Christian Müller –Fomos conduzidos a uma sala ao lado, onde o delegado nos pediu que aguardássemos.O ambiente era frio, com paredes brancas e uma mesa de metal no centro. Me sentei de um lado, enquanto Andressa ocupava a cadeira oposta, evitando meu olhar.Momentos depois, o médico entrou na sala, carregando um envelope pardo.Ele se posicionou ao lado do delegado e começou a relatar os resultados dos exames.— Após a realização dos exames, constatamos que a senhorita Andressa sofreu agressões físicas recentemente. Além disso, encontramos vestígios de espermas e DNA que correspondem ao senhor Christian Müller, mas não completamente. — Informou o médico, com voz profissional.Senti um frio percorrer minha espinha. Como poderia haver vestígios do meu DNA nela? Mantive a expressão séria, aguardando mais esclarecimentos.O delegado prosseguiu:— Por outro lado, nos exames realizados no senhor Müller, não encontramos qualquer vestígio que indique contato físico ou atividade sexual nos úl
Laura Stevens –A cena era assustadoramente familiar. Descemos do carro e, ao ver o local, meu coração gelou. Sophie havia caído de uma ribanceira, exatamente no mesmo lugar onde sofri meu acidente. Senti as pernas fraquejarem e Christian me segurou pela cintura, percebendo meu estado.As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, incapazes de serem contidas.Um dos policiais se aproximou, com uma expressão séria.— Vocês conheciam a vítima? — perguntou ele, olhando para nós.Assenti, tentando encontrar minha voz.— Sim, ela era minha prima. Temos o mesmo sobrenome. — Consegui dizer, embora minha voz estivesse embargada.O policial continuou:— Precisamos que vocês compareçam à delegacia para prestar depoimento sobre o ocorrido.Christian apertou minha mão.—Deixa que eu cuido disso...- Eu o interrompi.—Não. Eles me querem e eles me terão.Ele então, me olhou assustado, mostrando o pânico nos seus olhos.—Laura, combinamos que você não se arriscaria mais, se lembra? Você vai mesmo
Laura Stevens –Nosso plano continuou intensamente. Dessa vez, decidimos ir atrás do peixe grande.Senhor Müller.Mas antes de chegarmos nele, teríamos que alcançar Arthur e Norma.Começamos por Arthur. E ele, eu sabia perfeitamente como o encontrar.Nos bares noturnos.O ambiente era envolto em uma penumbra sedutora, iluminado por luzes suaves que dançavam ao ritmo da música ambiente.Maria e eu entramos no local com confiança, trajando vestidos que realçavam nossas curvas e atraíam olhares por onde passávamos.Nossa missão era clara: Nos aproximarmos de Arthur e extrair dele as informações que precisávamos para desmantelar os planos do pai de Christian.Localizamos Arthur sentado ao balcão, já com um copo de whisky em mãos. Troquei um olhar cúmplice com Maria e nos dirigimos a ele, nossos passos sincronizados e cheios de intenção.— Boa noite, posso me juntar a você? – Falei passando as mãos nos ombros dele com suavidade, descendo para os braços.Arthur ergueu o olhar, surpreso, mas
Laura Stevens –Respirei fundo, sentindo o coração acelerar.Abri a porta com cautela e ao ver Christian ali parado, com o maxilar travado e os olhos faiscando de tensão, senti um arrepio na espinha.Christian estava lindo, perigoso, e completamente no controle, como sempre.Ele entrou em silêncio, se encostando em um canto do quarto, onde não podia ser visto por Arthur. Meus olhos encontraram os dele, e fiz um leve gesto com a mão, pedindo para que ele esperasse.Inspirei fundo, tentando manter a calma, e voltei até Arthur, que me olhava com as pálpebras meio caídas, mas ainda com aquele sorriso idiota de quem achava que iria ganhar a noite.— Quem era? — Ele perguntou, tentando soar casual, mas a fala já arrastada denunciava o efeito da droga começando a fazer efeito.Forcei um sorriso sedutor e, pegando uma nova garrafa de whisky, a levantei diante dele.— Apenas o serviço de quarto, querido. Trouxeram isso aqui especialmente para você. — Falei, como se estivesse oferecendo o prêmi
