Assim que Christian falou, soltei um riso e me virei para frente tentando prestar atenção no teatro, mas falhei miseravelmente. A música do concerto continuava ecoando pelo teatro, mas minha mente já não estava ali. Eu sentia Christian ao meu lado, cada movimento dele, cada olhar que ele lançava na minha direção e isso era o suficiente para me deixar inquieta. Ele não estava me tocando, mas sua presença era como um campo magnético, me puxando com força para ele. Pisquei algumas vezes, tentando me concentrar, mas, no exato momento em que achei que conseguiria, Christian se inclinou novamente e sua boca roçou meu ombro deixando um selar. — Está gostando do espetáculo? - Sussurrou ele, me causando efeitos imagináveis. Arrepios percorreram minha pele e tive que umedecer os lábios antes de responder: — Sim… está lindo. - Respondi tentando conter meus pensamentos que insistiam em me trair e me fazer perder o foco. Christian sorriu e tocou meu pescoço com a ponta do nariz. —Você sabe
Eu o olhei, assustada. Por dentro, eu me segurava, tentando não me deixar levar, tentando não me perder ainda mais naquele homem. Porque eu sabia... Eu sabia que estava apaixonada. Cada toque, cada olhar, cada palavra dele me puxava mais para esse abismo. Mas eu também sabia da dor que ele carregava, dos fantasmas que o assombravam e das razões que o levavam a tomar certas atitudes. A questão era: até que ponto daquela noite era real? Até que ponto eu podia acreditar no que sentia? Christian percebeu minha hesitação. Como sempre, ele lia cada detalhe em mim, cada dúvida, cada batida acelerada do meu coração. Sem hesitar, ele segurou minha cintura e me puxou para mais perto. Meu corpo colidiu contra o dele, e eu senti o calor que emanava de sua pele, o cheiro amadeirado misturado com algo unicamente dele. — Não fuja de mim, Ivy — ele murmurou contra meus cabelos. A música suave preenchia o ar, e Christian nos fez balançar lentamente, como se quisesses manter aquele momento, aq
A respiração dele era quente e senti-la só tornou tudo ainda mais intenso. Desci os dedos pelos braços dele, empurrando a camisa para trás até que ele se livrasse dela completamente. E céus... vê-lo ali, com a luz suave iluminando os contornos perfeitos do seu corpo, era o suficiente para me fazer perder o fôlego. Ele me empurrou suavemente para a cama, me fazendo deitar sob os lençóis macios. Subiu sobre mim, apoiando o peso nos cotovelos, e começou a explorar cada centímetro do meu corpo com a boca. Os beijos, antes urgentes, agora eram lentos e torturantes. Seus lábios percorreram meu pescoço, deslizando para a clavícula, e então para o decote do meu vestido. Cada toque era uma nova faísca incendiando minha pele. Christian ergueu o rosto para me encarar, exibindo os olhos intensos e famintos. — Ainda acha que tudo isso é encenação? Eu não conseguia mais pensar. Não conseguia mais questionar nada. A única coisa que eu sabia era que aquela noite, eu estava prestes a ser comp
Christian Müller - Acordei sentindo um leve peso em meu braço. Abri os olhos lentamente e encontrei Ivy adormecida ao meu lado. O sol da manhã atravessava as cortinas da janela, iluminando os traços delicados do rosto dela. Fiquei ali, apenas a observando. Como alguém podia ser tão teimosa e ao mesmo tempo, tão hipnotizante? Meus dedos deslizaram pela pele macia de sua bochecha e naquele instante, percebi que não queria estar em nenhum outro lugar. Meu olhar desceu instintivamente para sua barriga, agora um pouco mais evidente. Com delicadeza, deslizei minha mão sobre o pequeno volume e naquele momento, senti uma leve movimentação sob minha palma, quase imperceptível, mas estava lá. Era a primeira vez que sentia meu filho. Um sorriso surgiu em meus lábios antes mesmo que eu me desse conta. Aquela sensação... Era inexplicável. Um aperto diferente no peito, como se algo dentro de mim estivesse se realinhando, tomando forma. Me inclinei e pressionei um beijo sobre a barriga dela
