Com os convites em mãos, participar do baile se tornou uma prioridade secundária para Simão e Lavínia. O mais importante era entrar no palácio e perguntar diretamente sobre Jaqueline. Decididos, eles se apressaram até o hotel onde já tinham reserva, deixaram suas coisas e foram à recepção para saber onde comprar os convites.A recepcionista informou que os convites eram limitados, e, com medo de que chegassem tarde demais, eles correram para o portão do palácio. Ao chegarem, se depararam com uma longa fila de pessoas, todas ansiosas para conseguir um convite. Simão e Lavínia trocaram olhares de desânimo, mas mantiveram a determinação.Do lado de fora, a atmosfera era de pura euforia, com a multidão vibrante e os preparativos em pleno vapor. Dentro do palácio, a agitação era igualmente intensa, com todos os preparativos sendo feitos para o baile e a cerimônia de coroação.Enquanto isso, Diana estava sentada em seu aposento, completamente perdida em pensamentos. Já fazia três dias que es
- Não importa se seremos punidas ou não, precisamos informar à rainha imediatamente, ou estaremos em sérios apuros. - Disse uma das empregadas mais velhas, com firmeza. - Você fica aqui cuidando da princesa, eu vou reportar ao rei e à rainha. Com um aceno rápido de aprovação da colega, ela saiu apressada dos aposentos de Diana, correndo pelos corredores do palácio. Felizmente, a distância entre os aposentos de Diana e os da rainha não era grande, e ela logo chegou ao seu destino.Ao entrar, viu a rainha, Leonardo e Jaqueline juntos. Jaqueline estava no meio de uma sessão de preparação, cercada por empregados que cuidavam de sua roupa e cabelo, enquanto a governanta lhe dava uma aula improvisada sobre etiqueta. Seus olhos pareciam pesados de sono.A empregada, sem perder tempo, se ajoelhou e exclamou: - Rainha, príncipe Leonardo, algo terrível aconteceu! A princesa Diana desmaiou! A rainha se levantou imediatamente, o rosto pálido de preocupação. - Como assim, desmaiou? Vamos, prec
Diana fingiu desmaiar completamente, com a intenção de atrair a atenção da rainha para sua situação, uma princesa como ela, realizando um ato tão indigno. A empregada, observando de perto, não pôde evitar sentir um leve desprezo por Diana, e compreendeu por que o príncipe Leonardo não queria que a rainha a visitasse. - Princesa, houve um mal-entendido. Assim que desmaiou, corri para chamar a rainha, mas infelizmente, o príncipe ordenou que apenas o médico viesse verificar, então a rainha não veio. - A empregada baixou a cabeça com um toque de prazer malicioso ao revelar a verdade a Diana, sabendo que suas palavras seriam como flechas afiadas penetrando o coração da princesa.- Isso não pode ser verdade, minha mãe nunca faria isso comigo, você está mentindo! - Diana se recusava a acreditar que a rainha pudesse ser tão cruel a ponto de não visitar ela, mas a empregada respondeu com desprezo, alimentando a chama da dúvida no coração de Diana:- Tudo o que disse é verdade, princesa, acr
Foi justamente por ter admitido seu erro que a punição foi apenas um confinamento de quinze dias. Caso contrário, as consequências seriam bem mais severas.- Já que você reconheceu seu erro, use esse tempo para refletir. Quinze dias passam rápido. Mas por que mentiu para mim? - Questionou a rainha, com o semblante ainda marcado pela decepção em relação ao incidente em que Diana havia repreendido as empregadas.Diana, tentando encontrar uma saída, pensou bastante até que uma ideia brilhante lhe ocorreu. Com lágrimas nos olhos e a voz trêmula, começou a implorar desesperadamente: - Mãe, você não tem ideia do quanto estou sofrendo. Faz apenas dois dias que estou em confinamento, e essas empregadas já começaram a me humilhar. Para elas, eu já não sou mais a princesa.Diana jogou toda a culpa nas empregadas, intensificando sua narrativa. Ao ouvir isso, a rainha ficou visivelmente irritada. - Você é minha filha. Como elas ousam te tratar assim? - Perguntou a rainha, com os olhos faiscando
- Não sou eu quem vai te impedir de participar, afinal. - Jaqueline disse com um sorriso, bloqueando a tentativa de Diana, deixando ela sem palavras e visivelmente frustrada.Diana ficou sem reação, sem saber como continuar a conversa. Naquele momento, um empregado entrou para anunciar: - Sua Majestade, os convidados já chegaram. O rei perguntou se está tudo pronto e se já podemos levar a princesa Velta. - Avise ao rei que estaremos prontos em breve. - A rainha acenou com a mão e o empregado se retirou rapidamente. Ela então se dirigiu aos três. - Muito bem, qualquer questão pode ser discutida depois de hoje. Diana, vá trocar de roupa, não deixe seu pai esperando. Era um sinal claro de que Diana poderia participar do baile. Ela, contente, assentiu repetidamente antes de sair para se trocar.Após a saída de Diana, a rainha olhou com um semblante culpado para Jaqueline. Jaqueline sorriu de leve e disse: - Mãe, não se preocupe. Eu entendo que minha irmã não pode faltar a este evento.
