Rodrigo disse:- Sua mãe também tinha seus motivos naquela situação toda. Você se esqueceu da ligação que seu pai fez antes de morrer? Ele pediu que você vivesse bem, que deixasse o passado para trás, para não permitir que aquele acontecimento arruinasse duas gerações.A mãe de Henrique se chamava Nádia.Ela e o pai de Henrique, Emerson Mendonça, se conheceram e rapidamente se apaixonaram. Ainda na universidade, tiveram Henrique.Mas a felicidade foi breve. Logo, um homem que alegava ser noivo de Nádia a levou à força.Após isso, longe de Emerson, Nádia caiu em depressão e optou pelo suicídio.Emerson, ao receber a notícia, não demorou a seguir o mesmo caminho.Na visão de Rodrigo, Nádia, que já era comprometida, não deveria ter mantido o relacionamento com Emerson.Para ele, a tragédia era inevitável.- Minha mãe estava errada por buscar o verdadeiro amor? Ela deveria permanecer em um casamento sem amor por toda a vida?Essas palavras enfureceram Henrique. - Eles se amavam e estavam
Dedé, Breno.Ambos pertencem à família Ribeiro.Breno e Dedé têm uma diferença de idade de cerca de vinte anos. Dedé poderia muito bem ser filho de Breno, mas, analisando a linha do tempo, isso se mostra impossível.Carolina, surpresa, olhou novamente e viu, na primeira fila, à direita, um lugar marcado como BrilhanteMax, e, à esquerda, o Grupo JH.Faltavam dez minutos para o início do leilão.Dedé pediu às pessoas ao seu redor que se afastassem e se levantou, caminhando em direção a Henrique com um sorriso malicioso: - Sr. Henrique, há tempos admiro o senhor.Henrique olhou com desdém para a mão estendida à sua frente: - Tem algum assunto para tratar?A expressão de Dedé endureceu por um instante. Ele recolheu a mão naturalmente, mantendo um leve sorriso nos olhos: - Já decidiu em que terreno está interessado, Sr. Henrique?- Ainda não.Carolina observou o homem ao seu lado, pensando se ele não estava sendo demasiado hostil.Leilões de terra são diferentes, envolvendo itens únicos
Henrique, com um rosto bonito, esboçou um sorriso malicioso e despreocupado:- Quer ouvir um ditado?- Qual?- Os inteligentes são facilmente enganados pela própria inteligência.Carolina, incerta:- Você tem certeza de que pode controlar a situação?Este tipo de manobra, aparentemente simples, na verdade exigia um profundo entendimento da psicologia humana e a habilidade de prever as reações alheias.Ele, arrogante, levantou o queixo:- Apenas observe.Vendo a confiança dele, Carolina esperou em silêncio o desenrolar dos fatos.- Não há mais lances? - Perguntou o leiloeiro à plateia.- Então, 1 bilhão uma vez! - 1 bilhão duas vezes! - 1 bilhão três...- Eu dou 1,1 bilhão. - Interrompeu Dedé, se levantando e olhando desafiadoramente para Henrique.Henrique sorriu com elegância:- Tudo bem, é seu.Dedé rangia os dentes, com os dedos cerrados tão fortemente que as juntas estalavam de forma assustadora.O assistente, nervoso, assegurou:- Não se preocupe, Presidente Dedé, já compramos os
Dedé, desafiadoramente, apontou para Carolina e disse:- Esta mulher pode muito bem ser uma armadilha de Rodrigo para te controlar.Carolina, tremendo de raiva, retrucou:- O que você acabou de dizer?Quando ela e Henrique se conheceram, Rodrigo estava justamente pressionando Henrique para que esse se casasse. Dedé, com um sorriso sarcástico, propôs:- Escolha entre deixar esta mulher comigo ou descobrir o paradeiro de Nádia. A decisão é sua.- Vá para o inferno! - Henrique, enfurecido, desferiu um chute no peito de Dedé.A briga entre os dois logo se tornou caótica.Carolina, ao invés de tentar os separar, optou por ajudar Henrique.Dedé era desprezível e merecia punição.Ela pegou o que estava à mão e atirou em Dedé, que a princípio lutava de igual para igual com Henrique.Mas, distraído pelos objetos lançados por Carolina, ele começou a perder o equilíbrio.Henrique o dominou, aplicando golpes alternados, e o som dos tapas ressoava no rosto de Dedé, um após o outro.Além de ter sid