Os últimos dias foram diferentes de tudo que eu imaginei que viveria ao lado de Christian. Ele foi comigo às consultas médicas, prestou atenção em cada palavra da obstetra e até segurou minha mão quando escutamos o coração do nosso bebê. Ele me levou para passear algumas vezes, parando em um parque qualquer só para sentarmos no banco e tomarmos um suco e até participou das aulas de pré-natal. E, a cada momento, eu percebia o quanto estava me apaixonando mais e mais por ele. Mas isso tudo era no nosso particular. Das portas para dentro da empresa, continuávamos a ser o Senhor Müller e sua assistente. Hoje, eu vim para a empresa. Eu precisei organizar uma reunião com alguns membros importantes, e enquanto ajustava a mesa de conferência, senti um perfume inconfundível se aproximando. Antes que pudesse reagir, um braço firme passou ao meu lado, depositando algumas pastas sobre a mesa. O calor do corpo dele se fez presente, e eu senti a respiração quente bem próxima ao meu pes
Encontrei Amanda na entrada do shopping já com um sorvete em mãos. Soltei um riso doce e corri até ela. Era a primeira vez que eu a via usando um vestido leve e sandálias os pés. Ela sempre estava de social. —Achei que você não viria. Não sei por quê, mas você anda tão obcecada por aquele escritório! - Disse Amanda, exibindo um tom divertido, mas me repreendendo internamente. Eu então sorri. —Calma, eu vou te contar tudo! - Falei entrelaçando nossos braços, entrando no shopping com ela. Fomos primeiro em uma loja de maquiagens. Amanda amava esse tipo de coisa. Em seguida, entramos em uma de sais de banho e em seguida em uma loja infantil para completarmos o enxoval do nosso pequeno bebê. — Nada no mundo supera isso. — Amanda suspirou, rodopiando com sacolas nos braços. Eu ri, ajustando a alça da bolsa no ombro enquanto caminhávamos lado a lado. — Está falando das compras ou do cheiro de café misturado com loja de perfume? — De tudo! — Ela abriu um sorriso enorme. — O shopping
Christian Müller -Ivy havia saído para encontrar Amanda sobre meu pedido. Eu e Mark estávamos vigiando algumas empresas de longe. Ouvindo a ideia de Mark, decidi fazer um stand dos novos produtos da minha empresa, para termos uma aceitação melhor no mercado.Como envolvia muita gente poderosa, cheia de esquemas e ambições, decidi deixar Ivy longe de problemas e ir sozinho a essa reunião.E então, a tão esperada mensagem chegou ao meu celular. “Encontre-nos no Sky Pub para acertarmos os detalhes”. Disse Jonathan me avisando.O dia já havia sido longo, e agora, sentado naquela sala privada no bar, eu aceitava um copo de uísque enquanto escutava Jonathan e seu pai, Jack, falarem sobre o evento. O espaço que eu queria para o stand da nova coleção de móveis era estratégico, e Jonathan tinha a influência necessária para facilitar isso. Mas, como eu já esperava, tudo tem um preço. De repente, a porta foi aberta e mais uma pessoa entrou por ela. Era Richard, o Homem que até meses atrás q
Sky pub, Flórida. Ivy Hunter – “Estou atrasada mais uma vez!” - Exclamei encarando o relógio em meu pulso. Já se passavam das dez da noite, quando empurrei as portas da lateral do bar, entrando apressada.O bar que por sua vez, recebia o Happy hour de costume, para grandes executivos, parecia mais movimentado que o habitual. Dei um passo sabendo que seria repreendida e logo dei de frente com o gerente, que me encarava com os olhos escurecidos. —Ivy, você sabe que não toleramos atrasos. - Disse ele com seu rosto avermelhado de raiva, me empurrando uma bandeja. —Vista-se e leve isso para a sala privada. É a garrafa mais cara que temos. Mais um erro esta noite e será demitida! —Sim senhor! - Respondi me movendo apressadamente até o vestiário. Troquei minhas roupas pelas que o trabalho exigia: Uma fantasia vulgar de coelha; com sua saia curta e um corpete tão justo, que me deixava desconfortável. Ainda tinha a tiara de orelhas peludas para complementar o figurino. Naquele instan