A vida nunca será fácil para uma garota do subúrbio, é assim que costumam chamar os mais humildes, sempre estudei em colégio público e ganhei uma bolsa para cursar arquitetura, mas nem tudo na vida sai como planejamos e posso provar que isso é verdade. Nunca pensei que na faculdade eu conheceria o lado negro e ruim de um ser humano no qual eu pensava ser alguém especial e que me amava de verdade, mas me enganei completamente, fazendo assim eu mudar toda a rota dos meus planos e sonhos.Mesmo com o coração quebrado, tudo de pernas para o ar, eu decidi me reerguer e começar andar por outros caminhos! Caminhos esses que me curaram da ansiedade que eu vivia e que aquele antigo relacionamento me levou, que foi ajudar o próximo e foi sendo voluntária de um hospital infantil que tomei a decisão de voltar a faculdade estudando serviço social.Hoje vivo somente para trabalhar, ajudar o próximo e a minha família somente para isso! E com os pensamentos longe sentada na minha cama antes de levan
Eduardo Mais um dia se inicia e com ele excesso de trabalho e como sempre uso a minha simpatia, cavalheirismo e charme para conseguir o que quero e aonde chego resolvo tudo rapidamente, é só pedir com jeitinho que as mulheres me ajudam, fazendo tudo o que eu quero, nunca recebi um não como resposta de uma mulher e também nunca dispensei uma se cair na rede é peixe, lógico se ela me interessar. Respeito todas elas acima de tudo, acho que por isso nenhuma tem medo de mim, não sou o meu amigo Célio que as mulheres tremem somente em vê-lo, Deus me livre de ser tão troglodita como ele, nunca vi um homem mais cabeça dura igual a ele, estressado então! Ao chegar no meu escritório minha amada secretária Lili já está na ativa.— Bom dia Lili — Sorrio — Temos muito trabalho para hoje? — Pergunto.— Ah, Dr. Eduardo tem sim. — Lili sorrir e aqui brigamos no quesito simpatia.— Mande todo e qualquer trabalho para o meu escritório agora, que só irei embora quando revisar todos os documentos e plan
O meu coração está cheio de gratidão pela mais bela notícia que poderia receber que é sobre a doação de verbas para nossas crianças, ainda bem que as minhas orações foram ouvidas, sabia que a vinda daquele homem não tinha sido em vão.Mas vamos voltar para a realidade que é a minha vida fora daquele hospital, cheguei mais cedo em casa, minha sentada no seu sofá abre os braços para me abraçar.— Venha me dar um abraço, Liara!— Mãe já estava com saudades? — Pergunto deitando a cabeça no seu colo.— Estava morrendo de saudades, você e seu irmão são as pessoas mais importantes da minha vida.— Você também é mãezinha, te amo! Cadê papai? — Mamãe não responde, ficando em total silêncio.— Ele ainda não chegou, meu amor! Mas já deve estar a caminho.Percebo uma tensão, tensão que recai sobre os meus ombros também, pois meu pai já foi um alcoólatra, mesmo ele tendo feito tratamento, temos medo, medo que volte aos vícios novamente.Enquanto eu estudava no meu quarto, horas se passaram, ouvi g
Chegou o grande dia de entrevistar pessoalmente a tão sonhada assistente do Célio que será Luna Marins, tenho certeza. Lili abre a porta do escritório quando a vi pessoalmente tive a certeza que Luna é a mulher, mulher que irá colocar ordem no escritório do Célio, ao entrevistá-la pude perceber o quão dócil ela é, Célio está precisando disso, alguém que tenha paciência com ele.Fiz as perguntas necessárias e Luna se enquadra em todos os requisitos, não tem erro ela será a nova assistente do Célio, a contratei e a levei para conhecer a empresa e conhecer a senhorita Kátia também secretária do Célio, mas algo aconteceu a secretária Katia estava em prantos já imagino o que tenha acontecido não acreditando que Célio demitiu sua secretária por uma simples falta assim fica difícil defendê-lo.Apresentei Luna a Célio e quanta segurança ela tem ou finge ter na frente do carrasco, fico surpreso como Luna encara Célio.Mas ao invés dele agradecer por eu contratar a moça Célio cismar com Luna, s
