- Está bem, vou chamar um especialista em impressões digitais... - O rei começou a falar.Mas foi interrompido de repente por Diana, que, em pânico, correu para impedir ele. - Não, pai, você não pode chamar um especialista! - Não pode? Por quê? Se você não tocou na coroa, não deveria haver suas impressões digitais nela. Então, por que está tão nervosa? - Jaqueline falou com frieza, enquanto todos os presentes olhavam para Diana, com igual desconfiança.Diana gaguejou, sem conseguir pensar em uma desculpa convincente: - Isso... Isso seria um escândalo para a família real, não podemos deixar que os de fora saibam... - Escândalo? Que escândalo? Só estamos tentando descobrir a verdade, como isso pode ser um escândalo? - Valentino riu com desprezo.O rei e a rainha continuavam olhando com expressões severas para Diana. A esta altura, se ainda não tivessem percebido que Diana estava tentando incriminar Jaqueline, estariam deliberadamente se recusando a enxergar a realidade.- Diana, como
Os servos hesitaram por um momento, mas a rainha, com um olhar frio e implacável, repetiu: - Levem ela embora! Mesmo com o coração partido, ela sabia que não podia se permitir ser fraca naquele momento. Os guardas, sem mais delongas, obedeceram e arrastaram Diana para fora.Os gritos de Diana, que começaram como súplicas e logo se transformaram em maldições furiosas, ecoavam pelos corredores. - Vocês nunca me amaram, só amam a Jaqueline! Eu odeio ela, eu odeio ela!O rei e a rainha, com expressões fechadas e doloridas, tentaram não dar ouvidos às palavras cruéis de Diana, se mantendo firmes em sua decisão.Depois que Diana foi finalmente confinada em seus aposentos, o pequeno salão ficou mergulhado em um silêncio pesado e tenso. Agora era a vez da Lúcia responder por seus atos.- Eu te designei para cuidar da princesa, e é assim que você faz seu trabalho? Em vez de aconselhar a princesa, você ajudou ela em suas más ações! - A rainha, com uma expressão fria, encarou a empregada, que
Desde o momento em que o rei e a rainha tomaram a decisão de punir Diana, Jaqueline sentiu uma grande sensação de alívio. As injustiças dos últimos dias desapareceram, substituídas por um sentimento de satisfação. Ela sabia que seus pais estavam fazendo o melhor que podiam, e isso já era suficiente para ela. No entanto, o rei e a rainha continuavam a se sentir culpados, tentando de todas as maneiras possíveis compensar Jaqueline, o que deixava ela um pouco desconfortável.Após o incidente, um habilidoso artesão foi chamado para reparar a valiosa coroa. O encontro com o prefeito das terras de Jaqueline, que deveria ter ocorrido no dia seguinte, foi adiado devido ao reparo da coroa.Lavínia e Simão acompanharam Jaqueline e Valentino em uma visita à nova residência de Jaqueline. As amigas, que não se viam por tanto tempo, tinham uma infinidade de assuntos para colocar em dia e passavam os dias inseparáveis. Lavínia percebeu que Jaqueline tinha perdido a memória e esquecido completamente
Valentino e Simão estavam em apuros, tentando desesperadamente encontrar uma desculpa plausível para a repentina recusa em permitir que Lavínia e Jaqueline se mudassem juntas. Simão, com o rosto tenso e a mente trabalhando a mil, finalmente teve uma ideia.- Minha empresa está enfrentando problemas. - Ele disse, de repente. - Sim, é isso. Eu queria te contar, Lavínia, mas não queria te preocupar. Minha ausência causou alguns problemas, e preciso voltar para resolver isso. Simão começou a improvisar uma pequena mentira, planejando dizer que sua empresa estava enfrentando dificuldades e que era impossível mover a sede para o País C, como Valentino havia feito. Ele precisava voltar imediatamente para resolver a situação, o que resolveria a questão de Lavínia querer ficar.Para sua surpresa, Valentino aproveitou a deixa e, em um tom de lamento, acrescentou: - É verdade, a situação é bem séria. A empresa do Simão está à beira da falência. Ele não queria que você soubesse para não te preoc
