Dante BaldiniEnquanto nós dançamos, o cheiro irresistível de Catarina preenche meus sentidos, uma mistura de fragrâncias que me deixa embriagado. Ela vira de costas e rebola, roçando a bunda em mim. Eu agarro seus quadris segurando para mantê-los ali, e ela levanta os braços passando pelos meus cabelos.Seduzido pela dança e pelo aroma envolvente dela , observo enquanto ela prende o cabelo em um coque, revelando a nuca exposta pelo grande decote nas costas de seu vestido. O calor da pista de dança faz com que Catarina fique suada, e o cheiro sutil de sua pele misturado ao perfume instiga os meus sentidos.Tomado pela intensidade do momento, eu me aproximo ainda mais e, incapaz de resistir, passo o nariz pela nuca dela, buscando absorver cada fragrância que a dança e o calor deixam em sua pele. Esse gesto impetuoso intensifica a atmosfera sensual da dança, enquanto eu me deixo levar pelas sensações, mergulhando em um instante que desafia as convenções e as restrições impostas pelo m
Catarina MarchettiMe encostei à pia do banheiro, meu coração ainda acelerado pela intensidade do momento compartilhado com Dante. O álcool percorria minhas veias, misturando-se com a adrenalina de um desejo proibido. Enquanto encarava meu reflexo no espelho, senti uma mescla de culpa e excitação.Eu sabia que ficar com Dante na festa de casamento dele com Beatrice era um erro, um deslize imperdoável. No entanto, aqueles momentos de paixão desenfreada me deixaram ansiando por mais. Meu corpo ainda vibrava com a proximidade dele, e minha mente divagava entre o arrependimento e a vontade avassaladora de me entregar novamente.Sai do corredor dos banheiros tentando recobrar a compostura, mas antes que pudesse escapar para a festa, a mãe de Dante, Olga, surgiu em meu caminho com olhos acusadores.— Onde você estava menina? — o tom de desconfiança dela era evidente.— No banheiro Dona Olga. —lutei para me manter calma, e a expressão dela endureceu ainda mais.— E onde está o Dante? — ela i
Dante BaldiniEu passava meus dias imerso no tumulto da casa de apostas, onde o tempo parecia escorrer pelos dedos como areia. Cada carta virada, cada aposta feita, era um mergulho mais profundo em meu trabalho, distanciando-me ainda mais de Beatrice. O sol e a lua viam-me permanecer lá, testemunhando minha dedicação ao ofício.O casamento, ainda fresco como uma página em branco, mal tinha espaço para ser escrito. Eu mal vislumbrava Beatrice, e o leito conjugal permanecia intocado, uma sombra da intimidade que deveria florescer. Ambos parecíamos seguir caminhos paralelos, evitando o inevitável encontro de olhares e toques que o matrimônio prometia.Envolto em minhas responsabilidades e talvez por receios não expressos, tentava evitar os momentos a sós com ela. Enquanto buscava refúgio na casa de apostas, ela não parecia fazer questão de me ter ao seu lado. O silêncio entre nós tornou-se uma barreira, onde as palavras pareciam perder-se antes mesmo de serem ditas.Minha mãe se aproximo
Catarina MarchettiObservei pela janela a quietude da casa, os empregados concentrados nos cuidados com o nonno. A ideia de visitar a tia a algumas quadras dali começou a ganhar força, mas sem ninguém disponível para me levar, decidi que uma caminhada seria revigorante.Enquanto percorria as ruas desertas, o silêncio ecoava ao seu redor, proporcionando um momento de reflexão. Até que, ao longe, avistei um carro preto se aproximando, e meu coração acelerou. Reconheci o modelo, e uma suspeita surgiu: seria o carro de Dante?Com o coração batendo mais forte, senti um arrepio quando o carro preto parou logo atrás de mim e deu a volta. Os vidros escuros impediam que eu visse o interior, mas a expectativa me fez ficar parada, imaginando se finalmente Dante havia ido atrás de mim.Enquanto aguardava, a tensão crescia, e eu me preparava para o possível encontro. O silêncio das ruas foi quebrado pelo som brusco do carro preto, que parou abruptamente ao meu lado. Meu coração acelerou quando a p
