Zyan ainda se sentia nervoso pela ligação. Se recompôs quando chegou na entrada da sala de Alim, levantou a cabeça e desejou boa tarde a um dos assistentes do sogro. A empresa poderia estar em baixa, mas Alim preferia ter dois assistentes, um homem e uma mulher, os dois para diferentes tarefas.Logo se via a cumprimentar o sócio de forma profissional. Conversaram sobre coisas da empresa, novos projetos, o financiamento que Zyan provia diretamente dos fundos da outra empresa.A quantia retirada da Saudi eram valores balanceados, permitindo o levantamento daquela empresa, fazendo da outra, uma investidora matriz, a responsável pela Madini.Zyan ainda não havia parado para pensar sobre tudo que poderia envolver o verdadeiro dono da grande empresa, não fazia ideia de que cumpria cegamente com os planos de Ahmed, apenas agia de acordo com seu próprio projeto ambicioso de vida. No meio do assunto sobre trabalho, uma oportunidade surgiu, o mais novo não a deixaria passar. — Sei que a data d
— Diga-me, por quê me chamou até aqui? — A mulher de cabelos escuros, pele bronzeada e olhos igualmente negros, como seus fios médios e cheio de ondas, perguntou vendo o irmão adentrar a casa. — Que bela recepção, irmã. — sorriu para a mesma.Thurayya desconfiou de suas intenções imediatamente. Ambos eram próximos, mas apenas por meios de negócios que gerassem benefícios, caso contrário, eram apenas sangue sem importância, palavras dele. — Imaginei que era apenas um convite formal que receberia. — ela fingiu desapontamento.O homem se aproximou, sorrindo com astúcia, colocou a bolsa de negócios em cima da pequena mesa de centro. Sentando-se ao lado da mais nova. — Eu estou convidando você, claro. Quem seria, se não a minha bela e amada irmã. Um convite vip. — Soou menos falso do que poderia ser. — Alguém tem planos perversos novamente. — ela saboreou a ideia, mas não se conteve em perguntar do que se tratava. — Abra logo o jogo. Quanto vou ganhar? Querido soberano, dono da cadei
Ahmed acordou no seu horário habitual, não havia dormido bem, tinha passado a noite pensando em como agiu com a esposa durante os últimos tempos, sentia-se na obrigação de pedir desculpas, por não ser flexível, mesmo sabendo que Zyan era o culpado de tudo, sua esposa não queria se casar antes, casou-se com ele por ser forçada, mesmo o amando.O ruivo desceu as escadas com ansiedade, pronto para ser o mais cauteloso possível, evitando causar desentendimentos e ou mudanças em suas palavras por uma situação acalorada, da qual existia possibilidade de surgir de repente. Ele sempre mudava quando se tratava dela.Encontrou a mesa posta e o silêncio pairando no ar. — Malika. — não ouviu resposta ou qualquer ruído.Seguiu até a cozinha, não havia sinal dela. “Onde ela está?” voltou para o andar de cima, procurou no quarto dela, a porta estava aberta e o cômodo vazio.Vasculhou a casa inteira à sua procura, mesmo não ouvindo nenhum movimento ou barulho. — Onde ela se meteu? — Se perguntou,
— Mas não podemos perder os investimentos deles se não aprovarem a denúncia. — ressaltou novamente para Ahmed. — Não deveria se sujeitar a pessoas assim. — avisou o professor. — As vezes devemos nos rebaixar para conseguir o melhor para outras pessoas. Ahmed bufou, encarando o relógio, verificou as horas. — Estou atrasado. Quem sabe não seja meu último dia? — deixou no ar e saiu.Ouvindo o homem do outro lado da porta chamar pelo seu nome, soube o quanto o conselho escolar era manipulado às vezes.Caminhou a passos largos até a sala de sua esposa, chateado com a situação e ansioso por vê-la em segurança. Quando abriu a porta teve uma surpresa desagradável. Malika estava no chão, recolhendo suas coisas.Olhando ao redor percebeu rapidamente que as suas agressoras acabavam de se sentar nos seus lugares, tentavam disfarçar fingindo estarem a arrumar a postura, mas eram demasiadas fazendo a mesma coisa para se tratar apenas de comodidade.O ruivo apertou os punhos, se encaminhou para