Em menos de meia hora, Lavínia e Simão já estavam com as malas prontas. Jaqueline e Valentino fizeram questão de acompanhar eles até o avião.- Jaque, se cuide bem. Assim que resolvermos os problemas da empresa do Simão, voltarei para te ver. - Disse Lavínia, com um olhar de profunda tristeza, abraçando Jaqueline com força. Jaqueline, rindo e ao mesmo tempo emocionada, respondeu: - Claro, estarei esperando por você. Se demorar muito, eu mesma vou te buscar. As duas se despediram com carinho, enquanto Valentino aproveitou para falar com Simão, trocando olhares cúmplices e um tanto aliviados: - Não se preocupe, se a sua empresa precisar de qualquer ajuda, não hesite em me procurar. Afinal de contas, minha esposa e a Srta. Lavínia são tão amigas.Ele disse isso com um sorriso malicioso, que fez Simão quase ter um acesso de raiva. Mesmo assim, teve que agradecer: - Obrigado, Valentino, mas acredito que conseguirei resolver tudo. Com um sorriso forçado, Simão entrou no avião, lançando
Talvez sair para dar uma volta ajudasse a encontrar inspiração, pensou Jaqueline enquanto olhava para fora da janela de seu quarto. Depois de um momento de contemplação, ela decidiu que era a melhor coisa a fazer. Pegou o celular, com mãos ligeiramente trêmulas, e informou Valentino sobre sua decisão. Em seguida, vestiu um casaco leve, ajustou o cabelo rapidamente no espelho e se preparou para sair com seus guarda-costas.Apesar de ainda não gostar da sensação de ser seguida, a guarda real estava investigando o paradeiro daqueles assassinos. Para não causar problemas a ninguém e, principalmente, para garantir sua própria segurança, Jaqueline sabia que era melhor sair acompanhada de guarda-costas. Respirou fundo, tentando ignorar o desconforto, e saiu pela porta.Enquanto se acomodava no carro, Jaqueline se lembrou da pequena cidade onde havia ficado quando chegou ao País C. Havia alugado uma casa por um ano, mas desde que se mudou para o palácio, não tinha voltado lá. Ela se perguntava
Jaqueline se sentia um pouco perdida, incapaz de acreditar que sequer havia tido a oportunidade de agradecer ao Samuel por tudo. Ela olhou para o horizonte, tentando reprimir o sentimento de culpa que invadia ela.- Senhora, meu quarto ainda está disponível? - Jaqueline perguntou, esperando que o espaço ainda estivesse reservado para ela, já que havia alugado por um ano e só tinham se passado dois meses.A dona de pousada, visivelmente constrangida, hesitou antes de responder. - Guardei com cuidado suas coisas, Srta. Jaqueline. Imagino que você não vai mais morar aqui, certo? Posso devolver os onze meses restantes de aluguel. A explicação fez Jaqueline sentir um pouco de tristeza, embora compreendesse. Ela tinha ficado ausente por muito tempo, e o Samuel provavelmente havia dito à senhora que ela não retornaria. Era natural que o quarto tivesse sido alugado para outra pessoa. Pelo menos, suas coisas estavam bem guardadas.- Muito obrigada, senhora. Agradeço pelo cuidado. - Jaqueline
Valentino havia sido claro ao guarda-costas, qualquer um que ameaçasse a senhora ou cobiçasse algo dela seria imediatamente eliminado. Evan, percebendo o perigo iminente, recuou rapidamente, tentando disfarçar seu medo com um sorriso forçado.- Gata, faça seus seguranças se acalmarem! Se me machucarem, vou processar vocês. - Disse ele, tentando soar corajoso, mas sua voz tremia levemente.Jaqueline revirou os olhos, exasperada, e rapidamente ordenou ao líder dos seguranças: - Está tudo bem, podem se afastar. Ele não vai fazer nada contra mim. - Sim, senhora. - Respondeu o líder dos seguranças, recuando imediatamente com uma reverência respeitosa.Evan, percebendo que o perigo imediato havia passado, se endireitou e soltou um suspiro de alívio, recuperando seu ar despreocupado.- O que você realmente quer? - Jaqueline perguntou, sua voz carregada de indignação e curiosidade.Evan levantou as mãos em um gesto de inocência. - Eu não quero nada. O Leonardo, aquele cabeça-dura, me pediu