Dante Baldini Envolto pela angústia e a influência das bebidas na casa de apostas, não conseguia afastar os pensamentos intrusivos sobre Catarina. A decisão de ir até o apartamento dela foi impulsionada por uma mistura de ciúmes, preocupação e a necessidade de clareza.Ao chegar ao prédio de Catarina, apertei a campainha ansiosamente, esperando que ela respondesse. O silêncio aumentava minha inquietação. Decidido a obter respostas, eu tomei a decisão impulsiva de ir até a casa do pai dela.No local, constatei que nem Catarina nem seu pai estavam presentes. A preocupação transformou-se em um aperto no peito, misturado com a culpa por ter agido de forma impulsiva. Eu percebi que precisava acalmar meus sentimentos antes de tomar decisões precipitadas.Com a mente turva pela bebida, Dante enviei uma mensagem para o celular de Catarina, tentando disfarçar a ansiedade em minhas palavras:"Oi, Catarina. Sou eu, Dante. Estive pensando em você e passei pelo seu apartamento e pela casa do seu
Catarina MarchettiExausta após um longo dia de trabalho, cheguei em casa ansiosa por um momento relaxante. Enquanto me despia, a campainha tocou, surpreendendo-me. Ao abrir a porta, deparei-me com Dante, com um sorriso nos lábios.— Oi, Catarina. Posso entrar?Ainda surpresa, concordei, deixando-o entrar. E começou a me arrumar para tomar banho.— Desculpe a bagunça, Dante. Não estava esperando visita.— Sem problemas.— Vou tomar um banho rapidinho, e já volto, está bem?— Claro, sem pressa. Eu espero.Enquanto me dirigia ao banheiro, Dante me seguiu casualmente. Liguei o chuveiro e comecei a relaxar sob a água quente quando, de repente, ele entrou no banheiro e se sentou na poltrona próxima à penteadeira. O box de vidro do banheiro permitia que nos olhássemos sem nenhum obstáculo. Eu não sabia se continuava o banho, se saia ou se mandava ele sair, mas decidi não mostrar que estava envergonhada com o grau de intimidade ali.— Espero não estar invadindo seu espaço, Catarina. — ele me
Dante BaldiniDespertei no sofá com Catarina adormecida no meu braço. O aroma dela preenchia o ar, uma fragrância celestial que me envolvia. Ela parecia um anjo repousando, e o toque da pele dela contra meu corpo era divino. Consciente de que não deveria ter adormecido ali, tentei me levantar cautelosamente, evitando perturbar o sono tranquilo dela.Ao ficar de pé, hesitei antes de partir. Parei por um momento para admirá-la, percebendo que estava irremediavelmente apaixonado. Meus olhos percorreram cada detalhe, capturando a serenidade que a envolvia. Se pudesse eu ficaria ali para sempre.Ao chegar em casa, tomei muito cuidado para não fazer barulho, mas ao entrar no quarto dei de cara com Beatrice me olhando fixamente, o rosto sério denunciando sua frustração. — Posso saber onde você passou a noite?— Eu tive que resolver algumas coisas na casa de apostas e acabei dormindo lá mesmo. — falei enquanto me dirigia ao banheiro.— Sabe, eu não ligo de você dormir fora, mas eu não quero
Catarina MarchettiAlexandre chegou no restaurante no mesmo horário de sempre para podermos almoçar juntos, como viemos fazendo nessas últimas semanas. Enquanto saboreavamos o almoço, Alexandre não poupava elogios me deixando nas nuvens. — Você está linda hoje! — Você fala isso todo dia — eu ri.— É por que é verdade. — ele me deu uma piscadinha.Embora inicialmente hesitante, eu estava começando a apreciar a companhia de Alexandre. Nossos olhares trocados e as risadas compartilhadas tornavam o almoço mais leve e agradável. Durante a sobremesa, decidi dar um passo adiante.— Alexandre, eu estava pensando... que tal jantarmos juntos em minha casa hoje à noite? — sugeri.— Eu acho uma ótima ideia. — concordou animadamente.— Ótimo, eu te mando o endereço depois.Ao nos despedirmos do restaurante, não pude deixar de sorrir ao pensar na perspectiva de ter Alexandre em minha casa. A ideia de explorar algo mais sério estava começando a parecer tentadora, e eu estava ansiosa para ver aonde
