Já que, os que o conheciam o chamavam de garanhão devido à quantidade de garotas que eram apaixonadas por ele. Então naquele momento resolveu trocar seu nome sem saber o que o futuro ia reservar para ele.
— Me chamo Felipe prazer!
— Felipe, você é daqui?
— Sim, mas estranho porque nunca te vi por essas bandas! Pensei que fosse turista? — Natasha ficou confusa, tinha que sair daquele labirinto, não podia dizer que morava na cidade de Gramado, tem que ser de uma cidade mais próxima, quem sabe Canela?
— Eu sou de Canela e você de que cidade?
— Sou de Porto Alegre capital!
— Hum! Ainda não fui à capital gostaria de um dia poder conhecer!
— Quem sabe seu sonho não possa ser realizado. Porto Alegre não é tão longe assim. Duas horas de carro dá para ir tranquilamente! — Os dois estavam se sentindo constrangidos com tantas mentiras, se havia algo que Arthur como Natasha odiava era mentir.
Ou que alguém mentisse. O mal estava feito agora tinham que ir até o fim, e tentar descobrir porque daquela atração irresistível que sentiam um pelo outro. Aproximou-se olhando diretamente nos olhos dela que pouco aparecia por causa da máscara que usava. Tentando desvendar aquele olhar intenso?
E decifrar o que aquela garota escondia de tão especial, porque aquela vontade de beijar a boca carnuda de lábios com batom vermelho, e ela também hipnotizada com olhar dele pra cima dela. Queria sair daí e fugir, mas algo era mais forte do que ela, a vontade de nunca mais sair de perto dele. Queria ser beijada e amada. Até que enfim alguém estava prestando atenção nela.
Mesmo que os rapazes desejavam, mas que nunca fez sentir o que estava sentindo. E aquele jovem desconhecido estava fazendo se sentir amada, desejada e notada pela primeira vez. Era o que ela pensava que muitos queriam, mas nunca despertou interesse. Ele não resistindo e falou.
— Não sei quem você é! E nem sei de onde vem. Só sei que já tive muitas garotas confesso, mas sentir o que estou sentindo nunca senti! Ela sem saber o que dizer ficou parada desejando ser beijada. Em poucas palavras ele a tomou em seus braços beijando ardentemente não deixando respirar de tão boa a sensação de liberdade e prazer. Os beijos molhados (língua) com língua algo fora do normal.
Ela já havia beijado alguns rapazes que ficaram com ela, mas nunca sentiu essa sensação de prazer e liberdade, queria que o mundo acabasse sem ter que dar satisfação a ninguém. Naquela noite linda de lua cheia que se escondia por detrás das nuvens brancas.
Já passava da meia-noite e ela nem sabia mais que horas estavam ali no jardim do salão, enquanto as pessoas lá dentro dançavam em luz de discotecas embriagadas. Tudo era festa, menos para o casal novo que surgiu. Uma nova paixão que chegou de surpresa sem ser convidada na vida monótona dos dois.
Uma vida cheia de regras e cobranças e nunca eram notados pelo que faziam. Passavam pelo constrangimento de ouvir cochichos de amigos mais próximos de que eles só se preocupavam com estudo e trabalho, nunca namoraram coisas desse tipo. E isso incomodava.
Mas essa noite era diferente e ninguém precisava saber. Era um momento só deles dois, e a lua cheia e as estrelas da noite como testemunhas. Ele então a convidou para sair daquele lugar. Levou ela para um lugar mais seguro e mais sossegado. Enquanto andavam pela rua calma e deserta da cidade sem movimento conversavam e andavam de mãos dadas como dois namorados que se namoravam há muito tempo.
A família de Arthur e de Natasha estavam animados, mas por um instante quando era de madrugada sentiram falta de ambos e procuravam em todos os lugares e não encontraram. E se perguntavam onde os dois podiam estar? Sabiam que os dois estavam sempre juntos e que nunca se desgrudavam pra nada.
O pai de Natasha se chamava Francisco, descendente de Italianos, conservador e linha dura. Era agricultor, marceneiro, e carpinteiro. Trabalhava duro para manter sua família unida. Também lidava no campo, criava animais assim como bois, cavalos, e ovelhas, e bodes, e suínos, galinha, vaca de leite.
E do leite se fazia queijo manteiga e os produtos agrícolas vendia para as pessoas que moravam na cidade. Um homem marcado pelo sofrimento. Sua vida nunca foi fácil. Amava sua família, mas colocava seus princípios éticos e dos bons costumes em primeiro lugar, não gostava muito de coisas modernas.
