Carolina ficou extremamente chocada, com a voz tremendo. - Quando isso aconteceu? - Perguntou Carolina. - Ontem à noite, ou melhor, na madrugada de hoje. - Respondeu Fernanda, relutante em ver Carolina assim. Era segunda-feira, e ela havia tirado folga do trabalho.O maldito gerente continuava a ligar para ela, a pressionando para fazer horas extras, mesmo quando estava de folga.Depois de terminar o trabalho, ela olhou o relógio e percebeu que passava da uma da madrugada. Fernanda planejava assistir a alguns vídeos antes de dormir e, foi nesse momento que viu, online, a notícia de que Rodrigo havia falecido por falência múltipla de órgãos, e que as tentativas de o ressuscitar foram em vão.Carolina sentiu as mãos e os pés gelarem e se virou para Hana.- Isso é verdade? - Perguntou Carolina. Hana acenou silenciosamente com a cabeça.- Eu preciso ir à Mansão dos Mendonça para dar o último adeus ao meu avô - Disse Carolina com voz firme, calçando os sapatos e se dirigindo à porta.
Henrique olhava para a mulher de cima para baixo, talvez por respeito a Ximena, seus lábios finos ligeiramente abertos se fecharam, e ele desviou o olhar com frieza.Carolina não sabia quanto tempo havia passado ajoelhada, até que as pessoas da capela começaram a sair. Ela se levantou, massageando os joelhos dormentes, e permaneceu ali.No segundo andar.Rodrigo, olhando pela janela para Carolina lá embaixo, sentiu uma profunda tristeza. - Deixe ela voltar para descansar, ela ficou ajoelhada por tanto tempo, seu corpo não aguenta isso. - Disse Rodrigo. Luís prontamente concordou.- Srta. Carolina, já está ficando tarde, e a noite está muito fria. Você deveria voltar. - Disse Luís se aproximando para a ajudar a se levantar com gentileza.- Eu quero ficar mais um pouco com o vovô. - Insistiu Carolina, com um olhar triste. - Não precisa ficar, terá outras oportunidades. Quero dizer, os mortos não podem voltar. Venha visitar o Sr. Rodrigo no aniversário de sua morte, isso já o deixaria
Luís olhava com desconfiança para Paola e depois para Carolina.- O que aconteceu? - Perguntou Luís. Paola se apressou para responder antes de Carolina. - Eu queria ver meu avô pela última vez, mas a Srta. Carolina não me deixou e ainda me empurrou no chão. Luís, eu não culpo a Srta. Carolina, talvez ela estivesse de mau humor por ter brigado com Henrique. Posso entender isso. - Choramingou Paola. Carolina, exausta física e emocionalmente, simplesmente não tinha forças para se defender e rezava em silêncio. Ao mesmo tempo, não esperava que Luís falasse em sua defesa. Afinal, para todos os outros, a criança em seu ventre definitivamente não era de Henrique.- Você está certa. Mas há algo que você não fez bem. - Disse Luís lentamente. - O que é? - Perguntou Paola, confusa. - Sabendo que a Srta. Carolina e o Sr. Henrique brigaram, por que veio aqui perturbar eles? Planeja aproveitar a briga deles para se casar com a família Mendonça? - Indagou Luís. - Eu. - Hesitou Paola, corando,
Carolina não queria ver Paola, pois a visão dela a despertava um impulso insultante.- Não é necessário, Luís, não estou com fome. - Recusou Carolina. - Devemos comer juntos, você ainda tem que vigiar na segunda metade da noite - Disse Henrique, com um tom gelado.- Henrique, eu também quero vigiar para demonstrar meu respeito - Disse Paola, com a voz suave, esperançosa, ansiando por sua aprovação.- Já te disse, você deve cuidar do bebê e não se preocupar com mais nada. Deixe essas coisas para Carolina. - Disse Henrique. Um sorriso de satisfação surgiu no rosto de Paola.- Então farei o que você diz. - Murmurou Paola, obediente. - Luís, leve ela para cima. - Ordenou Henrique, lançando um olhar indiferente para Paola. - Não vou comer, vendo essas suas ações repugnantes, como posso ter apetite? - Disse Carolina levantando a cabeça abruptamente, apertando os punhos, com os olhos cheios de repulsa ao olhar para Henrique.“Ações repugnantes?”Henrique riu sarcasticamente, se inclinando
