Paola viu o sorriso em seu rosto congelar: - Você está brincando! É o filho de Henrique.- É mesmo? Isso é ótimo então.Carolina respondeu indiferente, seu olhar caindo de forma displicente em um terno próximo, dizendo ao atendente: - Por favor, embrulhe este conjunto para mim.Paola estranhou: - Você está comprando roupas masculinas, é para presentear alguém? Lucas, talvez?Ela foi conquistada tão rapidamente. As coisas estavam progredindo bastante rápido.Carolina, com lábios vermelhos curvados em um arco elegante, disse palavra por palavra: - É para Henrique.Paola pensou que tinha ouvido errado e perguntou novamente.- Eu disse, quero comprar este conjunto para presentear Henrique. - Ela com olhos claros e um sorriso radiante, disse. - Embora tenhamos nos divorciado, ainda podemos ser amigos, não acha que isso é aceitável?Afinal, Paola já fez algo semelhante antes.Se aproximando de Henrique sob o pretexto de serem amigos, mesmo que isso significasse levar uma facada dela.Não
Henrique abaixou o olhar para ler as palavras no cartão, escritas de maneira concisa e organizada, mas não na caligrafia de Carolina.Ele abriu a caixa de presente, revelando uma camisa e um paletó cuidadosamente cortados.Não era uma marca de luxo, mas era estranhamente agradável aos olhos.Henrique era naturalmente imponente, com uma altura de um metro e oitenta e seis, uma aura dominante. Ele ajustou os botões da camisa branca impecavelmente, a bainha presa nas calças sociais, delineando uma figura forte e uma postura fria e contida.Roupas fazem a pessoa e este conjunto parecia feito sob medida para ele, exalando uma elegância imponente.Carlos sorriu maliciosamente: - Parece que a Srta. Carolina ainda guarda algum sentimento por você. Imagino que ela se arrependeu, quer reconciliação, mas não consegue abaixar a cabeça. Ela espera que, ao dar presentes, o Sr. Henrique mude de ideia.Henrique, de maneira indiferente, enrolou as mangas até o antebraço, seus olhos estreitos e cruéis
Henrique secava os cabelos com uma toalha, sua voz neutra: - Você não pode esperar quatro meses?- Não é uma questão de não poder esperar. É que você não confia em mim e não quer ficar comigo.- É meu filho, eu vou assumir a responsabilidade.- Eu concordo e estou disposta a fazer a amniocentese, mas, depois de tantos anos juntos, é assim que você me vê? Como alguém que não merece confiança? - Paola piscou lágrimas nos olhos, a fragilidade revelando força interior.Henrique permaneceu inabalável, os olhos negros debaixo do corte de cabelo curto fixos nela: - Você dormiu com Otávio, não é?Paola sentiu um arrepio na espinha, esquecendo-se até de chorar.Ela sabia! Aquele desgraçado do Otávio contou tudo para Henrique!- Sim, dormi com ele uma vez, antes de te conhecer. Isso aconteceu antes de eu te conhecer. Pode garantir que nunca cometeu erros ao longo da vida? - Paola encarou as acusações dele, mantendo a calma e a compostura.Henrique, diante da acusação, manteve-se frio e calmo:
Após a saída de Paola, Henrique permaneceu parado, as veias saltadas em seu braço revelavam sua raiva e seu rosto bonito estava tingido de autodepreciação.Dessa vez, ela não estava sendo diplomática e pesando em prós e contras. Ela simplesmente o considerou como uma peça em seu jogo, exibindo suas conquistas para os outros com grande satisfação.Henrique abriu o guarda-roupa, pegou o terno pendurado lá dentro e, com um estrondo, o jogou com força contra a porta do armário. Em seguida, virou-se e desceu as escadas, jogando o terno impiedosamente na lixeira....Hoje é o início da primavera, e Carolina decidiu se vestir um pouco mais quente.Desde sua formatura na universidade, ela esteve ocupada com o trabalho, sem tempo para tirar a carteira de motorista. Ao assumir o Grupo Santos e se tornar sua própria chefe, ela passou a depender de táxis para se locomover. Sentindo as inconveniências, ela aproveitou um momento tranquilo para se inscrever na escola de direção antes de ir para o
