“Manuela”O Flávio e eu já estávamos casados há três meses e eu era mais feliz do que poderia imaginar. Ele me cobria de atenção e carinho, ainda mais do que antes. Eu estava olhando em meu celular uma foto que tiramos na lua de mel, naquela praia linda de Bali. Depois do casamento ele me levou para o hotel fazenda, ficamos dois dias lá e depois fomos para Bali, onde ficamos dez dias. Daria no mesmo pra mim aquele bangalô em Bali ou uma cabana no meio do mato na fazenda, desde que o meu grandão estivesse comigo todos os lugares no mundo eram lindos e incríveis.- Minha nossa, mas já está casada há três meses e continua suspirando? Meu irmão deve ser o máximo mesmo! – Lisa parou em frente a minha mesa.- Ah, ele é, ele é mais do que o máximo! – Olhei sonhadora para aquela foto.- Imagino, pelos barulhos que vocês faziam naquele apartamento. – Lisa riu.- Ah, e fazemos muito mais na casa nova! – Lisa fingiu estar chocada e eu ri. Ela não quis se mudar conosco, então o Flávio deu o apart
“Manuela”O Dr. Molina me olhou como se estivesse tentando encontrar uma forma de me dizer seja lá o que fosse.- Ai, anda, tio, fala logo, o que tem de errado? – Melissa parecia ser a própria paciente e era bem engraçado, ela estava quase roendo as unhas.- Manu, você precisa ficar mais calma. Essa impaciência e ansiedade não vão te fazer bem, nem pra você e nem para o seu bebê. – Dr. Molina sorriu.- Ai, Dr. Molina, prometo que quando esse bebê resolver aparecer eu vou me acalmar, mas até eu estar grávida eu não vejo como conseguir ficar calma, essa espera é angustiante. – Respondi.- E como vai ser durante os pouco mais de oito meses de gestação? – Ele perguntou, estava se divertindo com a minha expectativa, mas eu sabia que estava tentando me acalmar.- Ai, Dr. Molina, a gente se preocupa com isso quando for a hora... – Melissa me interrompeu.- Espera, você disse pouco mais de oito meses? – Melissa perguntou e eu olhei pra ela sem entender o que havia de errado. Olhei de novo par
“Flávio”A Lisandra estava me deixando louco com essa história com o Patrício, eles pareciam se odiar cada vez mais. E hoje ela ainda me pediu para ir ao apartamento, pois precisava de um conselho. Eu não engoli essa. Desde quando a Lisa pede conselho? Ela queria era me colocar no meio da confusão dos dois, mas eu não perderia um bom amigo saindo em defesa da minha irmã, que eu sabia bem que era terrível quando queria.Eu estava mesmo era querendo ir pra casa, passei o dia todo inquieto, preocupado. Já tem tempos que eu notei a baixinha estranha, como se estivesse me escondendo alguma coisa, ansiosa, chorona e com alguns hábitos diferentes. Ela nem toma mais café!E hoje, antes de sair de casa, eu a notei mais ansiosa ainda, como se estivesse se preparando para algo importante. Passei o dia inteiro pensando nisso, e cheguei a conclusão de que era melhor tirar a história a limpo. Nós estávamos casados há cinco meses, tudo parecia ir bem, mas ela estava estranha e era melhor eu saber o
“Flávio”Eu olhei para aquele quarto sem compreender. Ele havia sido decorado como um quarto de hóspedes, tinha uma cama de casal, uma cômoda e uma televisão. Era uma suíte ampla, com vista para a piscina. Mas eu notei que havia sobre a cama uma caixa branca com um laço dourado, não era grande. Também vi aos pés da cama uma lata de tinta pequena e material para pintar paredes, amostras de papel de parede e um catálogo de decoração. Eu olhei aquilo tudo sem entender.- Você quer fazer uma reforma, baixinha? Essa é a surpresa? – Olhei para ela meio decepcionado.- Sim, nós vamos reformar este quarto, e é parte da surpresa. A menos que você não concorde que seja esse. – Ela estava rindo, percebeu a minha decepção.- E por que você quer reformar esse quarto?- Porque nós precisamos. – Ela falou simplesmente e eu suspirei, mulheres e suas manias de renovação.- Podemos contratar uma empresa... – Ela me interrompeu.- Até podemos. – Ela refletiu. – Vem cá. – Ela me puxou para a cama. – Sent
