Uma princesa ingênua, desconhecendo organizações de assassinos, sendo enganada não seria uma coisa normal?- É mesmo? Um assassino que mata sem hesitar, mas resolveu poupar a princesa Diana e ainda inventar uma mentira para ela? Que consideração! - Valentino quase riu de raiva. Ele tinha achado que a princesa Diana era uma burra, mas ela sabia muito bem como manipular as palavras.- Então, Princesa, pode me explicar por que o assassino estava justamente na loja de lingerie? Como ele sabia sobre nossos movimentos? E mais, quando vocês foram medir as roupas, devia haver uma designer no andar de cima, certo? Como é que eu, estando no andar de baixo, não ouvi nada? Se eu não tivesse trazido meus próprios homens para proteger a Jaque, ela já estaria morta. Além disso, por que você insistiu em levar a Jaque para passear sozinha? Se eu não tivesse insistido em ir junto, você nem teria chamado a guarda. A quem exatamente você queria dar uma oportunidade? - Valentino lançou uma série de pergunt
Naquele momento, falar de novo na frente do rei e da rainha seria difícil para Diana, pois não podia inventar mentiras sem ser desmascarada por Jaqueline. Mas se não dissesse nada, Jaqueline poderia revelar tudo. Diana hesitou, seu olhar vagando nervosamente pela sala enquanto tentava encontrar uma saída.Jaqueline, porém, insistiu, dando um passo à frente e encarando Diana.- Por que você não quer contar? Está com medo? Então, eu conto...- Medo? Eu só falei a verdade, não tenho medo de nada. - Diana tentou manter a calma, mas suas mãos tremiam de leve. Vendo os olhares cada vez mais desconfiados do rei e da rainha, ela decidiu falar. - Depois que a Velta desmaiou, eu implorei ao sequestrador para deixar ela ir e me levar no lugar dela, porque eu valia mais. Ele riu de mim. Mas essa é a verdade. Perguntem ao papai e à mamãe se não acreditar. Diana, esperta, mencionou apenas o que havia acontecido depois de Jaqueline desmaiar, repetindo a história que havia contado ao rei e à rainha.
- Como vocês sabem que ela não está perdida lá fora, pensando que eu tomei o lugar dela e sentindo rancor por isso? - Diana gritou apontando para Jaqueline, lágrimas escorrendo sem parar, cada palavra uma acusação cheia de dor e raiva. - Como vocês sabem que não é porque ela voltou e viu que eu ainda era amada por vocês, que ficou ressentida? Justo os sequestradores pegaram ela e não a mim, então ela quer dar um jeito de me tirar do caminho. Eu sempre tratei ela como minha irmã, mas o que eu recebo em troca é todos vocês duvidando que eu queria machucar ela. Pois bem, já que é assim, eu realmente não sou filha de vocês, não pertenço a esta família, vou embora, está bem? Vou procurar meus pais biológicos, que, embora não tenham a riqueza e segurança do palácio, com certeza não me acusariam injustamente assim.A capacidade de Diana de distorcer a verdade era notável. Em poucas palavras, ela transformou todo o amor que o rei e a rainha já tinham por ela em nada, e logo após falar, decidiu
E então, as lágrimas só aumentaram. No final, Jaqueline estava soluçando tanto que mal conseguia falar. Seus ombros tremiam levemente, enquanto Valentino abraçava ela com força, acariciando com ternura suas costas, oferecendo um consolo silencioso. As lágrimas de Jaqueline molharam a camisa dele, mas ele não se importou, deixando ela liberar suas emoções.Finalmente, quando Jaqueline chorou o suficiente, ela levantou a cabeça e olhou ao redor do quarto, os olhos ainda vermelhos e inchados. Como era bonito. O quarto estava decorado com tanta delicadeza, cada detalhe refletindo o amor e o cuidado que tinham por ela. A cama macia, os travesseiros confortáveis, as pinturas que ela mais gostava penduradas nas paredes, tudo tinha um toque de sonho de princesa, exatamente como ela sempre imaginou.Tudo indicava quanto carinho e atenção tinham sido colocados na decoração desse quarto. Mas por que, mesmo sendo ela a machucada, bastaram algumas lágrimas de Diana e até uma acusação injusta, para
