Patrício e eu nos juntamos ao Alessandro e ao Rick para uma reunião rápida. Alessandro havia recebido um contato dos clientes de Nova York e eles teriam que viajar.- Os clientes estão muito satisfeitos com a parceria, mas pediram que a gente vá até lá. Querem estender o contrato, mas querem fazer isso pessoalmente. – Alessandro explicou.- Tudo bem. E quando nós vamos? – Patrício perguntou.- Amanhã. – Alessandro informou. – O Rick vai com a gente, mas eu gostaria que a Catarina também nos acompanhasse, é importante que ela conheça os clientes e esteja à par da negociação.- Também acho. – Patrício concordou. – O que você acha Cat?- Olha, eu acho que eu deveria ficar. São clientes que pedem muitas informações e vocês podem precisar de algo aqui, como foi da outra vez.- Isso é verdade. – Patrício concordou. – Nós conseguimos fechar o contrato mais rápido graças a eficiência da Catarina em reunir as informações.- É, vocês estão certos. – Alessandro bufou. – Bom, então a Catarina fic
“Alessandro”Chegamos em Nova York e já tivemos uma primeira reunião com os clientes. Nos passaram um briefing do que queriam e pediram algumas informações. Marcamos um jogo de golfe para o dia seguinte pela manhã. Rick ficou de entrar em contato com a Catarina e pegar todas as informações que precisaríamos naquele momento.À noite decidimos ir a um bar e nos distrair um pouco. Estávamos conversando e senti uma mão tocar em meu ombro e uma voz sensual que eu não ouvia há muito tempo soou no meu ouvido.- Você está ainda mais bonito.Me virei já sabendo quem eu veria. Ela estava linda, cabelos pretos cortados em um Chanel elegante, um corpo esguio, alta e com seios mais protuberantes do que me lembrava, pelo visto ela havia colocado implante de silicone.- Liz! Já fazem tantos anos. Como você está? – Falei lhe cumprimentando com um beijo no rosto.- Estou bem querido. Confesso que é uma agradável surpresa te encontrar aqui. O que te traz a Nova York?- Trabalho. E você? Não estava em R
Era manhã de sábado, eu estava em casa brincando com o Pedro no tapete e Melissa estava jogada sobre o sofá. Nós conversávamos muito animadas. As reuniões na casa do Alessandro não aconteciam todos os sábados mais, apenas quando Alencar tinha alguma coisa muito importante para informar. Mas hoje nós teríamos o dia livre e estávamos combinando o que fazer.Meu celular tocou sobre o balcão da cozinha e eu fui atender. Quando olhei a tela, reconheci o número como sendo do consultório médico e estranhei. Atendi com bastante surpresa.- Alô?- Catarina? Aqui é a Sílvia, secretária do Dr. Molina. Tudo bem?- Sim, claro. Tudo bem, Sílvia, e você?- Muito bem, obrigada. Fiquei esperando você me retornar para reagendar sua consulta. Já faz um tempo.- Nossa, Silvia, eu me esqueci completamente. É que eu tenho tido dias bem tumultuados. – Eu me lembrava vagamente que precisei desmarcar a última consulta e que se esqueci de remarcar posteriormente.- Não tem problema, querida. Eu estou te ligand
“Alessandro”- Ana Carolina, você está em casa? – Pergunto logo que aquela insuportável atende o telefone. – Quero levá-la para um passeio.Quase fico surdo com o grito que aquela criatura abominável solta. Claro que ela ficou mais que feliz com a idéia de sair comigo. Sabendo disso, aproveitei para colocar meu plano em prática. Eu já estava na porta da casa dela e a levaria para um “passeio” sem dizer para onde e a levaria ao hospital, se ela se recusasse eu ligaria para o advogado e ele a pressionaria, mas ela não sairia daquele hospital sem fazer os exames. Era perfeito, pois o Patrício já tinha me confirmado que o Junqueira estava no clube, então eu poderia dar o bote sem interferências.Não demorou muito e a paquita do capeta saiu de casa saltitante, usando um vestido branco e uma bota rosa. Meu deus que coisa ridícula. Quando se aproximou eu disse para entrar no carro.- Gatiinhooo, eu estou tãaooo empolgada! Onde você vai me levar, me conta. – Começou a falar com aquela voz ins