“Flávio”Eu mal esperei sair do consultório para mandar uma mensagem para a família e os amigos contando a novidade. Estavam todos ansiosos como nós e a Manu já tinha decidido que não queria fazer a tal da festa de revelação, ela queria contar logo para todos, pois estavam todos ansiosos, ela havia se tornado o bibelô da família e dos amigos, todos a enchiam de cuidado e carinho.- E agora, baixinha? Eu imagino que você já tenha pensado em um nome. – Perguntei já no carro dirigindo rumo a nossa casa.- Sim, e espero que você concorde. – Eu sabia exatamente que nome era antes mesmo que ela dissesse. É claro que eu concordaria. – E eu gostaria que você escolhesse os padrinhos.- Isso é sério? Vai me dar esse privilégio? – Eu não esperava por aquilo, pensei que ela fosse querer escolher os padrinhos, mas ela me deu esse presente e eu sabia exatamente quem seriam os padrinhos perfeitos para a minha menina.- Sim, quero que seja você a escolher. – Manu sorriu.- Ótimo, porque eu já sei que
“Manuela”Eu olhava para aquele jardim estupefata! Parecia não haver cor de rosa o suficiente no mundo para a minha pequena Açucena. Ela estava no colo da Olívia, encantada com uma borboleta cor de rosa enorme perto da mesa do bolo. Minha pequena garotinha estava completando dois anos. Tinha os cabelos pretos do pai, mas no resto era muito parecida comigo, era meiga e delicada, e com seus pequenos gestos charmosos e sorrisos apaixonantes encantava a todos.- Baixinha, você deveria estar sentada! – O Flávio apareceu ao meu lado.- Estou grávida, grandão, não estou incapaz! – Reclamei.- Sim, grávida de nove meses e já vi isso acontecer, você fica andando pra lá e pra cá e esse garoto vai nascer no meio da festa da irmã! – O Flávio tinha ficado esperto. Quando a Açucena nasceu ele quis saber o que havia acontecido e perguntou ao Dr. Molina se o fato de eu fazer longas caminhadas pelo jardim tinha feito mal, lógico que o médico riu e disse a ele que isso tinha contribuído para o parto.-
CASAL 4 – TEORIA DO CAOS: O CEO IRRITANTE E A ASSISTENTE ATRAPALHADACapítulo 1: Voltando pra casa“Patrício”Quantas vezes podemos sofrer por amor? Eu ainda não sei, mas sei que podemos nos enganar muitas vezes.A primeira vez que eu sofri por amor eu tinha vinte e poucos anos, estava de casamento marcado, mas um mês antes do casamento a minha noiva simplesmente foi embora. Ela foi embora e me deixou para trás com o orgulho ferido e setecentos convidados para serem avisados de que não haveria casamento. Eu fiquei tão decepcionado, com tanta raiva, afinal, que tipo de pessoa simplesmente vai embora tinta dias antes do casamento e só deixa um recado dizendo que não vai se casar com você?Eu comecei a beber, não fazia mais nada, só bebia e me lamentava. Minha mãe, já sem saber o que fazer, teve a grande idéia de me aconselhar a viajar. Na verdade ela não aconselhou, ela me entregou uma mala e uma passagem só de ida para Portugal e me largou no aeroporto. Ela disse que viajar para um lug
“Lisandra”Eu tive uma noite horrível! O Patrício estava em todos os meus sonhos e eles iam desde beijos ardentes em uma linda praia até ele me colocando para fora da empresa a ponta pés, literalmente. Desde que eu comecei nesse trabalho eu estava sonhando muito com ele, isso parecia uma obsessão que eu não conseguia deixar. E tudo ficou ainda pior desde que ele me ligou e pediu para reservar o seu vôo de volta. Eu estava com os nervos à flor da pele. Ele chegaria no final da semana seguinte e iria direto para a fazenda da família da Manu, onde seria o casamento dela com o meu irmão.- Bom dia! – Falei como um zumbi quando entrei na cozinha e vi a Manu tomando seu café, com os olhos brilhantes de quem tinha tido uma noite maravilhosa.- Nossa! Você está péssima! – Ela me avaliou.- Ah, obrigada, cunhadinha! Pena que não posso dizer o mesmo de você! – Brinquei com ela, que riu e balançou a cabeça.- Patrício de novo? – Ela perguntou colocando a mão sobre o queixo para me ouvir.- Sim!