— O que isso mãe, para de (falar) besteira é como se fosse meu irmão?
— Irmão? Sei me engana que eu gosto! — Natasha Estava ficando impaciente com sua mãe pelas insinuações. E saiu de perto e foi andar um pouco no Jardim do salão que havia, e sentou numa cadeira, e ficou pensando.
— Será que a minha mãe tem razão? Sou apaixonada por Arthur? Não pode ser! Ele é apenas meu amigo e nada mais, é como um irmão pra mim. Porque desse ciúme dele? Não é normal eu sentir?
— Estava pensando alto quando um rapaz se aproximou-se perguntando:
— Está falando sozinha moça? — Ela levou um (susto) envergonhada sem saber o que dizer, vendo aquele rapaz atraente bem-vestido fazia frio, naquela noite de lua e céu estrelado, o coração batia forte. Aquela voz era conhecida, mas como era escuro, de máscara não dava para saber quem era, mas estranho era porque gostou dele. Havia sintonia entre os dois.
Ele sentou-se perto dela e começaram a conversar, e contar história do cotidiano ela não queria que ele soubesse do ciúme de seu melhor amigo, e muito menos sua intimidade. Arthur era amigo e ponto final. Esquecer um pouco da vida conturbada e confusa, esquecer um pouco que vivia estudando e fazendo planos de viajar para a Europa e ter uma profissão e ser bem sucedida.
Quanto a isso seus planos estavam traçados? Agora queria algo diferente, uma aventura, quem sabe um rapaz para namorar. Já tinha 17 anos de idade. E isso incomodava a pressão que sofria de suas amigas que já tiveram relações sexuais com seus namorados. Ela ainda não.
Embora não dando muita importância a isso, mesmo tendo suas convicções e opinião própria de não dar ouvidos a ninguém, mas era por ela mesma que se sentia incomodada, em carregar esse fardo. Sentia desejo de ser uma nova mulher, porque não transar com alguém, e aquele rapaz sendo gentil e cavalheiro ao mesmo tempo provocava uma atração irresistível.
Embora (acreditando) ser um estranho, seu coração batia forte no peito como nunca aconteceu em toda a sua vida, de repente se apaixona por um jovem de máscara e desconhecido, isso não estava certo? Até poucos minutos atrás se questionava pelos ciúmes do seu amigo Arthur.
E de repente esquece tudo ao se deparar com alguém que ela nunca viu na vida. Mas já que era sua festa de formatura e despedida de uma vida de estudante partindo para uma nova etapa. Seria um tempo desafiador na vida de Natasha.
Então já que tudo era festa deixou seu coração falar mais alto e se deixou levar pelos encantos do rapaz. Que também estava curioso em saber quem era aquela garota linda sentada no jardim falando sozinha, e sentiu curiosidade.
Era uma emoção diferente de outras vezes que se encontrava com as garotas, de boa aparência, e tinha certeza que era uma garota que sempre buscou para sua vida, embora suas intenções nunca fossem de assumir qualquer compromisso com alguém. Mas esse jovem galanteador que conquistou Natasha era mesmo Arthur, que para ela era um estranho que surgiu do nada das redondezas.
Poderia ser de qualquer lugar. Poderia ser um turista que pudesse vir de qualquer estado do Brasil. Já que Gramado era frequentado por muitos turistas de todos os estados do Brasil, poderia, mas não era! E sim seu grande amigo Arthur de quem ela tinha tanto ciúmes e não entendia porque? Mas ele estava na sua frente derretendo por ela. E ela por ele também.
Na mesma hora que saiu para pensar. Ele também estava confuso em relação aos sentimentos. Passou quase a noite inteira fugindo do assédio feminino, não gostava de garotas se jogando em cima dele, e a única pessoa que ele queria estar perto era Natasha, mas o estranho que não conseguiu vê-la.
Talvez tenha visto até, mas como as luzes da festa eram de “boate” e como tinham combinado de não se ver por uma questão de ciúmes, trato é trato. Ficar afastado pelo menos por enquanto.
Mas se sentiam solitários; faltava alguma coisa. Àqueles cuidados que tinham. As coisas nunca foram as mesmas quando ficavam distantes um do outro. E não sabiam que sentimento era aquele!
E porque nenhum dos dois tinha coragem de assumir o que sentiam? Viviam fugindo e dando desculpas! Só existe uma razão? Que se chama amor é claro, mas não na mente deles, que estavam em (evolução) cheios de energias, queriam viver mais intensamente sem ter que se apegar a ninguém, ou ter qualquer compromisso. Para ele, ela era uma estranha.
