Carolina permaneceu parada, seus longos cílios escondiam o brilho triste de seus olhos, enquanto sorria ironicamente para si mesma.Era uma escolha feita por ela e ela precisava assumir as consequências.Depois de um dia cheio de tribulações, Carolina se sentia exausta, sem forças para dizer uma única palavra.Estava tão cansada que só queria dormir.Ao dormir, não teria que pensar em mais nada.Felizmente, este era o último mês.Em breve haveria um desfecho.Esse breve alívio logo se transformou em um peso ainda maior....Henrique dirigiu furiosamente até o Grupo Mendonça.Por coincidência, o secretário geral trouxe o planejamento do projeto empresarial para o segundo semestre.Henrique imediatamente notou a empresa de Geovane na lista e, indignado por eles ainda terem a audácia de se candidatar, pegou uma caneta e riscou o nome de Geovane, perfurando o papel com a força do traço.- Comunique a todos que, a partir de agora, o Grupo Mendonça incluirá Geovane na lista negra. As empresa
- Desliga agora. - Ordenou Henrique, com os olhos levemente estreitados.André agiu rapidamente, encerrando a chamada e lançando o celular no sofá sem hesitar.- Suspeita que o gravador foi trocado? - Indagou Otávio, com curiosidade.Todos estavam cientes do incidente enigmático com Jenifer naquele dia.- Sem prova concreta, fica incerto. - Disse Henrique, pressionando a testa e lançando um olhar fugaz para o celular silencioso, ele estava visivelmente irritado.“Pequeno bobinho, não me procurou a noite toda, está ficando esperto.”Percebendo seu mau humor, Felipe, segurando um copo de bebida, se sentou ao lado de Henrique. - Irmãos, raramente nos reunimos durante o ano, que tal uma bebida? - Sugeriu Felipe.- Silêncio. - Respondeu Henrique, absorto em pensamentos sobre Carolina.- Tudo isso por uma mulher? - Questionou Otávio, confuso e com uma expressão delicada.Otávio não compreendia a mudança no seu bom amigo, nem via tanto encanto em Carolina.Para ele, ela era apenas um pouco m
Francisco agitava a cabeça veementemente, como se quisesse provar um ponto.- Eu não fui abandonado pelo Grupo Mendonça, veja só, ainda resido na mansão da família Mendonça e possuo ações. - Afirmou Francisco. - Ações? Isso é o Henrique te menosprezando, enganar a si mesmo não tem graça nenhuma. - Zombou o homem. Para um indivíduo comum, uma fração das ações do Grupo Mendonça garantiria uma vida confortável, mas para Francisco, parecia não haver mais esperança de ascensão.- Henrique e o Grupo Mendonça são diferentes. Jamais trairei a família Mendonça. - Disse Francisco, segurando os punhos com força.Ele desejava superar Henrique, mas não arruinar o Grupo Mendonça.O Grupo Mendonça era seu.Vasco possuía agora vários bilhões, ele não estava desesperado ao ponto de trair sua própria família.- Sem pressa, creio que em breve você terá uma necessidade. - Disse o homem sereno, deixando um cartão sob a mesa. Após dizer isso, ele deixou a sala e partiu no carro.Francisco fixou o olhar n
Carolina acordou naturalmente, se levantou e desfrutou de torradas com leite quente. Ao verificar o celular, se recordou da discussão com Henrique no dia anterior, ele ainda não havia retomado o contato. Se sentindo desapontada, mas sem culpar Henrique, Carolina refletiu sobre sua própria mentira. Ponderava se deveria ir à BrilhanteMax o procurar. Deveria tomar a iniciativa de se reconciliar? Mimar ele como fazia quando estava atrás dele? Enquanto considerava isso, a campainha tocou inesperadamente.Os olhos de Carolina se iluminaram, pensando ser Henrique, ela correu para abrir a porta.- Olá, você é a Sra. Carolina, certo? - Perguntou um senhor idoso e energético à porta.- Sim, sou eu. Quem é o senhor? - Perguntou Carolina. - O Sr. Henrique me enviou para te examinar. Aqui estão minha licença profissional e a prova da minha identidade. Por favor, verifique. - Disse o senhor, entregando os documentos para ela. - Henrique mandou o senhor me examinar? - Indagou Carolina, confusa
