Henrique, com repulsa, deu um chute e saiu do carro. Ele decidiu voltar para casa e trocar de roupa, deixando Sr. Carlos ir sozinho para a delegacia....Perto da noite, Carolina recebeu uma ligação do canteiro de obras. Mais uma vez, um trabalhador estava envolvido em um acidente.Carolina foi até lá para entender a situação, estava quase desmaiando de raiva:- Qualquer pessoa com um pouco de bom senso sabe que operar guindastes em dias de neblina é absolutamente proibido. Em condições de visibilidade ruim, é fácil ocorrer acidentes, desde colisões leves até risco de vida para o operador do guindaste.- A neblina não estava tão intensa no início, de repente ficou mais densa. - Disse o gerente do canteiro de obras timidamente.- Segurança deve sempre ser a prioridade.- Nós sabemos, mas Osvaldo Neves queria que acelerássemos a conclusão.Carolina perguntou desconfiada: - Osvaldo Neves?- Sim, o próprio, o Presidente Neves.- Vou discutir com ele. Vocês continuem conforme o cronogram
Ao acordar novamente, foi o choro que a perturbou.Carolina estava deitada na cama do hospital, olhando perplexa para Bruna, que chorava alto.Ela falou com dificuldade: - Tia... e o Lucas?Bruna, ao vê-la acordada, apontou para ela e gritou: - Meu filho quase morreu para te proteger e ainda está na sala de cirurgia sendo salvo!A consciência confusa de Carolina se clareou um pouco e ela disse incrédula: - Mas estávamos todos usando cinto de segurança.Mesmo em um acidente de carro, a diferença nos ferimentos não deveria ser tão grande.Bruna explicou que colidiram com um caminhão de óleo que poderia explodir a qualquer momento. Era necessário se afastar rapidamente. Na época, ela estava presa no banco do passageiro, e Lucas, mesmo com as pernas feridas, a tirou de lá.Por causa disso, Lucas perdeu muito sangue na perna e poderia ficar com deficiência permanente.Carolina ficou atônita, se afundando em autocrítica dolorosa.Na manhã seguinte, às seis horas.A anestesia se dissipou
Simão tirou uma foto do quarto 317, onde Carolina estava, e enviou para Henrique com a mensagem: - Carolininha sofreu um acidente de carro, ferimentos leves. Sr. Henrique, gostaria de vir dar uma olhada?Na aparentemente comum foto, o canto inferior direito revelava metade do rosto de Lucas. Embora turva, qualquer pessoa familiarizada poderia reconhecê-lo de relance.Os olhos obedientes de Simão se curvaram, encostando-se à parede. Em vez de revelar imediatamente a verdadeira face do homem no quarto ao lado, ele queria primeiro aproveitar a situação.Se sua investigação estivesse correta, em vez de um casamento arranjado, ele estava mais inclinado ao parentesco entre Carolina e este jovem Lucas.Henrique, ao ver a mensagem e a sombra de Lucas no canto, ficou com o rosto sombrio.Bobinho nem conseguia se proteger, se machucava a cada dois dias. Desta vez, ela se envolveu em um acidente de carro com Lucas, como se estivessem sempre juntos.No entanto, a jogada de Simão era interessan
Simão, com seus olhos âmbar, expressou surpresa ao reconhecer a mulher na foto como a tia Raquel. Carolina era neta do avô dele e também a pessoa com quem ele tinha uma ligação de infância!Um traço de alegria secreta surgiu em seu coração.Realmente, Beatriz, com sua natureza tola, não poderia ser filha da tia Raquel.- Simão? - Carolina o viu ficar parado, estendeu a mão e agitou-a na frente dele. - O que houve?- N-nada. - Simão percebeu sua própria falta de controle, rapidamente reprimiu suas emoções e sorriu timidamente. - Sua mãe era muito bonita, eu acabei me distraindo.Carolina riu com a brincadeira dele: - É tão exagerado assim?- Sim, é. Tão bonita quanto você, mas cada uma com suas características. - Ele analisou seriamente. - Sua mãe parecia ser uma mulher tradicional, dedicada e gentil.Carolina pensou por um momento, levantou o polegar: - Sua análise está correta.Sua mãe confirmou aquela sentença simples, sendo uma mulher que seguia os caminhos tradicionais, devotada
