A festa continuava animada, com todos os convidados sorrindo, alguns com desconfiança e calculando seus próximos passos, enquanto outros genuinamente aproveitavam a noite. As luzes cintilantes refletiam nos copos de cristal, criando um ambiente elegante e luxuoso. O aroma de perfumes caros misturava-se ao cheiro das iguarias servidas, adicionando um toque sofisticado ao ar.Valentino sempre detestou Samuel. Para ele, Samuel era como uma mosca incômoda rondando Jaqueline, alguém que ele não conseguia afastar por mais que tentasse. O pior era que Jaqueline defendia Samuel, o que fazia Valentino se sentir ainda mais impotente. Ele sabia que qualquer ação drástica contra Samuel faria Jaqueline se voltar contra ele, então, apesar de odiar Samuel, Valentino mantinha suas ações sob controle, mas não conseguia esconder o ressentimento.Valentino olhava com olhos críticos para Samuel, o que fazia Samuel se sentir desconfortável. Ele sorriu nervosamente e disse: - Sr. Valentino, seu olhar me de
Samuel perguntou com uma expressão séria, seus olhos refletindo a confusão e a angústia que atormentavam sua mente:- Então, qual é a sua definição de amor? Você realmente sabe?A palavra “amor” carregava muitos significados. O amor poderia ser à primeira vista, uma conexão imediata e inegável, ou poderia florescer com o tempo, à medida que duas pessoas se conhecessem melhor e desenvolvessem um vínculo profundo. Quando dois indivíduos se comprometiam a caminhar juntos, o amor podia se transformar em uma forma mais sólida de afeto, como a própria família, se tornando inseparável e um constante cuidado mútuo.Por outro lado, se o amor não conseguisse unir duas pessoas, mas deixasse para trás lembranças preciosas, essa relação, mesmo que interrompida, ainda seria bela e digna de ser lembrada por toda a vida. No entanto, o amor também tinha seus momentos mais tristes, onde duas pessoas não apenas não conseguiam ficar juntas, mas ficavam presas em um ciclo de sofrimento e desentendimento,
- Mas eu... Não é que eu não tenha coragem, só não sei como dizer a ela. - Disse Samuel, hesitante, olhando para o reflexo distorcido de si mesmo na taça de vinho que segurava. - Simplesmente diga a ela que você gosta dela, que a ama. O amor não é tão complicado quanto você pensa. Se você enrolar muito, talvez ela nem entenda. - Sugeriu Valentino, com um tom prático, seus olhos brilhando de determinação. Ele pegou duas taças de vinho tinto das mãos de um garçom que passava, o som do vidro tilintando suavemente no ar.Samuel pensou nos vários momentos que passou com Luana. Realmente, para uma garota com uma personalidade tão direta como a dela, muitas palavras poderiam ser confusas. Ser direto, dizendo “gosto de você” e “te amo” parecia mais adequado e talvez ele até conseguisse uma resposta positiva dela. Ele se lembrou do sorriso radiante de Luana e da maneira como seus olhos brilhavam quando estava feliz, o que fazia seu coração bater mais rápido.Porém, só de pensar em dizer essas
- O que você quer dizer com isso, Jaque? - As palavras de Jaqueline deixaram Valentino irritado, e ele franziu a testa, visivelmente ofendido. - Jaque, eu sou tão burro assim? O Grupo Lopes era tão rico que competia com nações. No mundo dos negócios, ele sempre conseguia enganar seus inimigos. Como era possível que, quando se tratava de Jaqueline, ele não entendesse nada? Ele passou a mão pelos cabelos, um gesto que fazia sempre que estava confuso ou frustrado.- Tino, você é ótimo em muitas coisas, mas por que não consegue entender certas coisas? - Jaqueline suspirou, seus olhos refletindo uma mistura de paciência e exasperação. - O que o Samuel disse a você? - Perguntou ela, inclinando-se levemente para ele, como se quisesse que ele realmente a escutasse dessa vez.- Ele não disse nada de especial, só mencionou que gosta de uma garota, mas não tem coragem de confessar. Eu acho que ele é um covarde, exceto quando se trata de você... - Valentino disse isso com um sorriso meio travesso
