CAPÍTULO 2 — YAKOV GREEN — O CASAMENTO.

Só um de meu trio, Vasily, se encontra aqui hoje comigo, e estou feliz que ele tenha conseguido encaixar um tempo para estar aqui comigo, depois de tudo o que tem acontecido neste ano com ele e a sua garota. Mas sei que a nossa outra metade de nós, nossa trigêmea Darya, ficará puta ao saber que ela não esteve no meu casamento, assim como toda a nossa família, principalmente a nossa mãe, a dona Faina. Não a chamei, pois sei que minha irmã não iria aceitar muito bem o fato de eu estar me casando sem amor. Minha outra gêmea, é uma completa apaixonada, mas eu me a entenderei e mamãe depois.

Negócios são negócios e esse acordo de casamento é muito importante para me aliar com o Capucha Santiago, o líder da máfia mexicana. Tê-los ao nosso lado, nos fortalecerá ainda mais e unificados contra qualquer outro inimigo. Mas me aliar a ele, não tenho como apenas em objetivo de garantir mais poder, mais também como descobrir seus atos ilícitos que nós da família Petrov-Green não aceitamos como o tráfico de mulheres e crianças, e por isso queremos a derrubar. Ser mafioso é cuidar de negócios ilícitos e criminalmente ilegais, mas, eu e o meu irmão, abominamos quando esses atos ilegais tenham a ver com mulheres e crianças indefesas. E o que melhor do que ser parte da família dele para descobrir todos os seus segredos sujos?

— Está nervoso? — meu “tri” — É assim que eu e Darya o chamamos às vezes, desde quando éramos crianças. —, me pergunta parado ao meu lado no carro que nos leva até a igreja na qual realizaremos a cerimônia.

— Até que não. Ansioso, na verdade, por conhecer a minha futura esposa… — ele revira os olhos, antes de sorri. Quero ver a reação de minha noiva, quando ela me ver.

— Sabe que tem outra maneira de você conseguir conquistar uma aliança com eles e de até mesmo de descobrir onde ele mantém as mulheres e crianças que trafica. — Vas, é contra casamentos por contrato, meu irmão apesar de ser um Pakhan, conhecido como impiedoso, é um completo romântico. Não que eu não seja, mas acredito que posso ser feliz no meu casamento se nos permitirmos conhecer mutualmente.

— Não vou retroceder agora, estou tranquilo quanto ao casamento e acredito que posso fazer dessa união, um matrimônio bem-sucedido — digo, para ele, antes de sairmos do carro com nossos soldados a postos, fazendo a nossa guarda ao adentrarmos na igreja.

— Então, tudo bem. — ele aperta o meu ombro ao parar no meu lado no altar — Te desejo sorte e toda a felicidade de mundo.

— Obrigado, seu apoio é muito importante para mim. — pisco para ele, que sorri e pisca de volta.

— Mas sabe que precisará mais do que sorte, quando a Darya e mamãe souber que se casou sem a presença delas. — ele ri, dando tapinhas nos meus ombros.

É, provavelmente precisarei, conhecendo as duas.

Há algumas pessoas presentes da parte da família de minha noiva, e outra parte de pessoas presentes são soldados do seu pai e o meus. Cerca de quinze minutos depois, em um calor infernal que faz aqui no México, a Marcha Nupcial soa, e a mãe da noiva é a primeira a entrar.

— Se a filha for tão bonita quanto a mãe, você tem sorte, irmão. — Ele sussurra para mim e eu sorrio. Os nossos irmãos mais novos, Alex e Fin, enviaram uma foto dela pouco antes de nós irmos ao bar ontem para beber e comemorar minha despedida. Eu pedi para eles não fazerem isso porque seria fácil descobrir quem era a minha noiva antes de subir no altar. E quando a vi no bar na qual me encontrava dançando com outro cara, tive que intervir.

Minha futura sogra me olha e faz um breve aceno de cabeça educado que eu correspondo.

Cinco minutos depois, a minha noiva, entra ao lado do seu pai, seu rosto está coberto pelo véu, que quase não me deixar ver nada e seu rosto se mantém para baixo. Mas não consigo evitar reparar no seu corpo, ela é magra e tem belas curvas, usando um vestido de noiva justo, estilo sereia com o decote tomara de caia, lindo e simples, mas que fica perfeito em seu corpo, macio e cheiroso.

Assim que o seu pai surra algo para ela e a faz levantar a cabeça e olhar em frente, seus passos param a caminhada até mim, não posso ver seus olhos através do véu, mas sei que estão diretamente em mim. Santigo a puxa para que ela volte a andar de uma forma nada gentil e tenho que fechar as minhas mãos em punho ao meu lado, tentando me controlar para não ir até ela. Respiro fundo e tento me manter calmo, quando eles voltam a andar.

