- O que você quer dizer? - Questionou Henrique, erguendo as sobrancelhas, com um tom de voz magnético e frio. Dedé riu friamente, de forma cortante.- Não é nada, apenas um lembrete amigável. Hoje à tarde, por acaso, ouvi um homem que veio procurar sua esposa dizer a ela que preparou algumas roupas novas para o filho deles, usar essa palavra “nosso” é bastante interessante, não é? - Comentou Dedé.Ao ouvir isso, Henrique desligou o telefone imediatamente. Ele olhou para a lixeira na entrada do escritório, com um olhar frio como gelo.Carolina, não ouvindo os passos de Henrique, parou e se virou, confusa. Sob o pôr do sol, a luz alaranjada banhava todo o corpo do homem, destacando seu nariz proeminente e olhos profundos sombreados, enquanto os lábios finos permaneciam firmemente fechados.Visto de lado, ele emanava uma aura inacessível.- O que você está pensando? - Perguntou Carolina. “Jogar fora o presente de Lucas não foi suficiente? Você ainda precisa se lembrar disso várias vez
Carolina respirou fundo, se sentindo completamente irritada ao ouvir esse nome.Ela entregou a marmita para o Sr. Carlos e, irritada, bateu a porta do escritório.Paola gritou de surpresa, cobrindo o rosto com as mãos e se escondendo atrás de Henrique.Letícia observou Carolina de cima a baixo.- Por que não bateu na porta? Me assustou. - Disse Letícia. - Estou procurando meu marido, por que deveria bater? Vocês estavam fazendo algo indecente? - Questionou Carolina. - Não! - Respondeu Letícia, lançando um olhar furtivo para Henrique, pensando que gostaria de estar envolvida em algo indecoroso com ele, se ele quisesse.Assim, seria como Carolina, se tornando esposa de Henrique, e ficaria muito feliz.- Você veio almoçar comigo? - Perguntou Henrique, olhando carinhosamente para Carolina.Carolina, contudo, estava olhando para Paola, atrás dele, com as sobrancelhas franzidas.- Por que está cobrindo o rosto? Como um fantasma com medo da luz. - Questionou Carolina.Letícia se irritou.-
Carolina riu com sarcasmo. Estaria ela temendo ofender a família Braga? Queria, na verdade, o provocar. Ela cruzou os braços e olhou para Henrique com um olhar que continha uma ameaça velada.Henrique encontrou seu olhar, lamentando interiormente.Para ser honesto, ele realmente queria confrontar Simão, aproveitando esta oportunidade para o dar uma lição.Claro, isso não tinha muito a ver com Paola.- Eu posso chamar Simão aqui. - Disse Henrique.Paola se alegrou e seus olhos brilharam com lágrimas.- Obrigada, Henrique, você é tão bom para mim. - Agradeceu Paola. Carolina quase morreu de raiva. - Se você for procurar Simão hoje, não pense em entrar no meu quarto esta noite! - Disse Carolina, furiosamente. Henrique pegou a mão de Carolina e a levou para um lado.- Eu quero que você veja a verdadeira face de Simão, não é para ajudar Paola. - Disse Henrique.Se ele se atrevesse a confrontar Henrique pessoalmente, isso indicaria que Simão era muito suspeito.Seria ótimo se Carolina p
Simão estendeu a mão para tirar os óculos, esfregou os olhos seriamente e olhou para Paola com uma expressão confusa.- Posso saber quem é você? - Indagou Simão. Paola, furiosa, desejou avançar e rasgar sua roupa, mas diante de Henrique precisava manter a aparência. Então, soltou uma risada fria. - Você está fingindo que não me conhece? - Retrucou Paola. - Desculpe, não é isso. Seu rosto está tão inchado, eu realmente não consegui reconhecer. - Respondeu Simão, gesticulando em direção ao rosto dela e sorrindo timidamente.Carolina não conseguiu se segurar e soltou uma risada, cada palavra era uma crítica mordaz.Paola, muito vaidosa em relação à sua aparência, agora sendo ridicularizada, certamente ficaria furiosa.- Já se esqueceu em quem você bateu ontem? Precisa que alguém te lembre? Devo chamar as testemunhas? - Questionou Paola. Cada palavra de Paola parecia saltar entre os dentes. Ela não teria vindo procurar Henrique sem estar preparada.Carolina imediatamente reprimiu seu
