“Patrício”Eu saí do apartamento da Melissa e fui até o apartamento da Lisandra, mas ela não estava lá. Olhei o closet e faltava uma mala, disso eu sabia, então certamente faltavam algumas peças de roupa.- Quer saber, eu vou acabar com isso. – Falei para mim mesmo e comecei.Eu abri as malas grandes sobre a cama e comecei a colocar todas as coisas dela lá. Somente quando esvaziei o closet e o banheiro e não deixei nada no quarto foi que eu chamei o motorista para me ajudar com as malas. Eu tirei todas as coisas dela dali, levei para a minha casa e pedi que a Wanda arrumasse tudo no closet dela.Saí de casa outra vez e comecei a minha peregrinação à procura da Lisandra. Comecei pela casa da Catarina, mas ela não estava lá. Depois fui até a casa da Manu, mas lá também a Lisandra não estava. Então fui até a casa da Sam e nada. Saí do condomínio e fui até a casa do Rick, o peguei pronto para ir para o trabalho, mas a Lisandra também não estava lá. Fui até a casa do PH e, por fim, fui a c
“Taís”Eu estava me divertindo muito! Quando fui encontrar a Darla na corretora e ouvi o nome do Patrício Guzman, foi como se eu ganhasse um presente. Eu tinha a oportunidade de me vingar. Eu odeio o Patrício, porque ele sempre foi uma sombra entre a Virgínia e eu. Foi por causa dele que ela quis voltar. Foi por causa dele que ela se arrependeu de ficar comigo.E quando a Darla me ligou contando o que tinha acontecido, que a namoradinha flagrou o beijo que ela deu nele, eu achei incrível. Foi melhor do que eu tinha planejado. Mas não parou por aí, eu dei de cara com ele aqui nessa cidadezinha e ele estava derrotado, realmente arrasado, e eu ainda tripudiei sobre ele. Eu sabia que ele não ia perder o controle, o Patrício é bom moço demais e é equilibrado demais, nunca se descontrola, nunca perde a razão. Eu enfiei o dedo fundo na ferida. E ele não fez nada além de uma ameaça vazia.- Taís, você é louca! – A Sabrina estava rindo ao meu lado.- Vai dizer que não gostou de ver esse aí aca
“Patrício”Eu havia dado uma lição na Taís e uma lição das boas. Enquanto o segurança do Sr. Pontes a jogava na rua eu estava filmando aquilo, depois mandei o vídeo para o Rick. Eu tinha certeza de que, depois daquilo, ela não ia querer cruzar os nossos caminhos nunca mais. Mas o meu problema ainda não tinha sido resolvido. Eu ainda não sabia onde a Lisandra estava.Eu pensava e pensava, mas não conseguia imaginar aonde a Lisandra poderia ter ido. Já tinha quatro dias que tudo tinha acontecido e eu estava em Campanário, esperando que ela aparecesse e eu fui ficando com a esperança de que ela ainda poderia aparecer, mas eu ainda não tinha visto nenhum sinal dela.Eu estava andando de um lado para o outro, quase furando o chão da sala, e tive uma idéia. Ela não atendia o telefone, eu não sabia onde ela estava, mas em algum momento ela verificaria os e-mails. Então eu meu sentei e escrevi um e-mail para ela. Contando sobre tudo o que havia acontecido realmente. Seguindo o conselho da Mel
“Lisandra”Eu cheguei na fazenda me sentindo quebrada. O tio Orlando me acolheu e me aclamou, depois ele me aconselhou. Ele disse que não valia a pena desistir de um amor assim, só por causa de um erro. Ele me lembrou sobre o que ele e a mãe da Manu passaram e me aconselhou a dar uma chance ao Patrício, ele acreditava que o Patrício era um bom homem e que aprenderia com esse erro.Eu pensei muito sobre todas as coisas que o tio Orlando ia me dizendo. E aí, o Flávio me mandou aquele vídeo, com aquela mulher contando tudo o que tinha acontecido. O vídeo explicava muita coisa, mas ainda não explicava porque o Patrício deixou aquela mulher chegar tão perto. Ainda que ele não estivesse ficando com ela, ele permitiu que ela o beijasse. Isso me magoou. Doeu muito.Então eu recebi o e-mail dele, contando tudo, dando explicações, dizendo que estava me procurando, que estava quase louco sem mim, que me amava e que não desistiria de mim. Eu gostei de ler aquele e-mail. Mas ainda não foi o sufici