Nem que sua filha falasse tanto do futuro, assim como viajar para a Europa, nunca foi contra e não deu palpite, mas duvidava de que ela pudesse um dia viajar. E que tudo não passava de um sonho ou quem sabe delírios na cabeça. Um homem cético em relação ao futuro de sua filha como arquiteta ou “design”.
Duvidava da capacidade dela. E só acreditava vendo, mas nunca tivera coragem de falar abertamente, a respeito de sua opinião. Sempre sonhou com um bom casamento, de preferência com um homem mais velho que pudesse dar uma boa estabilidade financeira.
E não passar o que ele passou no início da juventude. Talvez fosse um amor de pai, mas um amor longe de ser compreendido por Natasha que sentia falta de apoio, e afeto paternal. Se não ajudasse pelos menos que não atrapalhasse os planos dela. Francisco não estava gostando nada do sumiço da filha, não queria na boca do povo fofoqueiro. Porque não suportava a ideia de ver sua filha perdida por aí como diziam as pessoas da cidade?
E mandou seus filhos ir atrás dela onde estivesse e não queria sua filha solta por aí sei lá com quem, pensava ele. E assim os rapazes saíram à procura, mas não encontraram para o desespero de Francisco e sua esposa Margarete. Uma mulher calma que preservava muito pela segurança de sua filha, e também estava aflita com o sumiço de Natasha que nunca fez esse tipo de coisa de abandonar todos e sumir assim.
Sempre foi uma jovem comportada que nunca deixou de dar satisfação aonde ia, era obediente cumpria seus deveres da casa. Nunca foi de se meter em confusão, era boa aluna na escola, tirava boas notas para orgulho das professoras, e para orgulho de sua mãe, menos o pai que dizia que estudo não enche a barriga e isso deixava Natasha triste.
Nunca notou que tinha uma filha maravilhosa de bom caráter. Não demonstrava sentimentos. Escondia o que sentia que só chorava quando bebia. Ou quando seus filhos nasciam, mas fazia isso escondido, alguém o ver chorar seria a morte. Eram quatro horas da manhã quando todos foram para casa e preocupados com o sumiço da filha, mas tiveram uma surpresa quando chegaram em casa.
A filha já estava dormindo. Para o alívio de todos, mas Francisco ia dar uma bronca na filha no dia seguinte, ele não tolerava essa desfeita de deixar todos na mão e sair sem dar satisfação.
Eram 11 horas da manhã quando Arthur acordou com ressaca, e dor de cabeça. Talvez fosse o porre da noite anterior da formatura que caiu num sábado. Perdido em seus pensamentos sem saber o que aconteceu na noite anterior. Na medida em que se acordava surgiam imagens que pensavam ter um sonho, um dos melhores da sua vida.
Aquele rosto lindo de máscara que cobria os olhos em plena noite de lua cheia? E certamente marcaria toda sua vida. Um encontro inesperado de duas almas gêmeas. Estava confuso porque Arthur nunca foi romântico como muitos que conheceu, até debochava de seus amigos por serem. Até que um desses que se chamava Davi falou.
— Um dia vai encontrar a garota dos seus sonhos e vai se apaixonar e aí vai ver como é bom?
— Eu nunca vou me apaixonar, isso é coisa pros fracos! Não acredito nessa história de amor?
— Vai rindo depois não me venha chorar no meu ombro quando isso acontecer! — Arthur se lembrou dessas palavras, e agora estava diante de um mistério porque não sabia de onde apareceu aquela linda garota, que surgiu do nada. Ele que sempre fugiu dessas coisas de amor. Ou de se apaixonar, nunca acreditou por ser bonito e atraente.
Tinha a garota que queria e cansou de tanto assédio. E isso até provocava inveja em seus amigos e até nos seus irmãos que tinham dificuldade em conquistar uma garota. E com Arthur era uma facilidade que até ele mesmo odiava quando isso acontecia, e seus amigos diziam que ele chorava de barriga cheia.
Mas estava diante de um dilema, tentar encontrar a garota que finalmente conquistou seu coração. Nunca havia se apaixonado. E agora, se sentia feliz ao mesmo tempo, sentindo o sabor da paixão, mas estava envergonhado de comentar o fato com alguém. Nem com seus amigos, nem com seus irmãos e muito menos com a sua melhor amiga Natasha. Ia levar essa história até o fim. Difícil esquecer a noite maravilhosa que tivera.
