Capítulo 487 Entre a bondade e a santidade
A voz de Cecília ressoava alta, e, do jardim dos fundos, Paola captava fragmentos de sua fala enquanto aguardava a sua saída.

Então, Cecília saiu, parecendo medir cada segundo.

Henrique lançou um olhar discreto em sua direção:

- Luís, traga o operário até aqui.

Paola, confusa, indagou:

- Que operário?

- Parece que alguém jogou intencionalmente o balde de ferro.

Carolina fixou Paola com um olhar penetrante.

Paola sentiu uma contração súbita em suas pupilas e seus pés pareceram se cravar no chão, com o corpo imóvel.

Mas foi um instante breve, logo ela recuperou a serenidade.

Independente de Zeca ter agido sozinho ou ter enviado alguém, ela estava ausente em toda a situação, e ninguém, além de Zeca, poderia afirmar o contrário.

Ela era meramente uma espectadora, uma vítima!

Ainda que trouxessem o operário, nada poderiam fazer contra ela.

Paola retomou a cor natural, falando com doçura:

- Já que se trata de um operário, não devemos fazer com que ele pague pelo que fez. Sou bondosa e não
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