Hélio ergueu a cabeça, sorrindo: - Claro, ficaria muito feliz.Simão abriu a boca para continuar, mas ouviu Hélio dizer novamente: - Ter uma neta tão esperta e ainda fazer parte da família Mendonça, que coisa maravilhosa.A alegria interior de Simão foi abruptamente interrompida e ele falou com uma voz abafada: - Henrique não trata Carolina bem, a deixou do lado de fora sob forte chuva.- Brigas de casais são normais, quem sabe Carolina não queria entrar no carro?- Não é isso, hoje eu fui ver Carolina, ela foi maltratada por Henrique, há marcas de mordida em seu pescoço.O rosto de Hélio ficou vermelha: - Você, garoto, não precisa observar tão detalhadamente.Simão franziu sutilmente a testa: - Então, avô, você acha que Henrique e Carolina são bem compatíveis?- Claro, homem talentoso e mulher bonita, Henrique, em termos de posição social e aparência, é de primeira classe.- E se Carolina realmente fosse sua neta, nosso parentesco de infância não seria considerado? - Simão pergun
- Vovô! - Carolina elevou abruptamente o tom, interrompendo com medo. - Nossa separação não foi apenas culpa dele, eu também o enganei no início. Agora que Paola está grávida, moral e legalmente, ele deve se responsabilizar. O assunto está decidido, não há necessidade de você se envolver mais, vovô.- Para os outros, tudo bem, mas Paola não é uma boa mulher. Mesmo que ela tenha um filho, não espere que entre na família Mendonça!- Mas se você não a deixa entrar, e quanto ao filho em seu ventre? Ele é seu bisneto, afinal. - Carolina falou séria, com uma voz sincera. - Além disso, conheço a personalidade de Henrique. Se você continuar o pressionando, só vai piorar o relacionamento entre vocês dois. Ele é a pessoa mais próxima de você, não deixe que ele fique ressentido por causa do nosso relacionamento já terminado.Essas palavras sinceras tocaram Rodrigo, ele sabia que Carolina havia tomado sua decisão. Ele disse de maneira complexa: - Menina, você está sempre se preocupando conosco.
Carolina respirou fundo, tentando evitar ficar zangada: - Se você quer dar, então dê.Seria conveniente encenar completamente e devolver esse dinheiro para ele depois que o Sr. Rodrigo fosse embora.Henrique puxou os cantos da boca, tirou um cartão secundário preto da carteira e o colocou sobre a mesa de cabeceira.Carolina reconheceu esse cartão, era o cartão secundário que ele havia dado antes, quando ela se mudou da Cidade S, ela devolveu esse cartão para ele na época.Esse cartão tinha um limite ilimitado, em outras palavras, enquanto Henrique não falisse, ela poderia usar esse cartão indefinidamente.Antes, morando sob o mesmo teto, não sentia nada de especial. Agora, usar esse cartão como compensação pelo divórcio era estranho.Carolina abriu a boca, mas acabou não dizendo nada.Henrique pensou que ela estava surpresa com a quantia de dinheiro, os elegantes traços das sobrancelhas se ergueram levemente, revelando um sorriso de desprezo e arrogância.Pensou que ela estava realme
Carolina ficou surpresa: - Essa é a Paola. Você já viu fotos dela.Fernanda ficou confusa por um segundo, a raiva subiu imediatamente: - Ela é aquela amante que subiu de posição ficando grávida?Porque a voz não era baixa e ela apontou na direção de Paola, as pessoas ao redor ouviram, olhando para Paola com olhares fofoqueiros e desdenhosos.Paola estava experimentando a última moda em uma loja de luxo. Ao ouvir os comentários, sua expressão não mudou nem um pouco.Ela até se aproximou de Carolina com calma para cumprimentá-la.- A Srta. Carolina também vai comprar roupas? Que coincidência. - Ela agiu de maneira elegante, como se não tivesse ouvido os insultos de Fernanda, e perguntou com gentileza. - Eu quero comprar um presente para Henrique, celebrando que em breve ele será pai. Srta. Carolina, você tem alguma boa sugestão?- Ah, eu nunca vi alguém tão sem vergonha como você. O que há de orgulhoso em ser a amante? Por que exibir isso? - Fernanda explodiu de raiva, continuando a g