Samuel estendeu a mão e deu leves tapinhas na bochecha de Luana. O calor que emanava da pele dela fez com que seus dedos ficassem quentes. Por um momento, ele sentiu um choque percorrer seu corpo, mas ainda assim acariciou o rosto de Luana com carinho. Ele sabia que precisava acordá-la, ou ela acabaria dormindo ali, no sofá, sem nada para se cobrir, e pegaria um resfriado.Enquanto pensava nisso, Samuel tirou seu paletó e cuidadosamente o colocou sobre Luana. - Luana, acorde. Não beba mais. - Disse ele, a preocupação evidente em sua voz.- Beber? Que bebida? - Murmurou Luana enquanto finalmente abria os olhos. Seu olhar estava enevoado, mas ela conseguia distinguir o rosto de Samuel. - Samuel... Você veio? - Seus olhos se arregalaram de surpresa, e ela estendeu a mão para apertar o queixo dele. - Você veio... Vamos beber juntos!A reação de Samuel foi imediata. - Beber o quê? Você já bebeu tanto! Se eu não tivesse subido aqui, você continuaria bebendo até amanhecer! - Ele falou alto,
O quarto parecia ficar mais quente a cada segundo que os dois se tocavam. A tensão no ar era palpável, quase elétrica, e o ambiente carregava uma aura de intensidade e confusão. Samuel, quase instintivamente, tentou empurrar as mãos de Luana, mas ela envolveu os braços em torno de seu pescoço, se recusando a soltá-lo. Ele mal conseguia respirar, quanto mais se afastar. O calor de seus corpos e a proximidade faziam o sangue de Samuel pulsar mais rápido, seu coração batendo descompassado.Luana, sem perceber o que fazia, mordeu os lábios de Samuel, fazendo-o estremecer de dor. Seus lábios tremeram enquanto ele sentia a dor aguda, e ele instintivamente tentou recuar. A mordida foi um choque que o trouxe de volta à realidade, aumentando a sensação de urgência para se desvencilhar dela.- Luana! - Samuel gritou, sua voz ecoando pelo quarto. Com o som alto, Luana finalmente abriu os olhos, ainda semicerrados pelo sono e pela embriaguez. Seu olhar era confuso e enevoado, como se estivesse lu
Embora Luana estivesse muito insatisfeita com o comportamento anterior de Samuel e sua simpatia por ele tivesse diminuído constantemente, ela sabia que Samuel não era o tipo de pessoa que se aproveitaria dela de propósito. Então, por que ela estava tão furiosa? Luana enxugou as lágrimas de seus olhos, ergueu a cabeça e olhou para Samuel, dizendo: - Tudo bem, vou te dar uma chance de explicar. Primeiro, me diga por que você está neste quarto e onde está a Jaqueline?Samuel respondeu com paciência: - Você começou a beber no quarto e Jaqueline não conseguiu te impedir. Então, ela desceu para pedir ajuda, e eu vim para cima.- Hum... E por que... Por que estávamos no sofá... Fazendo... Aquilo? - Luana gaguejou, sentindo-se constrangida.- Fazendo o quê? - Samuel fingiu não entender, tentando aliviar a tensão.- Aquilo... - Luana estava envergonhada demais para dizer em voz alta. Ela deu um soco no peito de Samuel. - Você sabe do que estou falando. Não quero dizer isso explicitamente.Sam
Luana quase pulou de susto.- Samuel, o que você está fazendo? Samuel não respondeu, simplesmente apertou Luana contra seu peito. O abraço de Samuel era quente, e, através das roupas, Luana conseguia ouvir claramente as batidas do coração dele, cada vez mais fortes.- Samuel, eu posso perdoar você pelo que havia acontecido antes, afinal, fui eu que me iludiu. Mas agora, o que você realmente quer de mim? - A frustração de Luana emergiu de uma vez. Antes, Samuel a ignorava, e depois do que aconteceu entre eles, ele ainda tentava se distanciar. Isso a deixava furiosa e, mais ainda, profundamente magoada.De repente, Luana sentiu um aperto no nariz, e seus olhos começaram a ficar vermelhos. As lágrimas estavam prestes a cair. Ela pensou que naquela noite suas lágrimas realmente não tinham valor, pois já havia chorado uma vez na frente de Samuel e agora estava prestes a chorar novamente.Ela não era assim. Na frente dos outros, Luana sempre comandava com autoridade, e seus homens a respeit
