Sem revisãoMiguel acordou cedo para a sua cavalgada matinal por suas terras. Thor provavelmente já estava selado e pronto para ser montado. Desceu sem pressa depois de tomar um banho rápido e vestir jeans e uma camisa preta, odiava xadrez e nem se limitava a comprar camisas com estampas tão brega. Ia passar direto para a porta da frente quando sentiu o aroma de café recém coado. Desviou caminho e foi para a cozinha.Joice estava coando o café direto na garrafa térmica. Ainda estava de camisola, camisola que deixava as pernas a mostra, Miguel notou pelo tecido colado ao traseiro dela que não usava calcinha e isso foi o suficiente para deixá-lo duro. Passou a mão no rosto tentando se conter, precisava de uma mulher com urgência senão acabaria quebrando o acordo com a esposa e a atacaria ali mesmo. Cenas do que poderia fazer com ela em cima da mesa invadiram sua mente, balançou a cabeça na tentativa de afastar tais pensamentos.— Bom dia. — ele é puxado de seus devaneios eróticos pela v
Sem revisãoJoice estava emocionalmente exausta. Deixou o chalé logo após se certificar que não esbarraria com o marido, não estava em condições de encará-lo depois do ocorrido mais cedo. Ele havia quebrado o acordo deles, mesmo que ainda não tivessem assinado devido a cláusulas que ela não concordava. Não sabia para onde ir. A caso dos sogros era o destino quando acordou bem disposta, não mentiria para eles sobre esta bem pois ela é o marido realmente começavam a se entender, até o ocorrido na cozinha.Não o culpava de um todo, Joice estava ciente de que se tivesse sido mais firme Miguel não teria avançado tanto e era isso que a estava deixando naquele estado de culpa, raiva e desespero. Sentia-se o pior ser humano, o mais vil de todos por ter traído a memória de Pedro ainda no período de luto, lembrou-se que na noite anterior não usou preto, isso era justificável pois tinha poucas roupas pretas e ela havia usado todas no decorrer da semana. Estava tão imersa em pensamentos que não n
Sem revisãoJoice observava ao longe as obras da fábrica que iniciaram aquela manhã. Sentia-se derrotada, incapaz e com muita raiva. Duas semanas haviam se passado desde a manhã fatídica na sua cozinha, Miguel não retornou para a fazenda, de Belém seguiu para Nova Iorque deixando a fazenda sob sua responsabilidade.Não teve a decência de ligar para ela avisando sobre o início das obras. Deu meia volta com tucumã e seguiu em direção a fazenda.Estava sendo difícil para Jojo enfrentar tudo sozinha, sua sogra decidiu depois da viagem da filha infernizar ela. Assim como Maciel que constantemente aparecia para fiscalizar o serviço dela. O pai também apareceu algumas vezes, mas ela segue trocou uma palavra com ele. O ressentimento que sentia estava longe de ter fim.Ao chegar na fazenda, um peão a ajuda ajudar descer da égua e leva o animal para o estábulo. Joice sentia sente muito tentada a seguir pela trilha de tijolos portugueses que levam diretamente para a sua casa. No entanto, respira
Sem revisãoJoice despertou com gritos. De súbito percebeu que haviam parado e que Vinícius não estava mais no carro, ou o irmão parou para urinar ou haviam chegado a fazenda.— CRETINO — Escutou o irmão gritar do lado de fora. Ela subitamente abriu a porta, saindo e deparando-se com o irmão e o marido aos socos, enquanto os funcionários da fazenda os observava e gritavam incentivos, uns para o patrão, outros para Vinícius.Aquilo só poderia ser uma piada. Joice respirou fundo e preparou os pulmões:— PAREM AGORA — ordenou com um grito.Vinícius só parou depois de acertar um soco na nariz do cunhado. Miguel xingou. Movidos pelo grito autoritário da patroa, os funcionários deixaram de agir como mero espectadores, indo ao socorro dos homens machucados. Um dos peões entregou uma camisa a Miguel que estava com o nariz sangrando. Ele olhou para a esposa que lhe ignorou indo até o irmão, tocando seus hematomas. Ele era patético mesmo.Enquanto organizava uma busca para encontrar as esposa e