Só de pensar que Henrique e Rodrigo poderiam discutir, Carolina sentia um desconforto enorme.Para Henrique, o avô era o único parente que lhe restava, embora superficialmente ele parecesse indiferente a isso.Mas ela sabia que as reclamações dele sobre o avô eram apenas palavras. Se ele não se importasse com o avô, não cuidaria do Grupo Mendonça.Se até mesmo o carinho do avô tivesse segundas intenções, ele ficaria muito abalado.- Vamos voltar para a Cidade S - Disse Henrique, abrindo os olhos cheios de veias vermelhas, parecia ter envelhecido alguns anos nas últimas horas.O coração de Carolina apertou, e ela o abraçou, batendo levemente em suas costas: - Ok, não importa para onde você queira ir, eu estarei com você.Henrique a abraçou com força, com uma voz rouca: - Você pode ficar sempre ao meu lado?Carolina não pôde deixar de responder: - Sim, eu ficarei com você, sempre.Ela não queria mais se preocupar com Paola naquele momento, apenas queria estar com ele, assim como ele
Depois de sair do hospital, ele se dedicou intensamente aos estudos e aos assuntos do grupo, enfrentando o desprezo dos outros.Gradualmente, percebeu que apenas administrar bem o Grupo Mendonça não era suficiente para se tornar verdadeiramente forte.Mais tarde, sob os aplausos de Francisco, decidiu empreender no exterior com firme determinação.Henrique queria ser independente, não queria ser o Henrique do Grupo Mendonça.E conseguiu, obtendo reconhecimento nos negócios.Sr. Rodrigo estava feliz e ansioso, se ocupando com os preparativos para o casamento.Ele não apreciava ter sua vida controlada pelos outros, mas abriria uma exceção por Sr. Rodrigo.Foi quando Carolina surgiu.Ela era como um pequeno sol, trazendo calor à sua vida monótona e tediosa.Embora a fizesse realizar muitas coisas desagradáveis, tirando seu foco do crescimento profissional que ele tanto valorizava.No entanto, ele se entregava de coração alegre em sua companhia.As memórias fluíam como marés tumultuadas, ch
Carolina sentiu um aperto no coração e esboçou um sorriso forçado.- Você tem certeza de que não se enganou?- Acho que não, apesar de estarmos distantes e não termos nos cumprimentado, eu vi o carro dele no estacionamento do hospital. - Contou Simão, seus olhos castanhos refletiam um brilho incomum. - O Sr. Henrique não conversou com você?Ela, com o rosto corado, respondeu:- Não...Simão mostrou um sorriso quase imperceptível.- Não fique triste agora, Carolininha. Talvez o Sr. Henrique tenha seus motivos para não ter falado com você. Aproveite para esclarecer as coisas entre vocês. Se eu tivesse uma namorada, com certeza não permitiria que essa situação acontecesse. Não deixaria ela passar dias na dúvida. Eu a trataria bem e não deixaria que ela discutisse com outra mulher por minha causa. - Disse ele. - Mas também entendo que imprevistos são inevitáveis. No entanto, o amor não envolve apenas duas pessoas; sempre surge um terceiro, e isso gera certos problemas...As últimas palavra
Carolina sentiu um nó na garganta, como se estivesse bloqueada por um amontoado de papéis. Ela não conseguia definir seus sentimentos. Ela sentia como se todo o seu sucesso, que ela achava ser completamente mérito seu, tivesse sido maquinado por Henrique.Mesmo sabendo das boas intenções de Henrique, mas isso a deixava desconfortável, como se todo o seu esforço tivesse sido em vão.Ela havia se dedicado intensamente àquele projeto.Henrique não confiava na sua capacidade?Simão observava atentamente as mudanças na expressão dela e lhe estendeu um folheto promocional da empresa que ele havia preparado de antemão. - Registrei uma empresa na França, que, por acaso, combina muito com os negócios da sua. Se estiver interessada, podemos estabelecer uma parceria. Quanto ao Grupo Santos, se não se importar, podemos considerar uma fusão.A proposta inesperada deixou Carolina surpresa.- Como pensou em abrir uma empresa na França?- Eu gosto da França, e meu avô também apoiou bastante a ideia