Não estavam prontos para isso. E paixão naquela altura dos acontecimentos colocaria tudo por água abaixo, os planos traçados pelos dois. Mas sabiam que um dia iam se separar de alguma forma!
Seja viajando ou quem sabe se casando, e essa ideia não aceitavam, mas tinham que se conformar com a separação, é a coisa do destino, faz parte da vida de todo jovem que são amigos quase uma vida inteira na fase da adolescência.E na adulta t odos sabem que cada um segue seu caminho e seu destino. Uns se casam, outros viajam, outros vão pra guerra caso foram chamados.
A juventude que nada é para sempre. E isso eles sabiam por serem inteligentes e realistas das coisas que acontecem na vida de um ser humano. Estavam bastante tempo, sentados olhando as estrelas e lua cheia que fazia companhia para os dois que não queriam mais sair dali daquele lindo jardim, enquanto as pessoas lá dentro dançavam animados e bebiam já que a bebida corria solta. E não deram falta de Natasha e Arthur.
A vontade era ficar até o amanhecer e esquecer os problemas do dia a dia. Esquecer os compromissos diários de levantar cedo, ir ao colégio corrigir trabalho de escola, fazer planos, esquecer um pouco da rotina das cobranças da família. De fazer isso ou aquilo.
E tudo o que eles queriam, era se desligar um pouco da realidade e do mundo competitivo e cheio de cobranças e viver escravo de regras que se impõe a eles. Não tinham coragem de assumir que um amava outro por uma questão de ética e princípios, acreditavam que amizade e cumplicidade que havia entre os dois estava acima de tudo e que nada ia atrapalhar, e muito menos uma paixão passageira!
Acreditavam piamente que a paixão estraga uma grande amizade. Queriam que durasse a vida toda, mesmo tendo que suportar a dor da separação. Sabiam que na vida tudo é passageiro e que nada é para sempre. Então agora era aproveitar aquele momento delicioso um querendo tomar posse do outro, uma estranha sensação de liberdade que estavam sentindo naquele momento sem saber o que estava por trás disso tudo.
Aquela atração fora de hora num lugar apropriado diga se de passagem. E foram surpreendidos por um sentimento mais forte que eles que jamais poderiam imaginar que pudesse acontecer um dia.
A essa hora esqueceram-se do mundo, as convenções e conceitos, Natasha estava radiante linda de máscara vestido azul, olhos brilhantes, e Arthur encantado quase trêmulo na voz Perguntou o nome dela.
— Como você se chama? — Natasha sem saber se deveria revelar seu verdadeiro nome. A um estranho que surgiu do nada, tinha seus conceitos, não gostava de mentir e nunca escondeu seu nome a ninguém, mas naquele momento queria esquecer um pouco de quem era.
E mergulhar num novo mundo desconhecido, e mais fascinante. O que ela tinha a perder? Nunca se sabe o dia de amanhã. O que importava era aquela noite, e guardar para sempre aquele momento, mesmo não sabendo se tinha futuro ou não aquele relacionamento de última hora.
E não sabia se aquele jovem era um anjo ou um demônio levando para o caminho da perdição. Não sabia ao certo a que rumo daria as vidas deles dois. Então ela pensou em criar um nome para sua personagem. Saber mais sobre ela, fazer algo diferente. Cansada das mesmas coisas do cotidiano, as mesmas promessas vazias de todos a sua volta. E sua vida sempre estando em segundo plano.
Difícil escolha, mas se voltasse atrás certamente iria se arrepender da mesma forma se fizesse o contrário. Nunca teve a oportunidade de viver uma paixão assim. Então, seguiu seu coração e deixou que o destino escrevesse a sua história. E nada que chamasse a atenção de alguém, sequer era notada pelo seu esforço, por mais que tentasse agradar, mas nunca conseguia.
Exausta de fazer tudo para agradar os outros, colocando ela em último plano. Cansada de ser obediente a seus familiares que cobravam a perfeição. Seu pai era severo na educação e muito conservador de que tudo era errado ou pecado, mas que nunca prestou atenção na filha e nem no talento que tinha.
Ela sonhava em ouvir elogio dele pelo menos uma vez na vida, mas seu pai vivia do trabalho para casa e de casa para o trabalho, seus negócios estavam sempre em primeiro lugar. E carregava essa mágoa de nunca ter ido ao colo do seu pai desde criança, foi sempre assim, nada que fizesse agradava.
E Natasha sentia falta disso, talvez fosse essa a razão dela ter tanto apego ao seu amigo Arthur. Assim como ele a ela. O mundo não tinha sentido sem a presença de ambos. Mas naquele momento tinha esquecido um pouco da dependência que tinha em relação a ele, estava em outra dimensão, diga-se de passagem. Não queria que o jovem soubesse de sua vida sem graça, é enjoativo falar as mesmas coisas, mesmos assuntos sem conexão.
