“Patrício”Depois que a Darla falou o nome da Taís, a sala caiu em um completo silêncio. Mas de onde foi que a Taís surgiu nessa história? Não é possível que ela já não me tivesse prejudicado o suficiente!- Essa mulher é louca, bem que a Taís falou, parece um cachorro louco. – A Darla reclamou da Melissa, se ajeitou no sofá e começou a tirar os grampos do cabelo.- Você não viu nada! – O Flávio riu. – Agora conta tudo. Ou eu solto a maluca de novo. – Ele piscou para a Melissa, que sorriu e se sentou como uma dama.- A Taís e eu nos conhecemos há muito tempo. Nós chegamos a trabalhar juntas, mas eu fiz o curso e me tornei corretora, aí troquei de emprego, mas nós mantivemos contato. Nós costumávamos sair juntas, ela dizia que o marido não se importava. Engraçado, eu nunca conheci o Ricardo. – A Darla comentou, mas o Rick se manteve imóvel.- Mas a cachorra da Taís não tinha ido pra Campanário com o pilantra do Guilherme? – A Melissa pareceu confusa.- Ela foi. Parece que ele é um riqu
“Patrício”Depois da reunião na casa do Flávio eu fui pra casa. Estava cansado, mas também ansioso e não consegui dormir. Fiquei andando pela casa, tentei ver alguma coisa na televisão, mas nada prendeu minha atenção, fui pra cama, mas o cheiro dela no travesseiro me deixava ainda mais ansioso e eu só senti um pouco de paz no closet dela, com o álbum de fotos aberto na foto que tiramos no dia em que eu o dei para ela. Ela estava sorrindo e o jeito que me olhava deixava claro que ela me amava e foi a certeza desse amor que me acalmou e me consolou.Pela manhã eu saí de casa determinado. Eu ficaria de joelhos, imploraria, pediria perdão um milhão de vezes, mas eu não a perderia, não assim, aliás, de jeito nenhum! Chamei o motorista para que me levasse até a casa da Melissa, eu não tinha cabeça para dirigir e precisava pensar, mais do que já tinha pensado a noite toda.Durante o trajeto eu pensei em milhões de coisas para dizer a ela, pensei nas diversas formas de provar a ela o quanto e
“Patrício”Eu saí do apartamento da Melissa e fui até o apartamento da Lisandra, mas ela não estava lá. Olhei o closet e faltava uma mala, disso eu sabia, então certamente faltavam algumas peças de roupa.- Quer saber, eu vou acabar com isso. – Falei para mim mesmo e comecei.Eu abri as malas grandes sobre a cama e comecei a colocar todas as coisas dela lá. Somente quando esvaziei o closet e o banheiro e não deixei nada no quarto foi que eu chamei o motorista para me ajudar com as malas. Eu tirei todas as coisas dela dali, levei para a minha casa e pedi que a Wanda arrumasse tudo no closet dela.Saí de casa outra vez e comecei a minha peregrinação à procura da Lisandra. Comecei pela casa da Catarina, mas ela não estava lá. Depois fui até a casa da Manu, mas lá também a Lisandra não estava. Então fui até a casa da Sam e nada. Saí do condomínio e fui até a casa do Rick, o peguei pronto para ir para o trabalho, mas a Lisandra também não estava lá. Fui até a casa do PH e, por fim, fui a c
“Taís”Eu estava me divertindo muito! Quando fui encontrar a Darla na corretora e ouvi o nome do Patrício Guzman, foi como se eu ganhasse um presente. Eu tinha a oportunidade de me vingar. Eu odeio o Patrício, porque ele sempre foi uma sombra entre a Virgínia e eu. Foi por causa dele que ela quis voltar. Foi por causa dele que ela se arrependeu de ficar comigo.E quando a Darla me ligou contando o que tinha acontecido, que a namoradinha flagrou o beijo que ela deu nele, eu achei incrível. Foi melhor do que eu tinha planejado. Mas não parou por aí, eu dei de cara com ele aqui nessa cidadezinha e ele estava derrotado, realmente arrasado, e eu ainda tripudiei sobre ele. Eu sabia que ele não ia perder o controle, o Patrício é bom moço demais e é equilibrado demais, nunca se descontrola, nunca perde a razão. Eu enfiei o dedo fundo na ferida. E ele não fez nada além de uma ameaça vazia.- Taís, você é louca! – A Sabrina estava rindo ao meu lado.- Vai dizer que não gostou de ver esse aí aca
