Peter,Acordo de manhã com ela ainda em meus braços, sorrio com esse progresso, pois ela sempre acorda primeiro que eu e vai para a empresa sozinha. Começo a beijar sua bochecha seguindo até os seus lábios, ela abre os olhos me olhando sem entender. Pronto, quer ver que vai me xingar?– Não se beija na boca quando acorda, Peter. – agora eu que fico sem entender. – Escova os dentes primeiro, boca podre.Coloco a mão na minha boca e assopro. Mesmo que eu não tenha escovado os dentes ao acordar, não está podre como ela falou.– Eu não estou podre, sinta. – Sopro na cara dela e ela vira o rosto, tapando o nariz, rindo da minha cara. Ela se levanta e vai até o banheiro para fazer a sua higiene, e eu a acompanho.Seguimos para a cozinha e nosso café da manhã já está sobre a mesa. Escolho os alimentos para ela escolher para comer, e ela pega uma fatia do bolo de laranja e um copo de suco. Um passo foi dado, só falta agora ela comer. Mas, enquanto eu vou comendo, Viviane não para de olhar par
Peter,Pego a chave do meu carro e sigo para minha casa. Vou descobrir quem está por trás de tudo isso ainda hoje. Essas pessoas acham que podem invadir a minha vida assim e ficar por isso mesmo, estão muito enganados.Chego em casa e encontro uma das meninas da limpeza. Sorrio para ela, já imaginando ser a que está tentando me prejudicar. Sei que prometi a Viviane que seria um novo homem, mas dessa vez eu preciso ser um canalha para descobrir a verdade.– Tudo bem? – pergunto, dando o meu melhor sorriso, e ela logo sorri de volta. – Só tem você limpando a minha casa?– Não, senhor, tem a outra menina que limpa os andares de baixo, mas ela já terminou o serviço e já foi embora.– E ela trabalha na mesma firma que você?– Acho que não, a não ser que seja novata, já que eu nunca a vi na agência. Por que, senhor?– Tem como chamar ela aqui, pois ela está fazendo o trabalho todo errado, ela não está limpando o meu escritório direito, e como eu tenho... tenho... asma, fico atacado entrando
Viviane,Mesmo uma voz dentro de mim mandando eu não confiar nele, eu lhe dou uma chance. Espero de coração não me arrepender. Mas, para isso, eu não vou criar muitas expectativas com ele, vou deixar o tempo me mostrar se ele realmente está mudando, ou se isso é apenas um jogo dele para depois cair fora de novo.Tento manter a minha promessa sobre as refeições, mesmo contra a vontade, enfio o bolo à força, mas como bem devagar, para ele descer bem moído no meu estômago. Mas, quando chega a hora do almoço, rezo para ele não me ligar, e ele não liga.Mesmo achando isso bom, eu estranho, já que ele estava tão empenhado em me fazer comer. Poderia ter pedido qualquer outra coisa, mas foi logo me pedir isso. Saio da minha sala e subo até a sala dele, e a secretária me fala que ele estava com alguns problemas, pois estão tentando invadir o sistema da empresa e ele saiu às pressas.Agradeço a ela e volto para o meu trabalho. Mas não consigo me concentrar muito, pode ser que a secretária dele
Peter,Ela olha novamente para o vídeo e balança a cabeça, mas não demonstra nenhuma preocupação em eu estar vendo isso.— Essa sou eu sim. — diz, tranquilamente.— E quem estava no carro, Viviane?— Meu macho. — Serro os olhos para ela, já pronto para falar um monte, mas ela começa a rir, e depois de tanto tempo não via essa risada dela. — Bom, isso era o que eles queriam que você pensasse. Essa é a casa da Camy, e quem chegou foi o Bem. Eu te falei que fui na casa dela, mas se não acreditar em mim, podemos ir lá agora mesmo.Olho para a filmagem mais uma vez, mas como eu não conheço o carro do fotógrafo, não teria como eu saber.— Eles vão fazer de tudo para nos separar, mas enquanto estivermos juntos, só vai ficar vindo bomba para cima da gente. — ela fala olhando para os lados. — Mas acho que você tem razão, deve ter sido a Diaz, já que eu não tenho inimizade com ninguém, e ela saiu daquela sala revoltada.Eu tenho certeza que é ela, tem algumas mulheres que não aceitam o desprezo