Dante BaldiniTentei relaxar enquanto passeava pelo parque com Beatrice. As folhas caíam suavemente, criando um tapete outonal sob nossos pés.— Você parece distante, Dante. Aconteceu algo?— Não, nada específico. Apenas muita coisa em mente. — suspirei, e ela franziu a testa.— Você sempre parece estar com a cabeça longe.— Eu sei. — hesitante eu continuei — Sinto muito por isso. Mas agora eu estou aqui, não estou? Vou tentar me organizar com o trabalho para passar mais tempo contigo.— Eu nunca entendi completamente o que é o seu trabalho. Você trabalha para a Máfia, seu chefe é o Dom Nero, mas o que você faz? — ela parecia curiosa, e eu escolhi as palavras com cuidado para respondê-la.— Bem, eu gerencio a casa de apostas, isso é o que as pessoas veem. Mas, às vezes, acabo ajudando em alguns trabalhos mais delicados.— "Trabalhos mais delicados"? O que isso significa? — olhei ao redor para me certificar de que ninguém estivesse ouvindo.— Digamos que, de vez em quando, preciso reso
Catarina Marchetti Me encolhi atrás do prédio, o coração acelerado ecoando em meus ouvidos. Semanas se passaram desde que eu tinha visto Dante, e agora, ele apareceu para me salvar, e estava fazendo não sei o que no meio de um tiroteio.Quando Dante finalmente surgiu na esquina, eu mal pude acreditar. Meus olhos se arregalaram, e um suspiro de alívio escapou de seus lábios. Ele me encarou, o olhar determinado.— Vamos sair daqui!Enquanto nos afastavamos, notei a ausência do carro., como ele veio até aqui?!— Cadê o carro?— Adolfo levou, mas não se preocupa, vamos dar um jeito.Nos escondemos em um beco próximo, e ele, com uma destreza impressionante, manipulou as fechaduras de um carro estacionado. Eu assisti, boquiaberta, enquanto ele usava um dispositivo improvisado para dar vida ao veículo.— A gente vai roubar um carro? — murmurei perplexa, eu nunca havia feito nada parecido.— Isso é o de menos. — ele sorriu.Misturando gratidão e surpresa, me acolhi ao banco do carro roubado
Dante Baldini Encarei o sequestrador com determinação e virei-me para Adolfo. — Me deixa sozinho com ele um pouco, assim que eu conseguir o que eu quero, eu te chamo.Ele me olhou estranho, mas sabia que não iria me questionar. Então desci com ele no galpão, e amarrei o filho da pita na cadeira, igual ele fez com a Catarina.— Quem foi o responsável por ordenar o sequestro de Catarina? E por quê?Ele hesita. Quer fazer de difícil, ok vamos lá então. Pego meu soco inglês, e dou um soco no rosto dele. Um, dois, três, quatro, cinco socos e sua cara já está pingando sangue.— Vocês estão mexendo com algo muito maior do que podem entender. — ele sussurrou.— Quero nomes e motivos. Não estou para joguinhos.Ele insiste em se manter calado, então eu pego uma faca que estava que estava na mesa, e sem rodeios empunho ela na coxa do maldito. Ele urra de dor.— PARA! Por favor, eu não sei de nada!— Não sabe de nada? — eu ri — quem te contratou? Qual era o plano? — enquanto eu falo, torço a fa
Catarina Marchetti — Alô?— Oi, você está em casa? — eu conhecia essa voz, não tinha certeza, e não podia dar uma bola fora caso não fosse.— Quem é?— Você sabe quem é. Você está em casa ou nao? — era ele. Certeza.— Eu estou, mas já estou deitada para dormir. O que você quer? Descobriu algo?— Não quero falar por telefone, quero te ver.Eu não queria vê-lo, ainda mais essa hora da noite. Eu queria muito saber o que ele descobriu e estava curiosa, mas sabia que a circunstância ia acabar fazendo eu ceder para ficar com ele de novo, e eu não queria isso.— Então amanhã você vem aqui e a gente conversa. — eu estava sendo firme, mostrando que estava decidida a me manter longe, desliguei o telefone.Deitei e não conseguia mais dormir. Será que eu fiz a escolha certa? As possibilidades do que poderia acontecer ficavam passando na minha mente me impedindo de descansar, até que meu celular vibrou com uma mensagem de um número desconhecido, o mesmo que me ligou antes.“Sai que eu estou aqui