Laura Stevens –A presença de Maria ao lado de Christian me incomodava, embora eu tentasse disfarçar, não sei se eu estava conseguindo.Ela parecia tão à vontade, como se já fizesse parte do nosso círculo há tempos. Christian, percebendo meu desconforto, aproximou-se e colocou a mão suavemente em meu ombro, me deixando mais segura.— Laura, Maria e sua equipe foram essenciais no nosso último projeto. Tenho certeza de que serão novamente. — Disse ele, com um sorriso encorajador.Maria assentiu, mantendo o sorriso, enquanto Rafael e Caio já começavam a organizar seus equipamentos na mesa. Sophie, sempre animada, puxou uma cadeira para se sentar ao lado de Maria.— Então, Maria, conte-nos um pouco sobre como vocês planejam ajudar na divulgação do baile. — Perguntou Sophie, curiosa.Maria trocou um olhar rápido com Christian antes de responder.— Bem, nossa estratégia envolve maximizar a presença online do evento. Vamos utilizar técnicas de SEO, campanhas direcionadas nas redes sociais e
Laura Stevens –Após horas de trabalho intenso, decidi que era hora de descansar um pouco.Minha cabeça já rodava e meu corpo não aguentava mais ficar de pé.Me levantei e segui o caminho até o quarto. Ao passar pela sala, observei Dominic e Sophie dividindo o sofá, ambos já adormecidos. – Quando eles acordarem, com certeza haverá um escândalo. Amanda digitava concentrada enquanto falava ao telefone com Mark, e Maria permanecia ao seu lado, igualmente focada. Os outros dois rapazes da equipe de TI estavam estendidos em colchonetes no chão, já entregues ao sono.Entrei no quarto com cuidado, encontrando Christian e Nathan abraçados cama, já dormindo. A visão dos dois juntos aquecia meu coração.Me movi até eles, me deitando atrás de Christian, o envolvendo com um abraço suave. Para minha surpresa, ele se virou no mesmo instante, fazendo minha respiração falhar por um segundo.Seus olhos encontraram os meus com uma ternura que sempre me desarmava. Ele então sorriu e me beijou delicadam
Christian Müller - Acordei com o sussurro de Sophie chamando Laura com desespero. As duas saíram do quarto e me virei para cobrir Nathan indo atrás delas.Assim que cheguei na sala, notei que Laura desligou a televisão com desespero, o que me pareceu estranho.Antes que eu pudesse a questionar, batidas fortes ecoaram pela porta.Dominic se adiantou para abrir, e logo em seguida Mark entrou, com uma expressão preocupada.— Christian, temos problemas — anunciou Mark, vindo até mim. Ele se aproximou da mesa, espalhando alguns papéis sobre ela.— A polícia está exigindo sua presença na delegacia para exames e esclarecimentos — informou ele, com a voz carregada de urgência.Senti o peso da situação, mas mantive a calma.— O que está acontecendo? – Perguntei vendo Amanda pegar o controle da televisão, a ligando.— Está em todos os canais! – Disse ela me olhando.Olhei para Laura, que me observava com preocupação. Eu me aproximei dela, depositei um beijo suave em sua testa, tentando acalmá
Christian Müller –Fomos conduzidos a uma sala ao lado, onde o delegado nos pediu que aguardássemos.O ambiente era frio, com paredes brancas e uma mesa de metal no centro. Me sentei de um lado, enquanto Andressa ocupava a cadeira oposta, evitando meu olhar.Momentos depois, o médico entrou na sala, carregando um envelope pardo.Ele se posicionou ao lado do delegado e começou a relatar os resultados dos exames.— Após a realização dos exames, constatamos que a senhorita Andressa sofreu agressões físicas recentemente. Além disso, encontramos vestígios de espermas e DNA que correspondem ao senhor Christian Müller, mas não completamente. — Informou o médico, com voz profissional.Senti um frio percorrer minha espinha. Como poderia haver vestígios do meu DNA nela? Mantive a expressão séria, aguardando mais esclarecimentos.O delegado prosseguiu:— Por outro lado, nos exames realizados no senhor Müller, não encontramos qualquer vestígio que indique contato físico ou atividade sexual nos úl