Samuel respirou fundo, jamais imaginou que Luana poderia ser tão fria com ele, como se entre os dois nunca tivesse existido qualquer tipo de sentimento. O ar no quarto parecia pesado, carregado de tensão. Será que Luana realmente não sentia nada por ele? Ele sentiu como se o mundo desabasse sobre sua cabeça, como se seu coração tivesse se partido de uma forma irreparável. Cada batida doía, como se cada pedaço quebrado perfurasse ainda mais seu peito.Desolado, ele afundou no sofá, os olhos fixos no rosto de Luana, procurando qualquer indício de tristeza ou dor. Ele estudava cada detalhe de suas feições, desde os olhos, que evitavam os dele, até a boca, que permanecia cerrada em uma linha dura. No entanto, a expressão dela permanecia impassível, sem revelar nenhuma emoção. Samuel queria desesperadamente encontrar um sinal de que ela também estivesse sofrendo, mas não encontrou nada. A indiferença dela era um gelo que se espalhava pelo ambiente, aumentando sua angústia.De repente, as pa
- Samuel, o que você acabou de dizer é verdade? - Luana perguntou, segurando firmemente a mão de Samuel. Ele olhou para ela, seus olhos cheios de seriedade, e puxou a mão dela gentilmente para baixo, assentindo com determinação. - Sim, Luana, cada palavra foi do fundo do meu coração. Se você não pode acreditar nisso, então não tenho mais o que dizer. O silêncio no quarto parecia cheio de eletricidade, como se cada palavra proferida estivesse prestes a desencadear uma tempestade. Samuel sabia que já havia esgotado a confiança de Luana em várias ocasiões. Ele não esperava que ela acreditasse completamente em suas palavras agora, mas precisava expressar seus sentimentos, independentemente da resposta dela. Mesmo ao dizer que desejava felicidade para ela, seu coração doía tanto que seus dedos tremiam. O toque dela em sua mão era uma âncora que o mantinha no momento, evitando que ele se perdesse na dor.- Se você está sendo sincero, por que está indo embora? - Luana perguntou, a voz chei
As palavras de Jaqueline atingiram Valentino em cheio. Era óbvio que, após uma declaração de amor, os dois estariam imersos em seus sentimentos. Subir para interromper não faria sentido. - Foi um erro meu, Jaque. Vamos, você esteve ocupada o dia todo e não comeu nada. Os chefs do palácio prepararam alguns lanches. Vamos pegar algo para comer?Jaqueline acariciou seu estômago vazio e assentiu com vigor. Ela estava faminta, mas a correria do dia, somada à situação inesperada com Samuel e Luana, não lhe deu tempo para pensar em comida. Quando Valentino mencionou isso, seu estômago roncou audivelmente, um som quase cômico no silêncio do corredor.Valentino riu, seus olhos brilhando com diversão. - Parece que te conheço muito bem, até o horário em que você fica com fome.- Claro, você é como uma lombriga no meu estômago, sabe de tudo sobre mim. - Jaqueline respondeu brincando, um sorriso suave iluminando seu rosto cansado.Os dois caminharam entre risos e piadas até o local de refeições d
Jaqueline não podia deixar Diana agir de forma tão descontrolada. Com um gesto firme, ordenou que os empregados se retirassem. Diana, furiosa, quase jogou a água da sua taça no rosto de Jaqueline. Quando estava prestes a agir, Valentino interveio e segurou seu braço com força.- Você... - Diana começou a falar, mas a dor em seu pulso, apertado por Valentino, a fez parar. Ela olhou para ele, surpresa pela firmeza incomum, e percebeu que seu pulso estava ficando vermelho, quase machucado. O olhar de Valentino era implacável, seus olhos refletindo uma determinação que ela nunca havia visto nele.Valentino, sempre cortês, raramente usava de força, mesmo em situações difíceis. Sua atitude surpreendeu até Jaqueline, que nunca o tinha visto tão impaciente. A tensão no ar era palpável, cada movimento parecia carregado de eletricidade estática, prestes a se transformar em uma tempestade.Ignorando a reação de Diana, Valentino se sentou e comentou com voz firme, que reverberou pela cozinha: -