P.V. CHARLES- Eu não sei qual foi o motivo que a fez passar mal, mas isso causou muito estresse e nervosismo nela. Aline está grávida e os seus hormônios estão à flor da pele, ela está entrando no seu quarto mês da gravidez e precisa descansar. - O médico falou. - Seja o que for que tenha acontecido espero que não aconteça novamente. Seu filho sente tudo que a mãe está sentindo e é preciso evitar. Controlar suas emoções neste momento não é fácil no período da gravidez e pouco que a conheço Aline não é uma mulher calma. – Ele suspirou. – Aline tem controlado os seus desejos?- Sim.O médico me olhou por alguns segundos e concordou quando viu que eu não diria mais nada.- Pode entrar e falar com ela. - Ele disse antes de sair.Respirei fundo e tentei sorrir, não vou tocar no assunto sobre o meu pai ter ido lá. Quero levá-la para casa logo. Com Filipe, eu vou resolver depois.- Então vai parar de ficar me dando sustos ou você quer que eu volte com os empregados na casa de novo? - Falei
P.V CHARLESNo hospital para casa, eu dispensei o meu motorista pedindo para que ele buscasse outro carro e o deixasse à disposição na casa de campo. Como eu estava saindo cedo e voltando cedo e para nossa alegria não estava acontecendo nada de errado meu carro ficava à disposição caso a Aline precisasse de alguma coisa. Porém devido ao último acontecido e eu poderia não ter chegado a tempo pedir para que o meu motorista trouxesse outro carro para cá e ele vai ficar aqui disponível 24 horas.No caminho para casa de Filipe, tento relaxar um pouco e não chegar lá despejando tudo que eu tenho a dizer a ele, mas tem que confessar que será difícil. Não é de hoje que estou estressado com ele e tenho me segurado. Sei que Filipe queria ter um neto e também seus motivos da forma dele querer esse neto. Mas parece que ele ainda não entendeu a parte de que não controla mais a minha vida e que eu não sou menor de idade. Tem aguentado tanta coisa que agora ele ultrapassou a linha do limite. Quando
P.V. ALINE – Ele foi falar com o Filipe, não é? – Perguntei a Matilde.Passei o resto da tarde dormindo e quando acordei Charles não estava em casa. Quando vi Filipe ali fiquei envergonhada porque pensei que fosse o Charles, nunca imaginei conhecer o pai dele. Ele me lembra Charles fisicamente. Assim que Filipe começou a falar aquelas coisas, eu tentei rebater ele e dar a minha versão nessa história, perda de tempo com certeza. Não importava o que eu falasse, ele só pensaria o pior.Então fiquei quieta e ouvir, apenas ouvir. Como uma pessoa pode ter tanto ódio por outra sem ao menos conhecê-la? Mas o problema foi ter ficado para ouvi-lo. Tudo que ele falava parecia fazer sentido e isso me aterrorizou. Os momentos bons que passei a ter com Charles parecia ser uma completa mentira. Fiquei nervosa com isso e uma ansiedade grande querendo que Charles aparecesse logo, minha pressão baixou e o resultado foi o meu desmaio.– Sim, ele não falou que iria lá. Apenas falou que logo voltaria. –
P.V. ALINEEu beijei Charles Grant. CEO da maior empresa de carros do país, um dos solteirões mais cobiçados do momento com uma fortuna gigantesca. Homem que nunca iria olhar para mim. A não ser que ele tenha contratado uma clínica para ter o seu herdeiro e tivesse que passar nove meses com essa mulher. E sim eu fui a felizarda que ele escolheu. Não sou sortuda pelo que os outros pensam, Charles é podre de rico isso é um detalhes que não dá para esquecer. Mas sim porque Charles é um gato! Abracei meu travesseiro com mais força e me segurei para não rir alto.Ele tem pegada e foi difícil não pensar naquele momento a gente na hora H. Acho que nunca vi Charles sem camisa, sempre com seus ternos sob medida e quando está mais de boa em casa nunca está sem camisa. Sempre estando bem vestido.Estou nervosa!Pareço uma adolescente apaixonada dando seu primeiro beijo.Mas não esperava beijar Charles. Ok, eu já imaginei. É difícil não pensar nele, Charles chama atenção em qualquer lugar. E ele