“Patrício”Eu havia dado uma lição na Taís e uma lição das boas. Enquanto o segurança do Sr. Pontes a jogava na rua eu estava filmando aquilo, depois mandei o vídeo para o Rick. Eu tinha certeza de que, depois daquilo, ela não ia querer cruzar os nossos caminhos nunca mais. Mas o meu problema ainda não tinha sido resolvido. Eu ainda não sabia onde a Lisandra estava.Eu pensava e pensava, mas não conseguia imaginar aonde a Lisandra poderia ter ido. Já tinha quatro dias que tudo tinha acontecido e eu estava em Campanário, esperando que ela aparecesse e eu fui ficando com a esperança de que ela ainda poderia aparecer, mas eu ainda não tinha visto nenhum sinal dela.Eu estava andando de um lado para o outro, quase furando o chão da sala, e tive uma idéia. Ela não atendia o telefone, eu não sabia onde ela estava, mas em algum momento ela verificaria os e-mails. Então eu meu sentei e escrevi um e-mail para ela. Contando sobre tudo o que havia acontecido realmente. Seguindo o conselho da Mel
“Lisandra”Eu cheguei na fazenda me sentindo quebrada. O tio Orlando me acolheu e me aclamou, depois ele me aconselhou. Ele disse que não valia a pena desistir de um amor assim, só por causa de um erro. Ele me lembrou sobre o que ele e a mãe da Manu passaram e me aconselhou a dar uma chance ao Patrício, ele acreditava que o Patrício era um bom homem e que aprenderia com esse erro.Eu pensei muito sobre todas as coisas que o tio Orlando ia me dizendo. E aí, o Flávio me mandou aquele vídeo, com aquela mulher contando tudo o que tinha acontecido. O vídeo explicava muita coisa, mas ainda não explicava porque o Patrício deixou aquela mulher chegar tão perto. Ainda que ele não estivesse ficando com ela, ele permitiu que ela o beijasse. Isso me magoou. Doeu muito.Então eu recebi o e-mail dele, contando tudo, dando explicações, dizendo que estava me procurando, que estava quase louco sem mim, que me amava e que não desistiria de mim. Eu gostei de ler aquele e-mail. Mas ainda não foi o sufici
“Patrício”Foi bom ter passado um tempo com o Sr. Orlando, ele era um homem ponderado e com uma grande vivência. Ele me deu conselhos e uma certa tranquilidade de que tudo se resolveria bem. Eu estava chegando ao escritório, com o ânimo renovado, cheio de esperança e saudade e uma caixa de turróns que eu sabia que adoçariam a minha Lisandra.- Se você tivesse falado comigo, eu teria dito que ela já estava voltando. Mas eu acho que, no fim das contas, foi bom você passar um tempo com o meu pai. – A Manu me falou assim que me viu.- Foi sim, Manuzinha! – Eu olhei para ela, sentindo uma onda de ansiedade crescer dentro de mim.- Sim, ela já chegou. – A Manu se adiantou a minha pergunta.Eu caminhei devagar até a porta da sala dela e a vi sentada ali, placidamente, olhando a tela do computador e conferindo a agenda. Ela não percebeu que eu havia chegado, ou pelo menos eu pensei que não. Me aproximei devagar e coloquei a sacola sobre a sua mesa. Ela olhou de soslaio para a sacola, mas não
“Patrício”A Lisandra tentava se debater sob mim, mas eu a mantinha no lugar, com cuidado para não a machucar, mas sem dar espaço para que ela saísse correndo.- Me solta! – Ela bateu o punho fechado em meu peito.- Não posso, você está apenas de sutiã e de jeito nenhum que outro homem vai colocar os olhos no que é meu! – Eu respondi e dei mais um beijo em seu pescoço.- Eu não sou sua! – Ela reclamou.- Ah, você é, você pode até estar com raiva, mas você é minha. A forma como o seu corpo reage a mim deixa isso bem claro. – Eu reafirmei.- Você é um... – Ela estava vermelha e adorável embaixo de mim.- Um palerma. Eu sei. Mas nós vamos resolver isso, meu doce, porque eu sou o seu palerma e eu não posso viver sem você. – Eu falei com calma e não conseguia tirar o sorriso do rosto. Eu tinha mais certeza do que nunca que nós nos acertaríamos, era só uma questão de tempo e de que eu fizesse a coisa certa.- Ei, vocês sabem que eu ainda estou aqui? – O Rick chamou de repente.- Isso eu sei