— Eu me chamo Alice, e você? — Arthur também estava entediado com tudo, da mesma forma que Natasha. Se eram almas gêmeas isso explicava porque tinham muita coisa em comum. Os mesmos gostos, e mesma opinião, embora os dois tivessem sonhos diferentes de sair mundo afora era a mesma. Na hora ele pensou.
— Ninguém precisa saber o que está acontecendo comigo nesse momento mágico? Aquela linda jovem de vestido azul e cabelos longos castanhos escuros e uma voz doce e suave, talvez a primeira garota com algo mais específico que surgiu na sua vida. Sem ter aquele ar de arrogância como outras que conheceu.
Garotas pegajosas e sem personalidade, que valorizavam mais a aparência do que o conteúdo, ou seja, caráter. E nela estava vendo algo especial, um brilho diferente, à luz da sua vida. Um novo rumo que pudesse dar início a um novo rumo, resumindo, se apaixonou pela primeira vez.
Então de fato era amor à primeira vista. Só não imaginava que fosse ser pego de surpresa, nunca imaginou que isso pudesse acontecer na vida. Era assediado por muitas garotas, mas que nenhuma chamou atenção como àquela jovem que estava diante dele, se perguntava a ele mesmo “quem é essa garota?” De que lugar veio? O que faço agora? Sem saber quem ela é.
Queria algo novo e diferente. Para ele não era uma aventura qualquer! Aconteça o que acontecer seria especial quem sabe para a vida inteira, embora nunca tenha sido um jovem romântico, era materialista e pouco acreditava em história de amor, mas naquele momento passou acreditar. Mas não queria que ninguém soubesse que aquele jovem metido a galanteador fosse assim tão apaixonado, não ficaria bem para sua reputação.
Já que, os que o conheciam o chamavam de garanhão devido à quantidade de garotas que eram apaixonadas por ele. Então naquele momento resolveu trocar seu nome sem saber o que o futuro ia reservar para ele. — Me chamo Felipe prazer! — Felipe, você é daqui? — Sim, mas estranho porque nunca te vi por essas bandas! Pensei que fosse turista? — Natasha ficou confusa, tinha que sair daquele labirinto, não podia dizer que morava na cidade de Gramado, tem que ser de uma cidade mais próxima, quem sabe Canela? — Eu sou de Canela e você de que cidade? — Sou de Porto Alegre capital! — Hum! Ainda não fui à capital gostaria de um dia poder conhecer! — Quem sabe seu sonho não possa ser realizado. Por
Natasha acordou assustada com os lençóis da cama manchada de sangue, ficou tomada pelo pânico sem saber o que ocorreu. Estava tonta sentindo dor de cabeça, sabia que tinha ido à festa de formatura e que tinha bebido bastante, e não estava conseguindo lembrar o que aconteceu! Porque sua cama estava suja de sangue, sua mãe bateu na porta do quarto acordando; chamando-a para levantar que seu pai queria ter uma conversa séria, a respeito do desaparecimento da festa na noite anterior, queria explicação do fato ocorrido, e para ele isso era uma desfeita das grandes. Ela simplesmente dissera: — Mãe não vou levantar tão cedo hoje, diz pro papai que não estou me sentindo bem! — Filha, o que foi que aconteceu? E o que você tem? — Mãe eu sai cedo da festa e vim embora me perdoe por não ter dito que vim pra casa, não
Lugar que um dia sonhou em conhecer e fazer sua vida, mas não desse jeito sendo praticamente expulsa de sua cidade e de sua família. E se perguntava: “cadê você Arthur, meu amigo e meu grande amor Felipe?” Arthur, será que também viraria as costas? E certamente que sim, ainda mais que ele tinha ciúmes dela quando se envolvia com algum rapaz, imagina estando grávida de um sujeito que nunca a conheceu, e ao conhecer se entregou de corpo e alma, certamente como melhor amigo dela. E faria alguma coisa, ia até o fim do mundo a procura desse tal Felipe e fazer assumir a besteira que fez. Parecia que via a cena dele brigando feito um doido obrigando outro a se casar com ela. Coisa que seus irmãos deveriam fazer, mas preferiram virar as costas e jogar a culpa nela. Estava muito decepcionada com todos eles, passava as noites sem dormir e nem se alimentava mais direito, mas se deu conta que precisava se controlar e enfrentar a situação de frente e aceitar seu destino.
