Mesmo André, conhecido pela sua avidez ilimitada, não conseguiu deixar de desprezar a atitude de Geovane.- Apenas três horas após a morte dela, e você já está tão ansioso para lucrar com isso. Ter você como pai é uma grande tragédia para ela! - Zombou André. - O que você entende da situação? Os mortos não voltam à vida. Ela não pôde ajudar a família enquanto viva, mas pode contribuir com a sua morte, certamente se sentirá honrada no céu. - Disse Elder. - Deus observa nossas ações, Elder. Você se esforça tanto para manipular tudo, mas nunca me superou. Já pensou que talvez seja por fazer tanto mal e estar recebendo o que merece? - Retrucou André. Sem argumentos, Elder ficou com o rosto vermelho de raiva.- Que proveito há em ser sarcástico? Com certeza o Sr. Henrique não gostaria de ver sua amada esposa na prisão. - Repreendeu Geovane, com uma voz severa. - Claro que não gostaria. - Respondeu Henrique, com uma postura reta como um pinheiro, queixo erguido e olhos frios. Geovane sor
- Quase me esqueci dos seus contatos. - Lembrou André, ficando surpreso por um momento. O Sr. Rodrigo dedicou sua vida ao exército, alcançando grande prestígio antes de se aposentar alguns anos atrás. Embora não estivesse mais em uma posição ativa, seu respeito militar permanecia intacto.Para Carolina, que não tinha cometido nenhum erro, ser liberada não representava uma dificuldade.Recebendo a notícia, Carolina sentiu um grande alívio.Ela prosseguiu para assinar os documentos necessários e, no caminho, cruzou com duas policiais que escoltavam uma mulher que aparentemente havia acabado de prestar depoimento.A mulher possuía cabelos longos, negros e brilhantes até a cintura.Ela caminhava de cabeça baixa, com os cabelos ocultando seu rosto. Não parecia muito jovem, mas exibia uma aura distinta, como a de uma senhora de família abastada.- Furto em local público. - Comentou um policial baixo. - Isso não é algo comum? Por que a surpresa? - Indagou o policial grisalho. - O furto e
Henrique segurava o celular com firmeza, usando um tom de voz grave.- Estou resolvendo um assunto fora. Carolina está no hospital? - Perguntou Henrique, desorientado. - Que assunto é mais importante que cuidar da esposa do seu neto? - Retrucou Rodrigo. - Alguém viu minha mãe na Praça do Comércio. - Disse Henrique. - Ela foi encontrada? - Perguntou Rodrigo, calmamente após ficar em silêncio por um instante. - Não, talvez tenha sido um engano. - Disse Henrique. - Será que a família Ribeiro está inventando isso para te enganar? - Perguntou Rodrigo. - Independentemente do que você pense, prefiro acreditar que minha mãe está viva e conseguiu fugir, a pensar que ela já morreu. - Disse Henrique. Rodrigo suspirou profundamente.- Não foi isso que quis dizer. Só quero que a nossa família Mendonça fique segura. - Comentou Rodrigo. - A segurança da família Mendonça e a vida da minha mãe não estão interligadas. No passado, não éramos fortes o suficiente. - Disse Henrique. - Entendo, esto
- Fui com a Fernanda, não fui sozinha. - Disse Carolina, um pouco confusa e apressada.A sensibilidade de Henrique era tamanha que, se ela hesitasse mesmo que por um segundo, ele certamente perceberia algo errado.- Foi acompanhar a Fernanda? - Questionou Henrique.- Sim, o ciclo menstrual da Fernanda estava irregular, então ela me pediu para ir com ela ao hospital. Naquele momento, Fernanda estava ao meu lado. Sabe como é, as meninas são tímidas com assuntos de privacidade corporal. Não dá para falar diretamente disso com você, um homem. - Respondeu Carolina, se sentindo um pouco culpada, tocando o nariz.- Ciclo menstrual irregular? - Perguntou Henrique, franzindo a testa. "Fernanda, desculpa, mas ajudar uma boa amiga em apuros não é pedir muito, certo?"Eles trocaram olhares, envoltos em um silêncio denso.O último raio de sol desapareceu, deixando a casa sem luz. Henrique estava imerso na escuridão, e sua temperatura corporal pareceu despencar.Carolina, inquieta, evitava o olhar
