Daniela ergueu a taça rapidamente, dando um gole apenas para disfarçar, e voltou a se concentrar no bife. Seu comportamento acabou frustrando José, que já havia bebido um pouco demais. Bêbado, ele começou a agir de maneira descontrolada.Segurando firme o pulso de Daniela, ele balbuciou: — Quero passar a noite com você.Daniela tentou se soltar com força, repreendendo-o duramente: — José, você prometeu que não me forçaria.José a pressionou contra a bancada da cozinha, forçando-a a se deitar sobre a superfície fria. Seu corpo estava quase totalmente inclinado, enquanto ela se debatia, tentando afastá-lo com braços e pernas. — Solte-me, José! Não me faça te odiar!Ele puxava brutalmente a parte inferior da roupa de Daniela, tentando rasgá-la, mas agindo sem saber o que estava fazendo. Daniela tremia inteira, com o rosto pálido e o estômago revirando violentamente, dominada pela náusea.— José, seu desgraçado!O toque sob suas mãos fazia o sangue dele correr mais rápido, e o desej
No escritório do presidente, José fumava um cigarro após o sexo. Estava com o tronco nu, encostado de maneira sensual na poltrona macia, a calça frouxa, com o zíper aberto.A fumaça do cigarro flutuava ao seu redor, suavizando suas feições. Fisicamente, ele se sentia satisfeito, mas, por dentro, estava estranhamente vazio.Desde aquela noite, ele e Daniela não se viam há uma semana. Ele sentia muita falta dela. Muita, muita falta. Mas não sabia como deixar o orgulho de lado para ir atrás dela.Quanto mais pensava, mais irritado ficava.De repente, ele esmagou o cigarro no cinzeiro com um gesto impaciente. Giovana, usando um vestido de alcinhas, ergueu o braço de José e se aconchegou em seu peito, aproveitando o pequeno espaço. Ela levantou a cabeça, os olhos ainda refletindo o prazer recente: — O que está acontecendo com você ultimamente? Parece tão distante.José baixou os olhos para olhar Giovana. Depois de um momento de silêncio, ele segurou os ombros dela, fazendo os dois
No entanto...Após encerrar a ligação, José fez uma expressão fria e arremessou o celular com força, quebrando-o contra a parede.Giovana ficou tão assustada que quase gritou: — O que aconteceuA expressão de José estava sombria e carregada.Giovana se aproximou dele por trás, o abraçou e fez com que sua testa se apoiasse em seu ventre.Dando tapinhas suaves nas costas dele, disse: — Zé, se você tiver algo no coração, pode me contar. Estou aqui para ser seu ombro amigo. Não fique guardando tudo para si, vai que você acaba adoecendo, e eu ficaria preocupada.José ainda permanecia em silêncio. Ele ainda tinha um pouco de sanidade.Ele sabia.Independentemente da verdade, essa questão dizia respeito apenas a eles, como um casal.Não era algo que deveria ser compartilhado com estranhos.Giovana era uma dessas estranhas.Após refletir, José se levantou e, com uma expressão neutra, saiu do escritório e discou para o ramal.Seu assistente pessoal, Gabriel, entrou rapidamente.Gabriel senti
José não conseguiu dormir a noite inteira. Sempre que fechava os olhos, parecia que podia ver Daniela e Bruno se entrelaçando na cama.De madrugada, ele se levantou.Derrubou um pequeno enfeite delicado do criado-mudo, com o rosto impassível, desceu as escadas e dirigiu até a casa de Giovana.Ele estava tenso demais e precisava relaxar. Talvez o único jeito fosse encontrar um pouco de prazer no meio da noite. Giovana também não esperava que o homem que havia se despedido durante o dia aparecesse em sua porta no meio da madrugada.Ela usava uma camisola de alça rosa choque, com renda do mesmo tom no decote, onde suas curvas oscilavam de maneira provocante. José a puxou bruscamente, pressionando-a contra o armário da entrada sem demonstrar qualquer emoção. Ele estava com pressa. Giovana, enquanto cooperava, começou a chorar baixinho: — Zé, o que houve com você hoje... — Ela continuava chamando-o suavemente, quase em um sussurro. — Zé...José apertou seu pescoço levemente, e c