- Se vocês não confiam em mim, então para que eu vou ficar aqui incomodando os outros? - Ela falava com veemência, mas suas ações não correspondiam, apenas fingia arrumar suas coisas para impressionar a rainha. Diana não tinha a menor intenção de deixar o palácio, mas a rainha não sabia disso. Furiosa, ela entrou e tirou a mala das mãos de Diana.Depois, mandou embora os empregados que estavam ali, suspirando antes de falar, com a voz trêmula de emoção: - Diana, suas palavras estão magoando o meu coração, me responda, como eu te tratei todos esses anos? Eu já te fiz algum mal?A rainha não veio consolar ela de imediato, preferiu dar uma lição de moral. Diana ficou um pouco nervosa, balançando a cabeça repetidamente. - Não, não, você sempre me tratou muito bem, eu sempre lembrei do quanto você e o pai foram bons comigo.Não importava o que a Diana pensasse, naquele momento ela sabia que tinha que falar palavras agradáveis. Ela mordeu o lábio inferior, tentando parecer arrependida.A r
Ao ouvir isso, a rainha, satisfeita, deu um tapinha em seu ombro, dizendo: - Isso mesmo, eu sabia que nossa Diana era a criança mais obediente.- Mãe, você pode dormir comigo esta noite? - Diana aproveitou a oportunidade para fazer seu pedido, olhando com olhos brilhantes para a rainha, cheios de esperança, como uma criança ansiosa por um momento especial.A rainha, um pouco sem jeito com a súbita solicitação, acabou rindo e concordando.Na manhã seguinte, durante o café da manhã, todos agiam como se nada tivesse acontecido, as conversas triviais enchendo a sala de um falso senso de normalidade, enquanto a tensão pairava no ar, invisível, mas palpável.Diana havia prometido à rainha que pediria desculpas a Jaqueline, mas ao olhar para Jaqueline, não conseguia encontrar coragem necessária para falar.Mas a rainha já olhava com expectativa para ela. Diana, depois de muita hesitação, finalmente começou a se preparar para falar com Jaqueline, com os lábios tremendo.- Irmãzinha... - A voz
A rainha esperava que o rei convencesse Jaqueline a não se mudar, mas o rei apenas olhou para Jaqueline e Valentino.- Filhas, uma vez crescidas, não podem ser retidas. - Disse o rei com um suspiro profundo. - Já que você se casou e vejo que seu marido é sincero e cuidadoso com você, não me oponho se vocês quiserem se mudar. No entanto, se lembrem de que nossas portas estarão abertas para vocês...Antes que ele terminasse, a rainha interrompeu, sua voz se elevando em um tom quase histérico: - Querido, o que você está dizendo? Finalmente reencontramos a Velta, ainda não tivemos tempo de conhecer ela bem, de saber seus gostos, e você já quer deixar ela ir embora. O mundo lá fora é perigoso, ontem mesmo ela escapou de sequestradores...As lágrimas começaram a brilhar em seus olhos enquanto ela falava. O rei, meio sem opções, olhou para Jaqueline e Valentino.- Bem, sua mãe tem um ponto. - Disse o rei, tentando acalmar a situação. - Ela realmente não quer que vocês se mudem. Velta, por qu
- Qual foi exatamente a coisa que me magoou, irmã? - Jaqueline perguntou, fixando os olhos em Diana.Diana ficou atônita, seus olhos piscando rapidamente enquanto tentava encontrar uma resposta adequada. Depois de uma breve pausa, forçou um sorriso e respondeu: - Claro... Claro que foi o fato de eu pensar que você queria me incriminar. Eu estava com medo...Ao dizer isso, Diana percebeu que algo estava errado. Pedir desculpas a Jaqueline não significava admitir que tinha tentado prejudicar ela? Como isso poderia estar certo? Sua mente girava em confusão, e as palavras pareciam lhe escapar. Ela ficou sem saber como continuar, seu sorriso vacilante se transformando em uma expressão de desamparo.Jaqueline riu suavemente com um toque de ironia em sua voz: - Irmã, você está tentando me confundir com esse jogo de palavras? De qualquer forma, não importa o que você fez, eu te perdoo. Afinal, você também é filha do nosso pai e da nossa mãe. A família deve sempre se perdoar.Jaqueline decidi