“Patrício”Foi bom ter passado um tempo com o Sr. Orlando, ele era um homem ponderado e com uma grande vivência. Ele me deu conselhos e uma certa tranquilidade de que tudo se resolveria bem. Eu estava chegando ao escritório, com o ânimo renovado, cheio de esperança e saudade e uma caixa de turróns que eu sabia que adoçariam a minha Lisandra.- Se você tivesse falado comigo, eu teria dito que ela já estava voltando. Mas eu acho que, no fim das contas, foi bom você passar um tempo com o meu pai. – A Manu me falou assim que me viu.- Foi sim, Manuzinha! – Eu olhei para ela, sentindo uma onda de ansiedade crescer dentro de mim.- Sim, ela já chegou. – A Manu se adiantou a minha pergunta.Eu caminhei devagar até a porta da sala dela e a vi sentada ali, placidamente, olhando a tela do computador e conferindo a agenda. Ela não percebeu que eu havia chegado, ou pelo menos eu pensei que não. Me aproximei devagar e coloquei a sacola sobre a sua mesa. Ela olhou de soslaio para a sacola, mas não
“Patrício”A Lisandra tentava se debater sob mim, mas eu a mantinha no lugar, com cuidado para não a machucar, mas sem dar espaço para que ela saísse correndo.- Me solta! – Ela bateu o punho fechado em meu peito.- Não posso, você está apenas de sutiã e de jeito nenhum que outro homem vai colocar os olhos no que é meu! – Eu respondi e dei mais um beijo em seu pescoço.- Eu não sou sua! – Ela reclamou.- Ah, você é, você pode até estar com raiva, mas você é minha. A forma como o seu corpo reage a mim deixa isso bem claro. – Eu reafirmei.- Você é um... – Ela estava vermelha e adorável embaixo de mim.- Um palerma. Eu sei. Mas nós vamos resolver isso, meu doce, porque eu sou o seu palerma e eu não posso viver sem você. – Eu falei com calma e não conseguia tirar o sorriso do rosto. Eu tinha mais certeza do que nunca que nós nos acertaríamos, era só uma questão de tempo e de que eu fizesse a coisa certa.- Ei, vocês sabem que eu ainda estou aqui? – O Rick chamou de repente.- Isso eu sei
“Lisandra”Os dias foram passando e o Patrício e eu ainda não tínhamos nos resolvido e as nossas disputas diárias, com provocações e discussões, voltaram a ser como no início, como eram logo que ele voltou de viagem. Geralmente ele me chamava de garotinha mimada e eu ficava cega de raiva, depois ele deixava algo sobre a minha mesa como pedido de desculpas e eu devolvia e nós voltávamos a discutir. Era um ciclo infinito.Já havia se passado um mês desde que eu o flagrei com aquela mulher e descobri que estava grávida, mas minha gravidez ainda era um segredo. Eu também não havia buscado minhas coisas na casa dele, eu queria que ele as devolvesse e nós brigávamos por isso também. Eu confesso que cada vez que ele dizia que as minhas coisas estavam na “nossa” casa eu ficava balançada, mas quando ele me dizia que me amava e que não desistiria, eu tinha vontade de esquecer tudo e agarrá-lo.Para não ir trabalhar de tênia e moletom todos os dias, acabei conseguindo um uniforme como os das rec
“Lisandra”O Patrício me colocou no carro e dirigiu rapidamente para o hospital. Durante o percurso ele me observava e vez ou outra perguntava como eu estava me sentindo. Eu não queria que ele soubesse ainda da minha gravidez, mas eu não me preocupei, pois ele ficaria na sala de espera. Por outro lado, eu não poderia me consultar com o Dr. Molina, pois o Patrício poderia desconfiar, devido a especialidade do médico.O Patrício me deixou sentada enquanto estava passando as informações na recepção. Logo ele se juntou a mim e quando fomos chamados a recepcionista nos indicou o andar e o número do consultório. Só quando nos apresentamos para a secretária do médico foi que eu me dei conta de quem era aquele consultório e eu já estava prevendo outra cena.- Lisandra! – O Dr. Gabriel saiu do consultório sorrindo. – Parece que hoje é o meu dia de sorte.Ele não havia visto o patrício um pouco mais adiante pegando um copo de água pra mim, mas o Patrício se virou bruscamente e veio em direção a