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Resolvendo os problemas

Ponto de Vista de Amélia

Meu segundo dia começou com uma mistura de animação e apreensão. A recepção calorosa do primeiro dia e o encontro inesperado com Marcelo Moretti ainda estavam frescos em minha mente, me motivando a dar o meu melhor. Assim que cheguei ao escritório, Marcelo pediu para Laura, a recepcionista me entregar uma lista de tarefas para o dia, começando com a organização de uma pilha de documentos que precisavam ser levados para a sala de conferências no andar do CEO, o que sempre me deixava sem fôlego.

Meu coração acelerava com a possibilidade de ver Marcelo novamente, mas respirei fundo e me concentrei em manter uma postura profissional. Enquanto organizava os documentos, Megan apareceu na minha mesa com um sorriso curioso. "Bom dia, Amélia. Pronta para mais um dia de aventuras?"

Sorri em resposta. "Sempre pronta. E você?"

"Com certeza," ela disse, piscando. "E não se preocupe com a Laura. Ela pode ser rígida, mas é uma boa mentora."

Agradeci pela dica e continuei organizando os arquivos. Megan me ajudou a levar uma pilha para a sala de cópias. Enquanto esperávamos as cópias ficarem prontas, ela começou a falar sobre as festas da empresa e como era trabalhar ali há mais tempo. Fiquei aliviada por ter alguém amigável para me ajudar na adaptação.

De volta à minha mesa, verifiquei novamente a lista de tarefas. Havia uma instrução clara para entregar os documentos diretamente a Marcelo. Respirei fundo, peguei os papéis e fui até o elevador, tentando me manter calma. Quando as portas abriram, o ambiente sofisticado e eficiente me envolveu mais uma vez.

"Com licença, Sr. Moretti. A Laura pediu para eu entregar esses documentos."

Marcelo ergueu o olhar do computador e sorriu. "Amélia, entre. E, por favor, me chame de Marcelo."

Entrei e entreguei os documentos, tentando manter a compostura. "Aqui estão os documentos para a reunião de hoje."

"Obrigado," ele disse, pegando os papéis. "Como está sendo seu segundo dia até agora?"

"Está indo bem. Um pouco agitado, mas estou me adaptando," respondi, sentindo-me um pouco mais confiante.

"Fico feliz em saber," ele disse, seus olhos fixos nos meus. "Se precisar de alguma coisa, não hesite em procurar ajuda."

Agradeci e saí rapidamente da sala, sentindo uma mistura de alívio e excitação. Voltei para a minha mesa e terminei as tarefas antes de me preparar para sair. Quando caminhava pelo corredor, Laura me chamou.

"Amélia, preciso que faça uma última coisa antes de ir. Pode levar esses documentos para o arquivo central? Precisamos deles organizados para amanhã."

Assenti e peguei os documentos, caminhando em direção ao arquivo central. Quando cheguei, comecei a organizar os papéis em ordem alfabética. Estava tão concentrada que quase não percebi quando a porta se abriu.

"Oi, Amélia," ouvi uma voz familiar atrás de mim.

Virei e encontrei Marcelo, parado ali, me observando com um sorriso amigável. "Sr. Moretti... digo, Marcelo, como vai?"

"Estou bem. E os documentos, como estão indo?" ele perguntou, se aproximando um pouco mais.

"Estou quase terminando," respondi, tentando não parecer nervosa.

"Ótimo trabalho," ele disse, pegando um dos arquivos. "Você está indo muito bem."

Agradeci, sentindo meu coração acelerar com o elogio. Quando ele passou por mim, inclinou-se levemente, nossos rostos quase se tocando. Pude sentir o perfume amadeirado e sofisticado de sua colônia, e meu coração disparou ainda mais. 

Ponto de Vista de Marcelo Moretti

Quando voltei ao prédio após uma breve reunião, pensei em como o dia estava indo. Minhas interações com a nova secretária, Amélia, eram uma distração bem-vinda, especialmente considerando a conversa pesada que sabia que teria com meu pai.

Cheguei ao meu escritório e encontrei meu pai já sentado à minha mesa. Suspirei internamente, sabendo que a conversa não seria agradável. Sentei-me em frente a ele, sentindo-me como um visitante no meu próprio escritório.

"O que posso fazer por você?" perguntei.

"Você sabe por que estou aqui."

Suspirei. "É sobre as mulheres de novo?"

"Não sei por que você sente tanto prazer em me irritar, Marcelo. Mas isso não é sobre mim. É sobre a empresa."

Revirei os olhos e ri. "O que eu faço na minha vida pessoal, e com quem me envolvo, não tem nada a ver com a empresa."

"Não, você está certo," meu pai disse, entrelaçando os dedos. "É o fato de que você tem que aparecer nos tabloides sempre que pode. Você não pode apenas agir nos bastidores, pode? Tem que deixar o mundo saber que tem uma vida agitada."

Ri da escolha de palavras do meu pai. Ele raramente usava um tom forte, a menos que estivesse realmente irritado.

"O que é tão engraçado?" ele perguntou.

Dei de ombros. "Só não vejo como isso tem relação com a empresa."

"O conselho de diretores está insatisfeito, Marcelo. Eles leem as notícias também. E não estão contentes."

"Por que eles não cuidam da própria vida?"

Meu pai bateu o punho na minha mesa, fazendo os papéis saltarem. "Isso não é uma piada! Eu sei que você não se importa com esta empresa. Talvez você goste de jogá-la fora na primeira oportunidade que tiver, mas eu derramei sangue, suor e lágrimas para deixar um legado para você."

Cerrei o maxilar, sentindo minha raiva crescer em contraste com a dele. Eu era muitas coisas — uma decepção, irresponsável, mulherengo. Mas eu me importava com a empresa.

"Pedir que você mude não funciona. Deus sabe que já conversei com você sobre isso mil vezes. Então, estou trazendo uma consultora de relações públicas para colocar a imagem da empresa de volta nos trilhos."

"Você o quê?" perguntei, surpreso.

"Você ouviu." Meu pai olhou para a porta. Como se tudo estivesse cronometrado, uma mulher entrou. Ela era mais velha, mas bem cuidada. Seus cabelos escuros estavam presos em um rabo de cavalo apertado, e seus olhos eram afiados.

"Essa é Brenda Foster," meu pai disse. "Este é o trabalho dela."

Brenda acenou com a cabeça para mim. "Prazer em conhecê-lo, Marcelo. Trabalharemos juntos enquanto ajudo a gerenciar sua imagem pública."

"Não acho que isso seja necessário," eu disse.

"E eu não me importo," meu pai retrucou. "Brenda está aqui para mantê-lo no caminho certo, para que você não afunde uma empresa na qual trabalhei trinta anos para construir. Os investidores estão ameaçando sair, Marcelo. Dois deles sugeriram procurar alternativas. Isso deixa o conselho nervoso."

Eu me contorcia. Eu não era como meu pai; ele fazia negócios de uma forma diferente da minha. Mas só porque eu não fazia as coisas à maneira dele, e porque aproveitava a vida, não significava que eu não trabalhava duro. A empresa era tão importante para mim quanto para ele.

"O que eu preciso fazer?" perguntei com um suspiro. 

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