Era um período de tempo noturno, com pouca luz na cidade que já estava começando a se iluminar.Ela estava em um beco estreito e sombrio, sentada ao lado de uma lata de lixo, apoiada em uma parede irregular.À sua frente, havia um grupo de garotas bonitas e jovens, todas bem-vestidas, algumas em pé e outras agachadas, todas a cercando.Em seguida, uma das garotas mais bonitas, ajoelhada diante dela, pegou um celular novo daquela época e apontou a câmera traseira em direção ao rosto de Poliana.A capa do celular da garota era espelhada e Poliana pôde ver sua própria aparência naquela época.Seu cabelo estava bagunçado, cheio de molho de salada e sorvete, seu olho esquerdo e o canto da boca direita estavam roxos e suas bochechas estavam vermelhas e inchadas.Era a aparência mais feia que ela já teve em sua vida.Suas pupilas começaram a se contrair intensamente e ela sentiu ódio.Odiava todas as pessoas na sua frente, especialmente aquela garota com o celular, que tinha cabelos pretos li
Gustavo levantou o olhar frio e calmo, pronunciando três palavras:— Preço o caralho.Em seguida, ele se sentou ao lado segurando Fernanda nos braços, enquanto seus amigos que o acompanhavam revidaram contra o grupo de pessoas que haviam feito mal a ela.Durante o confronto, Fernanda mencionou repetidamente seu pai como uma forma de ameaçar Gustavo, mas isso apenas deixou o jovem rebelde ainda mais irritado.Alguns dos rapazes eram realmente arruaceiros, agindo de forma mais violenta e desagradável.No final, Fernanda não só ficou com hematomas nos olhos, mas também teve o osso do nariz quebrado.Por fim, Gustavo pegou a máquina de cortar cabelo que estava no chão e, enquanto Fernanda gritava e implorava, ele a deixou completamente careca.Mais tarde, naquela noite, ela foi levada ao hospital pelos amigos de Gustavo. Fernanda foi levada pela família Duarte e eles juraram se vingar de Gustavo.No entanto, naquela noite, Fernanda repentinamente saiu do país e o assunto acabou sendo deixa
Os passos de Gustavo pararam por um momento.Naquele segundo, um medo sem precedentes varreu todo o corpo dela, como se ela tivesse sido resfriada até os ossos. Ela murmurou com ansiedade:— Gugu...Depois que ela abriu a boca no sonho, seu cérebro ficou momentaneamente confuso, então as imagens começaram a se dissipar. Seus ouvidos se tornaram sensíveis e ela ouviu o barulho do mundo exterior.Ela acordou abruptamente do sono e, enquanto pensava se tinha falado algo em voz alta, viu Gustavo a encarando com um olhar frio e um tanto complexo.Seu coração deu uma batida, no intervalo em que ela engoliu saliva, Gustavo riu friamente e disse:— Você não disse que quer se divorciar de mim? Então porque ainda chama meu nome quando está tirando um cochilo no carro?Poliana apertou os punhos secretamente.Quando estava acordada, sua razão a levava a decidir com firmeza pelo divórcio, mas quando estava dormindo, sua mente estava cheia de emoções e seu coração estava cheio dos sentimentos acumul
O médico, ao ver Poliana tremendo, perguntou curioso:– Senhora, você está com medo?Poliana estava com tanto medo que mal conseguia pensar e respondeu diretamente:– Sim, estou com medo de estar grávida...O médico olhou para Gustavo e disse:– Por que ela estaria com medo? Vocês são casados, a gravidez é algo alegre.Poliana não queria dizer muito na frente de outras pessoas, então arranjou uma desculpa:– A gravidez é realmente algo alegre, mas é que... Quando penso que tem uma pessoa dentro do meu ventre, é algo que não consigo me adaptar tão facilmente...O médico sorriu:– Não é à toa, muitas jovens pensam assim, mas quando o feto cresce lentamente em seu ventre e você começa a sentir os movimentos dele, é diferente.Enquanto falavam, o médico aplicou o gel no abdômen plano exposto de Poliana.Poliana sabia que o próximo passo seria o exame de ultrassom e estava com tanto medo que quase teve um ataque cardíaco, então começou a respirar profundamente.Enquanto isso, Gustavo estava