Reconsiderando, Simão não conhecia Lucas, ele estava provavelmente exagerando.Agradecendo a Simão por sua gentileza, ela desligou o telefone e imediatamente entrou em contato com o funcionário que postou o vídeo.Infelizmente, o funcionário estava fora realizando negócios e não atendeu ao telefone.Simão voltou para a escola, se sentou na sala de aula, seus cabelos castanhos claros e fofos levemente cobrindo as sobrancelhas, revelando um par de olhos inocentes.Ele mexia casualmente na tela do celular, trocava de conta no Facebook, encontrou o perfil de Lucas, abriu o vídeo da declaração, e, na seção de comentários, marcou a conta oficial da BrilhanteMax.Próximo do horário de encerramento, o funcionário que postou o vídeo retornou, pedindo desculpas a Carolina enquanto deletava o vídeo.- Chefe, desculpe, esqueci que você fez um contrato de publicidade com a Celestial Shine Jewelry.- Não tem problema. - Carolina balançou a cabeça resignada. - Vá para casa assim que terminar o expedi
Henrique parou no momento em que ouviu o som do sino, tocando. Ele verificou o relógio em seu pulso e arrancou a pulseira dela.As valiosas pérolas rolaram pelo chão e seu sapato lustroso esmagou a pérola mais próxima. Seu olhar estava frio: - Que gosto horrível, é feio demais.Carolina ficou vermelha, não sabia se era de raiva ou vergonha: - Por que não deixa Lucas em paz? Ele não te provocou. Se você está irritado comigo, venha diretamente para cima de mim!Henrique apontou o dedo para o canto dos lábios dela, agora inchados, com uma voz magnética e rouca: - É simples, se você terminar com o Lucas, eu o deixarei em paz.Mesmo que terminem, nenhuma mulher com quem ele tenha estado teria permição para que outros homens a toquecassem!Ele achava isso repugnante!- Você não tem o direito de interferir na minha vida!Henrique soltou Carolina abruptamente, zombando com o canto dos lábios: - Então, você pode ir embora.Os olhos de Carolina brilharam por um momento. O problema não foi
Ela sentiu, ele segurou essa raiva por muito tempo.Só porque ela estava com o Lucas?Sem saber por quanto tempo se beijaram, toda vez que Carolina tentava resistir, Henrique a mordia com força.Ela tinha medo das mordidas, dolorida, sem se mexer, os olhos brilhando vermelhos, como um coelho que ousava ficar com raiva, permitindo que ele a tomasse.Parecia que havia se passado um século, Henrique finalmente soltou Carolina.Mas, mesmo deixando os lábios, a grande mão que a prendia na cintura ainda permanecia firme.Carolina respirava profundamente, seus lábios formigavam e doíam, sem precisar olhar, ela sabia que estavam inchados:- Você é um canalha!Um homem como um cão lascivo!Eles concordaram em não a forçar!Sem saber que, nas palavras de Henrique, não tocar significava um nível mais profundo de intimidade, então, tecnicamente, ele não a tocou.Henrique encostou a testa na de Carolina, o olhar malicioso, rindo de maneira leviana: - Boa garota, diga de novo.Um tom suave, estranh
Meia hora depois.As mãos de Carolina estavam tão cansadas que mal conseguiam se levantar. Ao sair após lavá-las, ela viu Henrique já arrumado, parecendo apresentável, como se a falta de vergonha momentos antes fosse uma ilusão!Lá fora estava chovendo e a Lua estava encoberta por nuvens escuras.Carolina não havia levado um guarda-chuva e ficou parada na beira da estrada esperando por um carro de aplicativo.Cinco minutos depois, Henrique saiu da garagem subterrânea, abaixou o vidro pela metade, revelando o rosto nobre: - Entre, esta noite teremos uma tempestade, você não vai conseguir pegar um carro.Carolina olhou para o celular, o preço estava mais alto que o normal, mas ninguém estava aceitando.Normalmente, nessas situações, se a chuva ficasse mais intensa, ninguém aceitava corridas.Sem enrolação, ela entrou direto no carro e deu o endereço.Henrique já havia ido à Mansão dos Santos duas vezes e lembrava do caminho, sem precisar do mapa.Carolina olhava para fora e, por um mom