Nunca em minha vida jamais imaginei que um homem desconhecido iria me pôr contra a parede, senti o cheiro do seu perfume masculino amadeirado, o calor do seu corpo queimava o meu também o meu consciente me perguntava a todo momento o que esse homem viu em mim, para me fazer uma proposta indecente daquelas, nunca conversamos e nem tivemos qualquer intimidade me senti tão mal e ofendida a ponto de lhe acertar um tapa tão forte que a minha pequena mão ficou a arder e queimar da tamanha força que foi tocar o seu rosto, o modo que ele falou comigo me magoou, ser tratada assim me fez lembrar o meu antigo namorado que somente me usou e me descartou como algo insignificante como dói lembrar do passado, chorei bastante após Eduardo sair da minha frente não consegui mais me concentrar em nada nunca mais quero vê-lo na minha frente.Não consegui mais trabalhar, as horas se passam e o diretor Ílton bate levemente na porta do meu escritório, levantei rapidamente assustada pensando ser aquele advog
Nenhuma mulher em toda a minha vida se atreveu a bater na minha cara, nem mesmo a mulher que eu mais respeito nesse mundo que é a minha mãe, fiquei completamente com raiva e entrei no meu carro pisando fundo no acelerador sem destino, me sinto com um ego ferido nunca uma mulher me desapontou assim, sai extremamente envergonhado daquele escritório.Parei em um bar qualquer peço um copo de bebida, preciso repensar no que fiz com Liara, a imagem dela de desprezo e choro atormenta a minha mente e para esfriar a cabeça bebo mais um copo de whisky e recebo uma mensagem do meu pai querendo saber onde estou, lhe dei o endereço do bar se eu não conversar com alguém vou morrer sufocado Célio é meu amigo, mas não quero desabafar com ele o que me aconteceu agora, meu pai também é meu melhor amigo.Meu pai ao chegar acena e vem até a minha mesa.— Filho, gostei do ambiente, sai um pouquinho das garras de sua mãe, tem horas que preciso respirar um pouco, me fala como você está?— Estou bem! — Falo d
Após fazer uma nova apresentação para as crianças, infelizmente tenho que ir para a casa e hoje sozinha, pois o meu irmão tem que ir para a faculdade, arrumo todas as minhas coisas, me despeço de todos e saio andando por aquela rua e um carro se aproxima de mim lentamente, comecei andar mais rápido, ouço uma voz a me chamar voz essa de quem eu não queria ver, muito menos ouvi-lo.— Liara, não tenha medo, por favor eu vim em paz. — Eduardo estaciona o carro, e me persegue a pé.Não falo nada e ando o mais rápido que posso e para o meu total desespero a rua esta vazia, a sua mão forte segura no meu braço, me puxando.— Precisamos conversar, por favor eu te peço, não irei te fazer mal. — Eduardo fala quase implorando.— Não temos o que conversar, por favor me solte, não temos nada em comum.— Temos que conversar, somente me ouve, só te deixarei em paz se você me ouvir e vier comigo.— Jamais irei com você, está ouvindo, não confio em você, preciso ir para casa, tenho medo de você.— Vou
Esperei ansioso por Liara, pedir desculpas a uma mulher nunca foi tão importante como agora, quem mandou agir como um verdadeiro canalha, as horas se passam lentamente e enfim Liara sai para ir embora a sigo devagar até uma rua sem movimento ao perceber que sou eu ela apressa os passos para que eu não a alcance, mas foi perda de tempo. Liara relutou em não querer vir comigo até suas forças se esgotarem, mas eu estava determinado em conversar com a mesma, não pensei duas vezes e trouxe Liara a força comigo, para um lugar que quase não venho, uma casa afastada de toda poluição sonora da cidade nunca forcei uma mulher para conversar comigo, mas com Liara não tive outra alternativa.Tive que manter a calma no volante, pois Liara estava descontrolada, tive que ouvir de tudo dentro do carro, até que sou um homem obcecado e talvez eu seja um, nunca fiz tal loucura na vida e ver Liara sofrendo antecipadamente pensando no que eu iria fazer com ela me deixou completamente perdido a minha vontade