Hoje, a apresentação foi realizada publicamente, atraindo uma grande multidão.Dedé chegou vestindo um sobretudo cáqui, se destacando na multidão com seu charme e estatura esguia.Carolina o viu se sentar propositalmente ao lado dos parceiros do projeto em lançamento.- Ele não vai falar demais, vai? - Indagou Carolina, apertando a mão de Henrique. - Me preocupo mais se ele não falar o suficiente. Não tenha medo, hoje é o dia do nosso contra-ataque. - Disse Henrique, sorrindo de leve.Carolina assentiu com firmeza e seus olhos brilharam intensamente.- Confio em você! - Disse Carolina. Após Henrique subir ao palco, Lucas entrou pela porta principal, se sentando atrás de Carolina.Cinco minutos depois, Carolina percebeu quem estava sentado atrás dela, sem grande surpresa.- Pensei que tivesse voltado para o exterior. - Comentou Carolina. Lucas, apesar de não ser tão famoso quanto Henrique no setor financeiro, também era considerado um jovem talento.Era esperado que ele participasse
- Desça, e eu te contarei. - Ordenou o Presidente Jacó, com um semblante sombrio, evitando causar escândalo.- Fale agora! - Exclamou Henrique. - Henrique, desça imediatamente! Já descobrimos que foi você quem copiou! - Afirmou o Presidente Jacó, incapaz de se conter mais, desejando revelar sua condição de vítima para se proteger.Quando ele falou, um burburinho tomou conta da multidão.O Presidente Vinicius, aproveitando a oportunidade, compartilhou com todos o material que Dedé havia entregado a ele. Após a leitura, diversos foram os sentimentos manifestados.Desdém, surpresa, dúvida e satisfação com a desgraça alheia. Olhares variados se dirigiram ao homem no palco.- De onde surgiu esse material? - Indagou Henrique, com seus lábios finos e um sorriso sarcástico. - Foi o Presidente Dedé quem nos entregou! - Respondeu o Presidente Vinicius, demonstrando gratidão a Dedé.- Descobri por acaso. Sr. Henrique, você não vai criar problemas para mim, vai? - Admitiu Dedé abertamente, com
O homem de cabelos ruivos apanhava sem cessar, gritando continuamente e tentando lutar para se defender.Lucas pressionou um dos agressores contra o chão, desferindo golpes furiosos. - Vocês são dois animais por estarem abusando de uma mulher. E pior, uma grávida! - Gritou Lucas. - E daí que ela está grávida? O filho não é seu! - Desdenhou um dos homens, todo ensanguentado. - Quem disse que o filho não é meu? O filho que a Carolina espera é meu! - Disse Lucas, intensificando a força em suas mãos, e golpeando a cabeça do homem de cabelos ruivos, o deixando inconsciente.Se levantando, Lucas viu Carolina cobrindo o peito com suas roupas rasgadas, tremendo de frio e com o rosto pálido. - Você está bem? - Perguntou Lucas, rapidamente tirando seu casaco e envolvendo nela. Carolina, com os lábios pálidos, espirrou, ainda atordoada pelo choque, sem compreender o que Lucas havia acabado de dizer, percebendo apenas algo estranho em suas palavras.Ela abriu a boca para falar, quando viu Hen
- O bebê está salvo, não houve muito sangramento, mas a paciente está extremamente fraca. Isso pode aumentar o risco de parto prematuro e aborto espontâneo no futuro. Senhor, você deve cuidar bem da paciente daqui para frente. - Orientou o médico. - Ela não perdeu bebê? Organize o aborto imediatamente - Ordenou Henrique erguendo as sobrancelhas, com um olhar frio e impiedoso. Ele não permitiria que ela desse à luz o filho de outro homem.O médico ficou chocado.- A paciente está muito fraca agora, não podemos fazer a cirurgia tão rapidamente. - Explicou o médico. - Quando acha possível? - Perguntou Henrique. - Talvez, em uma semana. - Respondeu o médico. Henrique fechou os olhos e não disse mais nada.O médico saiu um pouco constrangido. Na verdade, a cirurgia de aborto poderia ser organizada para o dia seguinte.A paciente, na sala de emergência, havia dito a ele que este era o seu primeiro filho, fruto do amor com a pessoa amada.Ela implorou para que salvassem a criança. Ela nã
