Celine Estava sentada no confortável sofá da sala, enquanto a luz suave da tarde filtrava-se pelas cortinas do apartamento. O ambiente era de tranquilidade, mas minha mente estava um turbilhão. Alguns dias já haviam se passado desde que o meu pai perdeu os contratos importantes. Mas o silêncio que envolvia a situação me deixava inquieta. Desde então meu primo não havia me procurado e nem houve uma nova ligação do meu pai. Meu coração estava pesado, algo de errado pairava no ar. Aproveitei que o Renê havia ido encontrar com o Richard, que havia saído de casa após os trâmites do divórcio. Ele ainda permaneceu alguns dias na casa até que a Bárbara tivesse se recuperado totalmente. Estava morando em um flat de sua propriedade próximo ao hospital. A dona Nice sempre me mantém informada de tudo. Me disse que provavelmente a Bárbara venderá a casa, pois não haveria sentido que ela permanecesse numa propriedade tão grande e que tem um custo elevado para manter. O Renê já havia comentado
Renê Cheguei ao flat do Richard. A tarde estava abafada. Estacionei o carro na vaga designada e subi até o andar que ele morava. O elevador deslizou suavemente até o décimo segundo andar. Bati levemente na porta e após alguns instantes ouvi passos apressados do outro lado. Richard abriu a porta com um sorriso no rosto. Achei que o encontraria triste e abatido, mas o cenário era bem diferente.– Renê! Que bom que veio, entre! Ele gesticulou, fazendo espaço para que eu entrasse. O apartamento era elegante, com uma decoração moderna e minimalista, mas havia um toque pessoal nos detalhes que Richard escolheu.– Como você está, Richard? Me acomodei no sofá enquanto ele buscava uma bebida no bar, num canto da sala.– Não tão mal, considerando as circunstâncias. Quer algo para beber? Tenho um ótimo vinho tinto.– Acenei com a cabeça enquanto Richard colocava seu copo de whisky sobre a mesa de centro da sala e caminhava para a cozinha em busca do vinho, o acompanhei e acabamos nos sent
Celine Eu estava tomada pelo desejo enquanto sentia os lábios frios do Renê percorrerem o meu corpo. As sensações que ele me proporcionou foram incríveis. Meus olhos acompanhavam seus movimentos sensuais pelo meu corpo. Me entreguei ao prazer em seus braços. Naquele momento eu não conseguia pensar em mais nada, apenas puxava seus cabelos e gemia enquanto o puxava cada vez para mais perto de mim. Me desmanchei em seus braços quando alcancei o clímax. Seus braços fortes me envolveram enquanto ele me carregava para a nossa cama. Senti a maciez da cama, enquanto o Renê se posicionou sobre mim. O cheiro do seu perfume flutuava no ar, misturando-se com a intensidade do nosso momento. As cortinas estavam abertas, permitindo uma linda visão das pequenas luzes e do movimento frenético da cidade que brilhava lá embaixo, mas que naquele momento parecia tão irrelevante para nós. Ele olhava para mim com admiração como se quisesse gravar em sua memória cada detalhe do meu rosto. Então e
– Você é terrível em Victor! Realmente conseguiu o que queria e rápido.– Eu não tenho tempo a perder Dora. O jogo apenas começou e eu não posso perder.– E nós como ficamos? Afinal de contas você terá que voltar para casa?– Se apaixonou por mim bonita? Falei puxando seu cabelo, prensando seu corpo ao meu.– Claro que não! Temos negócios, preciso saber como ficará a minha situação. Sorriu fraco.– E você acha que te deixarei aqui sozinha e com um cartão ilimitado neste belo apartamento fazendo o que quer? Parei na sua frente com as mãos no bolso. Meu olhar era feroz.– Como assim? Você tem que ir embora… o que quer dizer com isso?– Você vai comigo! Eu decido tudo aqui! Eu decido quando nosso jogo acaba! Segurei seu queixo forçando que ela olhasse para mim.– Mas…– Arrume uma pequena mala. Não vou levar seu closet todo.– Victor, mas são minhas coisas e esse apartamento?– Tudo ficará aqui como está, será só por um tempo. Virei as costas para ela que saia com a cara emburrada e
