- O bebê está salvo, não houve muito sangramento, mas a paciente está extremamente fraca. Isso pode aumentar o risco de parto prematuro e aborto espontâneo no futuro. Senhor, você deve cuidar bem da paciente daqui para frente. - Orientou o médico. - Ela não perdeu bebê? Organize o aborto imediatamente - Ordenou Henrique erguendo as sobrancelhas, com um olhar frio e impiedoso. Ele não permitiria que ela desse à luz o filho de outro homem.O médico ficou chocado.- A paciente está muito fraca agora, não podemos fazer a cirurgia tão rapidamente. - Explicou o médico. - Quando acha possível? - Perguntou Henrique. - Talvez, em uma semana. - Respondeu o médico. Henrique fechou os olhos e não disse mais nada.O médico saiu um pouco constrangido. Na verdade, a cirurgia de aborto poderia ser organizada para o dia seguinte.A paciente, na sala de emergência, havia dito a ele que este era o seu primeiro filho, fruto do amor com a pessoa amada.Ela implorou para que salvassem a criança. Ela nã
- Henrique, dentro de você ainda bate um coração? Se você me obrigar a assinar esse termo, vou te odiar pelo resto da vida! - Disse Carolina, com a voz dolorosa, carregada de mágoa.Henrique, indiferente, agarrou com força a mão dela e a fez segurar a caneta, escrevendo seu nome de maneira torta e desajeitada no local da assinatura.No último momento, Carolina, com todas as suas forças, conseguiu se libertar do controle dele e enfiou a ponta da caneta na palma da mão de Henrique.Ele, como se não tivesse percebido, continuou a finalizar a assinatura.Carolina, desanimada, baixou os braços, esboçando um sorriso triste.- Henrique, eu te pergunto pela última vez, você realmente não quer acreditar em mim? - Murmurou Carolina. Eles não tinham se reconciliado e resolvido o único problema com Paola? Como tudo mudou tão repentinamente?De alguma forma, Henrique, ao ouvir essa voz quase soluçante, sentiu o coração amolecer e, deixando apenas uma frase para trás, se virou e partiu resolutament
Carolina exibia um rosto pálido e desesperado. - Mesmo que eu não tenha pensado claramente, ainda posso recusar nesta situação? - Perguntou Carolina. - Teoricamente, se deve respeitar a decisão da própria pessoa. - Respondeu o médico. Carolina, com um lampejo de esperança nos olhos, olhou para Hana, que estava à porta, e pediu em voz baixa.- Eu fui coagida, você pode me ajudar a sair? - Perguntou Carolina. - O hospital não restringe a liberdade dos pacientes. Se realmente não vê saída, pode procurar a ajuda de amigos. - Advertiu o médico, se sentindo impotente. Carolina balançou a cabeça, resignada.Fernanda não teria como vencer Henrique.E quanto a Simão, Henrique simplesmente não permitia que ela o visse.De repente, ela teve uma ideia.Mesmo que Fernanda não conseguisse enfrentar Henrique, ela ainda poderia pedir a Fernanda para falar com Simão.Mas não sabia se Simão a ajudaria.Se ele o fizesse, então ele e Henrique se tornariam inimigos declarados.Assim que o médico parti
Carolina ficou extremamente chocada, com a voz tremendo. - Quando isso aconteceu? - Perguntou Carolina. - Ontem à noite, ou melhor, na madrugada de hoje. - Respondeu Fernanda, relutante em ver Carolina assim. Era segunda-feira, e ela havia tirado folga do trabalho.O maldito gerente continuava a ligar para ela, a pressionando para fazer horas extras, mesmo quando estava de folga.Depois de terminar o trabalho, ela olhou o relógio e percebeu que passava da uma da madrugada. Fernanda planejava assistir a alguns vídeos antes de dormir e, foi nesse momento que viu, online, a notícia de que Rodrigo havia falecido por falência múltipla de órgãos, e que as tentativas de o ressuscitar foram em vão.Carolina sentiu as mãos e os pés gelarem e se virou para Hana.- Isso é verdade? - Perguntou Carolina. Hana acenou silenciosamente com a cabeça.- Eu preciso ir à Mansão dos Mendonça para dar o último adeus ao meu avô - Disse Carolina com voz firme, calçando os sapatos e se dirigindo à porta.