Henrique pressionou seus lábios finos e sensuais, concordando tacitamente com o ponto de vista de Carolina.- Paola, a pessoa ferida é você, não tenha medo. - Disse Letícia, incrédula. Elas haviam combinado antes de chegar, uma fingiria estar enfurecida, enquanto a outra se faria de inocente.Mas, no momento crucial, tudo deu errado. Era frustrante.Se não fosse pelo desejo de vingança contra Simão por não ter escolhido ela como porta-voz, ela definitivamente não teria acompanhado Paola.Naquele momento, Paola não conseguia se concentrar em Letícia. Ela se curvou profundamente em direção a Simão.- Desculpe, eu me enganei, causei problemas para você e para Henrique. - Lamentou Paola. Simão aceitou graciosamente o pedido de desculpas.- Não tem problema. Há mais alguma coisa? - Indagou Simão. - Não - Respondeu Paola, balançando a cabeça incessantemente, visivelmente assustada.Simão sorriu de canto de boca e olhou para Henrique.- É uma pena, Sr. Henrique, que você não possa reivin
Hoje, a apresentação foi realizada publicamente, atraindo uma grande multidão.Dedé chegou vestindo um sobretudo cáqui, se destacando na multidão com seu charme e estatura esguia.Carolina o viu se sentar propositalmente ao lado dos parceiros do projeto em lançamento.- Ele não vai falar demais, vai? - Indagou Carolina, apertando a mão de Henrique. - Me preocupo mais se ele não falar o suficiente. Não tenha medo, hoje é o dia do nosso contra-ataque. - Disse Henrique, sorrindo de leve.Carolina assentiu com firmeza e seus olhos brilharam intensamente.- Confio em você! - Disse Carolina. Após Henrique subir ao palco, Lucas entrou pela porta principal, se sentando atrás de Carolina.Cinco minutos depois, Carolina percebeu quem estava sentado atrás dela, sem grande surpresa.- Pensei que tivesse voltado para o exterior. - Comentou Carolina. Lucas, apesar de não ser tão famoso quanto Henrique no setor financeiro, também era considerado um jovem talento.Era esperado que ele participasse
- Desça, e eu te contarei. - Ordenou o Presidente Jacó, com um semblante sombrio, evitando causar escândalo.- Fale agora! - Exclamou Henrique. - Henrique, desça imediatamente! Já descobrimos que foi você quem copiou! - Afirmou o Presidente Jacó, incapaz de se conter mais, desejando revelar sua condição de vítima para se proteger.Quando ele falou, um burburinho tomou conta da multidão.O Presidente Vinicius, aproveitando a oportunidade, compartilhou com todos o material que Dedé havia entregado a ele. Após a leitura, diversos foram os sentimentos manifestados.Desdém, surpresa, dúvida e satisfação com a desgraça alheia. Olhares variados se dirigiram ao homem no palco.- De onde surgiu esse material? - Indagou Henrique, com seus lábios finos e um sorriso sarcástico. - Foi o Presidente Dedé quem nos entregou! - Respondeu o Presidente Vinicius, demonstrando gratidão a Dedé.- Descobri por acaso. Sr. Henrique, você não vai criar problemas para mim, vai? - Admitiu Dedé abertamente, com
O homem de cabelos ruivos apanhava sem cessar, gritando continuamente e tentando lutar para se defender.Lucas pressionou um dos agressores contra o chão, desferindo golpes furiosos. - Vocês são dois animais por estarem abusando de uma mulher. E pior, uma grávida! - Gritou Lucas. - E daí que ela está grávida? O filho não é seu! - Desdenhou um dos homens, todo ensanguentado. - Quem disse que o filho não é meu? O filho que a Carolina espera é meu! - Disse Lucas, intensificando a força em suas mãos, e golpeando a cabeça do homem de cabelos ruivos, o deixando inconsciente.Se levantando, Lucas viu Carolina cobrindo o peito com suas roupas rasgadas, tremendo de frio e com o rosto pálido. - Você está bem? - Perguntou Lucas, rapidamente tirando seu casaco e envolvendo nela. Carolina, com os lábios pálidos, espirrou, ainda atordoada pelo choque, sem compreender o que Lucas havia acabado de dizer, percebendo apenas algo estranho em suas palavras.Ela abriu a boca para falar, quando viu Hen