Na noite de núpcias.Daniela Vieira encontrou uma calcinha de renda, adornada com pérolas, no bolso do fraque do seu noivo. Sem demonstrar qualquer emoção, ela a colocou de volta.José Silva, vestido apenas com uma toalha branca, saiu do banheiro. Seus olhos escuros e profundos brilharam, cheios de desejo.José caminhou até a cama, ajoelhou-se com um joelho na beira e começou a se aproximar de Daniela lentamente. — Amor, eu te quero.Suas mãos quentes tocaram a perna lisa e pálida de Daniela, subindo devagar...Os olhos de Daniela estavam vermelhos de raiva.Esse homem...Era ele quem ela admirava desde os dezesseis anos, quem esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis da vida, quem a apoiou durante as tempestades e seria capaz de abrir um buraco no peito por ela.Mas ele...Ele a traiu.Um homem que traiu era como uma escova de dentes que já havia sido usada para limpar o vaso sanitário. Todos eram imundos.No momento em que os dedos de José escorregavam para cima, prestes a toca
Ela voltou para o quarto cambaleando. Daniela sentia-se aliviada por Giovana ter prendido José, pois isso dava a ela a oportunidade de lidar consigo mesma. Submergiu todo o corpo na banheira, lavando as marcas que estavam em sua pele. A perda da virgindade já era um fato consumado, agora, ela precisava garantir que não engravidaria.A mente de Daniela estava uma confusão. Ela inicialmente pensava em trabalho, divórcio e em buscar provas de traição, mas, à medida que se perdia nesses pensamentos, não conseguia evitar que os gemidos sensuais e roucos de Roberto ecoassem em seus ouvidos. Para tentar se acordar, decidiu afundar-se na água, buscando na asfixia um momento de clareza.A luz da manhã se espalhava suavemente, tingindo a cidade com tons de rosa que entravam pela janela do chão ao teto. José entrou no quarto com cautela, achando que Daniela ainda estivesse dormindo. Para sua surpresa, ela já havia vestido e estava sentada em frente à penteadeira, tranquila, se maquiando. U
Roberto estava de pé diante do casal, enquanto Daniela olhava para baixo, tomada pelo desespero.Então, a voz profunda de Roberto ecoou lentamente: — José, diga ao seu avô que eu não voltarei.— Certo. — José sorriu e respondeu.Roberto acenou levemente com a cabeça, e seu olhar se deteve no rosto de Daniela por um instante, ela parecia... Aliviada?Embora um pouco confuso, ele não se aprofundou mais na questão e saiu apressadamente.Daniela entrou no carro, e José, ao dirigir, observava pelo retrovisor o rosto ainda levemente pálido de Daniela. Com um sorriso, perguntou: — Você está com medo do tio?Daniela confirmou com um "sim".Sobre aqueles rumores a respeito dele... Por exemplo, que ele matava sem hesitar, atravessando as fronteiras do certo e do errado, quem não teria medo?E ainda teve o que aconteceu na noite passada...José soltou uma risada e comentou casualmente: — Desde que a relação esteja em ordem, tá tranquilo. Ele não é uma boa pessoa, é melhor manter distância dele
Isso era muito absurdo. Daniela se apressou para sair do carro. Em meio ao desespero, a cabeça de Daniela bateu forte no teto do carro, fazendo com que ela ficasse tonta e confusa, não conseguindo se controlar e sentando-se novamente nos braços de Roberto.Ao perceber a mudança súbita em seu comportamento, Daniela sentiu uma vontade intensa de chorar. — Desculpe, tio. Ela se moveu lentamente, finalmente conseguindo deslizar para fora dos braços dele.No momento em que tocou o assento de couro genuíno, sentiu como se tivesse morrido um pouco e renascido.Na OEC, , embaixo do prédio.Rubens parou o carro tremendo de medo. Um pequeno imprevisto durante o trajeto o deixara nervoso, e ele mal se atreveu a fazer barulho ao respirar. O carro estacionou na calçada. Daniela também abriu a porta do carro apressadamente. — Obrigada, tio! Obrigada, Rubens!Após dizer isso, ela saiu correndo, sem olhar para trás, e entrou no prédio. Rubens, ansioso, perguntou: — Sr. Roberto, vamos para a e