Peter,Ela olha novamente para o vídeo e balança a cabeça, mas não demonstra nenhuma preocupação em eu estar vendo isso.— Essa sou eu sim. — diz, tranquilamente.— E quem estava no carro, Viviane?— Meu macho. — Serro os olhos para ela, já pronto para falar um monte, mas ela começa a rir, e depois de tanto tempo não via essa risada dela. — Bom, isso era o que eles queriam que você pensasse. Essa é a casa da Camy, e quem chegou foi o Bem. Eu te falei que fui na casa dela, mas se não acreditar em mim, podemos ir lá agora mesmo.Olho para a filmagem mais uma vez, mas como eu não conheço o carro do fotógrafo, não teria como eu saber.— Eles vão fazer de tudo para nos separar, mas enquanto estivermos juntos, só vai ficar vindo bomba para cima da gente. — ela fala olhando para os lados. — Mas acho que você tem razão, deve ter sido a Diaz, já que eu não tenho inimizade com ninguém, e ela saiu daquela sala revoltada.Eu tenho certeza que é ela, tem algumas mulheres que não aceitam o desprezo
Peter,Saímos de casa para a empresa, ela vem comigo no meu carro, e dois veículos de segurança nos seguem. Na empresa, deixo dois no andar dela e dois no meu. Mesmo tendo proibido a entrada da Diaz aqui, ela pode alcançar a Viviane de alguma forma.O chefe da segurança mandou a gente tomar cuidado até com o que comemos, não aceitar nada nem dos funcionários para comer, e nunca comer num restaurante só. Dinheiro compra as pessoas, e para nos fazerem mal é rapidinho.Chego na minha sala e ao sentar na minha cadeira, Lena me lembra que eu preciso conversar com o desenvolvedor, pois com essas ameaças que estamos sofrendo, muitos clientes estão inseguros sobre a segurança dos nossos aplicativos.Mando ela falar para eles irem até a sala de reunião, que logo desço para conversar com eles. Mando ela ligar para os clientes também, para marcar uma reunião com eles para tentar acalmá-los, para não desistirem de nós.Meu pai me entregou a empresa no topo, não posso deixá-la cair. A porta se abr
Peter,Cheque-mate. Sabia que era ela. Sorrio, dando um tapa na mesa, o que assusta a mulher e o policial.– Vou cumprir a minha promessa e vou retirar a denúncia. Mas nunca mais entre na minha casa ou na minha vida, pois não serei bondoso da próxima vez com você.Levanto-me da cadeira e vou falar com o delegado, retiro a queixa e ele diz que vai preparar as papeladas para liberá-la. Entro no meu carro e sigo de volta à empresa. Desço no andar onde a Viviane trabalha e, ao entrar em sua sala, ela não está. Vou até o camarim, e também não a encontro.– Viu a minha esposa? – pergunto para uma funcionária que está passando, empurrando uma arara.– Sim, senhor, ela falou que ia na sua sala. – Agradeço e volto para o elevador para retornar à minha sala. Assim que saio, pergunto para Lena se minha esposa está na minha sala e ela diz que não, que acabou de sair e pareceu muito furiosa.Entro na minha sala sem entender nada e, assim que me sento na minha cadeira, vejo as mensagens trocadas no
Viviane,Subo novamente na sala do Peter, mas dessa vez ele não está. Me sento em uma cadeira e vejo a luzinha do computador ligada. Aperto o espaço e a tela se abre em um e-mail que ele enviou para a Diaz.Nesse momento, meu sangue ferve. Mesmo sabendo que ele pode estar fazendo um jogo com ela, as palavras me irritam, principalmente lendo a resposta da Diaz. Respondo como se fosse ele e marcamos em um hotel de luxo, porque a bonita não quer ir no econômico.Odeio gente que se acha a última bolacha do pacote, que pode comprar tudo nesta vida. Saio da empresa e chamo um carro de aplicativo. Dou o endereço do hotel e, assim que chegamos, espero ela em um canto onde ela não pode me ver. Ela desce do carro e, assim que fecha a porta, eu apareço.— Como vai, Diaz? — pergunto me encostando na porta do passageiro do seu veículo.— O que está fazendo aqui? — ela pergunta olhando para os lados, buscando o Peter com certeza.— Estava passando, vi você e quis te cumprimentar. Faz tempo que não