Laura Stevens –Eu respirei fundo, sentindo meu coração batendo descompassado com a mão de Arthur ainda marcada em meu pescoço.Christian se aproximou num passo rápido, deixando os olhos cravados nos meus e com um gesto firme, ele segurou meu queixo, me forçando a encará-lo.— Ele te machucou? — a voz dele era um sussurro grave, carregado de fúria contida.Engoli em seco, tentando manter a postura.— Não é nada. — Respondi, tentando me afastar, mas ele não deixou.— Não é nada? — Ele rosnou, com os olhos faiscando. — Você acha que isso é brincadeira, Laura?— E o que você queria que eu fizesse? Que eu o deixasse perceber? Isso tudo teria ido para o ralo.Ele se aproximou ainda mais, ficando tão perto que quase podia sentir a respiração quente dele contra minha pele.— Eu queria que você não se colocasse em risco dessa forma. — A voz dele saiu baixa, porém cortante. — Eu não suporto ver você nessa situação.— Pois acostume-se. — Sibilei, me soltando bruscamente das mãos dele. — Eu faço
Christian Müller –O barulho do celular tocava insistentemente, ecoando por todo o quarto.Eu estava deitado, com Laura alinhada no meu peito, admirando seus lindos traços, considerando ignorar aquela maldita ligação que nos atrapalhava, mas infelizmente ela não parava.Respirei fundo e me levante, indo atender ao telefone.Na tela, o nome "Sr. Wilians", o advogado principal do Grupo Müller, brilhava com insistência.Franzi o cenho. Se ele estava ligando a essa hora, não era algo bom.Atendi, levando o celular ao ouvido, enquanto Laura se ajeitava no colchão, me observando com os olhos semicerrados.— Wilians? O que foi? — Minha voz saiu grave e arrastada de sono.Do outro lado, a voz do advogado soou tensa, apressada:— Senhor Müller, me desculpe pela hora, mas... precisamos que o senhor venha para a empresa. Agora. É urgente.Minha expressão se fechou, e Laura percebeu, passando a mão em meu braço de forma reconfortante.— O que está acontecendo? — Perguntei, a mandíbula já travada.
Laura Stevens –A nossa vingança ainda estava indo com toda intensidade. E dessa vez, meu alvo para a humilhação era Norma Müller. E ela, nada melhor do que atingir o ponto da luxúria e ganância.Assim como o filho, buscar Norma também era fácil, só ir à loja “Orange Seduccion”, no shopping.A loja de grife mais famosa da cidade estava impecável como sempre, com vitrines reluzentes e peças únicas, que mais pareciam joias do que simples roupas. Maria e eu caminhávamos entre os cabides como se aquilo fosse parte natural do nosso dia a dia.Ela observava os vestidos com aquele olhar atento de quem sabia o valor de um bom tecido, enquanto eu me perdia nos brilhos e bordados espalhados por todos os cantos.E então, começamos com a atuação.— Menina, você viu o tema do baile da Müller & Companhia deste ano? — comentei, tentando conter minha empolgação enquanto passava a mão por um vestido dourado simplesmente espetacular. — Eu já vou comprar a minha fantasia, não quero deixar para a última
Laura Stevens – (18)Quando cheguei em casa, ainda com aquele sorriso no rosto, me joguei na cama com o vestido novo ao lado, como se fosse um troféu. A cena de Norma tentando passar todos os cartões e falhando miseravelmente não saía da minha cabeça.Aquilo sim foi um espetáculo à parte.Mas o melhor ainda estava por vir.Eu já estava confortável, deitada, com um livro aberto nas mãos, tentando ler alguma coisa — embora minha mente ainda estivesse presa à loja — quando ouvi o barulho da porta do banheiro se abrindo.Christian saiu, com o corpo ainda molhado; me dando a visão das gotas deslizando pelo peitoral definido, os músculos rígidos marcados... e aquela toalha branca, amarrada na cintura, mais parecendo um convite.Automaticamente, mordi o lábio inferior, incapaz de disfarçar o olhar que descia lentamente pelo corpo dele.Ele sorriu de lado ao me o encarando, deixando seus olhos perigosamente voraz.— E aí, amor... — ele começou a falar com a voz rouca, enquanto andava até o cl