Ahmed soltou uma risada anasalada. Poderia ficar nervoso a qualquer momento com aquela anunciação, não sabia se era sincera ou apenas seria um comentário feito para o desagradar propositalmente. — Ótimo. — diz chamando a atenção da esposa, logo é encarado com desconfiança. — Isso deve ser merecido. — completa, fazendo a mulher explicar seu ponto com rapidez. — Tudo estava se arranjando, muito lentamente, mas estava. Agora terei de traçar um novo caminho novamente. Tem ideia de como é difícil? — chateada virou o rosto para não permanecer observando as belas feições do marido, queria permanecer firme e não derreter com o sorriso contido que ele agora mostrava enquanto dirigia. — Pela primeira vez tinha tudo que poderia desejar, uma liberdade oculta, mas que poderia chamar de minha. — reclamou abertamente. — Estar se sentindo presa novamente? — foi uma pergunta retórica. O homem pensava em como havia conseguido manter o controle até aquele momento, sem atacá-la com insinuações, mesm
— Teremos que viver nos confrontando? — ele a encarou. — Enquanto estivermos juntos, sim! — Então será a vida toda! — assegurou ele, com mais confiança que ela. “Não é possível. Ele quer me fazer pagar por alguém, por minha família?” ficou chateada.De repente recordou sobre o início da relação, ele não a queria de nenhuma forma, por sua aproximação e paixão, agora que o ignorava ele estava bem com o casamento. “Talvez eu devesse o incitar mais.” seu coração acelerou. — Eu não acho que devesse ter tanta confiança. — ela o fitou, um sorriso surgiu.Ahmed juntou as sobrancelhas, compreendendo haver a menção de jogo pessoal dela, algo para o fazer pedir o divórcio. “Oh! Você não vai conseguir.” pensou ele. — Tente! — ele incentivou, sem ter consciência dos pensamentos dela. “Vai fugir de mim dentro de um mês.” riu em seu íntimo. “Vamos ver o que você planeja, Malika.” ele os tirou da rua.Malika não agiria logo, esperaria pelo tempo certo, tinha certeza que o marido ficaria e
— Ahmed? — Malika falou espantada. — Esperava outra pessoa? — seus olhos percorreram o corpo dela para ressaltar a roupa indecente para se esperar outro alguém em sua casa.Quando voltaram para o rosto dela, os olhos já pegavam fogo de ira, somente por cogitar que ela estivesse esperando outro homem vestida daquela forma.O ruivo deu passos na sua direção, seu rosto retrata os sentimentos preso dentro de si no momento. — Não, eu não esperava ninguém. — ela se apressou a responder, querendo não parecer balançada com a intimidação dele agora, se virou para desligar os fogos que usava no fogão. — Malika. — o homem tinha um tom duro, mas ela não se virou enquanto não acabou sua tarefa, aproveitando para respirar e não parecer retraída. — Eu já disse… — sentiu as mãos grandes dele agarrando seus ombros e a virando bruscamente. — Por quê usa esse pedaço de pano quando não estou em casa? Estar me confrontando, me testando? — sua voz carregava raiva. — É apenas uma roupa. — tentou pare
Faltavam apenas algumas semanas para o casamento de Inês e Zyan, muitos falavam disso. “O CEO da grande multimilionária irá se casar…” era sempre a notícia relatada em todos os lugares.Ahmed continuava a frequentar uma das suas empresas, sempre revisando os passos de seu usurpador. Também revisava a empresa Madini que logo estaria sob sua posse. Tinha acesso a todos os relatórios, extratos de gastos, avanços, baixas prováveis, entrada e saída de funcionários na folha de pagamento... O homem havia conseguido fazer com que Zyan passasse as responsabilidades do projeto para aquela empresa que ele frequentava, não para suas mãos, pois ainda não sabia de sua participação, mas para as de Ayla.Agora o próprio Ahmed podia manejar as coisas como bem queria, aos olhos do seu rival, era apenas um bom trabalho de um administrador ciente das despesas e necessidades de uma empresa quase na falência, alguém com um ótimo conceito de necessidades prioritárias.Naquele momento, o ruivo recolhia to