O Sr. Carlos observava calmamente os passos ágeis de Henrique, que pareciam flutuar, enquanto se esforçava para manter o ritmo.Ao se aproximarem da porta, o celular tocou.O Sr. Carlos olhou para a tela, vendo a chamada de Fernanda e parou para atender.- Sr. Henrique, vou atender esta ligação. Se precisar de algo, estarei perto da entrada. - Avisou Carlos, de forma respeitosa. Henrique o ignorou, abrindo a porta de forma abrupta e imediatamente, seus olhos encontraram Carolina.A jovem estava sentada à mesa, concentrada nas planilhas, com uma leve ruga de preocupação entre as sobrancelhas.Seu perfil era encantador, um nariz delicado arqueado perfeitamente e lábios vermelhos, suaves como gelatina, irresistivelmente atraentes.Os olhos de Henrique se escureceram um pouco. Carolina parecia ainda mais bela do que há algumas horas.Ela tinha a consideração de ter ido ao encontro de Henrique.- Você terminou o que estava fazendo? - Perguntou Carolina, ao ouvir a chegada de Henrique. Hen
- Sem provas concretas, não podemos fazer julgamentos precipitados. - Comentou Henrique, começando a sentir dor de cabeça. Ele conhecia muito bem o círculo social e os amigos de Paola, afinal, estiveram juntos por muitos anos.Suas investigações anteriores, realizadas por subordinados, não revelaram nada suspeito, a não ser alguns relacionamentos passados questionáveis.- A intuição feminina às vezes é mais astuta que as evidências! - Afirmou Carolina, impaciente, acreditando que Henrique protegia Paola e não conseguia deixar o assunto de lado, se esquecendo do motivo original de sua visita.Um bater de porta interrompeu a discussão.- Entre. - Disse Henrique. Sr. Carlos entrou, lançando um olhar rápido para Carolina.- Sr. Henrique, espero não estar incomodando. - Disse Carlos, timidamente. - Diga o que precisa. - Disse Henrique. - Bem, Sr. Henrique... Gostaria de pedir um dia de folga. - Solicitou Carlos. Henrique o examinou com um olhar penetrante e desconfiado.- Você acabou d
- Não ligue para ela. - Disse Carolina, com indiferença. - Só de ver Paola fico tão irritada! - Exclamou Fernanda, claramente ansiosa para confrontar Paola.- É melhor evitar problemas. Não quero discutir com ela agora, é inútil. - Disse Carolina. Afinal, faltava apenas um mês e não valia a pena se envolver em confusões, dando brechas para Paola.- Tá bom, vou seguir seu conselho. - Suspirou Fernanda, desapontada.- Senhora, recomendo que não compre muitas roupas para o recém-nascido. Eles crescem muito rápido. As roupas que servem agora podem não caber em dois meses. - Aconselhou o atencioso funcionário da loja de bebês, dizendo: - Por exemplo, este conjunto, tanto em azul quanto em verde, é bonito. Escolha um. Se estiver em dúvida, talvez possa ligar para o pai da criança e perguntar.Paola, acariciando as roupinhas de bebê, lançou um olhar furtivo para fora da loja.- Você tem razão, vou perguntar. - Disse Paola. Carolina, que estava prestes a sair, parou subitamente, como se est
Fernanda pegou um copo e tomou um gole de limonada, visivelmente desapontada:- Na última vez que participei de um encontro às cegas no resort, não deu certo. Ronaldo conversou com o intermediário e sugeriu que o Sr. Carlos era meu amante. Depois, o intermediário foi se queixar aos meus pais, que insistiram para que eu trouxesse o Sr. Carlos para eles avaliarem. - Fernanda hesitou por um momento e continuou. - Pensei em usar isso a meu favor, pedindo ajuda ao Sr. Carlos, assim evitaria futuros encontros às cegas e me pouparia muitos problemas.- Seus pais não vão gostar do Sr. Carlos, eles já o conheceram e não ficaram muito impressionados. - Analisou Carolina racionalmente.- Se não gostam, paciência. Se eles ainda me pressionam, vou dizer que já estamos dormindo juntos!Eles exigem um salário alto e um emprego público, duas exigências conflitantes!Ela, com suas condições medíocres e uma família comum, deveria se contentar com alguém de status similar. Como poderia aspirar a um prín