- Você deve ir agora, o Sr. Carlos está esperando na porta. - Disse Henrique, friamente. - Eu queria ficar mais um pouco com você. - Murmurou Paola. - Não é necessário. - Desdenhou Henrique. Então, Paola mordeu o lábio e puxou a mão de Henrique em direção ao seu barrigão. Henrique, instintivamente resistiu e, retirou sua mão rapidamente.- Não me faça dizer novamente, o Sr. Carlos não é seu motorista particular, ele não tem tempo para ficar esperando. - Disse Henrique. Paola empalideceu, segurando a insatisfação.- Eu só queria que você passasse mais tempo com o bebê, não fique bravo, eu vou agora. - Disse Paola. Assim que ela saiu, Henrique não sabia o que fazer e simplesmente voltou ao quarto para dormir. Ele se revirava na cama, sem conseguir parar. Mesmo com as cortinas fechadas, a luz ainda conseguia penetrar do salão lá embaixo. Então, ele calçou seus chinelos e foi até a janela do chão ao teto, olhando para baixo, para a mulher no primeiro andar. Cansada de ajoelhar, el
- Eu não... - Hesitou Carolina. Carolina começou a falar, mas Henrique saiu pela porta sem dar um único olhar para trás. Ela sentiu um aperto no coração e as lágrimas ameaçaram cair novamente. No dia anterior, ela quase foi agredida por outra pessoa e quase perdeu o bebê. Ela era a vítima, precisando de cuidados especiais naquele período. No fim, era Henrique, a pessoa que ela mais amava, quem continuava a machucando. Carolina acariciou suavemente sua barriga.- Bebê, não precisamos mais do papai, está bem? - Murmurou Carolina. ...Fernanda seguiu as instruções da nota de Carolina e foi até a empresa Celestial Shine Jewelry encontrar Simão.- Você quer dizer que a Carolininha não quer abortar? - Questionou Simão. - Sim. Aquele idiota do Henrique prendeu a Carolininha no hospital, sem permitir que ela tivesse contato com o mundo exterior e sem cuidar dela. - Disse Fernanda, preocupada que ele não ajudasse, tentando parecer patética com lágrimas e ranho escorrendo, falando com dó
Paola nunca imaginou que os sentimentos de Henrique por Carolina fossem tão profundos a ponto de, mesmo bêbado, ele se preocupar com ela.O ciúme, como uma faísca, começou a queimar no seu coração, formando um pensamento malicioso.Ela acelerou o carro e dirigiu em direção ao hospital.Ao chegar e se preparar para descer do carro, o olhar de Paola caiu sobre a foto de casamento no banco traseiro.Ela olhou de soslaio para o homem que já estava meio adormecido, agiu com cuidado, pegou a foto do casamento e, discretamente, saiu do carro, jogando a foto na lixeira mais próxima.Carolina estava dormindo e a pessoa encarregada de vigiar ela montou uma cama improvisada na porta, sem sair de lá.Paola ajudou Henrique a entrar no hospital.Quando desceram do carro, a pessoa que vigiava na porta viu Henrique e se aproximou, confusa.- Sr. Henrique. - Cumprimentou o homem. - Henrique está bêbado, fale com a enfermeira, por favor, e me ajude a encontrar um quarto vago. - Pediu Paola. O seguranç
- Isso é bem merecido. Ter um marido tão bom e não o valorizar, não é à toa que os outros falam. - Comentou a outra. - Bem, é verdade. Mas aquela foto de casamento era tão bonita. Eles formavam um casal perfeito, tão elegantes. É uma pena, realmente. - Disse a enfermeira chefe.- Não sinta pena de pessoas que não têm princípios morais. - Disse a outra. - Deixemos isso de lado. De qualquer forma, o Sr. Henrique não está sem companhia feminina. Ontem à noite ele estava com uma nova. - Fofocou a enfermeira chefe. A voz da enfermeira foi se distanciando, e Carolina sentiu seu coração entorpecer, mas as lágrimas teimosamente caíam, umedecendo o travesseiro. O dia estava começando a clarear.Henrique tinha bebido demais na noite anterior e acordou com uma dor de cabeça terrível.- Beba um pouco de água com mel, ajuda a aliviar a ressaca. - Disse Paola. Paola estendeu o copo para ele, falando suavemente. Henrique não bebeu, franzindo a testa.- Como você está aqui? - Questionou Henrique,