Carolina amoleceu seu coração.- Vai lá e desliga a luz.Henrique respondeu e se levantou para apagar a luz.A escuridão envolveu o quarto, e Carolina, sentindo a invasão dele, soltou um gemido involuntário: - Mais devagar...O suor na testa de Henrique escorreu e caiu na clavícula de Carolina. Com voz rouca, ele disse:- Tudo bem.Homens na cama são seres guiados pelo instinto, ainda mais sob o efeito do álcool, ele não percebeu nada de diferente.Mas, de fato, foi mais suave.Ainda assim, durou muito tempo.Até que, finalmente, os lençóis estavam encharcados e eles adormeceram lentamente.No dia seguinte, Carolina acordou sem energia, exausta.Henrique a olhou com carinho e insistiu para que ela não fosse à empresa nos próximos dias para descansar.Carolina concordou, já que não havia nada urgente no Grupo Santos, ela decidiu tirar alguns dias de folga.Henrique pretendia sair mais cedo do trabalho para ir ao cinema com Carolina, já que um bom filme de terror havia sido lançado rece
Ao ouvir aquelas palavras, Carolina se sentiu culpada. Ela fingiu não ter ouvido e continuou a escovar os dentes. ...Zeca recebeu uma ligação do Dr. Gilberto. Após ouvir o que ele tinha a dizer, ficou abalado.- Você tem certeza de que não cometeu algum engano? - Perguntou Zeca.- A criança da Sra. Paola tem uma deficiência. O bebê que ela vai dar à luz provavelmente terá problemas de inteligência.Zeca ficou sem palavras, não esperava que Paola fosse tão decepcionante. Problemas de inteligência; isso não significa que a criança terá uma deficiência mental?- E a criança de Carolina, está bem?- Está bem, um pouco fraca, mas saudável em todos os aspectos.- Você sabe o que fazer, certo? - Zeca ameaçou.- Sei... - Dr. Gilberto tremia, com medo entorpecido. - Guardarei esse segredo e não o contarei a mais ninguém.- Você está sendo sensato.- Posso ver minha esposa e filho agora?- Não venha com condições. Assim que Rodrigo morrer, eu os libertarei.Dr. Gilberto mordeu o lábio, sem o
Sr. Carlos ficou sem palavras... Parecia fazer sentido.- Pronto, não se preocupe mais com nosso assunto. - Desinteressada, ela pegou a pasta e adentrou o escritório.Henrique, de pé diante da janela panorâmica, ouviu um barulho e se virou ao ver Carolina: - Na hora exata.Carolina lhe entregou a pasta, fingindo relaxamento: - Abra e veja.Os lábios finos de Henrique se comprimiram em uma linha, ele retirou o relatório dos resultados.Um olhar foi suficiente para entender a resposta.Ele franzia a testa intensamente, relaxando em seguida.Deixa pra lá, o que tiver de ser será.Carolina, ao seu lado, na ponta dos pés, espiou o conteúdo do relatório."Compatibilidade de DNA de 99,9%, relação de parentesco confirmada."Um fio se rompeu subitamente dentro de sua mente, Carolina sentiu uma dor aguda no coração, perdendo a clareza de pensamento.Ela estava preparada para este resultado, mas, mesmo assim, era difícil aceitar quando a verdade estava diante dos seus olhos.Ela tropeçou, seu c
Um traço de dor passou pelos olhos de Paola. Ela não disse muito. Apenas acenou com a cabeça, se virou com o semblante triste e foi embora. Quando estava quase chegando à porta, seu corpo acidentalmente bateu na quina da mesa. A pontada de dor fez com que a mulher se curvasse, segurando a barriga com desconforto. Vendo isso, Henrique rapidamente se aproximou de Paola para perguntar:- Está tudo bem? Devo te levar ao hospital?- Não é nada. - Respondeu Paola, olhando para Carolina com um tom carinhoso. - Você e a Srta. Carolina conversem bastante, vou voltar outra hora para te ver.Henrique concordou, pedindo ao Sr. Carlos para levar ela de volta. O rapaz fez uma careta, relutante, mas não se atreveu a dizer nada, lançando um olhar furtivo para a mulher ao lado. Carolina, com os olhos vermelhos, mordeu firmemente o lábio, não querendo parecer uma perdedora na frente de Paola. Ela se manteve ereta, se esforçando para controlar suas emoções. Sr. Carlos, que olhava para ela, de repen