O final de semana foi um caos. Eu estava tentando colocar meus pensamentos em ordem. Reunimos as garotas no domingo e contei pra elas o que estava acontecendo. Logo começou uma disputa para ver quem seria a madrinha, todas concordando que a Mel já era madrinha do Pedro, portanto estava fora da disputa. Pedi a Virgínia que não contasse ao Levy, eu mesma faria isso. E todas juraram não contar pra ninguém, respeitando a minha decisão de evitar que o Alessandro soubesse.Na segunda feira eu estava um caco. Cansada e distraída. Sentia um sono quase incontrolável. Eu não estava muito bem.- Cat, acorda. Vem, se deita no sofá da minha sala um pouco. – Patrício me chamava com a voz baixa.- O que houve? – Levantei minha cabeça da mesa e olhei pra ele meio sem entender.- Você estava dormindo. Vem, se deita no sofá da minha sala. Acho que vou te dar uns dias de folga.- Peguei no sono? Eu acho que estou com uma crise de estresse muito forte. – Comentei meio irritada sabendo exatamente qual era
“Patrício”Achei tão estranho a Catarina implicar com meu perfume, ela já me disse várias vezes que meu perfume era uma delícia. Eu acho que ela está muito sensível e com razão, ela está sofrendo muito. Mandei o Alessandro comprar a torta pra ela, ele adora fazer esses mimos pra Cat.O resto da manhã eu passei no clube com um cliente, tínhamos marcado uma partida de tênis e depois almoçaríamos juntos enquanto discutíamos alguns detalhes da nossa relação comercial. Mas meu cliente teve um imprevisto e teve que ir embora mais cedo. Como eu tinha tempo, resolvi ir ao SPA fazer uma massagem.Estava a caminho do SPA que fica um pouco mais afastado das quadras esportivas, no meio de algo tipo um pequeno bosque cheio de árvores, muita paz e silêncio e escutei uma voz que eu conhecia muito bem. Dei uma olhada e ela não me viu, mas Ana Carolina estava batendo boca com o Bruno Monteiro. Provavelmente ele estava reclamando porque ela ia se casar, esse otário era apaixonado por ela.Fiquei curios
Meu dia foi horrível. Eu estava tendo náuseas e muito sono. Patrício voltou do clube e parou em minha mesa.- Cat, chega mais.- Sim, Pat! – Brinquei com ele.- Ih, gostei disso! – Ele sorriu, um sorriso lindo e descontraído. – Mas chega perto e me cheira.- Não virei cachorro não, Patrício! – Brinquei com ele.- Boba! Eu troquei o perfume, quero saber se desse você gosta. – Patrício era um fofo e muito atencioso.- Ah, desse eu gosto! – Falei depois que senti seu cheiro.- Ótimo, porque não quero minha assessora fugindo de mim. – Soltou uma gostosa risada e entrou em sua sala.Só então reparei no Rick parado na porta assistindo a cena.- O que eu perdi? – Rick perguntou.- Nada demais, Rick. Me incomodei com o perfume que Patrício usava mais cedo e ele teve a delicadeza de trocar. – Respondi sorrindo.- Mostrando quem manda! Gostei! – Rick comentou. - Cat, como você está? Nós estamos preocupados.- Eu estou bem, Rick. É só muito estresse. – Falei.- Mesmo? – ele insistiu.- Mesmo. –
“Alessandro”Eu estava uma pilha de nervos. Ainda não recebi os resultados dos exames, mas eu já tenho certeza que o filho da Ana Carolina não é meu. Eu só queria os resultados logo para acabar com aquele circo.O telefone sobre a minha mesa tocou e quando eu atendi a Samantha disse que tinha uma pessoa na portaria que queria me ver. Simplesmente era a Liz. Mas o que ela estava fazendo aqui? Falei com a Samantha que poderia liberar a entrada, mas que eu a receberia na sala de reuniões.Quando a Sam me avisou que ela tinha chegado eu terminei o e-mail que estava redigindo para enviar a um cliente e saí da minha sala. Quando cheguei na recepção a Liz simplesmente pulou no meu pescoço e me beijou.- Que ótimo! Agora a piranha vai freqüentar a empresa? – Patrício, que estava saindo da sala dele, falou.- Boa tarde pra você também, otário! – Liz respondeu.Eu suspirei e me virei de frente para os elevadores e foi só então que eu vi a Catarina parada com o Rick, que balançava a cabeça pra m