Carolina riu com sarcasmo. Estaria ela temendo ofender a família Braga? Queria, na verdade, o provocar. Ela cruzou os braços e olhou para Henrique com um olhar que continha uma ameaça velada.Henrique encontrou seu olhar, lamentando interiormente.Para ser honesto, ele realmente queria confrontar Simão, aproveitando esta oportunidade para o dar uma lição.Claro, isso não tinha muito a ver com Paola.- Eu posso chamar Simão aqui. - Disse Henrique.Paola se alegrou e seus olhos brilharam com lágrimas.- Obrigada, Henrique, você é tão bom para mim. - Agradeceu Paola. Carolina quase morreu de raiva. - Se você for procurar Simão hoje, não pense em entrar no meu quarto esta noite! - Disse Carolina, furiosamente. Henrique pegou a mão de Carolina e a levou para um lado.- Eu quero que você veja a verdadeira face de Simão, não é para ajudar Paola. - Disse Henrique.Se ele se atrevesse a confrontar Henrique pessoalmente, isso indicaria que Simão era muito suspeito.Seria ótimo se Carolina p
Simão estendeu a mão para tirar os óculos, esfregou os olhos seriamente e olhou para Paola com uma expressão confusa.- Posso saber quem é você? - Indagou Simão. Paola, furiosa, desejou avançar e rasgar sua roupa, mas diante de Henrique precisava manter a aparência. Então, soltou uma risada fria. - Você está fingindo que não me conhece? - Retrucou Paola. - Desculpe, não é isso. Seu rosto está tão inchado, eu realmente não consegui reconhecer. - Respondeu Simão, gesticulando em direção ao rosto dela e sorrindo timidamente.Carolina não conseguiu se segurar e soltou uma risada, cada palavra era uma crítica mordaz.Paola, muito vaidosa em relação à sua aparência, agora sendo ridicularizada, certamente ficaria furiosa.- Já se esqueceu em quem você bateu ontem? Precisa que alguém te lembre? Devo chamar as testemunhas? - Questionou Paola. Cada palavra de Paola parecia saltar entre os dentes. Ela não teria vindo procurar Henrique sem estar preparada.Carolina imediatamente reprimiu seu
Henrique pressionou seus lábios finos e sensuais, concordando tacitamente com o ponto de vista de Carolina.- Paola, a pessoa ferida é você, não tenha medo. - Disse Letícia, incrédula. Elas haviam combinado antes de chegar, uma fingiria estar enfurecida, enquanto a outra se faria de inocente.Mas, no momento crucial, tudo deu errado. Era frustrante.Se não fosse pelo desejo de vingança contra Simão por não ter escolhido ela como porta-voz, ela definitivamente não teria acompanhado Paola.Naquele momento, Paola não conseguia se concentrar em Letícia. Ela se curvou profundamente em direção a Simão.- Desculpe, eu me enganei, causei problemas para você e para Henrique. - Lamentou Paola. Simão aceitou graciosamente o pedido de desculpas.- Não tem problema. Há mais alguma coisa? - Indagou Simão. - Não - Respondeu Paola, balançando a cabeça incessantemente, visivelmente assustada.Simão sorriu de canto de boca e olhou para Henrique.- É uma pena, Sr. Henrique, que você não possa reivin
Hoje, a apresentação foi realizada publicamente, atraindo uma grande multidão.Dedé chegou vestindo um sobretudo cáqui, se destacando na multidão com seu charme e estatura esguia.Carolina o viu se sentar propositalmente ao lado dos parceiros do projeto em lançamento.- Ele não vai falar demais, vai? - Indagou Carolina, apertando a mão de Henrique. - Me preocupo mais se ele não falar o suficiente. Não tenha medo, hoje é o dia do nosso contra-ataque. - Disse Henrique, sorrindo de leve.Carolina assentiu com firmeza e seus olhos brilharam intensamente.- Confio em você! - Disse Carolina. Após Henrique subir ao palco, Lucas entrou pela porta principal, se sentando atrás de Carolina.Cinco minutos depois, Carolina percebeu quem estava sentado atrás dela, sem grande surpresa.- Pensei que tivesse voltado para o exterior. - Comentou Carolina. Lucas, apesar de não ser tão famoso quanto Henrique no setor financeiro, também era considerado um jovem talento.Era esperado que ele participasse
