Casamento relâmpago, marido misterioso se revela um bilionário
Casamento relâmpago, marido misterioso se revela um bilionário
Por: Barros
Capítulo 1
Viviane Ribeiro se casou.

O noivo não era Gustavo Barros, seu namorado de oito anos de amor.

Era um homem que ela conheceu por menos de cinco minutos, de quem tinha apenas informações básicas.

- Ainda há tempo para se arrepender. - No saguão de espera do cartório, o homem olhou para Viviane com um ar cínico, lembrando-a.

Com os dedos apertando a bainha quase desfiada de sua roupa, o rosto frio e indiferente de Gustavo preencheu sua mente...

Três dias atrás, Gustavo, que normalmente evitava vê-la, a convidou para jantar. No momento em que recebeu o telefonema, ela ingenuamente pensou que oito anos de dedicação finalmente receberiam uma resposta.

Ela se vestiu cuidadosamente para o encontro, porém, foi recebida não apenas por Gustavo, mas também por Débora Ribeiro, sua prima, que estava sentada em uma cadeira de rodas e segurava as mãos dele com um sorriso doce no rosto.

- Doe seu rim para Débora e eu me casarei com você. - Gustavo soltou essa bomba antes que ela pudesse assimilar o relacionamento entre ele e Débora.

Chocada como se tivesse sido atingida por um raio, Viviane olhou para Gustavo.

O olhar dele continuou frio e cheio de aversão, como se ele estivesse olhando não para a mulher que cuidou dele por oito anos, mas para um inimigo mortal.

O coração de Viviane se tornou um bloco de gelo.

Ela e Gustavo tinham um acordo de noivado desde crianças. Aos dezesseis anos, quando ela voltou ao país TZ, se apaixonou perdidamente por Gustavo.

Durante esses oito anos, ela aprendeu a cozinhar e lavar roupa para cuidar bem dele; cultivou talentos para ser uma esposa qualificada; e continuou a amá-lo de forma incondicional, mesmo sabendo que ele a detestava.

Tudo para que um dia ele pudesse perceber suas qualidades e sinceramente se casar com ela.

Mas a realidade lhe deu um tapa duro. Gustavo não apenas não a amava, como também tinha transferido seu afeto para sua prima.

Ele estava até disposto a se casar com uma mulher que não amava para salvar sua verdadeira amada!

Ele sabia o quanto ela queria ser sua esposa, mas optou por realizá-la através de um acordo.

Isso era nada menos do que um insulto flagrante!

Todo o amor que ela sentia por ele se transformou em ódio.

Ela queria matá-los!

Mas ela nem mesmo tinha a capacidade de se proteger.

...

À noite, as palavras geladas de Gustavo ainda ecoavam em seus ouvidos:

“Não estou negociando com você, estou te informando. Se você não concordar, posso garantir que você nem sequer ocupará o lugar de jovem Sra. Barros.”

Viviane apertou os punhos, apoiando-se firmemente na cadeira gelada.

Mesmo três dias depois, toda vez que ela pensava nisso, não conseguia conter a raiva e o desespero.

Ela sabia que Gustavo não estava brincando.

Como o futuro herdeiro da família mais poderosa da Cidade B, ele tinha meios de sobra para atingir seus objetivos.

Se não fosse pelo respeito a David Barros, ele provavelmente não teria nem sugerido um casamento em troca e a teria levado diretamente para a mesa de cirurgia.

Portanto, para se proteger, ela precisava se casar com alguém e eliminar qualquer chance de Gustavo interferir.

Voltando os pensamentos, no saguão de espera do cartório, Viviane engoliu em seco e declarou:

- Não vou me arrepender.

Terminado de falar, ela levantou os olhos para o homem ao seu lado.

O homem chamava-se Ricardo Barros, com o mesmo sobrenome de Gustavo.

De acordo com as informações fornecidas pela agência matrimonial, ele não tinha nenhuma relação com a família Barros, era apenas um trabalhador comum.

A única conexão era que ele trabalhava em uma empresa do Grupo Barros.

No entanto, esse homem, que parecia tão comum no papel, tinha um rosto incrivelmente atraente e um corpo esguio, ombros largos e quadris estreitos, praticamente sem falhas.

Quando Viviane o viu pela primeira vez, até pensou que ele fosse o CEO de alguma empresa listada na bolsa.

O olhar inquisitivo dela era muito intenso. Ricardo, com um sorriso leve, disse em tom divertido:

- Srta. Viviane.