Sem revisão— O que achou? — Miguel perguntou a sócia que analisava toda a situação minuciosamente. De fato, era um belo terreno bem localizado para a obtenção de matéria prima. A intenção é produzir produtos exclusivos com os aromas exóticos da Amazônia.— As licenças estão todas ok? — Penélope perguntou com seu sotaque pesado.— Sim. — Miguel respondeu olhando em volta. A fábrica era algo seu, independente dos negócios do pai, tinha que dar certo senão ele estaria arruinado.— Não molhou a mão de ninguém? — a mulher perguntou desconfiada. Apesar de sua fama de mulher fácil, era Implacável e muito correta quando se tratava de negócios. Estava investindo alto naquela empreitada e sentia que seu sócio não estava lhe contando tudo.— Sim, fiz questão de fazer tudo certo para que não haja problemas futuros. — falou isso pensando na esposa que provavelmente busca uma forma de parar a construção da fábrica.— Isso é bom, estou satisfeita com as terras e ainda hoje quero ver as licitações e
Sem revisãoJoice acordou algumas horas depois, sentia dor por todo o corpo. Percebeu que não estava em casa, logo notou que também não estava no hospital de Santa Maria. Ela não estava atordoada ou com a vista embaçada. Tentou se mover e não conseguiu, sentiu as costelas doerem de uma forma que a fez gemer, voltou a ficar quietinha e só então percebeu que não conseguia mover a perna esquerda. Puxou o lençol com certa dificuldade, sua perna estava engessada.Tentou olhar em volta mas a posição que estava não lhe permitia ver muito. "O que havia acontecido?" "Porque estava com a perna engessada?"Ela escutou vozes na porta do quarto, tentou chamar mas sua garganta estava seca. Precisava de água e de explicações.— A tomografia não deu nada — uma voz desconhecida fala ao abrir a porta do quarto.Receosa, Joice fecha os olhos e finge ainda dormir.— Porque ela ainda não acordou? — uma outra voz pergunta.— Não sei. Já era para o efeito dos sedativos terem passado. — A voz desconhecida re
Sem revisãoJoice observava o marido trabalhar na mesa no canto do quarto. Ela buscava entender o que havia de errado com ele pois Miguel não saiu do seu lado um minuto sequer desde que foi internada.Dr. Guilherme decidiu mantê-la sob observação por mais uns dias para desencargo de consciência, segundo ele lhe disse. Miguel estava concentrado nos documentos que seu assistente, que ela sequer sabia da existência, havia levado.— Não está certo — o marido falou compenetrado na análise do documento.— O quê? — Joice perguntou conseguindo atrair a atenção de Miguel.— Perdemos dois prazos para exportação de soja. — ele responde.— Vai ter que viajar para Goiás para resolver isso? — ela pergunta.— Não vou viajar, isso foi erro meu não deles, eu esqueci de mandar o documento no prazo. — Miguel confessa.— Sabe, não tem necessidade deixar o trabalho acumular por minha causa. Estou apenas em observação e não em estado grave. — Jojo o lembra das suas obrigações.Miguel se levanta, indo até e
Sem revisãoJoice sentia-se livre, odiava hospitais e o tempo que passou naquele só fez piorar sua aversão a eles. Ficou tão feliz com a notícia da alta que nem questionou o marido por tê-la beijado na frente dos médicos.A alegria de Joice se intensificou quando Miguel não seguiu para Santa Maria, seguiu para duas quadras do hospital e entrou num condomínio de luxo.Seguiram com o carro pelas ruas bem cuidadas e ambiente agradável, bem diferente dos vistos do lado de fora. Parou em frente a uma casa menor e balançou uma chave.— O que significa isso? — ela perguntou temendo a resposta.— A chave da nossa casa temporária — ele responde com um sorriso travesso.Joice apenas o olhava sem compreender exatamente o que ele estava dizendo, na verdade entendia mas estava absorvendo aquela situação inusitada. Não era possível que aquilo era real? Ele fez de novo.— Miguel, porque estamos aqui e não a caminho da nossa casa em Santa Maria? — Joice perguntou irritada por mais uma vez não ter s