P.V. ALINE– Charles, você precisa se acalmar. – Pedi novamente.– Estamos a um passo de saber qual o sexo do bebê. – Revirei os olhos. – Pare de revirar os olhou pra mim, Aline. Nem parece que você quer saber o sexo do bebê.– Logo, logo vamos descobrir e mesmo assim não vai dar para trocar o sexo do bebê…– Você está muito sensível hoje. – Charles cruzou os braços e ficou emburrado.Neguei com a cabeça. Hoje é ele que está nervoso querendo saber o sexo do bebê, ontem era eu. Estou bem calma comparado a ontem, quero saber o sexo do bebê, mas agora vejo que não tem porque ficar tão ansiosa. A médica nos chamou e nos preparamos. Senti o gel gelado na minha barriga e quando ela começou, eu senti meu coração bater mais forte. Ela sorri e olha para Charles que segurava minha mão. – Então você vai dizer ou essa máquina vai falar alguma o resultado. – Seu semelhante estava sério e a médica ficou sem jeito.Apertei sua mão e Charles me olhou dando de ombros. Não tem porque ele falar com ela
P.V. CHARLESJoe dormia tranquilamente em meu colo.– Parece que esse não acordar hoje. – Felicia passou a mão nas costas do Joe. – Tem certeza que não quer ficar aqui?– Meu filho já aproveitou a família Grant por nós dois. – Sentei com Joe no banco do carro e a Felícia fechou a porta para mim.– Não somos tão difíceis assim, Charles. – Ela fez uma careta. – Já fomos piores.Sorri.– Tenho que concordar com você, tia.Felicia Grant é irmã mais nova do meu pai, sendo a única mulher dos quatro irmãos. Ela tem um filho, Leonard. Sou mais próximo dele do que dos meus outros primos. Ela é avó do pequeno Alvin, ele tem cinco anos de idade igual ao Joe.Roger e Francine são filhos do meu tio, Paul. Paul Grant é o pior dos meus tios e é o mais velho dos irmãos, não gosto dele e a gente no mesmo lugar por muito tempo não é bom. Ele tem três netos, Rick e Dakota, que são filhos de Roger. Eles são gêmeos e tem uns quinze anos. A filha de Francine se chama Leah, ela é muito fofa e tem sete anos
P.V. ALINE– Eu cumpri! Paguei tudo e procurei os melhores médicos para ela…– E ela está morta! – As palavras arranham a minha garganta. – Chega de mentiras, Charles.Vou em direção a porta, mas ele segura em meu braço fazendo eu parar. Puxei meu braço de volta e olhei para Charles com raiva.– Aline, por favor. – Ele pediu. Seus olhos estavam marejados. – Eu posso te provar…Chorando? Sério? Como ele pode ser assim?! Eu achei que existia um lado bom nele, mas só me enganou. Nunca deixou de pensar aquelas coisas de mim, ele prometeu cuidar da minha mãe. – Não quero te ouvir, eu não quero… – Ouvi Joe chorar.Abaixei minha cabeça me segurando para não ir até ele.– Aline, fica. Se não eu for o motivo que seja por ele. – Charles falou.Olhei para ele e sequei minhas lágrimas.– Não esqueça de depositar o dinheiro na minha conta. – Falei e me virei para sair dali.Charles me chamou diversas vezes e chegou a ir atrás de mim, mas parou quando o choro de Joe aumentou. Minha cabeça gritava
- Seja bem-vinda, Dra Carter. Sou Manuela Larson, sua assistente pessoal.Manuela é alguns centímetros mais baixa do que eu e muito sorridente. Ela usa um óculos perfeito para o seu rosto, o que deixa ela com ar de séria, mas o sorriso te entrega.- Uma assistente pessoal? Eu vou mesmo precisar?Manuela me barrou antes mesmo que eu pudesse entrar dentro do hospital. Estamos nesse exato momento conversando no estacionamento. Ela parecia estar bem empolgada.- O Dr. Mccall quer oferecer todo um suporte para que possa se organizar melhor aqui e claro poder atender os seus pacientes sem nenhuma preocupação. É aí que entra eu! - Ela deu um gritinho nessa última parte. Comecei a andar em direção ao elevador e Manuela me acompanhou. - Vou programar todos os seus horários e o que você precisar pode falar comigo e vou conseguir para você. Claro! Quando você não quiser ir resolver pessoalmente. Sou apenas o seu suporte.Manuela parecia mais um robozinho falando e uns robozinhos bem chatos. Sorr