Francisco agitava a cabeça veementemente, como se quisesse provar um ponto.- Eu não fui abandonado pelo Grupo Mendonça, veja só, ainda resido na mansão da família Mendonça e possuo ações. - Afirmou Francisco. - Ações? Isso é o Henrique te menosprezando, enganar a si mesmo não tem graça nenhuma. - Zombou o homem. Para um indivíduo comum, uma fração das ações do Grupo Mendonça garantiria uma vida confortável, mas para Francisco, parecia não haver mais esperança de ascensão.- Henrique e o Grupo Mendonça são diferentes. Jamais trairei a família Mendonça. - Disse Francisco, segurando os punhos com força.Ele desejava superar Henrique, mas não arruinar o Grupo Mendonça.O Grupo Mendonça era seu.Vasco possuía agora vários bilhões, ele não estava desesperado ao ponto de trair sua própria família.- Sem pressa, creio que em breve você terá uma necessidade. - Disse o homem sereno, deixando um cartão sob a mesa. Após dizer isso, ele deixou a sala e partiu no carro.Francisco fixou o olhar n
Carolina acordou naturalmente, se levantou e desfrutou de torradas com leite quente. Ao verificar o celular, se recordou da discussão com Henrique no dia anterior, ele ainda não havia retomado o contato. Se sentindo desapontada, mas sem culpar Henrique, Carolina refletiu sobre sua própria mentira. Ponderava se deveria ir à BrilhanteMax o procurar. Deveria tomar a iniciativa de se reconciliar? Mimar ele como fazia quando estava atrás dele? Enquanto considerava isso, a campainha tocou inesperadamente.Os olhos de Carolina se iluminaram, pensando ser Henrique, ela correu para abrir a porta.- Olá, você é a Sra. Carolina, certo? - Perguntou um senhor idoso e energético à porta.- Sim, sou eu. Quem é o senhor? - Perguntou Carolina. - O Sr. Henrique me enviou para te examinar. Aqui estão minha licença profissional e a prova da minha identidade. Por favor, verifique. - Disse o senhor, entregando os documentos para ela. - Henrique mandou o senhor me examinar? - Indagou Carolina, confusa
O Sr. Carlos observava calmamente os passos ágeis de Henrique, que pareciam flutuar, enquanto se esforçava para manter o ritmo.Ao se aproximarem da porta, o celular tocou.O Sr. Carlos olhou para a tela, vendo a chamada de Fernanda e parou para atender.- Sr. Henrique, vou atender esta ligação. Se precisar de algo, estarei perto da entrada. - Avisou Carlos, de forma respeitosa. Henrique o ignorou, abrindo a porta de forma abrupta e imediatamente, seus olhos encontraram Carolina.A jovem estava sentada à mesa, concentrada nas planilhas, com uma leve ruga de preocupação entre as sobrancelhas.Seu perfil era encantador, um nariz delicado arqueado perfeitamente e lábios vermelhos, suaves como gelatina, irresistivelmente atraentes.Os olhos de Henrique se escureceram um pouco. Carolina parecia ainda mais bela do que há algumas horas.Ela tinha a consideração de ter ido ao encontro de Henrique.- Você terminou o que estava fazendo? - Perguntou Carolina, ao ouvir a chegada de Henrique. Hen
- Sem provas concretas, não podemos fazer julgamentos precipitados. - Comentou Henrique, começando a sentir dor de cabeça. Ele conhecia muito bem o círculo social e os amigos de Paola, afinal, estiveram juntos por muitos anos.Suas investigações anteriores, realizadas por subordinados, não revelaram nada suspeito, a não ser alguns relacionamentos passados questionáveis.- A intuição feminina às vezes é mais astuta que as evidências! - Afirmou Carolina, impaciente, acreditando que Henrique protegia Paola e não conseguia deixar o assunto de lado, se esquecendo do motivo original de sua visita.Um bater de porta interrompeu a discussão.- Entre. - Disse Henrique. Sr. Carlos entrou, lançando um olhar rápido para Carolina.- Sr. Henrique, espero não estar incomodando. - Disse Carlos, timidamente. - Diga o que precisa. - Disse Henrique. - Bem, Sr. Henrique... Gostaria de pedir um dia de folga. - Solicitou Carlos. Henrique o examinou com um olhar penetrante e desconfiado.- Você acabou d