Quando a garota fez aquele comentário, as outras ao redor, assustadas, rapidamente cobriram sua boca.- Você enlouqueceu? Como ousa dizer algo assim? E se ela ouvir? Afinal, ela é a futura esposa do príncipe!As meninas lançaram olhares preocupados para as costas de Ana Clara, e a garota começou a se arrepender.Além de ser a noiva do príncipe, Ana Clara também era filha do duque, uma posição que ninguém ali podia rivalizar. E considerando a personalidade dela, com certeza haveria consequências se Ana Clara ouvisse.- Tudo bem, eu entendi. Nunca mais vou dizer algo que possa nos meter em encrenca.A garota aceitou a reprimenda, e as outras voltaram a discutir entusiasmadas sobre Valentino.- Ei, vocês viram como aquele Valentino é bonito? Será que ele tem uma acompanhante? Ele vai me convidar para dançar mais tarde?- Está sonhando! Se ele convidar alguém, com certeza vai ser eu…- Por que você? Ele nem te conhece. Por que ele te convidaria?- Porque eu sou mais bonita que você…Enquan
Samuel não acreditava que a Jaque não quereria vê-lo. Aquele Valentino, o desgraçado, estava dizendo isso de propósito! - Ah, Sr. Valentino, meu irmão e eu temos algumas coisas para discutir, vamos ali rapidinho. - Vitor disse sorrindo enquanto se colocava na frente de Samuel, puxando ele para sair. Quanto mais ele ouvia, mais estranho parecia. Algo não estava certo. O relacionamento de seu irmão com Valentino parecia muito complicado. Ele precisava esclarecer isso.- À vontade. - Valentino serviu seu champanhe com indiferença, sem se importar com o paradeiro dos irmãos, desde que não incomodassem ele. Droga, por que o tempo passava tão devagar? Por que sua esposa ainda não tinha aparecido?Enquanto isso, não era só Valentino que achava o tempo lento; lá fora, na entrada do palácio, estavam Lavínia e Simão. Os dois passaram a tarde inteira na fila e acabaram comprando convites de um cambista a um preço exorbitante. Maldito seja, até um baile tinha gente vendo oportunidade de negócio,
Simão ouviu Lavínia e não pôde deixar de soltar uma risada, mas ao notar as expressões severas dos locais ao redor, ele rapidamente assumiu um semblante sério e advertiu Lavínia: - Ah... Melhor continuar assistindo, não devemos falar essas coisas... Aqui, qualquer comentário pode ser mal interpretado.Simão estava tentando manter um tom calmo e discreto, mas Lavínia, com seus olhos sempre atentos, parecia ter descoberto algo que deixou ela extremamente animada.- Querido, olha quem é aquele! Se eu não me engano, é o Valentino! Como é que ele está na cerimônia de coroação da princesa do País C?! - Lavínia apontou para a tela grande, seus olhos brilhando com a descoberta.Valentino estava em uma posição de destaque, sua presença imponente e seu charme inconfundível faziam ele sobressair entre os estrangeiros. Lavínia, com um olhar afiado, reconheceu ele imediatamente. Simão seguiu a direção que Lavínia apontava, mas ao contrário dela, não parecia tão surpreso. Sabendo o que Lavínia est