Henrique olhava para a mulher de cima para baixo, talvez por respeito a Ximena, seus lábios finos ligeiramente abertos se fecharam, e ele desviou o olhar com frieza.Carolina não sabia quanto tempo havia passado ajoelhada, até que as pessoas da capela começaram a sair. Ela se levantou, massageando os joelhos dormentes, e permaneceu ali.No segundo andar.Rodrigo, olhando pela janela para Carolina lá embaixo, sentiu uma profunda tristeza. - Deixe ela voltar para descansar, ela ficou ajoelhada por tanto tempo, seu corpo não aguenta isso. - Disse Rodrigo. Luís prontamente concordou.- Srta. Carolina, já está ficando tarde, e a noite está muito fria. Você deveria voltar. - Disse Luís se aproximando para a ajudar a se levantar com gentileza.- Eu quero ficar mais um pouco com o vovô. - Insistiu Carolina, com um olhar triste. - Não precisa ficar, terá outras oportunidades. Quero dizer, os mortos não podem voltar. Venha visitar o Sr. Rodrigo no aniversário de sua morte, isso já o deixaria
Luís olhava com desconfiança para Paola e depois para Carolina.- O que aconteceu? - Perguntou Luís. Paola se apressou para responder antes de Carolina. - Eu queria ver meu avô pela última vez, mas a Srta. Carolina não me deixou e ainda me empurrou no chão. Luís, eu não culpo a Srta. Carolina, talvez ela estivesse de mau humor por ter brigado com Henrique. Posso entender isso. - Choramingou Paola. Carolina, exausta física e emocionalmente, simplesmente não tinha forças para se defender e rezava em silêncio. Ao mesmo tempo, não esperava que Luís falasse em sua defesa. Afinal, para todos os outros, a criança em seu ventre definitivamente não era de Henrique.- Você está certa. Mas há algo que você não fez bem. - Disse Luís lentamente. - O que é? - Perguntou Paola, confusa. - Sabendo que a Srta. Carolina e o Sr. Henrique brigaram, por que veio aqui perturbar eles? Planeja aproveitar a briga deles para se casar com a família Mendonça? - Indagou Luís. - Eu. - Hesitou Paola, corando,
Carolina não queria ver Paola, pois a visão dela a despertava um impulso insultante.- Não é necessário, Luís, não estou com fome. - Recusou Carolina. - Devemos comer juntos, você ainda tem que vigiar na segunda metade da noite - Disse Henrique, com um tom gelado.- Henrique, eu também quero vigiar para demonstrar meu respeito - Disse Paola, com a voz suave, esperançosa, ansiando por sua aprovação.- Já te disse, você deve cuidar do bebê e não se preocupar com mais nada. Deixe essas coisas para Carolina. - Disse Henrique. Um sorriso de satisfação surgiu no rosto de Paola.- Então farei o que você diz. - Murmurou Paola, obediente. - Luís, leve ela para cima. - Ordenou Henrique, lançando um olhar indiferente para Paola. - Não vou comer, vendo essas suas ações repugnantes, como posso ter apetite? - Disse Carolina levantando a cabeça abruptamente, apertando os punhos, com os olhos cheios de repulsa ao olhar para Henrique.“Ações repugnantes?”Henrique riu sarcasticamente, se inclinando
- Você deve ir agora, o Sr. Carlos está esperando na porta. - Disse Henrique, friamente. - Eu queria ficar mais um pouco com você. - Murmurou Paola. - Não é necessário. - Desdenhou Henrique. Então, Paola mordeu o lábio e puxou a mão de Henrique em direção ao seu barrigão. Henrique, instintivamente resistiu e, retirou sua mão rapidamente.- Não me faça dizer novamente, o Sr. Carlos não é seu motorista particular, ele não tem tempo para ficar esperando. - Disse Henrique. Paola empalideceu, segurando a insatisfação.- Eu só queria que você passasse mais tempo com o bebê, não fique bravo, eu vou agora. - Disse Paola. Assim que ela saiu, Henrique não sabia o que fazer e simplesmente voltou ao quarto para dormir. Ele se revirava na cama, sem conseguir parar. Mesmo com as cortinas fechadas, a luz ainda conseguia penetrar do salão lá embaixo. Então, ele calçou seus chinelos e foi até a janela do chão ao teto, olhando para baixo, para a mulher no primeiro andar. Cansada de ajoelhar, el