Peter,Saímos de casa para a empresa, ela vem comigo no meu carro, e dois veículos de segurança nos seguem. Na empresa, deixo dois no andar dela e dois no meu. Mesmo tendo proibido a entrada da Diaz aqui, ela pode alcançar a Viviane de alguma forma.O chefe da segurança mandou a gente tomar cuidado até com o que comemos, não aceitar nada nem dos funcionários para comer, e nunca comer num restaurante só. Dinheiro compra as pessoas, e para nos fazerem mal é rapidinho.Chego na minha sala e ao sentar na minha cadeira, Lena me lembra que eu preciso conversar com o desenvolvedor, pois com essas ameaças que estamos sofrendo, muitos clientes estão inseguros sobre a segurança dos nossos aplicativos.Mando ela falar para eles irem até a sala de reunião, que logo desço para conversar com eles. Mando ela ligar para os clientes também, para marcar uma reunião com eles para tentar acalmá-los, para não desistirem de nós.Meu pai me entregou a empresa no topo, não posso deixá-la cair. A porta se abr
Peter,Cheque-mate. Sabia que era ela. Sorrio, dando um tapa na mesa, o que assusta a mulher e o policial.– Vou cumprir a minha promessa e vou retirar a denúncia. Mas nunca mais entre na minha casa ou na minha vida, pois não serei bondoso da próxima vez com você.Levanto-me da cadeira e vou falar com o delegado, retiro a queixa e ele diz que vai preparar as papeladas para liberá-la. Entro no meu carro e sigo de volta à empresa. Desço no andar onde a Viviane trabalha e, ao entrar em sua sala, ela não está. Vou até o camarim, e também não a encontro.– Viu a minha esposa? – pergunto para uma funcionária que está passando, empurrando uma arara.– Sim, senhor, ela falou que ia na sua sala. – Agradeço e volto para o elevador para retornar à minha sala. Assim que saio, pergunto para Lena se minha esposa está na minha sala e ela diz que não, que acabou de sair e pareceu muito furiosa.Entro na minha sala sem entender nada e, assim que me sento na minha cadeira, vejo as mensagens trocadas no
Viviane,Subo novamente na sala do Peter, mas dessa vez ele não está. Me sento em uma cadeira e vejo a luzinha do computador ligada. Aperto o espaço e a tela se abre em um e-mail que ele enviou para a Diaz.Nesse momento, meu sangue ferve. Mesmo sabendo que ele pode estar fazendo um jogo com ela, as palavras me irritam, principalmente lendo a resposta da Diaz. Respondo como se fosse ele e marcamos em um hotel de luxo, porque a bonita não quer ir no econômico.Odeio gente que se acha a última bolacha do pacote, que pode comprar tudo nesta vida. Saio da empresa e chamo um carro de aplicativo. Dou o endereço do hotel e, assim que chegamos, espero ela em um canto onde ela não pode me ver. Ela desce do carro e, assim que fecha a porta, eu apareço.— Como vai, Diaz? — pergunto me encostando na porta do passageiro do seu veículo.— O que está fazendo aqui? — ela pergunta olhando para os lados, buscando o Peter com certeza.— Estava passando, vi você e quis te cumprimentar. Faz tempo que não
Viviane,Entra um homem de terno e um policial no quarto. Ele se apresenta como meu advogado e manda o policial soltar a minha mão das algemas. Puxo minha mão para cima, alisando-a com a outra mão.— Por enquanto você é suspeita, e não acusada. O senhor Mourett foi buscar todas as provas que a Senhora Diaz estava perseguindo vocês, e logo não precisará mais passar por esse transtorno, senhora. — o advogado fala, e eu apenas concordo com a cabeça, agradecendo.— Mas não pode sair da cidade, você pode ser chamada para depor a qualquer momento. — o policial fala em forma de ordem.— Não tem para onde eu ir, moro e trabalho aqui em Milão. — ele concorda com a cabeça e sai do quarto, me deixando só com o advogado. — O senhor Mourett está bem irritado com tudo isso que está acontecendo. Você como vítima, e a lei te tendo como uma criminosa.Ele está irritado por isso? Quando foi que Peter começou a se importar com as outras pessoas?— Obrigada, o senhor vai me defender no caso?— Sim, senho