- Henrique, dentro de você ainda bate um coração? Se você me obrigar a assinar esse termo, vou te odiar pelo resto da vida! - Disse Carolina, com a voz dolorosa, carregada de mágoa.Henrique, indiferente, agarrou com força a mão dela e a fez segurar a caneta, escrevendo seu nome de maneira torta e desajeitada no local da assinatura.No último momento, Carolina, com todas as suas forças, conseguiu se libertar do controle dele e enfiou a ponta da caneta na palma da mão de Henrique.Ele, como se não tivesse percebido, continuou a finalizar a assinatura.Carolina, desanimada, baixou os braços, esboçando um sorriso triste.- Henrique, eu te pergunto pela última vez, você realmente não quer acreditar em mim? - Murmurou Carolina. Eles não tinham se reconciliado e resolvido o único problema com Paola? Como tudo mudou tão repentinamente?De alguma forma, Henrique, ao ouvir essa voz quase soluçante, sentiu o coração amolecer e, deixando apenas uma frase para trás, se virou e partiu resolutament
Carolina exibia um rosto pálido e desesperado. - Mesmo que eu não tenha pensado claramente, ainda posso recusar nesta situação? - Perguntou Carolina. - Teoricamente, se deve respeitar a decisão da própria pessoa. - Respondeu o médico. Carolina, com um lampejo de esperança nos olhos, olhou para Hana, que estava à porta, e pediu em voz baixa.- Eu fui coagida, você pode me ajudar a sair? - Perguntou Carolina. - O hospital não restringe a liberdade dos pacientes. Se realmente não vê saída, pode procurar a ajuda de amigos. - Advertiu o médico, se sentindo impotente. Carolina balançou a cabeça, resignada.Fernanda não teria como vencer Henrique.E quanto a Simão, Henrique simplesmente não permitia que ela o visse.De repente, ela teve uma ideia.Mesmo que Fernanda não conseguisse enfrentar Henrique, ela ainda poderia pedir a Fernanda para falar com Simão.Mas não sabia se Simão a ajudaria.Se ele o fizesse, então ele e Henrique se tornariam inimigos declarados.Assim que o médico parti
Carolina ficou extremamente chocada, com a voz tremendo. - Quando isso aconteceu? - Perguntou Carolina. - Ontem à noite, ou melhor, na madrugada de hoje. - Respondeu Fernanda, relutante em ver Carolina assim. Era segunda-feira, e ela havia tirado folga do trabalho.O maldito gerente continuava a ligar para ela, a pressionando para fazer horas extras, mesmo quando estava de folga.Depois de terminar o trabalho, ela olhou o relógio e percebeu que passava da uma da madrugada. Fernanda planejava assistir a alguns vídeos antes de dormir e, foi nesse momento que viu, online, a notícia de que Rodrigo havia falecido por falência múltipla de órgãos, e que as tentativas de o ressuscitar foram em vão.Carolina sentiu as mãos e os pés gelarem e se virou para Hana.- Isso é verdade? - Perguntou Carolina. Hana acenou silenciosamente com a cabeça.- Eu preciso ir à Mansão dos Mendonça para dar o último adeus ao meu avô - Disse Carolina com voz firme, calçando os sapatos e se dirigindo à porta.
Henrique olhava para a mulher de cima para baixo, talvez por respeito a Ximena, seus lábios finos ligeiramente abertos se fecharam, e ele desviou o olhar com frieza.Carolina não sabia quanto tempo havia passado ajoelhada, até que as pessoas da capela começaram a sair. Ela se levantou, massageando os joelhos dormentes, e permaneceu ali.No segundo andar.Rodrigo, olhando pela janela para Carolina lá embaixo, sentiu uma profunda tristeza. - Deixe ela voltar para descansar, ela ficou ajoelhada por tanto tempo, seu corpo não aguenta isso. - Disse Rodrigo. Luís prontamente concordou.- Srta. Carolina, já está ficando tarde, e a noite está muito fria. Você deveria voltar. - Disse Luís se aproximando para a ajudar a se levantar com gentileza.- Eu quero ficar mais um pouco com o vovô. - Insistiu Carolina, com um olhar triste. - Não precisa ficar, terá outras oportunidades. Quero dizer, os mortos não podem voltar. Venha visitar o Sr. Rodrigo no aniversário de sua morte, isso já o deixaria