Era atraente e irresistível a ponto de dar coceira no coração.

Viviane voltou a si, rearranjando os cabelos ao lado de seu rosto, cobrindo as bochechas agora rubras.

Observando a sua tentativa falha de disfarce, Ricardo exibiu um sorriso malicioso:

- Ainda lembra do nosso acordo de antes?

- Lembro... - Viviane disse, pausadamente, sob o olhar atento de Ricardo. - O noivado tem a duração de três anos, não podemos interferir na vida pessoal um do outro, nem nos apaixonarmos. Se um de nós encontrar o verdadeiro amor, o contrato será imediatamente encerrado.

Ricardo assentiu, satisfeito.

Desconcertada, Viviane perguntou:

- Sr. Ricardo, por que você está perguntando isso agora?

Relaxado, Ricardo brincava com as pontas dos dedos e baixou a cabeça, expondo uma pinta vermelha escura perto do canto de seu olho:

- Tenho medo que a Srta. Viviane se apaixone por mim.

Viviane ficou sem palavras por um momento.

Respirando fundo várias vezes, ela deu um sorriso melancólico:

- Não se preocupe, eu não gosto de homens!

Nunca mais ela amaria alguém!

Uma vez já era suficiente para o seu coração ser destroçado!

Ricardo arqueou uma sobrancelha, seus olhos negros como uma poça de tinta derramada, cativantes. Momentos depois, ergueu o queixo com satisfação:

- Ótimo, vamos.

O tópico mudou tão rápido que Viviane ficou atordoada por um instante, percebendo só então que era a hora de tratar do casamento deles.

Ela se levantou e viu um casal recém-casado passar por ela, seus olhos e sobrancelhas tingidos com um sorriso.

Seu olhar se escureceu.

Mais de uma vez, ela havia imaginado ela e Gustavo recebendo sua certidão de casamento.

Na estrada para encontrar Ricardo, ainda estava hesitante sobre casar. Mas justo quando chegou à porta da cafeteria, recebeu uma ligação de Gustavo.

Ao telefone, Gustavo perguntou, impacientemente:

- Quando você virá ao hospital para assinar?

Ouvindo isso, Viviane percebeu que não estava nem um pouco irritada. Na verdade, quase queria rir.

Gustavo estava tão certo de que ela faria qualquer coisa para se casar com ele?

De repente, toda a hesitação se dissipou, e ela ficou ainda mais determinada a casar.

- O que aconteceu?

A voz de Ricardo puxou Viviane de volta de suas lembranças.

Ela desviou o olhar e suspirou profundamente, os olhos úmidos, mas claros:

- Nada.

De agora em diante, ela e Gustavo não teriam mais nada um com o outro.

Ao pensar nisso, sentiu como se um grande peso tivesse sido retirado.

Ricardo percebeu que a jovem à sua frente tinha algo em sua mente, mas não fez perguntas.

Ele precisava de uma esposa.

A agência de casamento lhe havia recomendado Viviane.

Eles se entenderam instantaneamente. Não estavam preocupados com o futuro, então não havia necessidade de questionar o passado.

Meia hora depois, os dois tinham sua certidão de casamento em mãos.

Ao vê-la, Viviane tocou o lugar onde ficavam seus rins e soltou um suspiro de alívio.

Com essa certidão de casamento, Gustavo não poderia mais forçá-la a casar em troca de um rim.

Ela estava segura, por enquanto.

No entanto...

Ao pensar em seus pais, os longos cílios de Viviane baixaram ligeiramente.

Ela ainda não tinha tido tempo de contar a ninguém sobre o casamento, inclusive aos seus pais.

E o desejo deles sempre foi que ela se casasse com Gustavo.

Especialmente depois que a família Ribeiro enfrentou uma reviravolta, caindo de uma das quatro grandes famílias da Cidade B para uma família sem nome e insignificante, seus pais dobraram suas esperanças. Ansiavam que, ao se casar com Gustavo, ela pudesse restaurar a família Ribeiro à sua antiga posição entre as quatro grandes famílias.

Se soubessem que ela se casou impulsivamente com um homem comum, ficariam furiosos.

- A seguir, devemos visitar seus pais.

Ricardo enfiou casualmente o certificado de casamento no bolso, ergueu o pulso e revelou um relógio dourado sob a manga da camisa branca.

Mesmo que fosse um casamento de conveniência, ainda precisavam seguir os procedimentos usuais.

Viviane ficou horrorizada:

- Agora?!
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