Samuel estendeu a mão e deu leves tapinhas na bochecha de Luana. O calor que emanava da pele dela fez com que seus dedos ficassem quentes. Por um momento, ele sentiu um choque percorrer seu corpo, mas ainda assim acariciou o rosto de Luana com carinho. Ele sabia que precisava acordá-la, ou ela acabaria dormindo ali, no sofá, sem nada para se cobrir, e pegaria um resfriado.Enquanto pensava nisso, Samuel tirou seu paletó e cuidadosamente o colocou sobre Luana. - Luana, acorde. Não beba mais. - Disse ele, a preocupação evidente em sua voz.- Beber? Que bebida? - Murmurou Luana enquanto finalmente abria os olhos. Seu olhar estava enevoado, mas ela conseguia distinguir o rosto de Samuel. - Samuel... Você veio? - Seus olhos se arregalaram de surpresa, e ela estendeu a mão para apertar o queixo dele. - Você veio... Vamos beber juntos!A reação de Samuel foi imediata. - Beber o quê? Você já bebeu tanto! Se eu não tivesse subido aqui, você continuaria bebendo até amanhecer! - Ele falou alto,
O quarto parecia ficar mais quente a cada segundo que os dois se tocavam. A tensão no ar era palpável, quase elétrica, e o ambiente carregava uma aura de intensidade e confusão. Samuel, quase instintivamente, tentou empurrar as mãos de Luana, mas ela envolveu os braços em torno de seu pescoço, se recusando a soltá-lo. Ele mal conseguia respirar, quanto mais se afastar. O calor de seus corpos e a proximidade faziam o sangue de Samuel pulsar mais rápido, seu coração batendo descompassado.Luana, sem perceber o que fazia, mordeu os lábios de Samuel, fazendo-o estremecer de dor. Seus lábios tremeram enquanto ele sentia a dor aguda, e ele instintivamente tentou recuar. A mordida foi um choque que o trouxe de volta à realidade, aumentando a sensação de urgência para se desvencilhar dela.- Luana! - Samuel gritou, sua voz ecoando pelo quarto. Com o som alto, Luana finalmente abriu os olhos, ainda semicerrados pelo sono e pela embriaguez. Seu olhar era confuso e enevoado, como se estivesse lu
Embora Luana estivesse muito insatisfeita com o comportamento anterior de Samuel e sua simpatia por ele tivesse diminuído constantemente, ela sabia que Samuel não era o tipo de pessoa que se aproveitaria dela de propósito. Então, por que ela estava tão furiosa? Luana enxugou as lágrimas de seus olhos, ergueu a cabeça e olhou para Samuel, dizendo: - Tudo bem, vou te dar uma chance de explicar. Primeiro, me diga por que você está neste quarto e onde está a Jaqueline?Samuel respondeu com paciência: - Você começou a beber no quarto e Jaqueline não conseguiu te impedir. Então, ela desceu para pedir ajuda, e eu vim para cima.- Hum... E por que... Por que estávamos no sofá... Fazendo... Aquilo? - Luana gaguejou, sentindo-se constrangida.- Fazendo o quê? - Samuel fingiu não entender, tentando aliviar a tensão.- Aquilo... - Luana estava envergonhada demais para dizer em voz alta. Ela deu um soco no peito de Samuel. - Você sabe do que estou falando. Não quero dizer isso explicitamente.Sam
Luana quase pulou de susto.- Samuel, o que você está fazendo? Samuel não respondeu, simplesmente apertou Luana contra seu peito. O abraço de Samuel era quente, e, através das roupas, Luana conseguia ouvir claramente as batidas do coração dele, cada vez mais fortes.- Samuel, eu posso perdoar você pelo que havia acontecido antes, afinal, fui eu que me iludiu. Mas agora, o que você realmente quer de mim? - A frustração de Luana emergiu de uma vez. Antes, Samuel a ignorava, e depois do que aconteceu entre eles, ele ainda tentava se distanciar. Isso a deixava furiosa e, mais ainda, profundamente magoada.De repente, Luana sentiu um aperto no nariz, e seus olhos começaram a ficar vermelhos. As lágrimas estavam prestes a cair. Ela pensou que naquela noite suas lágrimas realmente não tinham valor, pois já havia chorado uma vez na frente de Samuel e agora estava prestes a chorar novamente.Ela não era assim. Na frente dos outros, Luana sempre comandava com autoridade, e seus homens a respeit