Hélio ergueu a cabeça, sorrindo: - Claro, ficaria muito feliz.Simão abriu a boca para continuar, mas ouviu Hélio dizer novamente: - Ter uma neta tão esperta e ainda fazer parte da família Mendonça, que coisa maravilhosa.A alegria interior de Simão foi abruptamente interrompida e ele falou com uma voz abafada: - Henrique não trata Carolina bem, a deixou do lado de fora sob forte chuva.- Brigas de casais são normais, quem sabe Carolina não queria entrar no carro?- Não é isso, hoje eu fui ver Carolina, ela foi maltratada por Henrique, há marcas de mordida em seu pescoço.O rosto de Hélio ficou vermelha: - Você, garoto, não precisa observar tão detalhadamente.Simão franziu sutilmente a testa: - Então, avô, você acha que Henrique e Carolina são bem compatíveis?- Claro, homem talentoso e mulher bonita, Henrique, em termos de posição social e aparência, é de primeira classe.- E se Carolina realmente fosse sua neta, nosso parentesco de infância não seria considerado? - Simão pergun
- Vovô! - Carolina elevou abruptamente o tom, interrompendo com medo. - Nossa separação não foi apenas culpa dele, eu também o enganei no início. Agora que Paola está grávida, moral e legalmente, ele deve se responsabilizar. O assunto está decidido, não há necessidade de você se envolver mais, vovô.- Para os outros, tudo bem, mas Paola não é uma boa mulher. Mesmo que ela tenha um filho, não espere que entre na família Mendonça!- Mas se você não a deixa entrar, e quanto ao filho em seu ventre? Ele é seu bisneto, afinal. - Carolina falou séria, com uma voz sincera. - Além disso, conheço a personalidade de Henrique. Se você continuar o pressionando, só vai piorar o relacionamento entre vocês dois. Ele é a pessoa mais próxima de você, não deixe que ele fique ressentido por causa do nosso relacionamento já terminado.Essas palavras sinceras tocaram Rodrigo, ele sabia que Carolina havia tomado sua decisão. Ele disse de maneira complexa: - Menina, você está sempre se preocupando conosco.
Carolina respirou fundo, tentando evitar ficar zangada: - Se você quer dar, então dê.Seria conveniente encenar completamente e devolver esse dinheiro para ele depois que o Sr. Rodrigo fosse embora.Henrique puxou os cantos da boca, tirou um cartão secundário preto da carteira e o colocou sobre a mesa de cabeceira.Carolina reconheceu esse cartão, era o cartão secundário que ele havia dado antes, quando ela se mudou da Cidade S, ela devolveu esse cartão para ele na época.Esse cartão tinha um limite ilimitado, em outras palavras, enquanto Henrique não falisse, ela poderia usar esse cartão indefinidamente.Antes, morando sob o mesmo teto, não sentia nada de especial. Agora, usar esse cartão como compensação pelo divórcio era estranho.Carolina abriu a boca, mas acabou não dizendo nada.Henrique pensou que ela estava surpresa com a quantia de dinheiro, os elegantes traços das sobrancelhas se ergueram levemente, revelando um sorriso de desprezo e arrogância.Pensou que ela estava realme
Carolina ficou surpresa: - Essa é a Paola. Você já viu fotos dela.Fernanda ficou confusa por um segundo, a raiva subiu imediatamente: - Ela é aquela amante que subiu de posição ficando grávida?Porque a voz não era baixa e ela apontou na direção de Paola, as pessoas ao redor ouviram, olhando para Paola com olhares fofoqueiros e desdenhosos.Paola estava experimentando a última moda em uma loja de luxo. Ao ouvir os comentários, sua expressão não mudou nem um pouco.Ela até se aproximou de Carolina com calma para cumprimentá-la.- A Srta. Carolina também vai comprar roupas? Que coincidência. - Ela agiu de maneira elegante, como se não tivesse ouvido os insultos de Fernanda, e perguntou com gentileza. - Eu quero comprar um presente para Henrique, celebrando que em breve ele será pai. Srta. Carolina, você tem alguma boa sugestão?- Ah, eu nunca vi alguém tão sem vergonha como você. O que há de orgulhoso em ser a amante? Por que exibir isso? - Fernanda explodiu de raiva, continuando a g
