P.V. CHARLES – Matilde! – Aline grita e abraça Matilde. – Oi, querida. – Matilde retribui o abraço. – Como você está? – Bem, mas confesso que um dia longe senti falta da sua comida. Revirei os olhos. Comprei comida no melhor restaurante da cidade, e só foi um dia longe da Matilde, não é possível estar com tanta falta assim. Não vejo essa aminação toda quando está comigo. – Nenhum restaurante vai conseguir superar minha culinária. – Matilde diz se gabando. Elas ficaram um bom tempo conversando e nosso café da manhã foram juntos. Depois Aline queria andar de cavalo e eu cedi, ela foi em um cavalo e eu em outro, não resisti e dei uns gritos com ela. Quando Aline correu com o cavalo, ela faz isso de propósito. Não é possível. Aline riu tanto, mas tanto que pensei que teria que levar ela para o hospital de novo. – Não! Só mais um pouco. – Aline diz, ainda rindo. Ajudei ela a descer do cavalo. – Não, chega por hoje. Ela suspirou, colocando a mão na barriga. – Ok. Foi bom enquanto
– Você sabia que se manter seu corpo para frente e andar, mas ao mesmo tempo tem que olhar de canto de olho. – Aline me explicava. – Dá a impressão que os navios estão em movimento.Fiz o que ela falou. Estamos em um museu e em frente a um grande quadro com navios em alto mar, acredito que estejam em guerra. Aline tinha razão, conforme andava dando a impressão que os navios estavam se mexendo. Ela escolhe ir em um museu, a explicação dela quanto a isso é que Aline tinha o costume de vir uma vez na semana ou ir em uma biblioteca passar o tempo. Confesso que estava esperando outra coisa. Passear no shopping, poderia fazer compras, não sei coisas de mulheres.– Bem legal. E qual é a biblioteca que gosta de ir?
P.V. FILIPEMeu celular apitou em cima da mesa e eu peguei já esperando a mensagem, abrir e vi o endereço. Dou um sorriso fraco. Como eu pude errar tanto com esse garoto? Apresentei tantas mulheres, mulheres das quais poderiam trazer uma boa imagem para nossa empresa e assim aumentar nas vendas. Seria uma situação perfeita para aumentar a família, mas Charles tinha mesmo que procurar uma clínica? Uma barriga de aluguel. Quanto dinheiro ele gastou desnecessariamente com essa clínica? Um casamento teria servido bem melhor. Agora quer ser um pai solteiro?Levantei do sofá e peguei a chave do carro. Nesse momento Charles está na empresa, coisa que ele tem evitado fazer faz um tempo. Aposto que essa mulherzinha deve estar fazendo a cabeça dele, nunca imaginei que Charles pudesse ser tão fraco assim. Não posso deixar essa mulherzinha entrar na nossa família e fazer a cabeça dele. Como pai resta para mim resolver as coisas. Charles ainda teve coragem de levar essa mulher para nossa casa de c
P.V. CHARLES- Eu não sei qual foi o motivo que a fez passar mal, mas isso causou muito estresse e nervosismo nela. Aline está grávida e os seus hormônios estão à flor da pele, ela está entrando no seu quarto mês da gravidez e precisa descansar. - O médico falou. - Seja o que for que tenha acontecido espero que não aconteça novamente. Seu filho sente tudo que a mãe está sentindo e é preciso evitar. Controlar suas emoções neste momento não é fácil no período da gravidez e pouco que a conheço Aline não é uma mulher calma. – Ele suspirou. – Aline tem controlado os seus desejos?- Sim.O médico me olhou por alguns segundos e concordou quando viu que eu não diria mais nada.- Pode entrar e falar com ela. - Ele disse antes de sair.Respirei fundo e tentei sorrir, não vou tocar no assunto sobre o meu pai ter ido lá. Quero levá-la para casa logo. Com Filipe, eu vou resolver depois.- Então vai parar de ficar me dando sustos ou você quer que eu volte com os empregados na casa de novo? - Falei