Aquele olhar doce, e à beleza angelical, e a forma como falava com ele. Uma jovem especial, diferente de todas que conheceu. Era domingo e ele não queria levantar. Seus irmãos foram chamar, mas inventou uma desculpa que não estava bem. Para preocupação de sua mãe Janete.
Seu filho preferido que passava a mão na cabeça, despertando ciúme em outros irmãos. Arthur era muito ligado à sua mãe, já não se podia dizer a mesma coisa do seu pai amigo de longa data de seu Francisco pai de Natasha. Ambos eram muito parecidos na forma de pensar, e toda vez que Arthur e Natasha se encontravam se queixavam das mesmas coisas de seus pais.
Sentiam-se rejeitados. E por isso faziam eles dois ficarem mais próximos um do outro. Arthur queria passar o domingo na cama. Não queria conversa com ninguém pensando numa forma de encontrar o paradeiro de Alice.
Difícil esquecer-se dela. Jovem rico e bem sucedido que tinha a garota que quisesse não imaginava que pudesse estar daquele jeito, quase doente de amor por uma desconhecida que apareceu do nada, numa simples festa de formatura, e pensava com ele mesmo!
— Mas quem a convidou? Será que ela é dessa cidade? É tão diferente de todas que conheci? — Sentia o perfume entranhado na sua camisa. Ela usava uma máscara escura que podia ver só os lábios e olhos verdes da jovem encantadora que tinha uma voz suave, parecia que conhecia aquela voz, mas como a paixão é cega fica difícil decifrar.
Natasha acordou assustada com os lençóis da cama manchada de sangue, ficou tomada pelo pânico sem saber o que ocorreu. Estava tonta sentindo dor de cabeça, sabia que tinha ido à festa de formatura e que tinha bebido bastante, e não estava conseguindo lembrar o que aconteceu! Porque sua cama estava suja de sangue, sua mãe bateu na porta do quarto acordando; chamando-a para levantar que seu pai queria ter uma conversa séria, a respeito do desaparecimento da festa na noite anterior, queria explicação do fato ocorrido, e para ele isso era uma desfeita das grandes. Ela simplesmente dissera: — Mãe não vou levantar tão cedo hoje, diz pro papai que não estou me sentindo bem! — Filha, o que foi que aconteceu? E o que você tem? — Mãe eu sai cedo da festa e vim embora me perdoe por não ter dito que vim pra casa, não
Lugar que um dia sonhou em conhecer e fazer sua vida, mas não desse jeito sendo praticamente expulsa de sua cidade e de sua família. E se perguntava: “cadê você Arthur, meu amigo e meu grande amor Felipe?” Arthur, será que também viraria as costas? E certamente que sim, ainda mais que ele tinha ciúmes dela quando se envolvia com algum rapaz, imagina estando grávida de um sujeito que nunca a conheceu, e ao conhecer se entregou de corpo e alma, certamente como melhor amigo dela. E faria alguma coisa, ia até o fim do mundo a procura desse tal Felipe e fazer assumir a besteira que fez. Parecia que via a cena dele brigando feito um doido obrigando outro a se casar com ela. Coisa que seus irmãos deveriam fazer, mas preferiram virar as costas e jogar a culpa nela. Estava muito decepcionada com todos eles, passava as noites sem dormir e nem se alimentava mais direito, mas se deu conta que precisava se controlar e enfrentar a situação de frente e aceitar seu destino.