- Desça, e eu te contarei. - Ordenou o Presidente Jacó, com um semblante sombrio, evitando causar escândalo.- Fale agora! - Exclamou Henrique. - Henrique, desça imediatamente! Já descobrimos que foi você quem copiou! - Afirmou o Presidente Jacó, incapaz de se conter mais, desejando revelar sua condição de vítima para se proteger.Quando ele falou, um burburinho tomou conta da multidão.O Presidente Vinicius, aproveitando a oportunidade, compartilhou com todos o material que Dedé havia entregado a ele. Após a leitura, diversos foram os sentimentos manifestados.Desdém, surpresa, dúvida e satisfação com a desgraça alheia. Olhares variados se dirigiram ao homem no palco.- De onde surgiu esse material? - Indagou Henrique, com seus lábios finos e um sorriso sarcástico. - Foi o Presidente Dedé quem nos entregou! - Respondeu o Presidente Vinicius, demonstrando gratidão a Dedé.- Descobri por acaso. Sr. Henrique, você não vai criar problemas para mim, vai? - Admitiu Dedé abertamente, com
O homem de cabelos ruivos apanhava sem cessar, gritando continuamente e tentando lutar para se defender.Lucas pressionou um dos agressores contra o chão, desferindo golpes furiosos. - Vocês são dois animais por estarem abusando de uma mulher. E pior, uma grávida! - Gritou Lucas. - E daí que ela está grávida? O filho não é seu! - Desdenhou um dos homens, todo ensanguentado. - Quem disse que o filho não é meu? O filho que a Carolina espera é meu! - Disse Lucas, intensificando a força em suas mãos, e golpeando a cabeça do homem de cabelos ruivos, o deixando inconsciente.Se levantando, Lucas viu Carolina cobrindo o peito com suas roupas rasgadas, tremendo de frio e com o rosto pálido. - Você está bem? - Perguntou Lucas, rapidamente tirando seu casaco e envolvendo nela. Carolina, com os lábios pálidos, espirrou, ainda atordoada pelo choque, sem compreender o que Lucas havia acabado de dizer, percebendo apenas algo estranho em suas palavras.Ela abriu a boca para falar, quando viu Hen
- O bebê está salvo, não houve muito sangramento, mas a paciente está extremamente fraca. Isso pode aumentar o risco de parto prematuro e aborto espontâneo no futuro. Senhor, você deve cuidar bem da paciente daqui para frente. - Orientou o médico. - Ela não perdeu bebê? Organize o aborto imediatamente - Ordenou Henrique erguendo as sobrancelhas, com um olhar frio e impiedoso. Ele não permitiria que ela desse à luz o filho de outro homem.O médico ficou chocado.- A paciente está muito fraca agora, não podemos fazer a cirurgia tão rapidamente. - Explicou o médico. - Quando acha possível? - Perguntou Henrique. - Talvez, em uma semana. - Respondeu o médico. Henrique fechou os olhos e não disse mais nada.O médico saiu um pouco constrangido. Na verdade, a cirurgia de aborto poderia ser organizada para o dia seguinte.A paciente, na sala de emergência, havia dito a ele que este era o seu primeiro filho, fruto do amor com a pessoa amada.Ela implorou para que salvassem a criança. Ela nã
- Henrique, dentro de você ainda bate um coração? Se você me obrigar a assinar esse termo, vou te odiar pelo resto da vida! - Disse Carolina, com a voz dolorosa, carregada de mágoa.Henrique, indiferente, agarrou com força a mão dela e a fez segurar a caneta, escrevendo seu nome de maneira torta e desajeitada no local da assinatura.No último momento, Carolina, com todas as suas forças, conseguiu se libertar do controle dele e enfiou a ponta da caneta na palma da mão de Henrique.Ele, como se não tivesse percebido, continuou a finalizar a assinatura.Carolina, desanimada, baixou os braços, esboçando um sorriso triste.- Henrique, eu te pergunto pela última vez, você realmente não quer acreditar em mim? - Murmurou Carolina. Eles não tinham se reconciliado e resolvido o único problema com Paola? Como tudo mudou tão repentinamente?De alguma forma, Henrique, ao ouvir essa voz quase soluçante, sentiu o coração amolecer e, deixando apenas uma frase para trás, se virou e partiu resolutament