Sem revisãoJoice estava sentada, catando o feijão. Seus pensamentos estavam distantes, no passado. Sentia tanto a falta de Pedro, que seu peito doía todas as vezes que pensava nele, é como se seu coração sangrasse devido a saudade e a dor. Fazia uma semana que estava casada, desde o último embate, ela e o marido mal tinham trocado um bom dia. Pois Jojo só o via pela manhã, tomavam café juntos.Naquele dia, Joice decidiu cozinhar, para tentar distrair um pouco a dor. Ela também deveria ter começado a trabalhar ao lado do marido, mas só de pensar em esbarrar com o sogro, desistia. Coralina, prima de Pedro e empregada na fazenda Foster, aparecia no horário do almoço com uma marmita pronta. Avisando que o marido já havia almoçado. Ela não ficava para conversar com Joice, ia embora logo após entregar a comida.Jojo colocou os feijões na panela de pressão e ficou olhando para o objeto, depois desistiu, desligou o fogo, levantou, pegou a chave da casa que estava no balcão e saiu. Precisava
Sem revisãoJoice estava no galho mais alto do Jambeiro próximo ao igarapé, mal chegou ao local e seu estômago roncou. Decidiu arriscar-se e subiu na enorme árvore onde os frutos estavam prontos para serem recolhidos. Estava na terceira fruta quando escutou um barulho de alguém se aproximando, olhou para baixo. Bufou, o que ele estava fazendo ali? Miguel desceu de Thor, segurando um cesto grande de tala. Ele depositou o objeto no chão e ficou parado, olhando a sua volta.- Joice? – escutou chamar. Ela não respondeu.Jojo não estava afim de conversar, muito menos com ele. Naquele momento estava com ódio de todos os Fosters, por isso se isolou no seu lugar secreto, não tão secreto quanto ela imaginava. Odiava o fato de Miguel conhecer aquele lugar. Era o canto de refúgio dela e mais ninguém.Ele a chamou mais uma vez e ela não respondeu. Miguel sequer ousou olhar para cima das árvores, com certeza imaginava que a esposa não conseguiria subir em uma, segurou uma risada. Joice cresceu com
sem revisãoEle estreitou o braço em sua cintura e a puxou para si. A pele molhada e gelada fizeram Joice estremecer. Foi nesse momento que ele deslizou a língua para dentro da boca da esposa. Joice estava aturdida com aquele beijo. Era algo completamente errado, mas que estava fazendo seu corpo vibrar. Contudo, a força que parecia não ter para afastá-lo surgiu quando sentiu a ereção contra sua barriga. Ela o empurrou com tudo o que tinha, acertou um tapa na sua cara e saiu correndo. Deixando-o para trás. Ela correu buscando ficar o mais longe possível dele. Correu como se sua vida dependesse disso, correu porque sentia que havia acabado de trair Pedro e o amor que sentia por ele.Quando cansou, percebeu que havia corrido para a casa de seus pais. Até pensou em se aproximar e apertar a campainha. Se refugiar no seu antigo quarto. Mas lembrou-se que aquele lugar não era mais seu lar, seus pais a venderam como pagamento de suas dívidas. Naquele momento se sentiu uma tola por ter corrido
Sem revisãoJoice sentou-se na varanda do chalé descansando os pés em cima da mesa. A semana foi corrida e ela teve muito trabalho. Mesmo sem o apoio de Miguel, ela foi até a cooperativa ver as melhorias que seria necessário fazer para tornar o ambiente de trabalho mais agradável. Com o lucro que o lugar estava dando, daria para fazer uma expansão e para comprar equipamentos novos. Aumentando assim a produção e gerando mais empregos para Santa Maria, que era o que os cidadãos mais precisavam. Houve apenas um embate entre ela e o marido, que foi a contratação de Vinícius, seu irmão, como o novo veterinário da fazenda. Foi muito difícil para Joice repassar a vaga de Pedro para outro e como o irmão estava insatisfeito com o antigo emprego, achou justo que ele assumisse o cargo. Miguel se opôs à decisão dela, queria um profissional mais qualificado da cidade. A briga foi tão feia que foi necessário Maciel intervir e para espanto do casal, ele deu o voto de Minerva e Vinícius ficou com a v