P.V CHARLESNo hospital para casa, eu dispensei o meu motorista pedindo para que ele buscasse outro carro e o deixasse à disposição na casa de campo. Como eu estava saindo cedo e voltando cedo e para nossa alegria não estava acontecendo nada de errado meu carro ficava à disposição caso a Aline precisasse de alguma coisa. Porém devido ao último acontecido e eu poderia não ter chegado a tempo pedir para que o meu motorista trouxesse outro carro para cá e ele vai ficar aqui disponível 24 horas.No caminho para casa de Filipe, tento relaxar um pouco e não chegar lá despejando tudo que eu tenho a dizer a ele, mas tem que confessar que será difícil. Não é de hoje que estou estressado com ele e tenho me segurado. Sei que Filipe queria ter um neto e também seus motivos da forma dele querer esse neto. Mas parece que ele ainda não entendeu a parte de que não controla mais a minha vida e que eu não sou menor de idade. Tem aguentado tanta coisa que agora ele ultrapassou a linha do limite. Quando
P.V. ALINE – Ele foi falar com o Filipe, não é? – Perguntei a Matilde.Passei o resto da tarde dormindo e quando acordei Charles não estava em casa. Quando vi Filipe ali fiquei envergonhada porque pensei que fosse o Charles, nunca imaginei conhecer o pai dele. Ele me lembra Charles fisicamente. Assim que Filipe começou a falar aquelas coisas, eu tentei rebater ele e dar a minha versão nessa história, perda de tempo com certeza. Não importava o que eu falasse, ele só pensaria o pior.Então fiquei quieta e ouvir, apenas ouvir. Como uma pessoa pode ter tanto ódio por outra sem ao menos conhecê-la? Mas o problema foi ter ficado para ouvi-lo. Tudo que ele falava parecia fazer sentido e isso me aterrorizou. Os momentos bons que passei a ter com Charles parecia ser uma completa mentira. Fiquei nervosa com isso e uma ansiedade grande querendo que Charles aparecesse logo, minha pressão baixou e o resultado foi o meu desmaio.– Sim, ele não falou que iria lá. Apenas falou que logo voltaria. –
P.V. ALINEEu beijei Charles Grant. CEO da maior empresa de carros do país, um dos solteirões mais cobiçados do momento com uma fortuna gigantesca. Homem que nunca iria olhar para mim. A não ser que ele tenha contratado uma clínica para ter o seu herdeiro e tivesse que passar nove meses com essa mulher. E sim eu fui a felizarda que ele escolheu. Não sou sortuda pelo que os outros pensam, Charles é podre de rico isso é um detalhes que não dá para esquecer. Mas sim porque Charles é um gato! Abracei meu travesseiro com mais força e me segurei para não rir alto.Ele tem pegada e foi difícil não pensar naquele momento a gente na hora H. Acho que nunca vi Charles sem camisa, sempre com seus ternos sob medida e quando está mais de boa em casa nunca está sem camisa. Sempre estando bem vestido.Estou nervosa!Pareço uma adolescente apaixonada dando seu primeiro beijo.Mas não esperava beijar Charles. Ok, eu já imaginei. É difícil não pensar nele, Charles chama atenção em qualquer lugar. E ele
P.V. ALINE– Charles, você precisa se acalmar. – Pedi novamente.– Estamos a um passo de saber qual o sexo do bebê. – Revirei os olhos. – Pare de revirar os olhou pra mim, Aline. Nem parece que você quer saber o sexo do bebê.– Logo, logo vamos descobrir e mesmo assim não vai dar para trocar o sexo do bebê…– Você está muito sensível hoje. – Charles cruzou os braços e ficou emburrado.Neguei com a cabeça. Hoje é ele que está nervoso querendo saber o sexo do bebê, ontem era eu. Estou bem calma comparado a ontem, quero saber o sexo do bebê, mas agora vejo que não tem porque ficar tão ansiosa. A médica nos chamou e nos preparamos. Senti o gel gelado na minha barriga e quando ela começou, eu senti meu coração bater mais forte. Ela sorri e olha para Charles que segurava minha mão. – Então você vai dizer ou essa máquina vai falar alguma o resultado. – Seu semelhante estava sério e a médica ficou sem jeito.Apertei sua mão e Charles me olhou dando de ombros. Não tem porque ele falar com ela