Dante BaldiniApertei os punhos, minha mente fervilhando de raiva enquanto imaginava o que poderia estar acontecendo dentro do apartamento de Catarina com Alexandre. A cada segundo, minha imaginação pintava quadros sombrios que aumentavam a intensidade de minha irritação.Sem conseguir conter a fúria, bati na porta com força, quase fazendo-a tremer. Catarina, visivelmente irritada, abriu a porta com uma expressão de incredulidade.— O que diabos você está fazendo aqui, Dante? — ela esbravejou.— Eu sei muito bem o que está acontecendo aqui. Não vou permitir que esse cara se aproveite de você. — Você não tem o direito de se intrometer na minha vida, Dante. Isso é ridículo! Deixe-nos em paz. — ela bufou, cruzando os braços.— Você merece alguém melhor, não esse cara. Ele não é bom para você. — tentei manter a calma mas minha frustração transbordava.— Quem você pensa que é para decidir por mim? Você está estragando tudo, Dante. Vá embora! — ela rebateu furiosa.Ela bufou novamente, fec
Catarina MarchettiEstou deitada com Alexandre no sofá, imersos na atmosfera aconchegante de um filme. A luz suave do ambiente destaca a cumplicidade entre nós, culminando em beijos delicados. Eu estava nos céus, puxando seu pescoço para mais perto até que senti sua mão descendo pelo meu corpo, passando pela minhas costas, coxa até a barra da minha saia e de repente ele para. Com calma ele sobe o caminho de volta, mas por baixo da saia, até chegar à minha bunda, segurando-a firme junto a ele.Entretanto, a tranquilidade é abruptamente interrompida quando noto alguém à porta da sala. Meu coração acelera com o susto, mas Alexandre parece não se incomodar, mantendo-se entregue aos gestos carinhosos. A pessoa avança na nossa direção com um olhar intenso, criando uma tensão no ar que eu tento decifrar, enquanto Alexandre permanece envolvido no momento, alheio à presença inesperada.Desprendi a mão da nuca de Alexandre aí notar que a pessoa era Dante, prevendo uma briga eu tento afastar Al
Parte 2Catarina Marchetti Enquanto carregava as caixas, senti o peso físico e emocional da mudança iminente. Alexandre estava se mudando para o meu apartamento, um passo significativo na nossa jornada juntos. Eu olhava para ele com gratidão enquanto ele se esforçava para agradar o meu pai, mesmo percebendo a tensão entre os dois.A relação com Alexandre havia se aprofundado, e ele se tornara mais do que apenas um parceiro romântico; ele era um apoio constante. Ele já havia conhecido a minha família, enfrentando a desaprovação do meu pai, mas sempre demonstrando um caráter admirável. Eu sabia que estava com alguém especial.Enquanto nós organizavamos o novo espaço que compartilhariam, a ausência de Dante ecoava. Não havia notícias dele há mais de seis meses, desde aquela despedida dolorosa na casa da tia Gia. Eu me pegava pensando nele às vezes, mas a presença calorosa de Alexandre me fazia afastar tais pensamentos.A vida tinha mudado desde que Alexandre apareceu. Eu não frequentava
Catarina MarchettiEu estava imersa na agitação do restaurante, servindo mesas e coordenando a equipe, quando meu pai adentrou o estabelecimento. Nossos olhares se cruzaram e, com um gesto sutil, ele me chamou para um canto.— Filha, amanhã o restaurante será dedetizado, e eu preciso que você vá até a casa de apostas entregar as chaves para o Dante depois de fechar aqui. Ele ficará responsável por abrir e acompanhar o serviço. — ele me explicou, com uma expressão séria.Eu, surpresa com a responsabilidade inesperada, assenti, tentando esconder a tensão que começava a se acumular. Eu mal via Dante ultimamente, e as poucas interações que tínhamos eram curtas e formais. Enquanto caminhava em direção à casa de apostas, os pensamentos tumultuavam na minha mente. Havia uma lacuna desconfortável entre eu e Dante, uma distância que crescia a cada dia.Ao chegar à casa de apostas, percebi que está fechada. Rapidamente, tirei o celular da bolsa e mandei uma mensagem para Dante, informando que e