Sem revisãoMiguel acordou cedo para a sua cavalgada matinal por suas terras. Thor provavelmente já estava selado e pronto para ser montado. Desceu sem pressa depois de tomar um banho rápido e vestir jeans e uma camisa preta, odiava xadrez e nem se limitava a comprar camisas com estampas tão brega. Ia passar direto para a porta da frente quando sentiu o aroma de café recém coado. Desviou caminho e foi para a cozinha.Joice estava coando o café direto na garrafa térmica. Ainda estava de camisola, camisola que deixava as pernas a mostra, Miguel notou pelo tecido colado ao traseiro dela que não usava calcinha e isso foi o suficiente para deixá-lo duro. Passou a mão no rosto tentando se conter, precisava de uma mulher com urgência senão acabaria quebrando o acordo com a esposa e a atacaria ali mesmo. Cenas do que poderia fazer com ela em cima da mesa invadiram sua mente, balançou a cabeça na tentativa de afastar tais pensamentos.— Bom dia. — ele é puxado de seus devaneios eróticos pela v
Sem revisãoJoice estava emocionalmente exausta. Deixou o chalé logo após se certificar que não esbarraria com o marido, não estava em condições de encará-lo depois do ocorrido mais cedo. Ele havia quebrado o acordo deles, mesmo que ainda não tivessem assinado devido a cláusulas que ela não concordava. Não sabia para onde ir. A caso dos sogros era o destino quando acordou bem disposta, não mentiria para eles sobre esta bem pois ela é o marido realmente começavam a se entender, até o ocorrido na cozinha.Não o culpava de um todo, Joice estava ciente de que se tivesse sido mais firme Miguel não teria avançado tanto e era isso que a estava deixando naquele estado de culpa, raiva e desespero. Sentia-se o pior ser humano, o mais vil de todos por ter traído a memória de Pedro ainda no período de luto, lembrou-se que na noite anterior não usou preto, isso era justificável pois tinha poucas roupas pretas e ela havia usado todas no decorrer da semana. Estava tão imersa em pensamentos que não n
Sem revisãoJoice observava ao longe as obras da fábrica que iniciaram aquela manhã. Sentia-se derrotada, incapaz e com muita raiva. Duas semanas haviam se passado desde a manhã fatídica na sua cozinha, Miguel não retornou para a fazenda, de Belém seguiu para Nova Iorque deixando a fazenda sob sua responsabilidade.Não teve a decência de ligar para ela avisando sobre o início das obras. Deu meia volta com tucumã e seguiu em direção a fazenda.Estava sendo difícil para Jojo enfrentar tudo sozinha, sua sogra decidiu depois da viagem da filha infernizar ela. Assim como Maciel que constantemente aparecia para fiscalizar o serviço dela. O pai também apareceu algumas vezes, mas ela segue trocou uma palavra com ele. O ressentimento que sentia estava longe de ter fim.Ao chegar na fazenda, um peão a ajuda ajudar descer da égua e leva o animal para o estábulo. Joice sentia sente muito tentada a seguir pela trilha de tijolos portugueses que levam diretamente para a sua casa. No entanto, respira
Sem revisãoJoice despertou com gritos. De súbito percebeu que haviam parado e que Vinícius não estava mais no carro, ou o irmão parou para urinar ou haviam chegado a fazenda.— CRETINO — Escutou o irmão gritar do lado de fora. Ela subitamente abriu a porta, saindo e deparando-se com o irmão e o marido aos socos, enquanto os funcionários da fazenda os observava e gritavam incentivos, uns para o patrão, outros para Vinícius.Aquilo só poderia ser uma piada. Joice respirou fundo e preparou os pulmões:— PAREM AGORA — ordenou com um grito.Vinícius só parou depois de acertar um soco na nariz do cunhado. Miguel xingou. Movidos pelo grito autoritário da patroa, os funcionários deixaram de agir como mero espectadores, indo ao socorro dos homens machucados. Um dos peões entregou uma camisa a Miguel que estava com o nariz sangrando. Ele olhou para a esposa que lhe ignorou indo até o irmão, tocando seus hematomas. Ele era patético mesmo.Enquanto organizava uma busca para encontrar as esposa e