- Não ligue para ela. - Disse Carolina, com indiferença. - Só de ver Paola fico tão irritada! - Exclamou Fernanda, claramente ansiosa para confrontar Paola.- É melhor evitar problemas. Não quero discutir com ela agora, é inútil. - Disse Carolina. Afinal, faltava apenas um mês e não valia a pena se envolver em confusões, dando brechas para Paola.- Tá bom, vou seguir seu conselho. - Suspirou Fernanda, desapontada.- Senhora, recomendo que não compre muitas roupas para o recém-nascido. Eles crescem muito rápido. As roupas que servem agora podem não caber em dois meses. - Aconselhou o atencioso funcionário da loja de bebês, dizendo: - Por exemplo, este conjunto, tanto em azul quanto em verde, é bonito. Escolha um. Se estiver em dúvida, talvez possa ligar para o pai da criança e perguntar.Paola, acariciando as roupinhas de bebê, lançou um olhar furtivo para fora da loja.- Você tem razão, vou perguntar. - Disse Paola. Carolina, que estava prestes a sair, parou subitamente, como se est
Fernanda pegou um copo e tomou um gole de limonada, visivelmente desapontada:- Na última vez que participei de um encontro às cegas no resort, não deu certo. Ronaldo conversou com o intermediário e sugeriu que o Sr. Carlos era meu amante. Depois, o intermediário foi se queixar aos meus pais, que insistiram para que eu trouxesse o Sr. Carlos para eles avaliarem. - Fernanda hesitou por um momento e continuou. - Pensei em usar isso a meu favor, pedindo ajuda ao Sr. Carlos, assim evitaria futuros encontros às cegas e me pouparia muitos problemas.- Seus pais não vão gostar do Sr. Carlos, eles já o conheceram e não ficaram muito impressionados. - Analisou Carolina racionalmente.- Se não gostam, paciência. Se eles ainda me pressionam, vou dizer que já estamos dormindo juntos!Eles exigem um salário alto e um emprego público, duas exigências conflitantes!Ela, com suas condições medíocres e uma família comum, deveria se contentar com alguém de status similar. Como poderia aspirar a um prín
Henrique olhava profundamente para Carolina, sem dar muitas explicações:- Elder está a caminho, e neste ponto, ele não ousaria mentir.Dez minutos depois, Elder entrou, carregando um saco plástico.Ele tinha um machucado no rosto e parecia abatido, sinalizando dias difíceis.- Sr. Henrique...Henrique, sem desviar o olhar, cortava lentamente seu bife:- E as canetas gravadoras?- Estão aqui. - Elder esvaziou o saco plástico, revelando as canetas gravadoras.À primeira vista, eram pelo menos trinta, idênticas àquela que Jenifer havia trazido dias antes.Carolina, com a testa franzida, pegou uma das canetas para escutar.Um chiado começou, e ela, pacientemente, seguiu ouvindo.Por três longos minutos, só ruídos, sem nada mais.Ela insistiu e experimentou outra caneta.Fernanda também ajudou a verificar, e após escutarem todas, não encontraram pistas úteis.Elder, então, falou:- Jenifer sempre gostou de enganar as pessoas desde pequena. Ela invejava você por se casar com o Sr. Henrique,
Após o jantar, retornamos ao Lisbon Serviced Apartments.Henrique, ao descobrir que Simão e Carolina eram vizinhos, franziu o cenho e imediatamente entrou em contato com uma empresa de mudanças.Carolina, ao chegar em casa, adormeceu rapidamente, percebendo apenas vagamente os ruídos exteriores.Ela estava tão sonolenta que mal conseguia abrir os olhos, pensando que o barulho era obra de Henrique, e optou por ignorá-lo.Durante o processo de mudança, Henrique encontrou alguns medicamentos, embalados em sacos que podiam ser aquecidos para consumo, sem marcação na embalagem, apenas com o nome do Hospital Central da cidade.Henrique apertou os olhos e pegou um saco para inspeção.Depois, ele ligou para o médico.- Minha esposa obteve no hospital algumas ervas para regular seu ciclo menstrual. Por favor, as analise.Ele depositava maior confiança nas pessoas que escolhia no campo médico....Em uma escola na Cidade T.Os alunos de pós-graduação dispõem de dormitórios individuais, normalmen