Seu dedo tremeu e ele desligou a chamada imediatamente. Ela sorriu para o médico como se não se importasse com quem estava entrando em contato, mas seus olhos ainda brilhavam com lágrimas.– Está bem, doutor, vou pensar sobre isso quando voltar. – Ela respondeu ao médico e se levantou, indo para trás da cortina ao lado da cama.Havia papel para limpar o gel preparado lá, mas no momento em que ela tocou o papel, não conseguiu mais segurar as lágrimas, que escorreram pelo seu rosto.Do outro lado da cortina, a voz do médico continuava falando com Gustavo sobre a condição física dela.Gustavo não respondeu, apenas depois que o médico terminou de falar, ele disse calmamente três palavras:– Obrigado, até mais.Depois disso, o ambiente voltou a ficar silencioso.Poliana levou um tempo para limpar o gel de seu abdômen e se acalmar.Ao abrir a cortina, viu que Gustavo ainda estava olhando pela janela.No entanto, não havia sequer uma árvore do lado de fora, Poliana não sabia o que ele estava
Mas aos olhos dela, era difícil até mesmo distinguir a forma das árvores. Por algum motivo, ela desenvolveu problemas de visão e ficou com cegueira noturna. No ano anterior, quando fez um exame, o médico disse que ela precisava chorar menos, o que a deixou emburrada. Desde então, ela não fez mais exames.De repente, o som de uma notificação do celular ecoou e ela pegou o aparelho. A tela brilhava intensamente, enquanto seus belos olhos se fixavam nela, imóveis.Aquela luz era perfeita para ela.Era uma mensagem no grupo de trabalho, o produtor e o diretor de cinema estavam a chamando, dizendo que algumas cenas do roteiro que ela havia entregado não estavam boas e precisavam ser alteradas.Ela voltou para o quarto com uma lanterna e se sentou à escrivaninha, mas, ao olhar para os esboços que tinha feito, não conseguia mover a caneta.Seu coração começou a bater irregularmente, causando desconforto.Foi só quando o celular voltou a emitir um som que ela voltou a si.Era uma mensagem da
Poliana ficou surpresa:– Eu não ouvi falar sobre isso.– O Presidente Matos acabou de ligar para o Breno, acho que o Gustavo ainda não sabe. Bem, se ele não mencionar isso para você amanhã, eu vou arrumar um jeito de fazer ele te levar para fora e nos encontrarmos.– Está bem.Assim que ela concordou, alguém bateu na porta do quarto.Poliana se apressou em desligar o telefone e enxugou os olhos antes de abrir a porta.Ela pensou que fosse Edmar, afinal, Gustavo não seria tão educado, mas quando abriu a porta, viu Gustavo parado ali com uma expressão séria.Com medo de que ele notasse que ela tinha chorado, Poliana abaixou os olhos e perguntou:– O que foi?Gustavo nem olhou para ela, apenas disse:– Daqui a três dias, é o aniversário de doze anos da Vic, filha do tio Marcelo. A família quer que você vá junto.Sem esperar a reação de Poliana, Gustavo saiu e fechou a porta.Poliana ficou atordoada por um tempo, mas logo caiu a ficha e ficou feliz por poder encontrar Bárbara novamente.P
– Oh. – Ela respondeu calmamente, pegou o Buscopan e saiu do quarto. – Você pode dormir primeiro, eu vou tomar o remédio.Gustavo não olhou para ela e começou a tirar a camisa branca, dizendo:– Se você ousar fugir, eu vou quebrar suas pernas. E quando você se recuperar, vou quebrar de novo.Poliana não disse mais nada e foi até o filtro para pegar água.Mas assim que terminou de servir a água no copo, Gustavo, deitado na cama, olhou para ela e murmurou duas palavras sombrias:– Bem feito.A água dentro do copo oscilou ligeiramente.Ela sabia o que Gustavo queria dizer, que se não fosse por ela e Adílson “transando em excesso” no passado, esse dia nunca teria chegado.Ele não achava que era culpa dele.Poliana mordeu o lábio inferior com força, reprimindo as emoções dolorosas e raivosas que fervilhavam em seu coração, e calmamente abriu a caixa de comprimidos para tomar o remédio. Em seguida, voltou para a cama e se deitou de costas para Gustavo.Ela passou a noite em claro.Na manhã s