Laura Stevens –A cena era assustadoramente familiar. Descemos do carro e, ao ver o local, meu coração gelou. Sophie havia caído de uma ribanceira, exatamente no mesmo lugar onde sofri meu acidente. Senti as pernas fraquejarem e Christian me segurou pela cintura, percebendo meu estado.As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, incapazes de serem contidas.Um dos policiais se aproximou, com uma expressão séria.— Vocês conheciam a vítima? — perguntou ele, olhando para nós.Assenti, tentando encontrar minha voz.— Sim, ela era minha prima. Temos o mesmo sobrenome. — Consegui dizer, embora minha voz estivesse embargada.O policial continuou:— Precisamos que vocês compareçam à delegacia para prestar depoimento sobre o ocorrido.Christian apertou minha mão.—Deixa que eu cuido disso...- Eu o interrompi.—Não. Eles me querem e eles me terão.Ele então, me olhou assustado, mostrando o pânico nos seus olhos.—Laura, combinamos que você não se arriscaria mais, se lembra? Você vai mesmo
Laura Stevens –Nosso plano continuou intensamente. Dessa vez, decidimos ir atrás do peixe grande.Senhor Müller.Mas antes de chegarmos nele, teríamos que alcançar Arthur e Norma.Começamos por Arthur. E ele, eu sabia perfeitamente como o encontrar.Nos bares noturnos.O ambiente era envolto em uma penumbra sedutora, iluminado por luzes suaves que dançavam ao ritmo da música ambiente.Maria e eu entramos no local com confiança, trajando vestidos que realçavam nossas curvas e atraíam olhares por onde passávamos.Nossa missão era clara: Nos aproximarmos de Arthur e extrair dele as informações que precisávamos para desmantelar os planos do pai de Christian.Localizamos Arthur sentado ao balcão, já com um copo de whisky em mãos. Troquei um olhar cúmplice com Maria e nos dirigimos a ele, nossos passos sincronizados e cheios de intenção.— Boa noite, posso me juntar a você? – Falei passando as mãos nos ombros dele com suavidade, descendo para os braços.Arthur ergueu o olhar, surpreso, mas
Laura Stevens –Respirei fundo, sentindo o coração acelerar.Abri a porta com cautela e ao ver Christian ali parado, com o maxilar travado e os olhos faiscando de tensão, senti um arrepio na espinha.Christian estava lindo, perigoso, e completamente no controle, como sempre.Ele entrou em silêncio, se encostando em um canto do quarto, onde não podia ser visto por Arthur. Meus olhos encontraram os dele, e fiz um leve gesto com a mão, pedindo para que ele esperasse.Inspirei fundo, tentando manter a calma, e voltei até Arthur, que me olhava com as pálpebras meio caídas, mas ainda com aquele sorriso idiota de quem achava que iria ganhar a noite.— Quem era? — Ele perguntou, tentando soar casual, mas a fala já arrastada denunciava o efeito da droga começando a fazer efeito.Forcei um sorriso sedutor e, pegando uma nova garrafa de whisky, a levantei diante dele.— Apenas o serviço de quarto, querido. Trouxeram isso aqui especialmente para você. — Falei, como se estivesse oferecendo o prêmi
Laura Stevens –Eu respirei fundo, sentindo meu coração batendo descompassado com a mão de Arthur ainda marcada em meu pescoço.Christian se aproximou num passo rápido, deixando os olhos cravados nos meus e com um gesto firme, ele segurou meu queixo, me forçando a encará-lo.— Ele te machucou? — a voz dele era um sussurro grave, carregado de fúria contida.Engoli em seco, tentando manter a postura.— Não é nada. — Respondi, tentando me afastar, mas ele não deixou.— Não é nada? — Ele rosnou, com os olhos faiscando. — Você acha que isso é brincadeira, Laura?— E o que você queria que eu fizesse? Que eu o deixasse perceber? Isso tudo teria ido para o ralo.Ele se aproximou ainda mais, ficando tão perto que quase podia sentir a respiração quente dele contra minha pele.— Eu queria que você não se colocasse em risco dessa forma. — A voz dele saiu baixa, porém cortante. — Eu não suporto ver você nessa situação.— Pois acostume-se. — Sibilei, me soltando bruscamente das mãos dele. — Eu faço