Carolina olhava para a tela do celular, onde se lia “enviado com sucesso”. Uma sensação de alívio invadia seu coração. A partir de agora, ela não precisaria mais aceitar aquela criança nem ver Paola novamente. Ela ansiava por abandonar aquele relacionamento tóxico e viver uma vida normal.Encolhida no sofá, Carolina observava os gansos voando alto no céu através da janela, desejando ser tão livre quanto eles. Quando Antônio a oprimia, seu maior sonho era acumular riquezas e viajar pelo país.Agora, ela tinha dinheiro, mas estava grávida... A vida nunca é perfeita.Carolina, no entanto, estava confusa. Ao mesmo tempo, também se sentia incrivelmente lúcida. Era um paradoxo. Se sentou em silêncio por um instante e ligou para Fernanda para avisar a amiga.- O quê? Você terminou??? - Fernanda exclamou, fazendo Carolina sentir um zumbido no ouvido.- Fale mais baixo, quase fiquei surda.- Desculpe, estou muito empolgada. - Fernanda reconfirmou. - Foi você quem terminou?- Sim. Paola confirmo
Henrique exibia uma expressão sombria e aterrorizante, apertando a caneta em sua mão com tal força que parecia prestes a partir o objeto ao meio.Ele estava completamente abalado.Ao se lembrar do silêncio de Carolina algumas horas antes, Henrique compreendeu subitamente que ela já planejava terminar o relacionamento naquele momento. Essa ideia fez seus olhos adquirirem uma expressão ainda mais assustadora, e uma dor aguda invadiu seu peito, como se uma faca estivesse sendo girada ali.Sr. Carlos, observando à distância, percebeu a turbulência emocional de Henrique e se aproximou com cautela:- Sr. Henrique, talvez seja melhor discutir isso mais detalhadamente com os senhores aqui?- Sr. Henrique, por favor, dê uma chance para a gente. Mais um amigo, mais um apoio.- Se não fosse pelo excesso do Grupo JH, não estaríamos aqui incomodando o senhor.- Exatamente, se o Sr. Henrique nos ajudar a superar esta dificuldade, seremos leais a você no futuro.Os parceiros, pensando ter uma oportun
Carolina planejou cuidadosamente sua fuga. Sua única amiga era Fernanda, e ela se certificara de que esta não se preocupasse por não conseguir contato. Além disso, a reação de Fernanda fora demasiadamente tranquila; ela nem sequer perguntou o motivo.- Então, continuo perguntando a Fernanda?- Não, não precisa mais.- Certo.Henrique e Carlos encerraram a ligação, e ele se dirigiu à Mansão dos Santos.O portão estava trancado e não havia sinais de que alguém estava ali; era evidente que Carolina não tinha passado por lá. Henrique sentiu as pálpebras tremerem violentamente e bateu com força no volante."Brincando de esconde-esconde comigo?Acha mesmo que não posso te encontrar?"Ele dirigiu de volta para a Cidade S e pediu à administração do prédio que verificasse as câmeras de segurança. Nas imagens, viu Carolina pegando um táxi, mas a placa estava um pouco borrada, dificultando a identificação. O gerente do condomínio, querendo ser útil, se ofereceu:- Senhor, conheço alguém na compa
Henrique, com um olhar contido, falou com um tom frio: - Em qual quarto ela está?O dono da pousada olhou para o computador e respondeu: - Um momento, vou verificar.Bruno recolheu o distintivo, lançando um olhar para o homem ao seu lado, mas permaneceu calado.- No segundo andar, quarto número três - Informou o dono da pousada.Henrique, ao ouvir isso, retirou um cigarro do bolso, o acendeu e subiu para o segundo andar. Bruno o seguiu, perguntando: - Você e a Carolina brigaram?Henrique não respondeu, demonstrando nenhuma intenção de conversar.- Vocês reataram o casamento? Já se casaram novamente no civil? Como está a saúde dela recentemente?Henrique se virou para Bruno e questionou: - O que você quer dizer?Bruno tocou o nariz, respondendo: - Nada.Ele estava curioso para saber se Carolina tinha abortado o bebê. Pela reação de Henrique, parecia provável que ela tivesse abortado, mas talvez não tivesse contado a ele. “Como Henrique pode estar tão tranquilo? Afinal, Carolina j