Renê Eu gritava desesperado no meio da sala, enquanto Vincent tentava me conter. Acabei cortando minha mão enquanto atirava um vaso de vidro grande contra a parede da sala. O sangue escorria da minha mão pelo piso branco de mármore mas eu pouco me importava.– Calma Renê! Por favor, tenta se controlar! Seja o que for, nós vamos resolver. Ele me puxou pelo braço me fazendo sentar no sofá. O clima dentro da cobertura estava pesado e cheio de amargura. Das janelas era possível ver que uma forte chuva caia sobre a cidade. A carta em minha mão era como um golpe em meu peito. A Celine havia ido embora e tudo por causa da pressão do pai. As palavras escritas com cuidado, transbordavam de tristeza e resignação. Cada linha escrita perfurou o meu coração como uma lâmina afiada. Eu havia percebido preocupação em seu semblante, mas nunca poderia imaginar que ela partiria assim, sem aviso. Comecei a andar de um lado para o outro. Eu precisava encontrá-la, fazer algo. Nesse momento meu pr
Celine Parei por um instante diante da imponente mansão, um eco do passado reverberou em minha mente, enquanto uma brisa suave da noite balançava as folhas das árvores ao redor. O caminho para a entrada da casa próximo ao lindo jardim permanecia o mesmo apesar do tempo que havia passado. Com o coração pesado, eu respirei fundo e cruzei a porta de entrada, sentindo a nostalgia e a tristeza se misturarem. Ao entrar fui recebida pelo cheiro característico da casa, uma mistura de madeira polida e um leve toque de lavanda, que me fez lembrar de alguns momentos felizes. Na sala, avistei meu irmão Pablo e minha tia Alda, que estavam sentados no sofá conversando. O Pablo foi o primeiro a me ver. Seu sorriso para mim era radiante, mas em seus olhos verdes eu podia ver a preocupação. Ele estava diferente desde a última vez que nos vimos. Seu físico agora é musculoso e forte, com certeza tem se dedicado à malhação. Vestia uma bermuda e uma camiseta despojada. Seus cabelos antes eram despe
Renê Saímos do aeroporto e alugamos um carro. Seguimos para o endereço do flat que ficaríamos hospedados. Após algumas horas de telefonemas e ligações, conseguimos o que precisávamos. O amigo do Vicent nos confirmou que sua empresa fazia a segurança do condomínio e que poderia nos ajudar, mas sem se comprometer. Meu primo aceitou de imediato. O contato então informou que haveria uma festa programada para aquele final de semana em uma das mansões do condomínio, um evento que muitas pessoas da alta sociedade estariam presentes. Essa seria a oportunidade perfeita para se infiltrar sem sermos notados.– Vamos nos preparar para essa festa. Eu disse determinado. – Precisamos de roupas adequadas e de um plano claro. Não podemos perder essa chance. Passamos o restante da noite planejando nossa entrada no local. Precisamos ser cautelosos. Mas a certeza de que eu encontraria a minha princesa me impulsionava. Não me importava os obstáculos que eu teria que enfrentar. Eu seguiria em frente.
– Eu só estou tentando viver a minha vida. Mas não me resta outra opção a não ser reivindicar a herança da mamãe. É meu direito, e você sabe disso.– Você não pode fazer isso! Meu pai já estava aos gritos e depois do que eu falei ele ficou visivelmente abalado.– Eu posso sim. E se isso for preciso para que você entenda que sou eu quem decide meu futuro, então que assim seja. Deus sabe pai que eu não quero tomar essa atitude, mas você está me forçando a isso.A tensão entre nós se intensificava. Minha tia empurrou a porta do escritório e entrou interrompendo a nossa discussão. – O que está acontecendo aqui? Vocês estão aos berros. Do andar de baixo é possível ouvir.– Vê se coloca juízo na cabeça da Celine, Alda. Faça ela entender que eu quero o melhor para ela.– Eu não concordo com você Alvaro. Você está perdendo o amor e se afastando cada vez mais da sua filha por puro capricho. Eu não vou cometer o mesmo erro do passado, eu deveria ter batido de frente com você e apoiado a Celin