O Capucha me entrega o braço de sua filha, e pede a ela de uma forma não muito educada que ela tire o maldito véu do seu rosto, que ela faz de uma forma relutante. E quando ela retira o véu e posso ver o seu rosto estando tão linda como ontem a noite, ela me olha com fúria nos olhos. Respondo-lhe com um breve sorriso, antes de nos virarmos de frente para o celebrante.

Nenhum de nós dois nos conhecíamos, antes de nossa despedida de solteiro, no entanto, quando me aproximei dela ontem, eu já sabia quem ela era, mas ela não. A partir do momento em que ela chegou, vi-a e, quando percebi estar indo à caça, fui até ela, tirando o outro homem do caminho.

Quando fomos para o meu hotel e ela não demonstrou resistência, percebi que ela estava à procura de um homem para se livrar da virgindade antes do casamento. Seria algum plano dela para se ver livre do casamento, achando que eu poderia rejeitá-la em nossa noite de núpcias por ela não ser mais virgem?

Ah, baby, você não se livrará assim tão fácil de mim e terá que me dar algumas explicações quando estivermos a sós.

Volto a minha atenção para o celebrante, com sua voz grave e solene, ele começa a cerimônia:

— Estamos aqui reunidos para unir Yakov Allan Green e Audreen Marie Gonçález em sagrado matrimônio… — Enquanto ele fala, eu olho para Audreen. Seus olhos estavam cheios de incerteza e raiva, refletindo o que eu também sinto.

Deve ser ter sido chocante para ela quando viu que era eu que estava a sua espera aqui em cima do altar, e ter sido esse o motivo dela ter dado aquela parada no meio da igreja ao olhar para frente e me avistar.

Talvez uma divertida coincidência inesperada para nós dois termos nos conhecido ontem e termos passado a madrugada toda transando sem sabermos que as pessoas na qual nos casaríamos éramos nós mesmos. Okay, não tão coincidência assim… Já que graças aos meus irmãos, eu já saber quem era ela, desde o momento que chegou, mas estarmos no mesmo ambiente em nossa despida sim.

— Yakov, você aceita Audreen como sua esposa, prometendo ser fiel, amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de sua vida? — sei que assim que eu dizer sim, não terá mais volta, eu e a minha família acreditamos que casamento é um elo definitivo, para sempre. Por isso a relutância do meu tri sobre este casamento. Tomo um fôlego profundo antes de responder. — Sim, aceito. — minha voz sai mais firme do que eu esperava. Audreen faz o mesmo quando é a sua vez, e suas palavras, embora calmas, soa baixa e relutante.

A cerimônia continua e agora estamos de frente um para o outro, com nossas mãos unidas, mas seus olhos não me encaram. O celebrante nos guia através dos votos, e eu repito suas palavras com sinceridade, esperando que Audreen sinta o mesmo.

— Audreen, eu prometo estar ao seu lado nos momentos bons e ruins, na saúde e na doença, até que a morte nos separe — declaro, olhando diretamente para ela. Espero encontrar seus olhos, mas ela mantém o olhar fixo no chão.

Quando chega a vez de Audreen, sua voz soa baixa e hesitante.

— Yakov, prometo estar com você… nos bons e maus momentos… na saúde e na doença… até que a morte nos separe. — ela diz as palavras certas, dando ênfase na palavra “morte”, mas sou a única pessoa que consegue entender, e com a falta de contato visual dela me deixa inquieto.

Por que ela não consegue olhar para mim, vergonha por estar comigo ontem sem saber que eu seria o seu noivo?

Mas o que mais me preocupa foi o fato dela ter dado ênfase na “morte”, o que será que ela quis sugerir com isso? Seu pai havia me garantido que ela concordava com esse casamento e que não seria nada forçado, era por isso que aceitei o acordo.

Finalmente, o celebrante, pronúncia que agora somos marido e mulher.

— Pode beijar a noiva — ele diz com um sorriso caloroso. Inclino-me para beijar Audreen, mas ela vira o rosto ligeiramente, fazendo com que o beijo pouse em sua bochecha. Aplausos ecoam pela igreja, mas eu mal os ouço. Levo a minha mão até a sua nuca, em uma carícia que a faz amolecer e ceder quando os meus lábios tocam os seus e a beijo, com a minha língua roubando o espaço da sua em uma guerra de dominância.

Até o celebrante pigarrear e nos interromper, fazendo assim ela de afastar de mim constrangida.

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