Daniela puxou Melissa para fora. No entanto, logo se depararam com os seguranças do Raul, que as interceptaram. Melissa empurrou Daniela:— Não podemos acabar aqui! Vou distraí-los, você precisa ir chamar ajuda!Daniela sabia que aquele não era o momento de ser teimosa. Ela decidiu buscar socorro, talvez ainda houvesse uma chance. Se ficasse, ambas estariam perdidas. Daniela olhou para Melissa com profundidade, seus olhos transbordando sinceridade e determinação. Elas só tinham se conhecido por um dia, mas Melissa confiava, inexplicavelmente, que Daniela a salvaria.Daniela levantou o pé, prestes a correr, quando o Sr. Raul a agarrou pelos cabelos que vinham logo atrás. O puxão fez com que uma dor intensa se espalhasse pelo couro cabeludo, e lágrimas escorregaram involuntariamente de seus olhos. O Sr. Raul xingava, misturando insultos sobre seus pais e partes íntimas, enquanto a empurrava contra a grade. Seus olhos eram lascivos, avaliando a curva considerável que se formava em
José logo tocou a pele lisa sob o roupão e, com um puxão, o rasgou.— José, seu idiota! Saia daqui! — Gritou Daniela.Embriagado, José lembrou-se das palavras de Giovana: ele estava mimando Daniela demais, o que a tornara tão exigente.Ele agitou a mão, e o roupão de seda se despedaçou instantaneamente, os pedaços flutuando pelo ar.Sem roupas, Daniela ficou exposta.Os olhos de José se tornaram vermelhos. Ele sabia que naquela noite precisava satisfazer seus desejos.Daniela se esforçava para se afastar, mas José agarrou seu tornozelo, puxando-a de volta. Com um tom levemente agressivo, disse: — Daniela, pergunte a quem tem uma esposa casada há dias e ainda é virgem, quem não quer ter relações com o marido?Ele segurou a perna dela, pressionando-a contra seu ombro.— José, não me toque. — Disse Daniela, envergonhada e com o rosto cheio de lágrimas.José não estava disposto a ouvir. Antes, ele conseguia suportar a situação, mas desde que começou a se relacionar com Giovana, seu auto
Os olhos profundos de Roberto brilharam com uma leve frieza. — Traga-a aqui. Depois de encerrar a ligação, Roberto se acomodou no sofá preto e elegante. Sua presença exalava sofisticação, até mesmo ao sentar-se de maneira casual, parecia uma pintura atraente. As cenas daquela noite voltavam à sua mente, uma após a outra. Embora ele tivesse sido drogado, ainda assim... Ele se lembrava das sensações. Era difícil dizer se era o efeito da droga ou se era o desejo que o dominava; ele quase não conseguia se controlar. Apertava sua cintura delicada, que não passava de um punho, ouvindo seu choro rouco e as palavras sem sentido que saíam de seus lábios. — Tio!Uma voz interrompeu suas lembranças. Roberto trouxe seus pensamentos de volta e olhou para Daniela. Ela colocou os suplementos de uma só vez na mesa de centro. Com educação, disse: — Tio, comprei algumas coisinhas. Espero que goste. Após isso, Daniela se despediu. — Espere um momento, o Rubens vai chegar em alguns
Daniela apertou a palma da mão dormente, virou-se furiosa e entrou no carro, saindo sem olhar para trás. Sophia, ainda no lugar, pisoteava o chão com raiva. — Vadia, vadia, vadia!De repente, o céu ficou nublado. Nuvens escuras se formaram e giravam, como se tinta preta tivesse sido derramada no mar de nuvens. Ia chover. Sophia tremeu da cabeça aos pés e entrou rapidamente no carro, dirigindo de volta para casa. Ela queria que seus pais vissem o quanto era competente! José voltou à Mansão Imperial à tarde. Ele trocou de roupa. Além do cheiro amadeirado do perfume masculino, nada mais havia nele.Carregava três caixas de tangerinas e disse: — Um parceiro de negócios me deu de presente. São aquelas tangerinas macias que você adora. Uma caixa é para você, outra para a vovó e a terceira para sua mãe. Vamos visitar sua mãe primeiro.Embora Larissa estivesse louca, Daniela não tinha coragem de mandá-la para um hospital psiquiátrico.Seguindo a sugestão de José na época, gastaram