— Se ele estivesse aqui comigo, eu não estaria passando por isso. Certamente estaria lutando do meu lado contra tudo e contra todos. Nosso amor é impossível de se viver pelas circunstâncias que aconteceu. Pelo fato de não saber de onde ele veio, mas nunca vou perder a esperança de encontrá-lo nem que o leve vida toda. "Mesmo que eu tenha que ficar sozinha o resto da minha vida. Mas nenhum outro homem vai tocar em mim se não for meu grande amor e pai da minha filha. Segundo informações eles queriam adotar por não conseguir ter filhos. Embora a freira que cuidava do caso de adoção suspeitava de que havia algo de errado nesse casal. Alertou sobre os perigos. Mas Francisco estava disposto a tudo para se livrar de sua neta bastarda. Nada que fizesse ou dissesse ia fazer mudar de ideia. Não medindo as consequências de seus atos. Não estava agindo com a razão e sim com a emoção, e revolta. Embora nunca tenha demonstrado afeto à fi
— Eu também, mãe, estou com muita saudade de vocês, não vejo a hora de voltar aí, mas estou preocupado com a minha amiga Natasha. O que aconteceu com ela? Me conta tudo, quero saber de todos os detalhes: não me conformo com o que aconteceu, preciso ouvir da senhora o que acha disso tudo? — Ah! Filho é muito complicado o que aconteceu com a Natasha, fico com pena da Margarete que saiu de casa, e foi morar com a irmã, está trabalhando na roça! Pode uma coisa dessas? — Ela respirou e prosseguiu. — Não quer saber mais do marido, ele fica bebendo por aí incomodando todo mundo. E todos viraram as costas pra ele. Isso é castigo de Deus por ter feito o que fez. Imagina arrancar a filha dos braços de Natasha foi muito perverso e cruel. E ninguém está aceitando as atitudes dele, quando deveria perdoar a filha. Isso o que aconteceu com Natasha não é a primeira a ser mãe solteira com 17 anos. Quando ela
Mas entendia muito bem o que estava se passando, chorava a noite e tinha pesadelos para preocupação de Elizabeth. Que não sabia como lidar com ela! Afinal de contas nunca foi mãe. Estava sendo pela primeira vez. Mesmo assim estava se apegando na menina e amava como se fosse filha biológica, imaginava que tivesse saído da barriga dela, mas não era. Se sentia frustrada por causa disso toda mulher sonha em ter um filho. Elizabeth tinha tudo na vida, uma mansão e jardins em frente. Não faltava nada, casal de sucesso por onde passava causando admiração nas pessoas conhecidas no mundo inteiro. Tinham cultura e conheciam várias cidades da Europa, e países da Ásia, Estados Unidos, Canadá, e por toda a África Central. Embora eles tenham viajado muito conhecido o mundo. Estavam pensando em dar um tempo para não viajar a lugar algum. Michael contratou vários representantes para cada continente. Asiático norte
Decidiu contar sua vida pessoal. A sua filha que foi arrancada de forma cruel dos seus braços! Então, resolveu abrir o jogo talvez, fizesse muito bem para ela. — Olha! Por tudo que eu já passei na minha vida a senhora não vai acreditar, mas sou tipo de pessoa que não gosto de me fazer de vítima. Já passei por poucas e boas, se contar a senhora vai pensar que é uma história de ficção, não durmo mais direito, coisas que aconteceu? Nem sei por onde começar. Até parece coisa de novela desculpa a palavra! — Entendo! Dá para ver no seu rosto e nos seus olhos tristes que você deve ter passado por maus bocados. Mas quero te ajudar, e entender. É só confiar em mim. Na verdade, também já passei por coisas piores talvez. Depois te conto a minha história! Ou prefere escutar minha? Quem sabe você poderá confiar em mim? Também preciso desabafar. Tem coisas que nunca con
— O que aconteceu com a minha filha? — E ninguém falava nada. Então pensei! Meu Deus, será que perdi minha filha? Será que ela morreu? O que aconteceu? Fiquei desesperada e gritava "Cadê minha filha?". E ninguém me respondia. Até que um dia minha mãe me contou a história do que meu pai fez, tinha dado para adoção a um casal alemão. E aí o meu mundo desmoronou na minha cabeça. Depois disso não lembro de mais nada. Só sei que vim parar aqui na sua fazenda Antes disso, a minha mãe me disse que eu ia morar com uma tia que até agora não a vi tia alguma? — Estarrecida com o que acabou de ouvir, Frantieska não estava acreditando que, aquela jovem de 18 anos apenas já tinha passado por tanta coisa na vida. Uma Lágrima desceu sobre o seu olho. Fez uma pausa para respirar fundo buscando respostas tentando dizer algo. Acreditou que ela estava sendo sincera, as duas se abraçaram forte
Logo após o desabafo, as duas se tornaram amigas e confidentes. E contando seus problemas pessoais. Colocaram para fora o que há muito tempo estava incomodando. Às duas marcadas pelas tragédias que aconteceram em suas vidas. Uma história semelhante à outra, tinham passado por sofrimentos marcantes. Uma lacuna profunda em suas almas que estava sangrando dia após dia. Cansadas daquele fardo pesado nas costas, dias melhores esperavam. Fizeram pacto de amizade, e de lealdade. Não imaginavam as suas vidas uma sem a outra. Natasha era bem-vinda na vida de Frantieska e se motivaram a recuperar aquilo que tinham pedido. Uma preenchendo um vazio. Ou algo que faltava na vida de cada uma. Não estavam mais sozinhas, tinham planos. Uma querendo ajudar a outra até que Natasha foi surpreendida com uma proposta de Frantieska que chamou o para seu escritório e trocar ideias. Queria saber m