy. - Não seja dramático! – Virgínia repreendeu. – Mas eu te liguei justamente pra te contar uma coisa que eu sei que vai te animar. - Ah é? Estou ouvindo. - O panaca do Heitor pisou feio na bola e a Sam está solteira. – Virgínia contou. - Nãaooo! Jura, Sardinhas? - Pois é, Heitor saiu da fila da Samantha. - Sardinhas, você é a melhor! Mas agora eu tenho que desligar. Depois nos falamos. – Miguel desligou o telefone rapidamente. Não demorou e o Telefone da Sam tocou, ela pegou e nos mostrou o visor, era o Miguel. Ela atendeu no viva voz: - Miguel, que surpresa. Tudo bem? - Minha rainha, eu e
Na segunda feira deixamos o Pedro na creche e aproveitei para informar que o Alessandro era o pai do Pedro e poderia pegá-lo também. Quando chegamos ao escritório Alessandro foi me puxando para a sua sala.- Alessandro, minha sala é do outro lado. – lembrei-lhe.Ele gemeu e fechou os olhos dizendo que tinha se esquecido. Vi o Rick saindo da minha sala com um sorriso no rosto.- Bom dia, casal sensação! – Rick esta animado. – Espero que vocês dois não se importem, mas voltei a trabalhar com meu antigo chefe. Não estou afim de ficar na sala da frente escutando vocês gemerem.- Rick... – falei chocada.- Ah, qual é, pretty woman, eu sei muito bem o que acontece na sala da presidência.- Ele não está errado, meu anjo. – Alessandro tinha um sorriso safado estampado na cara.- Relaxa, amiga, já mudei tudo de novo. – Samantha informou sem sair da sua mesa.Quando entrei na minha sala, de fato estava tudo em ordem e como em todas as segundas feiras havia um arranjo de tulipas sobre a mesinha
A próxima coisa que me lembro é de acordar no sofá na sala do Alessandro em um salto. Olhei em volta e a Samantha estava segurando minha mão, dona Margarida entrava com uma bandeja de chá, Patrício falava nervoso ao telefone, Rick também estava no celular e Alessandro gritava desesperado com o Danilo, chefe da segurança.- Alessandro, ela acordou. – Samantha chamou e ele veio depressa.- Meu anjo, já acionei a polícia. A Lygia e as garotas já estão a caminho. Parece que o Dênis e o Daniel eram os traidores. Os dois sumiram. – Alessandro chorava enquanto me atualizava. – Também já pedi ao Dr. Molina para vir te ver.- Alessandro, meu filho, ele é só um garotinho... – eu estava em pânico.- Nós vamos encontrá-lo em segurança, meu anjo. Nós vamos. – Alessandro falou olhando nos meus olhos. Preciso que você fique calma pelo nosso bebê em sua barriga, mas não quero tirar os olhos de você. Deixa que eu cuido de encontrar o Pedro.- Esse não vai te apagar, filha, mas vai te acalmar. - Dona
“Alessandro”Meu filho já está seqüestrado há mais de doze horas. Desde o momento em que a Lygia ligou que eu estou tendo que me controlar. Eu não posso perder o controle, tenho que encontrar meu filho. E tenho que cuidar da Cat.Já acionei todos os meus contatos possíveis, tem muitas pessoas procurando o meu filho, mas eu ainda estou pensando se posso fazer alguma coisa mais. Patrício e Rick providenciaram camas e comida e roupas, o andar da presidência se transformou no centro de comando das buscas e nenhum de nós quer sair daqui. Rick havia providenciado no centro da minha sala uma mesa de reunião grande com cadeiras em volta, então tinha muita gente trabalhando ali.- Alessandro. – Ouvi a voz da Mari e fui em sua direção a abraçando. – Filho, tenha calma e fé, o Pedro vai ser encontrado bem.- Que bom que você veio, Mari, eu estou sentindo que vou perder o controle. – Ela era como uma mãe e tudo o que eu precisava era que ela estivesse aqui para me apoiar.- Você não vai perder o
“Alessandro”Voltei até a Catarina e a abracei. Quando o elevador se abriu eu a virei em direção a ele. Ela saiu correndo para abraçar os pais, assim como Melissa correu em direção aos pais dela. O pai da Catarina se aproximou de mim.- Filho, obrigada por mandar nos buscar. – Sr. Antônio tinha a expressão cansada de quem não havia dormido e estava muito preocupado.- Não há o que agradecer, sogro! – falei aceitando seu abraço.Dona Celina se aproximou e tinha os olhos vermelhos. A abracei e senti aquele acolhimento materno. Cumprimentei os pais da Melissa e expliquei por alto a situação. O Dr. Molina tinha levado a Cat para a sala dela e a estava examinando.Chamei os pais da Catarina e disse que precisávamos conversar. Tinha que colocá-los à par de tudo. Fomos até a sala da Cat e Dr. Molina disse que ela estava melhor e saiu.- Você mandou buscar meus pais? – Catarina perguntou com os olhos molhados.- Sim. Liguei para o Lascuran e expliquei a situação. Mandei o jatinho da empresa p
Eu estava sentada ao lado da minha mãe quando o Patrício entrou. Ele nos contou tudo o que tinha acontecido, da ligação daquela maluca, e quanto mais ele falava, mas eu chorava. Depois que ele saiu, a Dona Inês, mãe da Mel, contou pra minha mãe quem era a Ana Carolina e a Virgínia informou as duas sobre o que estava acontecendo. Era muita informação.Meu celular tocou e eu atendi depressa. Reconheci a voz do Dênis do outro lado dizendo:- Não fala nada. Se tiver alguém perto de você saia e só quando estiver sozinha me avise.Abaixei o telefone e fui me afastando da sala. Quando cheguei à porta Melissa me chamou.- Cat, o que foi?- Vou ver o Alessandro, Mel, quero ficar um pouco com ele. – falei e saí da sala.Quando cheguei no corredor entre os elevadores e a sala de reuniões voltei a falar.- Cadê o meu filho? Por que você fez isso?- Calma, gatinha. Seu filho está bem ainda, mas vamos facilitar as coisas, porque seu amante não vai aceitar as condições. Então, você vai fazer tudo o