Viviane,Entra um homem de terno e um policial no quarto. Ele se apresenta como meu advogado e manda o policial soltar a minha mão das algemas. Puxo minha mão para cima, alisando-a com a outra mão.— Por enquanto você é suspeita, e não acusada. O senhor Mourett foi buscar todas as provas que a Senhora Diaz estava perseguindo vocês, e logo não precisará mais passar por esse transtorno, senhora. — o advogado fala, e eu apenas concordo com a cabeça, agradecendo.— Mas não pode sair da cidade, você pode ser chamada para depor a qualquer momento. — o policial fala em forma de ordem.— Não tem para onde eu ir, moro e trabalho aqui em Milão. — ele concorda com a cabeça e sai do quarto, me deixando só com o advogado. — O senhor Mourett está bem irritado com tudo isso que está acontecendo. Você como vítima, e a lei te tendo como uma criminosa.Ele está irritado por isso? Quando foi que Peter começou a se importar com as outras pessoas?— Obrigada, o senhor vai me defender no caso?— Sim, senho
Viviane,— Você lembra de mim, pelo menos? — pergunto, e ela balança a cabeça concordando. — E como não se lembra do que aconteceu lá no beco?Minto para ver sua reação, e ela ergue uma das sobrancelhas. Sorrio, pois peguei ela na mentira, mas ao ver o meu sorriso, ela tenta disfarçar.— Os policiais disseram que foi na mata, que eu caí no barranco. — me sento na poltrona, olhando para sua cara de pau.— Não precisa mentir para mim, Diaz, sua cara de falsidade já te entregou. Já entreguei todos os boletins de ocorrência que eu tinha para o meu advogado, e mesmo que você queira se fazer de vítima desentendida, não vai colar comigo.— Eu não estou mentindo, eu não me lembro do que aconteceu lá. A última coisa que me lembro foi de nós duas dentro do carro, e você puxando o volante para o lado, até batermos na árvore.— Deixa de ser falsa. — me levanto indo para cima dela, mas aí me lembro que só vai complicar mais a minha vida, e é bem o que ela quer, que eu me complique.Viro as costas
Peter,Quando eu a vejo saindo do hospital nervosa e tensa, tento entender o porquê. Depois da sua resposta, tudo que eu preciso é fazê-la relaxar de alguma forma. Não sou psicólogo, não sei dar bons conselhos, mas sei provocar e seduzir, e sei que disso ela gosta, e sua mente viaja longe.Faço um jantar maravilhoso. Na verdade, é a única coisa que sei fazer. É estilo comida de preguiçoso, onde você coloca várias coisas em uma travessa, mete o queijo em cima e coloca para gratinar. Faço tudo de forma lenta e provocativa, e vejo que ela está caindo no meu encanto.Bom, era o que pensava até ela descer as escadas com a barriguinha e as pernas de fora. Meu coração até parou, pois todo meu sangue desceu para o meu pau. Estou ferrado, mil vezes ferrado. Tento continuar nas provocações, até ver ela cruzando as pernas, e sei que ela está tão excitada quanto eu.— Me quer como sua sobremesa?— Sim, vou degustar de todo seu corpinho com a minha língua.— Vai começar por onde? — provocadora, es
Peter,Deito ela no chão, e dou leves tapas em seu rosto, chamando pelo seu nome. Fico apavorado sem que ela acorde. A pego no colo, e quando vou saindo pela porta, ela começa a despertar.— Vivi? O que você tem?— Não sei, senti uma tontura e não vi mais nada.— Vou levar você só hospital, não vou arriscar sua saúde não.— Não, me coloque no chão, por favor. — ela estica e eu a coloco no chão, fico olhando para ela preocupado, mas ela parece nem se importar com o seu desmaiado. — Vamos para o quarto. Apoio ela no meu ombro, e vamos subindo as escadas. Assim que chegamos no quarto, a sento na cama.— Peter, você ia me levar ao hospital assim, sem roupa nenhuma?— Eu não pensei nisso, eu só fiquei com medo de ver você daquele jeito. Acha que eu ia subir aqui, colocar uma roupa em você, para depois ir ao hospital?Ela sorrir balançando a cabeça, e se deita na cama com o braço na testa. Continuo a olha para ela com preocupação, quero arrastar ela para o médico, mas como faço para ela ir