Paola viu o sorriso em seu rosto congelar: - Você está brincando! É o filho de Henrique.- É mesmo? Isso é ótimo então.Carolina respondeu indiferente, seu olhar caindo de forma displicente em um terno próximo, dizendo ao atendente: - Por favor, embrulhe este conjunto para mim.Paola estranhou: - Você está comprando roupas masculinas, é para presentear alguém? Lucas, talvez?Ela foi conquistada tão rapidamente. As coisas estavam progredindo bastante rápido.Carolina, com lábios vermelhos curvados em um arco elegante, disse palavra por palavra: - É para Henrique.Paola pensou que tinha ouvido errado e perguntou novamente.- Eu disse, quero comprar este conjunto para presentear Henrique. - Ela com olhos claros e um sorriso radiante, disse. - Embora tenhamos nos divorciado, ainda podemos ser amigos, não acha que isso é aceitável?Afinal, Paola já fez algo semelhante antes.Se aproximando de Henrique sob o pretexto de serem amigos, mesmo que isso significasse levar uma facada dela.Não
Henrique abaixou o olhar para ler as palavras no cartão, escritas de maneira concisa e organizada, mas não na caligrafia de Carolina.Ele abriu a caixa de presente, revelando uma camisa e um paletó cuidadosamente cortados.Não era uma marca de luxo, mas era estranhamente agradável aos olhos.Henrique era naturalmente imponente, com uma altura de um metro e oitenta e seis, uma aura dominante. Ele ajustou os botões da camisa branca impecavelmente, a bainha presa nas calças sociais, delineando uma figura forte e uma postura fria e contida.Roupas fazem a pessoa e este conjunto parecia feito sob medida para ele, exalando uma elegância imponente.Carlos sorriu maliciosamente: - Parece que a Srta. Carolina ainda guarda algum sentimento por você. Imagino que ela se arrependeu, quer reconciliação, mas não consegue abaixar a cabeça. Ela espera que, ao dar presentes, o Sr. Henrique mude de ideia.Henrique, de maneira indiferente, enrolou as mangas até o antebraço, seus olhos estreitos e cruéis
Henrique secava os cabelos com uma toalha, sua voz neutra: - Você não pode esperar quatro meses?- Não é uma questão de não poder esperar. É que você não confia em mim e não quer ficar comigo.- É meu filho, eu vou assumir a responsabilidade.- Eu concordo e estou disposta a fazer a amniocentese, mas, depois de tantos anos juntos, é assim que você me vê? Como alguém que não merece confiança? - Paola piscou lágrimas nos olhos, a fragilidade revelando força interior.Henrique permaneceu inabalável, os olhos negros debaixo do corte de cabelo curto fixos nela: - Você dormiu com Otávio, não é?Paola sentiu um arrepio na espinha, esquecendo-se até de chorar.Ela sabia! Aquele desgraçado do Otávio contou tudo para Henrique!- Sim, dormi com ele uma vez, antes de te conhecer. Isso aconteceu antes de eu te conhecer. Pode garantir que nunca cometeu erros ao longo da vida? - Paola encarou as acusações dele, mantendo a calma e a compostura.Henrique, diante da acusação, manteve-se frio e calmo:
Após a saída de Paola, Henrique permaneceu parado, as veias saltadas em seu braço revelavam sua raiva e seu rosto bonito estava tingido de autodepreciação.Dessa vez, ela não estava sendo diplomática e pesando em prós e contras. Ela simplesmente o considerou como uma peça em seu jogo, exibindo suas conquistas para os outros com grande satisfação.Henrique abriu o guarda-roupa, pegou o terno pendurado lá dentro e, com um estrondo, o jogou com força contra a porta do armário. Em seguida, virou-se e desceu as escadas, jogando o terno impiedosamente na lixeira....Hoje é o início da primavera, e Carolina decidiu se vestir um pouco mais quente.Desde sua formatura na universidade, ela esteve ocupada com o trabalho, sem tempo para tirar a carteira de motorista. Ao assumir o Grupo Santos e se tornar sua própria chefe, ela passou a depender de táxis para se locomover. Sentindo as inconveniências, ela aproveitou um momento tranquilo para se inscrever na escola de direção antes de ir para o