— Se ele estivesse aqui comigo, eu não estaria passando por isso. Certamente estaria lutando do meu lado contra tudo e contra todos. Nosso amor é impossível de se viver pelas circunstâncias que aconteceu. Pelo fato de não saber de onde ele veio, mas nunca vou perder a esperança de encontrá-lo nem que o leve vida toda. "Mesmo que eu tenha que ficar sozinha o resto da minha vida. Mas nenhum outro homem vai tocar em mim se não for meu grande amor e pai da minha filha. Segundo informações eles queriam adotar por não conseguir ter filhos. Embora a freira que cuidava do caso de adoção suspeitava de que havia algo de errado nesse casal. Alertou sobre os perigos. Mas Francisco estava disposto a tudo para se livrar de sua neta bastarda. Nada que fizesse ou dissesse ia fazer mudar de ideia. Não medindo as consequências de seus atos. Não estava agindo com a razão e sim com a emoção, e revolta. Embora nunca tenha demonstrado afeto à fi
— Eu também, mãe, estou com muita saudade de vocês, não vejo a hora de voltar aí, mas estou preocupado com a minha amiga Natasha. O que aconteceu com ela? Me conta tudo, quero saber de todos os detalhes: não me conformo com o que aconteceu, preciso ouvir da senhora o que acha disso tudo? — Ah! Filho é muito complicado o que aconteceu com a Natasha, fico com pena da Margarete que saiu de casa, e foi morar com a irmã, está trabalhando na roça! Pode uma coisa dessas? — Ela respirou e prosseguiu. — Não quer saber mais do marido, ele fica bebendo por aí incomodando todo mundo. E todos viraram as costas pra ele. Isso é castigo de Deus por ter feito o que fez. Imagina arrancar a filha dos braços de Natasha foi muito perverso e cruel. E ninguém está aceitando as atitudes dele, quando deveria perdoar a filha. Isso o que aconteceu com Natasha não é a primeira a ser mãe solteira com 17 anos. Quando ela
Mas entendia muito bem o que estava se passando, chorava a noite e tinha pesadelos para preocupação de Elizabeth. Que não sabia como lidar com ela! Afinal de contas nunca foi mãe. Estava sendo pela primeira vez. Mesmo assim estava se apegando na menina e amava como se fosse filha biológica, imaginava que tivesse saído da barriga dela, mas não era. Se sentia frustrada por causa disso toda mulher sonha em ter um filho. Elizabeth tinha tudo na vida, uma mansão e jardins em frente. Não faltava nada, casal de sucesso por onde passava causando admiração nas pessoas conhecidas no mundo inteiro. Tinham cultura e conheciam várias cidades da Europa, e países da Ásia, Estados Unidos, Canadá, e por toda a África Central. Embora eles tenham viajado muito conhecido o mundo. Estavam pensando em dar um tempo para não viajar a lugar algum. Michael contratou vários representantes para cada continente. Asiático norte
Decidiu contar sua vida pessoal. A sua filha que foi arrancada de forma cruel dos seus braços! Então, resolveu abrir o jogo talvez, fizesse muito bem para ela. — Olha! Por tudo que eu já passei na minha vida a senhora não vai acreditar, mas sou tipo de pessoa que não gosto de me fazer de vítima. Já passei por poucas e boas, se contar a senhora vai pensar que é uma história de ficção, não durmo mais direito, coisas que aconteceu? Nem sei por onde começar. Até parece coisa de novela desculpa a palavra! — Entendo! Dá para ver no seu rosto e nos seus olhos tristes que você deve ter passado por maus bocados. Mas quero te ajudar, e entender. É só confiar em mim. Na verdade, também já passei por coisas piores talvez. Depois te conto a minha história! Ou prefere escutar minha? Quem sabe você poderá confiar em mim? Também preciso desabafar. Tem coisas que nunca con
— O que aconteceu com a minha filha? — E ninguém falava nada. Então pensei! Meu Deus, será que perdi minha filha? Será que ela morreu? O que aconteceu? Fiquei desesperada e gritava "Cadê minha filha?". E ninguém me respondia. Até que um dia minha mãe me contou a história do que meu pai fez, tinha dado para adoção a um casal alemão. E aí o meu mundo desmoronou na minha cabeça. Depois disso não lembro de mais nada. Só sei que vim parar aqui na sua fazenda Antes disso, a minha mãe me disse que eu ia morar com uma tia que até agora não a vi tia alguma? — Estarrecida com o que acabou de ouvir, Frantieska não estava acreditando que, aquela jovem de 18 anos apenas já tinha passado por tanta coisa na vida. Uma Lágrima desceu sobre o seu olho. Fez uma pausa para respirar fundo buscando respostas tentando dizer algo. Acreditou que ela estava sendo sincera, as duas se abraçaram forte