Carolina permaneceu parada, seus longos cílios escondiam o brilho triste de seus olhos, enquanto sorria ironicamente para si mesma.Era uma escolha feita por ela e ela precisava assumir as consequências.Depois de um dia cheio de tribulações, Carolina se sentia exausta, sem forças para dizer uma única palavra.Estava tão cansada que só queria dormir.Ao dormir, não teria que pensar em mais nada.Felizmente, este era o último mês.Em breve haveria um desfecho.Esse breve alívio logo se transformou em um peso ainda maior....Henrique dirigiu furiosamente até o Grupo Mendonça.Por coincidência, o secretário geral trouxe o planejamento do projeto empresarial para o segundo semestre.Henrique imediatamente notou a empresa de Geovane na lista e, indignado por eles ainda terem a audácia de se candidatar, pegou uma caneta e riscou o nome de Geovane, perfurando o papel com a força do traço.- Comunique a todos que, a partir de agora, o Grupo Mendonça incluirá Geovane na lista negra. As empresa
- Desliga agora. - Ordenou Henrique, com os olhos levemente estreitados.André agiu rapidamente, encerrando a chamada e lançando o celular no sofá sem hesitar.- Suspeita que o gravador foi trocado? - Indagou Otávio, com curiosidade.Todos estavam cientes do incidente enigmático com Jenifer naquele dia.- Sem prova concreta, fica incerto. - Disse Henrique, pressionando a testa e lançando um olhar fugaz para o celular silencioso, ele estava visivelmente irritado.“Pequeno bobinho, não me procurou a noite toda, está ficando esperto.”Percebendo seu mau humor, Felipe, segurando um copo de bebida, se sentou ao lado de Henrique. - Irmãos, raramente nos reunimos durante o ano, que tal uma bebida? - Sugeriu Felipe.- Silêncio. - Respondeu Henrique, absorto em pensamentos sobre Carolina.- Tudo isso por uma mulher? - Questionou Otávio, confuso e com uma expressão delicada.Otávio não compreendia a mudança no seu bom amigo, nem via tanto encanto em Carolina.Para ele, ela era apenas um pouco m
Francisco agitava a cabeça veementemente, como se quisesse provar um ponto.- Eu não fui abandonado pelo Grupo Mendonça, veja só, ainda resido na mansão da família Mendonça e possuo ações. - Afirmou Francisco. - Ações? Isso é o Henrique te menosprezando, enganar a si mesmo não tem graça nenhuma. - Zombou o homem. Para um indivíduo comum, uma fração das ações do Grupo Mendonça garantiria uma vida confortável, mas para Francisco, parecia não haver mais esperança de ascensão.- Henrique e o Grupo Mendonça são diferentes. Jamais trairei a família Mendonça. - Disse Francisco, segurando os punhos com força.Ele desejava superar Henrique, mas não arruinar o Grupo Mendonça.O Grupo Mendonça era seu.Vasco possuía agora vários bilhões, ele não estava desesperado ao ponto de trair sua própria família.- Sem pressa, creio que em breve você terá uma necessidade. - Disse o homem sereno, deixando um cartão sob a mesa. Após dizer isso, ele deixou a sala e partiu no carro.Francisco fixou o olhar n
Carolina acordou naturalmente, se levantou e desfrutou de torradas com leite quente. Ao verificar o celular, se recordou da discussão com Henrique no dia anterior, ele ainda não havia retomado o contato. Se sentindo desapontada, mas sem culpar Henrique, Carolina refletiu sobre sua própria mentira. Ponderava se deveria ir à BrilhanteMax o procurar. Deveria tomar a iniciativa de se reconciliar? Mimar ele como fazia quando estava atrás dele? Enquanto considerava isso, a campainha tocou inesperadamente.Os olhos de Carolina se iluminaram, pensando ser Henrique, ela correu para abrir a porta.- Olá, você é a Sra. Carolina, certo? - Perguntou um senhor idoso e energético à porta.- Sim, sou eu. Quem é o senhor? - Perguntou Carolina. - O Sr. Henrique me enviou para te examinar. Aqui estão minha licença profissional e a prova da minha identidade. Por favor, verifique. - Disse o senhor, entregando os documentos para ela. - Henrique mandou o senhor me examinar? - Indagou Carolina, confusa