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Cecília

Dário Albertini!

Esse é o nome do homem que comprou minha vida, para ser sincera esperava que fosse alguém mais velho com seus 50 ou até 60 anos mas quando notei que a mesa apenas tinha dois rapazes jovens fiquei surpresa. Os dois são muito bonitos, disso não posso deixar de mencionar mas o meu dono é mais bonito ainda com os cabelos loiros até altura do ombro, olhar intenso e expressão firme me deixavam um pouco assustada e curiosa.

Assustada no sentido de não saber como será com ele, e curiosa para saber o motivo de um homem tão bonito, rico e até esse momento sexualmente atraente comprou uma "criança" como eu. Tem alguma coisa muito errada nele posso sentir, o sorriso dele é sombrio como se quisesse passar algum recado por ele. A cada vez que tentava mexer meu corpo em seu colo mais Dário segurava minha cintura de maneira possessiva olhando para todos os lados mas sua atenção era na mesa do outro lado. Os homens dessa mesa também não paravam de olhar em nossa direção, via ódio, raiva e até uma certa inveja vinda daquela mesa mas resolvi ficar calada apenas ouvindo com atenção tudo que pudesse me ajudar a entender como funciona a cabeça do meu dono.

- Fala sério, irmão, se não parar de olhar assim pra mesa do Tolentino não garanto que sairemos vivos daqui hoje.

- Tem medo daqueles merdas, Saulo? Eles sabem que não podem encostar em nós, temos uma bela mulher em nossa mesa e está incomodado com os fodidos da família Tolentino?

O irmão do meu dono que acabei descobrindo que se chamava Saulo se levantou bem nervoso por sinal.

- Dário, não vou morrer por causa de uma boceta, estou indo embora com meus soldados, espero que a trepada realmente compense os 20 milhões que você gastou hoje, irmão!

Definitivamente meu dono estava se lixando com o pensamento do irmão, apesar de parecer mais velho Dário é mais inconsequente e pouco se importa com o que os outros vão achar ou pensar ao contrário do irmão que é bem mais consciente e ajuizado.

- Tenha uma boa noite, Saulo!

Algo dentro de mim estremeceu como se o irmão de Dário ter indo embora não fosse algo bom. Sempre tive esses pressentimentos desde de criança, lembro da vez que Nicolas tentou me ver tomando banho mas consegui evitar trancando a porta do meu quarto, como se minha mente pudesse antecipar coisas ruins ou apenas seria instinto de sobrevivência mesmo.

- Meu brinquedo, preciso saber algumas coisas sobre você.

- Pode perguntar, senhor.

Ele começou a passar seu dedo indicador lentamente no meio dos meus seios, meu corpo todo se arrepiou com aquele simples gesto, Dário percebeu isso sorrindo da mesma forma sombria de antes, nunca fui tocada assim por um homem por isso reagi assim.

- Sei que é virgem pelo que Nicolas mencionou, mas preciso saber se usa algum método contraceptivo?

Desde de muito nova tomo anticoncepcional, uma exigência feita por Lucrécia. Ela costuma dizer que homens como este que comprou à mim não tem filhos fora do casamento pois são considerados bastardos, sendo excluídos do convívio familiar do pai.

- Sim, desde dos 12 anos utilizou pílula anticoncepcional.

- Ótimo! Portanto com você não farei uso de preservativo, já faz um bom tempo que não sinto o contato quente de uma boceta sem uma m*****a camisinha para atrapalhar.

Tentei disfarçar o nervosismo mas foi impossível, como ele queria ter relações comigo sem proteção? Enquanto as infecções sexualmente transmissíveis, estarei exposta à elas? Por mais que tenha dito que faz muito tempo que não tem relações sem preservativo, não acredito nisso!

- Meu brinquedo, parece preocupada. O que houve?

- Relações sexuais sem preservativo não são aconselháveis! Apesar de ser virgem posso ter algum tipo de doença no sangue sexualmente transmissível, e acabar passando isso para o senhor.

Eu não tinha nada, Nicolas e Lucrécia me submetia a exames de saúde periódicos para descobrir se tinha algo no sangue e nunca apareceu nada mesmo assim precisava argumentar de alguma maneira.

- Interessante, meu brinquedo, imagino que para Nicolas ter leiloado você é porque é limpa e já submeteu você à vários exames! Seu argumento é bom ainda assim terei relações com você sem proteção mesmo não querendo, meu brinquedo. A sua vida pertence à mim!

Apenas acenei com a cabeça concordando com tudo como Lucrécia ensinou tão bem, sorrio como se estivesse aceitado mas por dentro quero dar um soco no meu senhor, é muito irresponsável me expor à doenças e se expor também.

- Quantos anos tem, meu brinquedo?

- 18, fiz à um mês.

Eu queria perguntar a idade dele, se era casado ou se tinha filhos mas preferi ficar calada, Lucrécia falou que homens odeiam mulheres que questionam demais portanto apenas vou ouvir e responder as perguntas que forem feitas à mim.

- É bem nova mas para o que quero fazer está excelente, acredito que saiba o que vai acontecer com você, não sabe?

- Bom, imagino que irá ter relações comigo até se cansar depois vai enjoar de mim como já é o comum de homens como o senhor e me jogar em qualquer sarjeta suja das ruas da cidade. Estou certa?

Os homens enjoam fácil das mulheres, principalmente esse que me comprou. Não tenho medo de ser jogada em uma sarjeta suja, quanto que não volte pra mansão Ferraz, não ligo, Dário pode até me usar como anfitriã sexual para seus aliados que não vou importar mas não suportaria voltar pra cá para ser estuprada por Nicolas, tenho muito nojo dele. Lucrécia me explicou que muitos homens como Dário possuem mulheres para servir não só à eles mais também seus aliados na cama, ou até mesmo serem prostitutas e darem lucro para eles. Tinha um leque de opções para o que poderia acontecer comigo, em todas ficaria muito mal.

- Gostei de você, meu brinquedo, é uma mulher bastante realista, quem dera todas fossem como você!

Á cada mesa que ia se esvaziando mas apreensiva ficava, como se dentro de mim houvesse algo me avisando que alguma coisa ruim vai acontecer comigo mas disfarcei bem o que estava sentindo.

- Fique aqui, irei conversar com Nicolas.

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