Ciúmes...

- Obrigado rapaz! Se me der licença, preciso ajudar a minha esposa! -  As palavras saíram da minha boca no automático, não iria permitir a aproximação desse cara da Celine. Sem conseguir disfarçar seu olhar assustado, o folgado começou a sair apressadamente. Um sorriso de satisfação se formou nos meus lábios, não que eu estivesse com ciúmes, só queria protegê-la desse engraçadinho.

   Adentrei a cozinha colocando as demais sacolas sobre o balcão. Celine andava de um lado pro outro organizando as compras. Seus cabelos presos em um coque, dando uma bela visão do seu pescoço. Ela é muito bonita e delicada, e sua força e determinação são perceptíveis.

- Deseja algo Sr. Renê?

- Sim, que pare de me chamar de senhor, acho que não sou tão velho assim. Falei dando um sorriso de lado.

- Não, claro que não Sr.Renê, quero dizer Renê. Gostei de ouvir meu nome sair de seus lábios e a forma que corou envergonhada enquanto falava comigo.

- Você deseja algo? Posso preparar agora para você?. Ela é sempre prestativa.

- Vou tomar um banho, pode preparar o que quiser. Falei saindo da cozinha, mas no mesmo momento decidi dizer algo e retornei.

- Celine? 

- Sim - Seu olhar fixo ao meu.

- Nas próximas compras irei com você. -  Dito isso, sai com satisfação da cozinha. Não me agrada a ideia de ter outro homem que não seja eu tão próximo a ela. Ela é jovem e pelo visto é bem ingênua, não estou com ciúmes ela acabou de chegar na minha casa. Será que não?

Celine

   Hoje meu dia começou bem cedo. Precisava organizar várias coisas na casa e deixar algo de almoço semi preparado. O Sr. Renê não é exigente, come tudo que eu faço e com gosto. Graças a Deus desde mocinha aprendi a cozinhar muito bem com a minha avó. Apesar de ter uma vida privilegiada, nunca fui deslumbrada nem dondoca. Sempre me interessei pelas coisas da casa, mesmo tendo minha tia a frente de tudo nas decisões da casa do meu pai, eu gostava de passar boa parte do meu tempo na cozinha. Nesse momento da minha vida vejo o quanto saber cozinhar tem me ajudado. 

    Subi as escadas e parei em frente à porta do quarto do Sr. Renê, já se passava do meio dia e ele não havia acordado, eu queria avisá-lo que precisava fazer compras. Chamei e bati na porta por várias vezes, mas não obtive resposta. Fiquei preocupada, e num impulso decidi abrir a porta e entrar no quarto, pelo visto tem o sono bem pesado, o que não é de se estranhar já que passa a noite toda acordado. 

   Quando entrei avistei o Sr. Renê deitado de barriga para cima, vestindo uma calça de moletom branca e sem camisa. O cheiro bom do seu perfume espalhado pelo ar adentrou minhas narinas. Não resisti, me aproximei e agachei ao lado da cama observando seu corpo. Engoli em seco enquanto olhava aquele peitoral e os braços fortes. Sua barriga não é tanquinho, mas dá pra perceber que deve praticar atividade física. Me distraí observando seu belo rosto com traços simétricos e bem definidos. Sua mandíbula é bem contornada conferindo uma aparência robusta. Seu nariz é proporcional ao rosto e os lábios cheios um convite para perdição. Não consegui resistir, me aproximei sentindo o cheiro dos seus cabelos, meu coração batia em um ritmo acelerado, enquanto eu observava o monte em sua calça. Se dormindo era todo aquele tamanho, comecei a imaginar como seria ativo.

    Depois de um tempo observando tão de perto, e de vários pensamentos nem um pouco decentes, meu juízo retornou. O que ele iria pensar se acordasse e se deparasse comigo quase babando em cima dele? Saí lentamente evitando fazer qualquer tipo de barulho que pudesse acordá-lo, imaginando como seria ter uma noite com ele.

Mais tarde naquele mesmo dia…

   O que se passa na linda cabeça do Sr. Renê? Me surpreendi quando ele abriu a porta de uma só vez e não estava com uma cara nada amigável. Me despedi rapidamente do motorista do carro de aplicativo que me trouxe com as compras, um moreno simpático chamado Allan. Conversamos bastante da saída do supermercado até em casa. A cara do meu chefe não estava nada boa, corri com as sacolas nas minhas mãos para a cozinha. Me surpreendeu quando ele adentrou a cozinha, suas feições já estavam suaves e até era perceptível um leve sorriso de canto, as vezes acho que ele pode ser bipolar. Quando ele me disse que nas próximas compras iria comigo, fiquei surpresa. Não imaginei que quisesse se envolver com uma simples ida ao supermercado. Segui com meus afazeres ignorando a lembrança do peitoral do meu chefinho e aqueles lábios convidativos, agradecida por ele não ter percebido que eu o fiquei observando enquanto dormia. 

   Hoje consegui convencê-lo a levar algo para comer no intervalo do trabalho. Se vai passar a noite acordado é importante que esteja bem alimentado. Essas pequenas coisas que faço por ele, me traz uma certa alegria, é perceptível que a perda de sua esposa ainda o abala bastante. Todas as noites sempre deixo algo preparado para ele com um bilhete, e fico feliz quando chego na cozinha pela manhã e vejo que comeu tudo. Acho que posso demonstrar carinho e gratidão através da comida que faço. Ele não sabe, mas às vezes acordo e o observo enquanto ele se alimenta na cozinha. Outra noite eu o vi só de cueca box mexendo em algo na pia, acho que estava vestido assim por acreditar que eu estivesse naquele momento dormindo. Tive uma visão maravilhosa do seu corpo, da sua bunda redondinha. Acho que estou ficando louca, mas gosto e não vou perder a chance de observá-lo.

   Eu imaginava que ele traria mulheres para casa ou sairia para encontros. Mas muito pelo contrário, até o momento ele não trouxe nenhuma mulher aqui, é bem reservado e dedicado ao trabalho. Fico feliz por saber que ele não está envolvido com outra mulher, só de imaginar ele chegando acompanhado aqui ou saindo para um encontro já deixa meu coração apertado. Não pode ser ciúmes, talvez seja só receio que a nossa convivência mude com a chegada de uma outra mulher. Gosto de trabalhar aqui.

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