Ele caminhava enquanto atendia: — O que aconteceu?Do outro lado da linha, não se ouvia a voz de Giovana, mas sim os sons de uma briga: os gritos de um homem e os gemidos desesperados de uma mulher, acompanhados pelo trovão que ressoava lá fora, criando uma atmosfera aterradora e sem esperança. Entre lágrimas, Giovana suplicava: — Por favor, não bata mais! Estou morrendo, uuh, Zé, socorro, uuh… ah...O homem tornava-se cada vez mais arrogante, xingando com raiva: — Vadia, você o ama tanto que se casou longe por causa dele, e agora está quase morta. Ele ainda está com a esposa dele? Ele nunca te levou a sério! Me fez te trair, eu vou te matar!José já estava na porta do quarto. Estava a apenas um passo do quarto. Se apenas abrisse a porta, veria sua avó caída no chão. Mas ele… Hesitou. Pensou que, com Daniela lá, sua avó não estaria em perigo. Mas se ele não fosse, alguém certamente morreria naquela noite. Ele e Daniela já haviam traído Giovana, e se ela morresse ali,
Roberto se levantou.Ele pegou um copo descartável e se serviu de água.Com o copo na mão, esse privilegiado, alguém que poderia causar grandes mudanças, estava sentindo, pela primeira vez, a impotência.Se despejasse água diretamente na boca de Daniela, provavelmente ela não mataria a sede, mas se engasgaria.Com os olhos escuros, Roberto se aproximou e puxou Daniela para fora da cama.Quem diria que ela estava tão mole, parecendo um polvo sem ossos.Ela balançava de um lado para o outro, quase batendo a testa na mesa de cabeceira.A cada instante, Roberto se sentia mais irritado. Ele deveria ter chamado Rubens para cuidar de Daniela.Soltou um suspiro.Roberto se sentou na beirada da cama, puxando Daniela para se encostar nele.A pessoa que estava fora de si não tinha medo da morte e se acomodou diretamente em seus braços.Encostada em seu peito, como se estivesse em seus braços, se sentia muito mais confortável do que apenas se apoiando em seu lado.Roberto olhou para Daniela com um
José achava que tinha problemas nos seus ouvidos. Com certeza, havia escutado errado. Após um momento de perplexidade, sorriu repentinamente e disse: — Dani, vamos para casa. Conversamos lá.Estendeu a mão em direção a Daniela, mas ela se virou, e seus dedos tocaram o vazio. José ficou parado, olhando para baixo, com uma expressão quebrada e aturdida: — Dani, você vai negar nossos seis anos de relacionamento por causa de uma bobagem dessas?Daniela, com um olhar cheio de sarcasmo e ódio começando a surgir, respondeu: — Você acha que isso é uma bobagem?Ele percebeu que havia falado demais e apressadamente balançou a cabeça: — Não era essa a minha intenção.Daniela sorriu e enxugou uma lágrima do canto do olho: — Eu não quero a sua propriedade, só quero metade da conta conjunta.José desviou o olhar, como se estivesse fugindo de algo que não conseguia encarar.Daniela percebeu a emoção dele e perguntou: — E o que tem a ver com os depósitos?José suspirou e adotou um tom suave:
Daniela não se importava com os sonhos que ele desenhava, no entanto, ela compreendeu a gravidade da situação.Se se divorciasse agora, não apenas não receberia um centavo, como também acabaria com uma enorme dívida. As pupilas de Daniela se contraíram, seus lábios se fecharam e os dentes se apertaram, enquanto a linha do queixo se tornava tensa e as bochechas ruborizavam de raiva. José, com um tom persuasivo, disse a Daniela: — Seis meses, apenas seis meses de oportunidade, e nosso patrimônio pode quintuplicar. Ao mesmo tempo, usarei esse tempo para redimir meus erros. Dani, promete que vai me ajudar?Daniela respirou fundo, o peito ardendo de angústia. Após um momento de reflexão, olhou para o perfil de José: — A receita da empresa não é suficiente para você se esbanjar? Por que usou o dinheiro da conta conjunta sem me consultar?José respondeu impotente: — Temia que você não concordasse. A razão pela qual a família Silva sempre me trata mal é que sou o neto que menos se destac